sexta-feira, 19 de março de 2010

O tempo passa, o tempo voa...


O tempo tem voado.

Imagino que, pra quem ainda não fez 18 anos, não esteja voando tanto, mas, pra quem já passou dos 40 e pra mim, que já passei dos 50, ele tá disparado. Uma flecha!

Garro a pensar nessa história de tempo... Ele não mudou, o dia continua o mesmo, os mesmos 60 minutos marcam uma hora e as mesmas 24 horas marcam o dia. O negócio é o tanto de coisa, que a gente inventa de fazer, e o tanto que tudo ficou mais longe, menos prático... e as cidades cresceram muito.

Quando eu era criança, me lembro que minha mãe me mandava no açougue, todo santo dia, fora que, nos 5 dias que ia, pelo menos 2 deles tinha retorno; se a carne não estava como ela pedia tinha que trocar. A cara grande era a minha. Naquele tempo, não pensava que o acougueiro tinha tentado me passar a perna mas, pensava que minha mãe era chata demais e eu ficava morrendo de vergonha. Mas ela tinha razão, porque o mané sempre trocava; sinal de que ela tava certa.
E ia à padaria pela manhã e à tarde.

E ia comprar, sei lá o quê, no armazém e, era só colocar o pé de volta em casa, tinha que voltar porque ela tinha se esquecido outro de sei lá o quê.

Mais tarde, cheguei a pensar que deveria encher tanto o saco dela em casa, que me fazia ir às compras o tempo todo; se livrava de mim.

Não era nada disso que eu ia contar, mas falo demais e a cabeça viaja a 1.000 por hora, então desvio da meta.

Falava sobre o tempo e hoje, pra ir à padaria, precisamos pegar o carro, garagem, estacionar, achar vaga (uma peleja que toma muito tempo). Imagine fazer, hoje, o que minhas canelinhas fizeram há 1000 anos. Fora de cogitação!

E o século passado, então? Há quantos séculos já estamos no século 21? Não parece uma eternidade? Até quem nasceu na última década do século 20, já tá velho demais. Jurássico!

Todo causu que vou contar, tenho que tomar cuidado, porque eu envelheci e fiz anos de acordo com os anos que foram passando; um a um fui acrescentando, só que tenho amigos da minha idade, que tão lá atrás. Uma mágica! Uma matemática que nem Pitágoras conseguiria decifrar.

Tenho uma grande amiga que, se quiser inimizade, é só começar a falar sobre idade. Acho engraçado, porque cago pra minha.

Então, pra sacanear, quando ia fazer 50 anos, inventei que iria fazer um convite na linha da Revista Caras. Só de pensar eu mesma ria sozinha.

Seria assim: "Vou festejar meus 50 anos, dia X próximo, e convido meus queridos amigos pá-tá-tí pá-tá-tá: fulana, 51; fulano, 54; fulana, 49; fulana, 48; fulano, 50; e colocaria o nome e idade de todo mundo.
Você recebeu o convite?
Claro que não, né? Se tivesse enviado, iria soprar minhas 50 velinhas sozinha....rrrsssss.

E tem mais!
Disse que iria deixar cestinhas de lembrancinhas espalhadas pelos jardins da festa, com fralda geriátrica, Viagra, Co-re-ga (pra segurar dentadura), bengalas dobráveis, Sustrate, pacotinhos de sal pra levantar a pressão, e mais alguns utensílios tão úteis pra quem já tá lá, mas finge que ainda não chegou.

E ainda não era nada disso que queria contar, mas espichei muito então conto semana que vem.

6 comentários:

  1. Muitas vezes, como é aqui o caso, o inesperado supera o desejado e... bidu!
    Mais um sucesso!
    Adorei, como sempre!
    beijinho

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  2. Cê num presta messsssmo, mas nóis ti ama rsrs No ano do meu "jubileu" (cruzessssss)tô achando que vou copiar essa idéia!!! Será que vou soprar sozinha? Cê vai, né? rsrs nem que seja prá "assoprar"... V.V.V.viuuuu?
    Beijuuss n.c. amada e brigadim pela força!!! Tô seguindo....
    Rê/Regis
    www.toforatodentro.blogspot.com

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  3. Eu já tenho 60 e está escrito no blogue, e tem mais: deixei de pintar o cabelo, quero ver como ele é ao natural, se não gostar, pinto de novo.
    abraço,
    clara

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  4. Juníssimo, você fala bonito e eu acredito...
    bjins

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  5. Regis, ajudo a soprar sem medo de ser feliz, aos 50, 60, 70, 80, 90, tá bom, né?
    bjins

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  6. Isso mesmo Clara...sem medo de ser feliz também...me passe o endereço do seu blog.
    bjins

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