sábado, 20 de agosto de 2011

A música que é a minha cara...




Sobrinha querida que descobriu e me mandou. Já parei de me preocupar com "o distúrbio de alegria" que sinto. Normalmente sou alegre, acordo de bom humor, mas tem dias que este contentamento fica "pior". É uma verdadeira descarga de alegria, de felicidade. Não dá pra explicar. Vem, fica um pouco e vai como chegou. Sem avisar. Sempre tô falando com sobrinha sobre isso, então ela ouviu esta música e me mandou.
"Música do distúrbio da alegria da Tia Iêda " palavras dela.
Bom saber que não tô sozinha. Que outros também "sofrem" dessa doideira.
Uma vez falei com minha médica sobre isso. Ela disse:
-É a primeira vez que alguém reclama pra mim de felicidade.
Falei também com o terapeuta. Ele achou que eu tinha outras prioridades.
Desisti.

Felicidade

Luiz Tatit

Não sei porque eu tô tão feliz
Não há motivo algum pra ter tanta felicidade
Não sei o que que foi que eu fiz
Se eu fui perdendo o senso de realidade
Um sentimento indefinido
Foi me tomando ao cair da tarde
Infelizmente era felicidade
Claro que é muito gostoso
Claro que eu não acredito
Felicidade assim sem mais nem menos é muito esquisito

Não sei porque eu tô tão feliz
Preciso refletir um pouco e sair do barato
Não posso continuar assim feliz
Como se fosse um sentimento inato
Sem ter o menor motivo
Sem uma razão de fato
Ser feliz assim é meio chato
E as coisas nem vão muito bem
Perdi o dinheiro que eu tinha guardado
E pra completar depois disso
Eu fui despedido e estou desempregado
Amor que sempre foi meu forte
Não tenho tido muita sorte
Estou sozinho, sem saída, sem dinheiro e sem comida
E feliz da vida!!!

Não sei porque eu tô tão feliz
Vai ver que é pra esconder no fundo uma infelicidade
Pensei que fosse por aí, fiz todas terapias que tem na cidade
A conclusão veio depressa e sem nenhuma novidade
O meu problema era felicidade
Não fiquei desesperado, não, fui até bem razoável
Felicidade quando é no começo ainda é controlável

Não sei o que foi que eu fiz
Pra merecer estar radiante de felicidade
Mais fácil ver o que não fiz
Fiz muito pouca aqui pra minha idade
Não me dediquei a nada
Tudo eu fiz pela metade, porque então tanta felicidade
E dizem que eu só penso em mim, que sou muito centrado
Que eu sou egoísta
Tem gente que põe meus defeitos em ordem alfabética
E faz uma lista
Por isso não se justifica tanto privilégio de felicidade
Independente dos deslizes dentre todos os felizes
Sou o mais feliz

Não sei porque eu tô tão feliz
E já nem sei se é necessário ter um bom motivo
A busca de uma razão me deu dor de cabeça, acabou comigo
Enfim, eu já tentei de tudo, enfim eu quis ser conseqüente
Mas desisti, vou ser feliz pra sempre
Peço a todos com licença, vamos liberar o pedaço
Felicidade assim desse tamanho
Só com muito espaço!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Em terra de cego eu virei rainha



Pra quem sabe é tudo tão simples! Simples refogar um arroz, fazer um bolinho, costurar uma roupa, pregar um botão, limpar uma casa. Nós mineiras pelo menos até a minha geração, não sei daqui pra frente,  aprendemos a fazer de tudo um pouco.
O brasileiro de modo geral se vira. Se vira mesmo. Num minuto aprende a fazer um trabalho e com pouco tempo já é profissional.
O causu de hoje é exatamente sobre este nosso jeito virador.
Estava eu me virando em Paris. Me virando super bem, porque fazia uma coisa que adorava. Cuidar de criança. Já contei aqui alguns causus desta época. Minha função era tomar conta do pequeno. Tudo; rango, roupas, médico.
De vez em quando dava uma geral na casa, quando começava a ficar difícil de circular.
Aí, meu patrão chegou com umas sacolas e deixou espalhadas as roupas compradas numa poltrona da sala. Um, dois, três,  cinco dias. No sexto dia peguei as sacolas e falei pra ele.
- Que você vai fazer com isso? Pode guardar ou deixo aqui na sala dando um help na decoração?
Ele disse:
- Preciso arrumar um tempo pra levar sei lá onde, pra fazer as bainhas.
Eu:
- Só isso? Se você quiser eu posso fazer.
Ele me olhou tão assustado  como se eu tivesse confessado que sabia onde tava o Bin Laden ( mentira, naquele tempo ele não era famoso ainda , mas tava trankis nos EUA se preparando pra dar o bote).
O que ele disse foi:
- Você sabe fazer isso?
Eu, filha de costureira e alfaiate, tinha nascido com uma agulha nas mãos.
- Claro que sei. Quando você quiser, vista, que eu marco e faço as bainhas.
No mesmo minuto ele arrancou as calças, ficou de cuecas em cima da mesinha de centro e já foi vestindo a primeira delas. Marquei e ele ia vestir a segunda no que eu disse:
- Precisa não. Faço uma pela outra.
Agora ele me olhou como se tivesse vendo um ser iluminado. Tipo alcançando o nirvana. Como pode alguém ser tão prendada!
Como alguém pode saber fazer isso?
Enquanto o pequetito dormia à tarde, liquidei as três operações e coloquei no cabide do armário dele.
Ficou eternamente grato.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Morta de fome, inventei moda na cozinha. E deu certo!

Eu sou a rainha do congelado. Quem mora sozinho sabe porque. Quando dá fome, a gente não tem paciência nem tempo de ir pra cozinha fazer a comida. Já tem que estar pronto, porque senão acaba comendo porcaria ou se a preguiça for muito grande,  tomando um copo d'água pra fome passar.
E ainda tem mais. "Casa de família"...rs, é que tem legumes e verduras fresquinhas todo dia. Casa de solteiro não tem. Ir comprar, fora de cogitação. Por isso o dia que vou pra cozinha fazer meus congelados, rola uma arrependimento no meio da confusão. Uma trabalheira danada. Faço coisas pra comer um mês.
Adoro fazer arroz e congelar. Amo arroz de qualquer forma. O mais gostoso é o integral. Faço arroz integral misturado com sete grãos e com 7 cereais integrais.  Compro o Raris. Bem bom. Fica uma delícia!
Outra coisa que gosto é shitaki desidratado. Quebra o mó galho. Faço com macarrão, coloco na salada. De qualquer forma fica bacana.
Hoje me deu vontade de comer o shitaki. Resolvi fazer com arroz ( que já tava pronto no freezer).
Ficou tão bom, que lá vai a receita pra quem tiver afim de experimentar.

Shitaki ao suco de laranja com arroz integral

Vai precisar de :
8 a 10 shitakes
200 gr de arroz pronto congelado, ou fresco
meia cebola cortada em tiras
suco de 1 laranja ácida (começei a comer a laranja, tava muito azeda, daí me veio a idéia)
pimenta do reino
sal
manteiga
azeite

Como fazer:

Enquanto o arroz descongela um pouco, coloque o shitaki pra hidratar na água. Quando tiver macio, corte em tiras, esprema o excesso de água. Misture com o suco da laranja,  um pouco de sal e pimenta do reino.
Coloque numa frigideira uma colher de manteiga, um pouco de azeite, deixe esquentar e refogue a cebola.
Jogue o shitake e refogue um pouco. Quando começar a secar, ponha uma meia xicara de água e tampe. Rapidim, uns 10 minutos. Coloque o arroz por cima  pra aquecer. Tampe de novo. Alguns minutos depois, dê uma boa mexida, prove o sal e tá pronto.
Nem pensei, porque tava com muita fome, mas, deve ficar ótimo colocar uma cebolinha e salsinha ( que também tenho já picados numa vasilha no freezer ).
Fim.

 Eu só comi isso,  mas, se você tiver em casa, deve ficar bom com uma salada de alface e tomate, ou mesmo com uma carne.

Este shitaki é carinho, mas dura muito tempo o pacote grande. A gente não come isso todo dia. Então sai em conta.


Tenho várias vasilhinhas assim com arroz, feijão, grão de bico. Tudo que faço, congelo. Pra mim, pra visita de surpresa, e pra amigos e sobrinhas levarem pra comer em casa.

Se eu não tivesse tão esfomeada, poderia ter colocado uma cebolinha, ou um raminho verde pra enfeitar. Só me lembrei depois que a barriguinha tava cheia.
Isso é que dá almoçar às 3 da tarde...rs.

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