Curiosidade é uma coisa curiosa...dãn. Ano passado, esperando no aeroporto de Nova Deli-Índia, o voo pra Paris, num determinado momento, comentei com minha sobrinha e amigas que viajavam comigo : "Engraçado esse aeroporto, todo moderno, novo, lindo e essa sala de espera com esse mundão de gente. Será que pelo nosso portão vai entrar esse povo todo e, depois dessa porta, eles vão cada um tomar seu rumo?" E quando fomos chamados pra entrar, vi que todos estavam indo pra mesma direção e pensei: "Que porra de avião é esse, que vai caber tanta gente?"
Era o tal do A 380. Quantas pessoas dariam tudo pra estar no meu lugar e eu, a songa monga, nem aí. E pior ainda : entrei, sentei e fiquei no meu lugar até sair em Paris. Roncando. Não tive a menor curiosidade de sair fuçando pra baixo e pra cima pra conhecer as dependências daquele monstro voador. Se é que pode sair fuçando o monstrengo. Realmente, máquina não me tesa. Talvez se, em outra viagem voar novamente nele, vá querer dar uma voltinha. Só me lembro que da entrada eu olhei lá no fundo e nem com binóculo conseguiria ver a cara do povo do último assento. Grande pra cacete !
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O voo tava lotado e uma coisa me chamou a atenção : o barulho do motor era bem mais baixo do que das outras aeronaves. Fui dormir e acabou a novidade.
Depois de uma viagem de 10 horas e meia, chegamos em Johannesburg quase 11 horas da manhã.
Enquanto esperava minha mala, algo interessante aconteceu comigo : tinham vários seguranças acompanhados de cachorros, cheirando malas de todos, procurando drogas e, um deles (digo, um dos cachorros), cismou com a minha bolsa de mão e não parava de cheirá-la, numa animação danada, pulando, querendo ver o que tinha dentro, mas o segurança não insistiu. Deve ter pensado "essa moça, com essa cara de mineira, não estaria carregando droga" e tentou levar o cachorro para a próxima mala, mas ele insistiu e não arredou o pé - cretino - daí o segurança teve que fazer a obrigação dele : abriu minha bolsa e todos que estavam ao meu lado ficaram me olhando. Por um minuto me passou aquele pensamento, de já ter acontecido com alguém ou visto em filmes, de alguém ter colocado droga na minha bolsa sem eu perceber... foram 3 longos minutos de ansiedade e eu querendo saber o que tinha na minha bolsa que o maldito cachorro tinha gostado tanto : eram chocolates suiços que levava de presente pros amigos.
E, esse bicho esquisito, voa paradim no ar. Nem trisca. Você pensa que tá sentado na sala da sua casa.
Bom, o mesmo não aconteceu com minha amiga, que mandou pra nós o relato que vem aí abaixo. Ela saiu da Suíça onde mora, foi pra Paris e de lá pra África do Sul nesse baita e, um mês antes, já não dormia de tanta vontade de conhecer o danado. Foi ver ( desculpe a palavra ) o Brasil jogar.
Este é o relato dela.
Depois de voar no super airbus A380 Paris-Johannesburg para a Copa do Mundo voltar no Boeing 747 para Genebra, via Amsterdam, me fez sentir um Santos Dumont dentro do seu 14 Bis. O povo se acostuma fácil com coisa boa.
Sempre quis conhecer a Africa do Sul e, recentemente, uma amiga que mora em Johannesburg me fez uma proposta irrecusável.
Depois de voar no super airbus A380 Paris-Johannesburg para a Copa do Mundo voltar no Boeing 747 para Genebra, via Amsterdam, me fez sentir um Santos Dumont dentro do seu 14 Bis. O povo se acostuma fácil com coisa boa.
Sempre quis conhecer a Africa do Sul e, recentemente, uma amiga que mora em Johannesburg me fez uma proposta irrecusável.
- Você gostaria de assistir ao vivo um dos jogos da semi-final da Copa do Mundo, em Durban?
- Peraí, vou pensar. Sim.
Amo planejar viagens, mesmo se for a trabalho. Daí comecei a procurar passagens pela internet e a trocar e-mails com a amiga sobre a nossa programação, durante a minha estadia lá.
Já há bastante tempo, compro minhas passagens aéreas ou pacotes de viagem pelo www.opodo.fr ou Expedia.fr e nunca fui deixada na mão. Claro que, nesses dois, não existe pagamento parcelado como no Brasil, tem que ser na lata : reservou, pagou com cartão de crédito.
Nessa viagem, tava determinada que experimentaria o A380; queria uma viagem cheia de emoções. A Air France tinha uma tarifa muito em conta pela www.Opodo.fr, ida e volta saindo de Genebra onde moro - em torno de 1.250 euros - o voo no A380 seria a conexão Paris - Johannesburg.
Comprei a passagem e não parei de falar pra a família, amigos e colegas de trabalho sobre a minha aventura, coitados, tiveram que me aguentar uns 40 dias antes da viagem, não falava noutra coisa.
Para o alívio de todos, o dia da viagem chegou : 1 de Julho.
Depois do voo normal Genebra - Paris, cheguei ao Charles de Gaule, me dirigi a sala de espera, ou seja, várias salas de espera para acomodar tantos passageiros e algumas pessoas já estavam fazendo filas, umas para o andar de cima e outras para o andar de baixo.
No começo das filas tinha um seating plan ( mapa do assento ) - eu só tinha visto isso em grandes jantares ou em conferência de trabalho (assim você saberia em qual mesa sentar). No caso do avião, qual fila que me levaria até meu assento e tinha uns 6 guichês pra atender os 539 passageiros. Isto mesmo !
Finalmente, entrei e, para o azar do comissário de bordo que atenderia minha seção - a última lá atrás - naquela noite, teria uma passageira chata que queria saber tudo sobre a aeronave e, para a minha sorte, ele foi super simpático e me respondeu tudo que queria saber.
Amo planejar viagens, mesmo se for a trabalho. Daí comecei a procurar passagens pela internet e a trocar e-mails com a amiga sobre a nossa programação, durante a minha estadia lá.
Já há bastante tempo, compro minhas passagens aéreas ou pacotes de viagem pelo www.opodo.fr ou Expedia.fr e nunca fui deixada na mão. Claro que, nesses dois, não existe pagamento parcelado como no Brasil, tem que ser na lata : reservou, pagou com cartão de crédito.
Nessa viagem, tava determinada que experimentaria o A380; queria uma viagem cheia de emoções. A Air France tinha uma tarifa muito em conta pela www.Opodo.fr, ida e volta saindo de Genebra onde moro - em torno de 1.250 euros - o voo no A380 seria a conexão Paris - Johannesburg.
Comprei a passagem e não parei de falar pra a família, amigos e colegas de trabalho sobre a minha aventura, coitados, tiveram que me aguentar uns 40 dias antes da viagem, não falava noutra coisa.
Para o alívio de todos, o dia da viagem chegou : 1 de Julho.
Depois do voo normal Genebra - Paris, cheguei ao Charles de Gaule, me dirigi a sala de espera, ou seja, várias salas de espera para acomodar tantos passageiros e algumas pessoas já estavam fazendo filas, umas para o andar de cima e outras para o andar de baixo.
No começo das filas tinha um seating plan ( mapa do assento ) - eu só tinha visto isso em grandes jantares ou em conferência de trabalho (assim você saberia em qual mesa sentar). No caso do avião, qual fila que me levaria até meu assento e tinha uns 6 guichês pra atender os 539 passageiros. Isto mesmo !
Finalmente, entrei e, para o azar do comissário de bordo que atenderia minha seção - a última lá atrás - naquela noite, teria uma passageira chata que queria saber tudo sobre a aeronave e, para a minha sorte, ele foi super simpático e me respondeu tudo que queria saber.
Como cada companhia aérea faz seu projeto pra dentro do avião, quer dizer que, se você conhece um, não quer dizer que já viu todos. Este que voei tinha 538 assentos (442 na classe econômica e o resto dividido entre primeira classe e classe executiva).
O voo tava lotado e uma coisa me chamou a atenção : o barulho do motor era bem mais baixo do que das outras aeronaves. Fui dormir e acabou a novidade.
Depois de uma viagem de 10 horas e meia, chegamos em Johannesburg quase 11 horas da manhã.
Enquanto esperava minha mala, algo interessante aconteceu comigo : tinham vários seguranças acompanhados de cachorros, cheirando malas de todos, procurando drogas e, um deles (digo, um dos cachorros), cismou com a minha bolsa de mão e não parava de cheirá-la, numa animação danada, pulando, querendo ver o que tinha dentro, mas o segurança não insistiu. Deve ter pensado "essa moça, com essa cara de mineira, não estaria carregando droga" e tentou levar o cachorro para a próxima mala, mas ele insistiu e não arredou o pé - cretino - daí o segurança teve que fazer a obrigação dele : abriu minha bolsa e todos que estavam ao meu lado ficaram me olhando. Por um minuto me passou aquele pensamento, de já ter acontecido com alguém ou visto em filmes, de alguém ter colocado droga na minha bolsa sem eu perceber... foram 3 longos minutos de ansiedade e eu querendo saber o que tinha na minha bolsa que o maldito cachorro tinha gostado tanto : eram chocolates suiços que levava de presente pros amigos.
Cachorrinho de bom gosto !
Próximo post : algumas impressões sobre a África do Sul.