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quinta-feira, 11 de março de 2021

NA GRÉCIA, SABOREANDO A SALADA DOS DEUSES!

Tem muito tempo que não faço essa salada e acho que, fiz tanto quando aprendi e ensinei pra metade da população de BH, que enjoei. Era um tal de, toda vez que ia rolar um almoço, lanche ou jantar, o meu prato era a salada. Agora que me lembrei dela , não sei porquê, vou contar pra vocês como e onde aprendi e ensinar a fazer.

Vendo os ingredientes, você vai dizer : "mas isso já é manjado, já conheço e já comi muito". Não, meu bem, com a minha, quer dizer, com o tempero e jeitinho grego de fazer, você ainda não comeu. Estávamos, meu amigo e eu, pela estrada a fora, conhecendo o interior da Grécia. A gente tinha saído de Atenas e a direção era o Porto de Igoumenitza, pra pegar um barco e seguir viagem. Fomos parando em vários lugares fôfos, que lembram muito o interior de Minas Gerais. O povo simpático, daqueles que te cumprimenta quando você passa, mesmo sem nunca ter te visto. Coisa de pessoas do interior. Adoro! (as cidades grandes perderam isso). 

A cidade se chama Kalabaca e é pertinho de Meteora. Me lembro que o restaurante já tinha fechado, mas o pessoal super gentil resolveu quebrar o galho dos mineiros famintos e fizeram uma salada, que comemos com pão. Quando a gente tá esfomeado e na terra do outro, quase tudo vira uma delícia; foi a melhor salada que comi na vida. Mas a salada tava boa mesmo ! Fazendo aqui no Brasil, com os nossos ingredientes, fica uma delícia, mas o gosto nunca vai ser o mesmo. Descobri isso morando fora. Sempre tentava fazer alguma coisa pra matar as saudades da terrinha, tinha todos os ingredientes e o gosto não saía igual. Água diferente, terra diferente, fertilizante diferente... tem jeito não; não sai igual, mas sai bom demais também.
Vamos ao que você precisa pra fazer essa salada e fechar os olhinhos pensando estar em terras gregas, comer e lamber os beiços.
São 6 os ingredientes.
- tomate
- pepino
- azeitona preta grega (claro que, se não tiver, vai a outra mesmo - mas já vai mudar o gosto).
- cebola
- pimentão
- queijo de cabra (mesma coisa, mas pode ser queijo Minas, prato ou mussarela de búfula).
Pra temperar, azeite extra-virgem muito bom e sem pão-duragem, sal, orégano, pimenta do reino.
Você vai cortar tudo em cubos grandes - nada de pedacim piquininim, não fica bom - tipo tomate em 4 partes, azeitonas inteiras, lascas grandes de queijo.
Coloque tudo numa tigela, salpique sal por cima, a pimenta do reino, pegue o orégano coloque na palma da mão e esfregue bem pra revitalizar ( palavrinha da moda ) o sabor e, por fim, o azeite -bastante, pra tudo ficar bem molhadinho - Só tempere na hora de colocar na mesa, porque tomate e pepino soltam água e, se demorar a comer, vira sopa.
E vai estar pronto pra ser feliz. Se tiver um pão ciabata pra comer junto e, se gosta de vinho, aí vira pecado mortal.
O inferno te aguarda de braços abertos... rs.

sábado, 1 de setembro de 2012

Quero só ver...

...quem tá lendo o blog no findi...tá convidado à minha mesa. 
Hoje me deu vontade de comer comidinha da roça. Fiz colega temperada com páprica que comprei na Hungria,  (antipatia!!!)  misturada por minha conta com massala pra temperar galinha, mais abobrinha e batata. Ficou muito bom. Apimentado.
E de sobremesa arroz doce com leite de côco. 
Nhammmm!!!!








Já olhei no Google...pode congelar arroz doce...rs

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Você saca de queijos? Pouquinho? Lá vão algumas dicas

Eu sou doidinha com queijos. Lá vão alguns que são encontrados aqui na terrinha e que eu amo. Dica de queijos....rs.

Os mais consumidos no Brasil.
Asiago
Queijo italiano com textura aerada e casca acetina quando jovem, o asiago tem duas variações: o pressato e o d´Allevo. O primeiro é elaborado com leite integral e curado por 20 a 30 dias, que resulta num queijo com gosto adocicado. Já o outro, passa por um lento processo de maturação. Depois de dois anos em maturação, adquire um sabor mais forte.
Azeitão

Queijo de origem portuguesa pequeno e cremoso, com alto teor de umidade, produzido com leite de ovelha.
É um queijo de pasta mole, com alguns olhos, de cor amarelo-ráfia, muito «amanteigado», de sabor e aroma semelhante ao queijo da Serra, embora seja um pouco mais ácido (característico).


Blue
Tipo de queijo de massa meio dura, de maturação por fungos.
Fabricado, geralmente, com leite homogeneizado. São queijos de bolores azuis. Cremosos ou esfarelados, de sabor picante e aroma forte.
Entre as variedades as mais populares são o Roquefort, Gorgonzola, azul de Maytag e Stilton.

Brie - um dos meus favoritos
De origem francesa, o queijo Brie é fabricado no Brasil, com a mesma tecnologia do queijo Camembert, ficando as diferenças mais por conta do formato do que das propriedades organolépticas.
É um queijo de massa macia e quebradiça, maturado externamente por Penicillium Candidun, que lhe confere sua característica casca branca aveludada. Por isso também é conhecido como queijo de mofo branco.
Em geral, produzidos em processos manuais, a partir de pequenas quantidades de leite, apresentam-se normalmente em forma de triângulos ou em formas cilíndricas de 1 Kilo.
O ponto ideal para ser consumido apresenta-se entre 25 e 40 dias após sua fabricação. Com essa maturação terá adquirido sua massa cremosa e seu característico sabor. Consumidores que preferem um queijo mais forte, devem esperar até 60 dias de maturação, quando a camada de mofo branco se torna mais rala, a casca adquire tons avermelhados e o odor amociacal intenso, indica um queijo supermaturado. ( eu prefiro ele novinho. Deixo fora da geladeira uma meia hora antes de comer...ele fica bom demais! )
Destinam-se a consumo puro, em tábuas de queijos ou saladas ou podem ser usados em versões culinárias quentes. Servem também como sobremesa, acompanhado de pera. ( já dei a dica aqui no blog )

Bleu Vercors
Queijo francês . Fabricado com leite de vaca, sabor leve, aroma de amêndoas. Pasta semi-mole....hummm...
Cheddar

O queijo Cheddar é originário da Inglaterra, muito popular em países de língua inglesa como Estados Unidos, Canadá e Austrália. No Brasil é mais encontrado sob a forma de queijo processado fundido (feito a partir de queijo cheddar).
O tradicional é duro, prensado, tem formato de tambor, com cerca de 28 kg e é amarrado com uma bandagem para garantir casca boa e dura, de cor marrom acinzentada. Seu interior é amarelo-ouro, que escurece de acordo com o envelhecimento do queijo. O sabor começa suave, com toque de nozes, geralmente com leve traço de sal. Sofre maturação de 6 a 18 meses. Quando envelhece, o sabor de nozes fica mais forte e ganha uma picante acidez. Feito de leite de vaca, contém cerca de 48% de gordura.
Tem típica coloração amarelo alaranjado, consistência fina, quase pastosa quando prensado entre os dedos e sabor ligeiramente ácido ou cítrico. Quando usado para o processamento de queijo fundido (transformado depois em fatias por ex.), deve ter maturação mínima de 2 meses. Como queijo para consumo, sua maturação deve ser de 4 meses.
No Brasil são mais encontradas as versões de queijo processado sabor cheddar, em fatias prontas para uso.
Outra versão do queijo cheddar comercializada no Brasil é o queijo Colby.
Destinam-se a consumo puro, ou quando processados, usam-se em sanduiches quentes, em hamburger ou bife, graças a seu sabor e derretimento fácil.


Cottage - este é o que mais consumo.
O queijo Cottage é um queijo muito popular nos Estados Unidos e recentemente sua oferta e consumo vêm aumentando no Brasil.
Consiste basicamente em grãos da coalhada, imersos em uma mistura de creme e sal. Seu sabor é ligeiramente ácido e salgado. Em geral são apresentados em potes plásticos sanitizados e duram de 2 a 3 semanas sob refrigeração.
Destinam-se a consumo puro ou acompanhando frutas e saladas, aqui são indicados em dietas de baixas calorias.

Cream Cheese
O Cream cheese é um dos queijos mais populares nos Estados Unidos e vem tendo penetração crescente no mercado brasileiro.
Trata-se de um queijo untuoso mas firme, espalhável, com alto teor de creme de leite que se obtem da centrifugação da coalhada. Pode ser natural ou adicionado de sabores.
É usado em sanduíches, em patês ou como ingrediente para o cheese cake.
Edan

Trata-se de um queijo de massa semidura, holandês, produzido em várias regiões a partir de leite de vaca gordo ou semidesnatado, com formato esférico (prensado na forma de uma bola) e peso médio de 1,5 kg.
A casca é pouco percebida, coberta com uma cera vermelha. O ideal é consumir o edam jovem quando sua textura é ainda flexível (evite os queijos borrachudos). O sabor adocicado e suave lembra nozes. O edam revestido com cera preta significa que foi maturado por pelo menos 17 semanas.

Emmental
Produzido com leite de vaca, pasta cozida e prensada, sabor suave, levemente adocicado, massa com buracos, casca escovada e dura.
Pertence ao grupo que no Brasil genericamente chamamos de queijos suiços. Os queijos Emental mais comuns pesam ao redor de 70 kilos podendo pesar até 130 Kilos. É um queijo semi duro, de longa maturação de sabor ligeiramente adocicado e frutado, com grandes e numerosas olhaduras, uniformes e brilhantes.
Hoje já são encontrados emental de 12 kg e até de 1,5 kg, através de avanços nos processos produtivos. São denominados baby emental.
Destinam-se a consumo puro, em sanduíches, tábuas de queijo e gratinados. É o queijo ideal para a preparação da Fondue, prato típico suiço em que o queijo derrete em fogo lento misturado com vinho e é apreciado acompanhado de pão italiano que deve ser mergulhado no delicioso queijo derretido.
Estepe

Originário das estepes russas, este queijo é fabricado a partir do leite de vaca. Apresenta uma textura semi-dura e massa semi-cozida, de cor amarelo-palha, com sabor frutado ligeiramente doce. Geralmente é consumido puro ou em molhos 4 queijos. Por ter uma textura fatiável, serve para compor sanduíches e aperitivos.

Feta
De origem grega, é tradicionalmente feito apenas de leite cru de ovelha (mas pode ser feito de leite de cabra ou uma mistura dos dois). Nas versões industrializadas, se utiliza o leite de vaca pasteurizado. Apresenta textura firme, macia e esfarelada e sabor acentuado. Este, como com aquela salada grega que já ensinei aqui também. Delícia!

Fundidos

Os queijos Fundidos surgiram dos esforços que alemães e suiços fizeram para encontrar uma forma de exportar queijos para países de clima quente.
Em 1911, a empresa suiça Gerber encontrou a solução, aquecendo queijos emental e gruyére com citrato de sódio, composto que facilita a fusão. Nasceram assim, os queijos fundidos.
Os queijos fundidos são uma mistura balanceada de diversos tipos de queijos, adicionados ou não de água, manteiga, ou creme, além de saborizantes que permitem que sejam oferecidos em várias versões.
No Brasil, os queijos fundidos usam estepe ou cheddar como base e que propiciam uma variedade de produtos que dispensam refrigeração.
Em geral há dois tipos de queijos fundidos: queijos fundidos em blocos e queijos fundidos cremosos. São comercializados em fatias, porções, em copos (quando espalháveis) ou em versões pré-preradas para fondue.



Gorgonzola

O queijo Gorgonzola é de origem italiana e caracteriza-se por maturação com Penicillium roqueforti, que confere aos queijos seus veios azulados.
Por isso, faz parte da família dos queijos Azuis ou queijos de mofo azul.
Os gorgonzolas brasileiros em geral são cilíndricos e pesam ao redor de 3 Kilos. São apresentadas também versões já fracionadas.
Apresentam massa úmida com veios azuis esverdeados, textura macia, um pouco pastosa e quebradiça. Têm sabor pronunciado e característico, ligeiramente salgado.
Seu ponto ideal de maturação é ao redor de 45 dias após a fabricação, quando já perdeu um certo sabor amargo típico do início da maturação.
Destinam-se a consumo puro, em tábuas de queijos, como aperitivo ou em aplicações culunárias, como molhos ou recheios.



Gouda

Massa firme e prensada, textura lisa com pequenos buracos, sabor de avelã.
O queijo Gouda, conhecido mundialmente, é de origem holandesa.
No Brasil é um queijo produzido de forma similar ao queijo prato, mas tem caractrísticas típicas como massa mais untuosa, sabor suave ligeiramente adocicado, textura macia e casca fina. Pode ter olhaduras ou ser de massa fechada.
Em geral têm formato cilíndrico e pesam de 2 a 3 kilos.
Seu acabamento pode ser em solucão de magenta ou parafinado.
Crottin de Chavignol
De origem francesa, produzido a partir do leite cru da cabra de raça alpina.
Deve ser consumido fresco. Paladar amendoado, acentuado, porém não picante, e pasta quebradiça. Apresenta-se normalmente coberto de ervas.



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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Está me convidando? Aceito sim, obrigada. Com todo prazer!

Você sabe o que quer dizer pinto no lixo?
Abelha no mel?
Formiga em tampa de geléia?
Mosquitinho em lata de açúcar?

Pois é. Sou eu, com queijos e frutas. Ixi!!! Adoro!
E não perco a oportunidade de aplicar amigos nesta delícia. Lembrei desta dupla porque, semana passada, reunímos alguns amigos e fizemos uma mesa com quitutes - que é a palavra que, pra mim, chega mais perto pra entender que a coisa é uma delicia das delícias - (palavrinha que entrega a idade. Quem neste planeta ainda fala quitute?)
Ao primeiro que sugeri experimentar esta combinação, me olhou meio de rabo de olho e comeu pra me agradar. Não colocou a menor fé. E, depois disso, só via ele insistindo pra todos provarem. Virou um enxame de abelhas no mel. Bom demais!


Mas, enfim, mesa de lanche, comes e bebes, guloseimas (Essa também é phoda! Muito antiga. Tá ficando difícil escrever. Daqui a pouco, vou ficar há anos luz de algumas gerações mais recentes...rs.)

Então, experimente dar uma mordida em um queijo e em um pedaço de pêra ou uva, ao mesmo tempo. Pro meu paladar, são as duas frutas que mais combinam. Queijo brie é o melhor ou camembert. Mas, não tem? Queijo minas vai bem, prato, mussarela. Eu sou louca com queijos, então, como com qualquer um, menos o tipo "ricota" - ninguém merece, porque não tem gosto de nada. Por conta disso, agrada a todo paladar, como dizia meu pai.


E quer que sua mesa de belisquetes fique realmente dos deuses e quer me convidar pra comer? Faça essa cesta de frutas secas e grãos pra completar a festa.
Pra que sexo? ...he...he...he...

Esta sugestão é pra não ser chamada de xiita. (Vamos lá cambada carnívora!) Vai presunto, ou lombinho canadense, ou mortadela. É muito bom também.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Descobrindo o Marais, suas casas, jardins, ruelas e culinária

Hoje vou sugerir uma caminhada super legal pra você fazer em Paris.
Você vai sair do Halles, ao lado do Centro Georges Pompidou, na direção da estação de metrô Rambuteau, vai atravessar a rua Renard e pegar a rua du Rambuteau, em frente.
Se gostar, já compre umas frutinhas pra ir comendo pelo caminho. Tem bancas com frutas novinhas nos passeios. Uma delícia !
Quando você atravessar a rua des Archives, a Rambuteau muda de nome e vira rua des Francs Bourgeois. À esquerda você já vê o prédio com os lindos jardins do Arquivo Nacional. Vale dar uma voltinha lá dentro.
Andando mais um pouco, à esquerda, se quiser você vai ao Museu Picasso, mas não é o objetivo do passeio de hoje. Não seja rebelde e continue em frente.
Hoje você vai ficar bisbilhotando os jardins, fachadas, portas e portões de prédios antigos, lindos, contruídos em cima de uma região pantanosa,  que originou o  nome do bairro - Marais ou marrecagem, brejo.
Os jardins do Museu Carnavalet também são lindos e fica neste caminho.
A partir do número 21, começam as lojinhas e os pequenos restaurantes - cada uma mais bonita que a outra - e a rua é estreitinha, que dá pra ficar pulando de um lado pro outro. Entrando na l'Occitane,  Mac, Camper, onde compro sapatos que amo, Body Shop e logo você chega na rua de
Turenne.
Neste cruzamento de ruas, já dá pra ver no próximo quarteirão, os prédios da Place des Vosges.
A vista é uma beleza ! A amplidão da praça, com suas colunas e arcos e os vários cafés e restaurantes que circundam a praça, enchem os olhos. Faça um contorno na praça. Vale a pena ! Continuando reto, à esquerda vai ver, no primeiro andar, uma placa dizendo que alí morou Victor Hugo.
Observe quantas ruelas saem na praça bem no meio dos arcos.
Vale também entrar nos jardins da praça, ver as fontes, sentar um pouco e observar um dia na vida do francês : lendo sentadinho num banco, levando as crianças pra brincar ou só descansando.
Viu bem a praça ? Gostou? Agora é hora de comer um falafel - delícia judaica - na rua des Rosiers. Você vai voltar pela Francs-Bourgeois e virar à esquerda na  Rue Malher, logo a direita já é a rua Rosiers.
Você está  no coração do Marais, bairro antigo que já foi tradicional, virou bairro boêmio, conheceu um período de decadência e voltou à moda com força total, sendo hoje um dos bairros mais valorizados e democráticos de Paris. Várias tribos se misturam e convivem em harmonia por lá.
A partir daí, escontrará padarias deliciosas, restaurantes e os famosos sanduíches feitos pelos judeus do bairro.




Sente-se, como os nativos,  em qualquer lugar, pra degustar as delícias da culinária do bairro.


Todas as fotos são de casas que existem. Vai ser fácil identificar cada uma. Adoro as fachadas em madeira, pintadas com cores fortes. O bairro é lindo!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O segredo das minhas saladas e porquê todos adoram.

Não tenho o menor constrangimento em dizer que, todos que comem as saladas que eu faço, além de adorar, pedem a receita ; e eu sempre digo. Salada nenhuma ficará gostosa se não tiver um bom molho. Ele é que dá o sabor à salada. Alface, agrião, pepino, pimentão, rúcula ou qualquer um destes verdes sem tempero é pior que comer capim. E, como ser egoísta não faz parte da minha vida, vou dar todas as dicas que conheço pra você fazer uma salada deliciosa e começar a receber elogios também.

Em primeiro lugar, qualquer folha tem que estar sequinha; legume também. Folha molhada mela a salada e faz aguar o molho. Você pode fazer o mais gostoso molho, mas, se ele encher de água, vai ficar horrível. Se você tem aquele secador giratório, que antes a gente só comprava lá fora mas, agora, tem em qualquer loja, ótimo. Ele deixa as folhas impecáveis. Se não tem, depois de lavar as folhas, deixe escorrer e coloque em um pano de prato, faça uma trouxinha e balance até secar bem.

Segunda dica : Nada de pão durismo com o azeite. Não vá morrer na praia. Pras folhas ficarem deliciosas, elas tem que estar completamente "molhadas" pelo molho, pelo azeite.

Aqui no Brasil é phoda. Já cansei de ensinar e o povo aprende, mas não obedece. Molho tem que ser misturado na salada. Temperar salada no prato, não rola. Não fica bom e nunca o molho é suficiente pra todo mundo. Aprendi isso na França, a pátria mãe dos molhos.

Então você faz assim:

Na própria saladeira ou tigela que for servir a salada, você vai fazer o molho. Depois, coloque a folha ou a mistura de folhas, ou a mistura de folhas e legumes e coloque na mesa. E só misture na hora de comer. Claro que você não vai colocar a salada na mesa às 9h da manhã, pra comer 3 horas depois.
Sentaram todos à mesa, ou estão prontos pra comer em qualquer lugar, aí você pega duas colheres e vai misturar a salada : bastante, até que todos os ingredientes estejam molhados. Não tem erro.

Se sua casa é uma casa em que o povo não come todo junto e tem aqueles que chegam atrasados, não tem problema. Faça o molho pra salada toda, mas deixe uma parte dos ingredientes de lado. Acabou a salada, vai colocando aos poucos na tigela e mexa. Se ficar um pouco seca, é só colocar um fio longo de azeite por cima. Não precisa fazer o molho todo de novo. Entendeu?
Agora lá vai uma receita de molho, o mais simples possível, que vai com qualquer salada e fica uma delícia.

Primeiro de tudo, coloque o sal, depois o limão ou vinagre. O azeite por último, porque ele não deixa o sal dissolver. Se colocar o sal junto com o azeite, ele não se dissolve e você vai comer folhas salgadas pra cacete e outras sem gosto. Sacou?

Misturou bem o limão com o sal ? Dissolveu ? Aí pode colocar pimenta do reino, que gosto de moer na hora, depois, se tiver, uma porção de mostarda de Dijon. Foi-se o tempo que era um absurdo de cara e também tinha que ser trazida lá de fora. Agora, qualquer supermercado tem e custa menos de 10 reais e dura muitos meses. Mostarda em tubo, aqui do Brasil, que a gente coloca em cachorro quente, não rola. Nada a ver. Outro gosto. Vai estragar o molho.

Só aí você vai colocar o azeite. Se quiser economizar, misture com um bom óleo, tipo Mazzola. Meio a meio. Mexa bem e coloque umas gotas de água, pra ficar cremoso. Fica cremoso na hora. Mais água, mais cremoso, muita água, aguado. Fique de olho.

Daí pra frente, a sua criatividade entra em jogo. Eu coloco de um tudo pra ir variando as saladas. Passas, nozes, queijo - qualquer um - fruta tipo gomos de mexerica, abacate, pedacinhos de sobras de tomate-seco, sobra de bife de frango em cubinhos ou desfiado, laranja, manga picada, maçã, pera, o que vou vendo na frente. Se você come carne, resto de carne assada, sobrou um bife, pica miudinho e tasca lá. Adoro salada misturada com arroz 7 grãos (ele frio, gelado misturado na salada fica lindo e muito gostoso).

Em Paris, é muito comum a dona de casa pegar um dente de alho, cortar ao meio e passar na tigela, esfregando, pra grudar o gosto na tigela e depois coloca a salada. Pra quem gosta de alho, fica bom demais, mas nada de mastigar o danado cru. Só o aroma e gosto leve, de longe.
Ai, me deu fome!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Lambendo os dedos e comendo Mafé ou Azi-desi

Como havia prometido, minha amiga da Costa do Marfim, fez o jantar, à moda da terra dela, pra minha família.


Logo cedo, fomos ao mercado pra comprar as tralhas necessárias. Fora as paradas, toda hora, pra comer uma fatia de abacaxi, tudo correu muito bem. Compramos tudo fresquinho e viemos pra casa pra começar a peleja. A cozinha africana é tal e qual a nossa ou, melhor dizendo, o contrário; nós fazemos muito o que aprendemos com eles.

Tirando as frutas, raramente ela perguntava o nome de alguma coisa. Conhecia tudo! Sempre que perguntava, era sobre frutas; queria comer todas. Ficou apaixonada com abil; queria levar pra mostrar pros filhos, mas comeu os últimos no sítio (acabou a temporada).

Como prometi - e já tô recebendo cobranças - lá vai a receita do prato que ela fez e que agradou a todos, sem exceção. Comemos até morrer e, hoje, domingo, liquidamos o que sobrou do almoço. Deus é mais! Comilança sem fim! Chama-se Sauce d'Arachide ou Molho de Amendoim (arachide é uma pasta ou manteiga de amendoim). Aqui, comprei um tipo Amendocrem e deu certinho. Se encontrarem a manteiga de amendoim (peanut butter), que os americanos usam muito, é a ideal.

Vamos lá: quantidade farta pra 6 pessoas.

2 kg de carne ou frango (Tipo carne pra fazer carne cozida. Eu comprei coxa e contra-coxa de frango)
3 tomates
1 cabeça de alho
4 cebolas médias
1 pedaço grande de gengibre
1 lata de extrato de tomate de 200 gr.
3 pimentões verdes
300 gr de pasta de amendoim
4 cubos de caldo Knnor, de galinha ou carne
1/2 kg de quiabo
2 limões
pimenta caiena
sal

Como fazer:
Limpar as carnes, tirando toda a gordura (no caso das colegas, a pele). Lavar bem com limão.
Misturar no mixer o alho todo, 2 cebolas, pimenta caiena e o gengibre.
Untar a carne com esse molho e mais o suco de um limão. Misturar bem, pra penetrar o tempero na carne e colocar em uma panela descansando por uns 15 mins.

Em outra panela, colocar a pasta de amendoim e misturar com água pra ela ficar líquida. Deixar em fogo brando e ir mexendo, pra não grudar no fundo da panela.

Acenda o fogo da carne, coloque um pouco de óleo e deixe cozinhar um pouco.

Bater o extrato de tomate com os tomates e refogar noutra panela, com óleo e uma cebola cortada em cubos. Colocar os 4 cubos de caldo Knnor e deixar cozinhar.

Cortar os pimentões em quatro e os quiabos nas pontas (eles ficam inteiros, compridos), colocar no molho de tomate com 1 copo de água e deixar cozinhar por uns 5 mins. Retirar a carne da panela e colocar o caldo que sobrar junto com esse molho de tomate.

Deixe ferver e coloque a pasta de amendoim, já líquida. Veja se a consistência é de um molho grosso.

Agora pegue uma boa e grande panela pra fritar a carne, até ficar douradinha. Depois de tudo frito, em bastante óleo quente, coloque tudo num panelão com o molho.

Corte a cebola que sobrou em cubos grandes e coloque a pimenta deixando cozinhar em fogo bem baixinho por uns 30 mins.

Prove o sal e, quando não sentir mais o gosto do amendoim, tá pronto.

Comer com arroz branquinho. Pode ser também com a sêmola do cuscus ou com farinha de mandioca (nós comemos com arroz).

Bom demais da conta, sô!

Como toda boa cozinha, é um pouco demorada, mas fica tão gostoso que vale a pena. Espero ter explicado direitinho.

Bom apetite pra todos que forem experimentar.


Acredite se quiser : Ela comprou no mercado, e levou na mala, 4 abacaxis, 4 mangas enormes, Umas 6 mixiricas polcan, abacates, um saco grandão de biscoito polvilho, polvilho azedo pra fazer pão-de-queijo e um queijo Minas enorme. Isso é o que tô lembrando ou o que vi... rs.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Polonesa ensinando brasileira a fazer caldo francês















Minha amiga (acho chato escrever toda hora minha amiga mas, como não quero ficar citando nomes, não descobri outra forma ) tinha uma receita simples e deliciosa, que vou ensinar pra vocês.

Ela dizia ser o segredo da vida longa e da boa saúde dela. Exageros à parte, realmente é uma gostosura e forte, além de ser o maior quebra-galho do mundo. Desde que aprendi a fazer, não passo sem o famoso "bouillon" dela em meu freezer.

O que vem a ser um "bouillon"? Nada mais, nada menos, que um caldo. No caso do dela era caldo de galinha.

Ele pode ser tomado sozinho, com arroz - aí vira uma canja deliciosa - com aquele macarrão fininho que se chama cabelo-de-anjo, com ovo cozido, quer dizer, é um pau-pra-toda-obra.

Como fazer o bouillon.

Na realidade, tudo que se usa, vai ser consumido, mas os ingredientes são mais pra formar o caldo, dando sabor e valor nutritivo. O importante mesmo será o caldo.

Pra fazer, você vai pegar um panelão, ou um caldeirão, e colocar uns 4L d'água. Limpar bem limpinho uma galinha e jogar lá dentro (precisa cortar em pedaços não) Colocar um maço de alho poró, umas 3 cenouras grandes, cortadas como quiser, sal, nada de óleo - porque o da "colega" já é suficiente- uns 3 dentes de alho, um molho de aipo e 1 cebola grandona.

Deixe isso tudo cozinhar, por pelo menos umas 3 horas, em fogo baixinho.

Um segredo, e que ela me enchia o saco enquanto me ensinava, era que, volta e meia, você destampa o panelão e retira "suavemente tá vendo?" a camada de gordura que se acumula por cima. Quando ele ficar pronto, quase não vai ter gordura.

Depois de pronto, quase tudo se desfaz, inclusive a "colega" então é hora de pegar uma peneira, ou um "chinois" (aquele cone-filtro) e coar.
Daí, separe em vasilhinhas e congele o caldo de ouro.

O que sobrava, normalmente ela devorava em uns dois dias.

Pintou fome? Chegou da noitada fraco devido aos excessos? "Bouillon." Ressaca dos diabos? Bombril, quer dizer, "bouillon."
Como assim?
Pegue uma vasilhinha ( ou duas ou três, dependendo do público pagante e ouvinte ) do caldo congelado e coloque direto no fogo, quando derreter, coloque o macarrão.
Tem uma sobra de arroz? Mesmo processo.
Faça umas torradinhas, quebre em pedaços e dá-lhe caldo junto.
Sobrou um tico de legumes do almoço? Mesmo processo.
Sobrou bife de frango, que não dá pra todo mundo? Corte em pedacinhos e... já sabe.

E chega de dar idéias. Vale tudo! E, ainda por cima, não engorda.

Esta é a melhor parte.
Isso não tem nada a ver com a receita, mas me lembrei : na França, tem um programa de TV que eu adoro, que se chama Bouillon de Culture, apresentado por um senhor muito simpático que se chama Bernard Pivot. Espero que ainda esteja no ar. Sei não! Fala sobre livros e traz o autor sempre. Uma vez veio o Chico, com um dos livros dele e, com um francês mais bonitinho do mundo, foi falando e respondendo perguntas. Ele tava de perna quebrada, engessada e de bengala. E todos riram muito quando ele disse que tinha sido acidente de craque, no futebol.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...