Desde a primeira vez que fui à Suiça me apaixonei. País lindo. Paisagens como se estivessem sempre prontas pra serem fotografadas a qualquer momento.
Estava passeando por Luzern, cidade tranquila, tudo limpinho, clarinho, verdinho, certinho, funcionando, sem barulho, arrumadinho. Lago, patinhos, aquela coisa meio cidade Estação de Águas, em Minas Gerais. Feita pra quem quer paz e correr de stress.
E, caminhando, escutei uma música, parecia um coral, e vi que vinha de uma igreja. Turista sem rumo é muito bom. Qualquer som, ou cor, ou uma torre, é motivo pra ele mudar o rumo pra verificar o que é aquilo.
Mas aquela música foi uma das melhores coincidências da minha vida. Passei na hora certa. Entrei na igreja e tinha quase uma orquestra, com um coral numeroso ensaiando pra algum evento.
Ninguém na igreja, aí, me sentei e fui contemplada com um sessão de música da melhor qualidade, vozes belíssimas, por mais de 1 hora. Nem me mexia, com medo de que alguém pudesse pedir pra eu me retirar. Fiquei lá tentando ser invisível.
Visíveis mesmo, só algumas lágrimas que desciam sem que eu pudesse controlar, tamanha a emoção que sentia naquele momento. Realmente um prêmio; daqueles que a gente só tem a sorte de ganhar uma única vez na vida.