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quinta-feira, 12 de abril de 2018

PERGUNTA AINDA SEM RESPOSTA

Quem sabe você me ajuda com esta dúvida.

Uma questão que me deixa intrigada e que ainda não encontrei quem me desse uma resposta satisfatória.
Não é possível ter uma única resposta, mas entre todos os amigos com os quais já discuti sobre este assunto, a conversa sempre termina no ar, com aquela interrogação, aquela sensação de " ainda nada resolvido".

Terminei de ler hoje o livro Prisioneiras do Drauzio Varella, e no último capítulo como que por encomenda ele trata do mesmo assunto da minha dúvida.

"Canso de escutar que a pobreza não explica a violência em nossas cidades. Citam como exemplo a Índia, país com centenas de milhões  (nota minha...hoje 1 bilhão e trezentos milhões de habitantes) de miseráveis e níveis relativamente baixos de criminalidade. Estou de acordo, mas vale analisar outros lados desta questão.
Talvez o único aspecto da violência urbana comprovado em estudos conduzidos com metodologia científica seja o dos fatores de risco. São três os principais;
1) Infância neglicenciada.Crianças que não recebem amparo familiar, atenção ou carinho e que são maltratadas ou agredidas. (nm; isso é o que mais existe na Índia por vários motivos. Inclusive necessidade dos pais saírem pra trabalhar. É muito comum e normal ver crianças de 4 anos já se virando na rua pra conseguir o que comer)
2) Falta de orientações firmes, que imponham limites ao adolescente. (nm; faz-se rir. Isso é o que de menos vemos por lá pelos mesmos motivos acima e mais ainda pela própria falta de oportunidade de educação dos próprios pais)
3) Convivência com pares que vivem na marginalidade"
(nm; aí entra um  fator que mais funciona na Índia. Punição. Errou, dançou, bobeou, infringiu a lei. Cadeia. O que falta aqui)


Não consigo chegar a um ponto que me satisfaça a resposta..
Por que em Bodhgaya, cidade de 30.000 habitantes na região mais pobre da Índia, nunca me senti ameaçada. Por que as crianças ficam perambulando pelas ruas com fome e não roubam nada. Nem uma banana. Por que um vendedor de barraca não precisa levar pra casa todo dia sua mercadoria. Simplesmente coloca um plástico por cima e amarra e quando chega no outro dia pra trabalhar tudo continua intacto. Por que na hora que ele sai pra comer ele simplesmente coloca uma cordinha amarrada de um cano ao outro que sustenta a barraca e ninguém rouba nada. (já mostrei isso aqui no blog) Tanto pode ser fruta, como bugigangas pra vender pra turista, como roupas, calçados.
Por que somos assaltados aqui em nossa terra, não reagimos, entregamos tudo que o ladrão pede e ele ainda atira e nos mata sem razão.
Por que temos além de ladrões, pessoas tão cruéis. 
Se estou andando pelas ruas de Bodhgaya com uma sacola de compras ou mesmo meu litro de água na mão, encontro um monte de criança se oferecendo pra carregar pra mim. Tanto pode ser pra ganhar alguma coisa ou mesmo simplesmente porque já me conhecem e querem me acompanhar até o hotel conversando.
Em nossa escola, quando vamos fazer uma almoço por exemplo, tenho que mandar a meninada ir brincar enquanto fica pronto, e selecionar só uns 10 pra ajudar. Todos querem participar, ajudar, colaborar.
Essa cooperação, compaixão, gentileza, carinho de uns para com os outros a cada dia que passa vejo menos no Brasil.
E a dúvida continua. 
Não é por ser pobre. Não é por não ter um tênis da moda. (Lá também existem pessoas calçando tênis caros)
Não é porque não podem comer todas as frutas, não é porque estão andando descalços e à pé.
Por que nossa miséria é tão cruel.
De minha infância até hoje, sinto que o uso de drogas contribuiu muito pra essa merda toda.
Na Índia a maioria dos estados proíbe o álcool. Eles bebem assim mesmo; sim. Proibem drogas. Eles se drogam assim mesmo; sim. Mas com bem mais parcimônia. A punição é severa. E quem é punido tem medo. Pensa duas vezes antes de aprontar uma merda.

Uma coisa é certa. Enquanto não houver para todos, sem discriminação, uma forte punição, não precisamos esperar mudanças.

Quanto a índole e mau caratismo, isso já é outra história.
E educação. Escolas boas, bons e bem remunerados professores também serão a salvação.
Não vou ver isso, minhas sobrinhas também não. Quem sabe os filhos delas. Tomara.
A impunidade, é a resposta mais próxima pra minha pergunta até agora.

nm; os sinais de interrogação e dois pontos do meu teclado sumiram.

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domingo, 6 de janeiro de 2013

É cultural. É cultural sim, mas é mais falta de sexo!


Fui me segurando, me segurando pra não falar a respeito de um assunto que eu não domino, mas não deu não.
Vou dizer o que penso sobre este problema de estupro aqui na Índia e no mundo




Foi lendo a carta que coloquei lá embaixo, que resolvi escrever sobre o que tem acontecido e o que aconteceu há poucos dias atrás aqui na Índia, quando uma jovem foi estuprada e morreu em consequência de toda a barbárie que sofreu.

Já vou adiantando que não sou indiana, conheço e venho a este país há muitos anos como turista, e só agora este ano resolvi vir pra ficar até quando eu não sei, por estar engajada em um projeto de educação com crianças na cidade de Bodhgaya, no estado do Bihar, que é um dos mais pobres e mais abandonados deste país.
Disse isso, porque vou falar como uma pessoa que está convivendo a pouco tempo com este povo no seu dia a dia e participando tão ativamente da vida deles, que raramente me lembro que não "tô em casa".
Então pra muita gente, o que vou dizer pode parecer precipitado, palpite de uma estrangeira que não tem ideia do que tá dizendo, ou está pensando, que com meia hora em um país milenar como a índia, já pode abrir o seu achômetro e dar palpites.
Não me importo. Só vou relatar um único caso acontecido comigo;  tenho vários e você vai pensar o que quiser. Quem sabe não abre até uma boa discussão quando for tomar sua cerveja neste final de semana? Nem que seja pra meter o pau (epa!!!) em mim.

Estou morando em um Hotel há alguns meses e um dos objetivos de sua gerência é usar o espaço do prédio e seus jardins para promover festas. Muito bem, ótimo! Indiano adora festa, cantar dançar, música. *
Mês passado teve uma overdose de festas de casamento aqui. Foram quatro casamentos seguidos, na mesma semana. E cada um, com mais de um dia de festa. Cheguei a brincar contando pros meus amigos que era a semana de "Quatro casamentos e um funeral" como o filme. No final da semana o funeral seria o meu.
O Hotel virou um Deus nos acuda, pra essa estrangeira que está a trabalho e não a passeio. Mas não reclamei, tentei manter a calma e a paciência durante este tempo com a algazarra de crianças e adultos dia e noite inteiros e mais a música no volume máximo; tava pior do que morar dentro de um trio elétrico.
À noite fui incomodada todos os dias com crianças batendo a campainha do meu quarto pra me encher o saco. Encheu sim, mas eu já toquei campainha demais nas casas dos meus vizinhos quando era criança. Fui ponderando e abrindo a porta de vez em quando pra dar um susto nelas e tentar dormir.
Mas, sempre tem um mas. Na última festa o caldo entornou.
Crianças começaram a tocar a campainha sem parar, falei com os pais, uma, duas, três vezes, até elas pararem. E pararam.
E não é que lá pelas quase três da manhã começaram a tocar de novo? Fingi pra mim mesma que dormia, mas a insistência em me encher o saco era tão grande que a pessoa não parava. Abri a porta e vi um rapaz correr.
Voltei pra cama.
Começou de novo.
Abri a porta e ele correu.
Um marmanjo de mais de 20 anos.
Quando ele voltou, eu consegui abrir a porta sem fazer ruido e peguei ele sem ter tempo de fugir. Fui empurrando ele em direção a um grande hall que tem mais pra frente e lá tinham uns 50 homens. Só homens.
Já cheguei e dei um berro.
Todos pararam de falar com o susto.
Eu de pijama, sem nem ensaiar e com ódio daquele povo, berrei pro quarteirão todo ouvir:
- São três horas da manhã, eu estou tentando dormir até agora, amanhã tenho que trabalhar e vocês não deixam. Vocês tem que saber que isso é um Hotel, e não estão na casa de vocês. E tem mais.
SABE PORQUE VOCÊS ESTÃO TOCANDO A MINHA CAMPAINHA E MORRENDO DE SE DIVERTIR COM ISSO? POR FALTA DE SEXO.
Vocês precisam trepar. Enquanto dizia, fazia o gesto que é universal quando se trata de foda, pra não deixar dúvidas do que eu tava dizendo. Vocês precisam namorar, dar uns amassos, fazer carinho nas suas mulheres, nas suas namoradas, ou no raio que os parta. A testosterona de vocês tá saindo pelo buraco errado. Se cada um estivesse com sua mulher eu estaria dormindo tranquila.
Agora me deixem em paz e vão todos pra puta que os pariu!  Berrei o mais alto que pude. Isso dito claro e num português impecável, como eu sei muito bem dizer quando quero.
Virei e voltei pro meu quarto.
A festa acabou nesse minuto e nem o barulho de cada um voltando pro seu quarto eu ouvi.
Estravazei minha raiva, dei uma relaxa e dormi.

E não venha me dizer que ficar se agarrando o dia todo, abraçando, deitado no colo,  fazendo carinho, simulando briga pra se pegar, andando de mãos dadas o tempo todo ( isso só homem com homem; talvez as mulheres façam, mas até nisso é escondido ) é cultural. Isso é necessidade de afeto, de carinho, de amor, de sexo.

SÓ CULTURAL!

Cultural sim, mas se eles tivessem liberdade de conviver com as meninas, uns fazerem parte da vida dos outros, meninos e meninas dividindo crescimento  em todos os sentidos, eu acho que pegar mulheres à força pra extravasar instintos animais (desculpem animais!) e ao mesmo tempo fazer com elas um sexo como se tivessem com ódio delas, o estupro aqui na Índia ou em qualquer outro lugar deste planeta teria um índice muito menor. Seria realmente caso de doentes. Pessoas doentes fisicamente, não doenças adquiridas pela má educação e pela castração de viver numa boa mulheres e homens sempre juntos e cada um respeitando o outro como todos devem ser respeitados.
A necessidade de fazer sexo é tão natural como a de beber água, comer, dormir, descansar, rir.

E tenho observado, que homem e mulher aqui convivem muito bem até o começo da adolescencia. Aí, quando a coisa começa a ficar boa, eles são apartados e só voltam a ter um relacionamento de poder conversar naturalmente depois que a mulher se casou, já tem filhos e imagino, que pra "essa cultura", a partir daí ela já não representa mais um perigo social.

*Sempre homem com homem se divertindo, dançando, bebendo, rindo a valer e as mulheres sentadas olhando. Mais uma vez eu repito. Isso aqui no Bihar. Não estou falando da Índia toda porque não sei.


OPEN LETTER TO THE PRIME MINISTER OF INDIA.

por Vishesh Sharma, Domingo, 6 de janeiro de 2013 às 03:02 ·
Dear Dr. Manmohan Singh. 

I am an Indian Citizen residing in United States. Like many I am sad and disturbed by the recentRape in Delhi, Specially the one on DEC 16th of Jyoti Singh Pandey as the name has been released by her father to the News networks and the one I read about the 3 1/2 year old being raped in her School.

Here is where I have issues with the GOVT. I understand we are governing a nation and not just a state or union territories, but this problem has persisted for years in Delhi, There were Appox 635+ cases last year in Delhi and these are just registered cases. Infact it’s a problem we need to tackle in the whole country considering we don’t have laws protecting WOMEN.  Please see theRAPE MAP of INDIA.  http://blogs.wsj.com/indiarealtime/2013/01/03/a-rape-map-of-india/

As someone who is in charge of the Nation, it’s your Prime duty to Protect it's citizens. We need to Protect the WOMEN from these ANIMALS who think they can get away with such ghastly acts. 

We also need to educate our men and women in Uniform & Politics, Who think women dressed a certain way are asking for it or they are meant for Household chores. In my opinion there is no place for such people who are there to Serve & Protect It’s citizensEvery such Politician and Cop should be stripped off thier Position.

I would like to add that every citizen of India also has a duty to help people in need & learn about Civic duties . It is disturbing to hear and i quote Jyoti’s Boyfriend.

“My friend was grievously injured and bleeding profusely,” he said. “Cars, autos and bikes slowed down and sped away. I kept waving for help. The ones who stopped stared at us, discussing what could have happened. Nobody did anything.”
After about 20 minutes, three police vans arrived, but the officers argued over who had jurisdiction over the crime as the man pleaded for clothes and an ambulance, he said.
Finally, he said, they were taken to a hospital.

STRICT LAW will help curb this problem. POLICE should always figure out jurisdiction issues after they have taken care of the victim. I URGE you sir to Help the citizens and you will see that the nation will get behind you only to give back more. 

I like everyone in the world would not be here if it wasn’t for a WOMAN who gave me birth. My Mother has been a huge strength to me and I have had 3 WOMEN as great teachers (My MOM and SISTER's)  who taught me to respect women. I expect everyone in my country to be the same. 

The World is watching & I still have hope that things can change as I am an optimist.

PLEASE SAVE the CHILDREN & WOMEN of INDIA. THEY ARE THE FUTURE. #SAVE INDIA.

Thank You,

A concerned citizen

Vishesh Sharma.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...