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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Organizando pra viagem - Causus do Zé

Eita Brasil! Só rindo!

Bão, a minha próxima viagem, daqui a dez dias, não é nenhuma excursão, mas como vamos ser sete pessoas e como eu já conheço o caminho das pedras, acabou que fiquei com a responsabilidade de organizar algumas coisas. Quis coisas?
Reservar hotel em Israel, mandar imeio pro Kibbutz que eu trabalhei avisando que tamo chegando e queremos almoçar lá, me informar sobre quais lugares precisamos de visto, se temos que tomar algum tipo de vacina, e porrai vai. Ah! E ler anotando tudo que for interessante, do Guia de Israel do Lonely Planet. Só 468 páginas.
Já vou respondendo a estas perguntas e ao mesmo tempo você vai anotando pra quando for, se não tiver mudado alguma regra, facilitar pra você.

Reservei o Hotel em TelAviv pelo http://www.booking.com/ , e pra Jerusalém, já tenho uma dica super legal de um Convento Guest House. Não reservei, porque como não costumo viajar com dia e hora marcada, não sei quando vamos pra lá. De TelAviv vamos pra Jordânia conhecer Petra e depois pro Egito  conhecer o Cairo. Só na volta vamos pro Hotel de Jerusalém, que é o Rosary Convent Guest House and Hostel.
Pra Israel não precisamos de visto, pra Jordânia o visto é conseguido na fronteira e pro Egito também. Pra estes dois vamos por terra.
Pro Egito precisa ter vacina contra febre amarela. Aí é que entra o Zé, um dos companheiros de viagem. Se você leu os Causus do Zé aqui no blog, já pode imaginar como vai ser essa jornada. Como fui vacinada no ano passado pra ir pra Índia, tava com tudo fresquinho na idéia. Mandei imeio pra turma, avisando onde tomar a vacina, e aconselhando a fazer como faço. Grampeio na capa do passaporte este tipo de documento. Junto com nota fiscal de lepitopi, essas coisas. Pra não correr o risco de sumir.

Ele me liga agora e diz:
-Você não imagina o que aconteceu hoje de manhã comigo!
- Meu Jesus, lá vem bomba.
- Que foi?
Vamos ver se decorei tudo.
Antes dele sair do trabalho, ligou pro telefone que eu indiquei, do lugar onde tomar a vacina.
- Alô, vocês aplicam vacina contra febre amarela, ai?
- Sim sr.
- Mas emitem aquele certificado de vacinação internacional?
- Não, Sr. O Sr. teria que tomar a vacina e depois ir a ANVISA para emissão do certificado.

Então ele resolveu ligar para a empresa de turismo, que é usada pela empresa que ele trabalha, pra ver se teria outro local que aplicava a vacina e já emitia o dito certificado internacional. Foi informado que seria na Av. Afono Pena ou no Aeroporto de Confins. Confins, sem chance. Muito longe.
Baixou pra Av. Afonso Pena, pegou a senha e esperou por longos 45 minutos.
- Senha 35, guiche dois por favor.
- Bom dia. Vim tomar a vacina contra a febre amarela para viagem internacional.
- O Sr. já tomou a vacina?
- Já sim. Há 10 anos atrás. Já venceu.
- Pois, então, o Sr. tem que vacinar novamente.
- Pois é, por isto que estou aqui. Quero vacinar.
- Sr., aqui não vacina, só emite o certificado.
- Ahn? Ué e onde vacina?
- Qualquer posto de saúde...
- E qual o mais perto?
- Na Paraíba (mesmo local onde havia telefonado antes) ou Alameda Ezequiel Dias...
Baixou pra Paraiba. Pegou a senha e esperou por uma 1 longa hora e 35 minutos,  no relógio.
- Senha 23, pode entrar.
A enfermeira:
- Pois nao?
- Vacina para febre amarela.
- O Sr. vai viajar pra onde?
- Egito.
- OK. Temos também a triviral, embora não exigida a gente recomenda. Quer tomar?
- Ué, vai fazer mal não?
- Claro que não.
- Então tá.
- Temos também a antitetânica. O Sr. tomou recentemente?
- Não me lembro.
- Mais de 10 anos?
- Deve ter sido, pois não me lembro.
- Então também recomendamos. Vai que o Sr. se corte.
- OK.
- E a Poliomielite ? - indaga a enfermeira.
- Ué, não é aquela do Zé Gotinha?
- É.
- Mas Sra. vou fazer 53 anos de idade...
- Tem problema não, é de graça e na língua. Só três gotinhas.
- Ué, então tá.
Confere a enfermeira.
- Então vejamos: uma no braço direito, outra no braço esquerdo, três gotinhas na língua e a quarta no bumbum.
- Certo.
Assim foi feito. De graça até injeção na veia. E na bunda.
- Braço direito, braço esquerdo. Abra a boca.
- Sr, poderia descer a calça?
Ele desceu a calça até o joelho e debruçou na mesa.
A enfermeira falou demonstrando controle total:
- Sr., por favor, somente 4 dedinhos abaixo da cintura...
 Fazer o quê, né?

http://www.lonelyplanet.fr/

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pensavam que acontecia só comigo? Não. Com o Zé também.



Mais uma colaboração do nosso amigo Zé. E ainda na China. Que sina!
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Estava eu indo para Xian, interior da China, onde tem os famosos "Exércitos de Terracota", pra participar de um Congresso.

Cheguei tarde da noite e, como disse esta nossa amiga blogueira, nunca chegue em um lugar desconhecido à noite. Pois bem, cheguei no aeroporto, peguei minha mala e saí do dito quase escuro pois as luzes estavam sendo apagadas, procurando a tradicional fila de táxi com o endereço do hotel na mão. Nada de fila de táxi... Só eu de estrangeiro, todos os outros chineses foram a caminho de um estacionamento pegar seus respectivos carros.

Olhei pra direita, pra esquerda e, nisso, se aproximou um chinesinho, novinho, poucos dentes, em um carro russo que um dia foi vermelho, sem placa, sem sinaleira de táxi, cujo porta-malas era amarrado com uma cordinha. Já veio com a mão na minha mala e falando em chinês um monte de coisas que eu não entendia. Puxei minha mala pra mim e, por sorte, tinha um guardinha perto.

Cheguei até o guarda e perguntei em inglês se aquele taxista era oficial, se era confiável, se eu podia pegá-lo sem problemas, etc, etc. O guardinha me olhou com cara de paisagem e continuou olhando pra.... paisagem.

O chinesinho acho que entendeu minha aflição e disse pra mim com o polegar para cima: "Is good, Is good"(é bom é bom).

Meu Deus, o que seria pior, ficar ali sozinho no aeroporto já às escuras ou me arriscar?

Arrisquei. O chinesinho riu escancaradamente."Is good , is good..." Jogou minha mala no porta- malas amarrado com a dita cordinha e meteu o pé na estrada.

Tudo escuro, a cidade nunca chegava e eu não conseguia ler nenhuma placa sinalizando "Xian", tudo em chinês e comecei a ficar preocupado. Nisso, lá adiante aparece uma barreira de pedágio e fico um pouco mais aliviado, pelo menos parecia ser algo civilizado. Porém, algumas centenas de metros antes da barreira, o chinesinho dá uma guinada no carro e entra por uma estrada de terra, fugindo do pedágio. "Meu Deus, tô fu" pensei. E o carro passa por umas vilas horrorosas, com gente mal encarada nas portas, esgotos nas ruas, crianças nuas e jovens fumando nao sei o que... Rezei, rezei muito. Pensei: "Meu Deus, se este cara me leva pra algum lugar, rouba meus dólares e me desova num buraco destes, nunca ninguém vai saber o que aconteceu," e rezei e rezei, acho que tava quase chorando, suando, pois o chinesinho olhou no retrovisor e com uma risada um tanto sarcástica falou: " Is good, is good."

Achei que aquela risada queria dizer: "Vai se fu... rapazinho...Agora você se fu..." E minha cabeça rodou.. E rezei mais ainda. Nao sei quantos Pai Nossos, quantas Ave Marias, Salve Rainha, Credo, e tudo mais. E o chinesinho com o pé fundo no acelerador: " Is good, is good!"

Quando eu já tava pensando no tipo de morte que iria ter, desmaiando de medo, suando de apreensão, o chinês vira uma rua e diante de mim aparece um lindo hotel : "SHANGRILAH". Era o meu hotel !!!!!!
Juro por Deus, quase dei um beijo na boca nojenta daquele chinesinho. E ele com aquele sorriso, que até hoje não consigo decifrar se era de sacanagem ou não, parecia que me dizia: "Não te disse? Is good, is good..."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Cuidado com remedinho pra dormir. Você pode ter uma surpresa ao acordar.


Estava meu amigo ( nem vou dizer que era o Zé, senão vocês não vão acreditar...) iniciando mais um longo vôo. Cansado, depois de alguns dias só em reuniões, viagens, encontros, almoços. Pode parecer glamuroso pra quem tá de fora, mas pra quem tá dentro, enche o saco.
Acomodou-se na cadeira depois do jantar, tomou um comprimidinho pra dormir o sono dos justos e a última imagem da qual se lembra, foi de um carrinho sendo empurrado pela aeromoça, vendendo as tralhas do free-shop do avião.
Acordou já com o avião aterrisando (comprimidinho supimpa esse aí!) no destino, todo mundo se arrumando pra desembarcar.
Juntou suas coisas meio zonzo de sono, o povo saindo e quando ele olhou pro encosto da poltrona da frente, naquela bolsa, viu um saco de papel do free-shop e pensou: "meu Deus, nem tinha visto isso aí". Pensou: "alguém deve ter esquecido, talvez até do vôo anterior". Pegou a sacola, já que o avião já tava quase vazio, enfiou na mochila e saiu. "Não vou dar de presente pra tripulação". Pensou.

E fila e passaporte e malas e táxi, nem tava mais se lembrando do pacote. Já quase chegando em casa, abriu a mochila pra pegar não sei o quê, foi quando viu o pacote, resolveu abrir pra ver o que tinha dentro.

Eram 3 perfumes muito bons e, consequentemente, muuuito caros. Ele pensou: "Oba! Me dei bem!" Do fundo do saco, saiu junto com o terceiro perfume, uma nota de cartão de crédito. Do cartão DELE! E a nota assinada com uma caligrafia das mais legíveis. Seu nome. Não tinha a menor dúvida. Ele havia assinado.

Remedim filho da mãe !

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Brasileiro não consegue viajar light. Zé contando.



A empresa onde trabalho resolveu abrir um escritório em Pequim e lá fui eu procurar um chinês para servir de base e me ajudar nos trâmites iniciais. Já tinha uma referência boa da pessoa e fui encontrar com ele lá. Não vou falar o nome aqui, porque vocês sabem, este Blog corre mundo e não queremos expor as pessoas.
Mas o interessante é que os chineses pra facilitar as coisas pros ocidentais, escolhem um nome ocidental e se auto-batizam com aquele nome e todos nós ficamos conhecendo pelo nome ocidental, caso contrário, todos chamariam Xin Chon Quan ou Xon wuan Jiang, e assim vai. Mas o nosso chinês lá chamava-se Robert. Very easy, isn't it? (Muito fácil, não ?)

Pois bem, encontrei com o Robert em Pequim, selecionamos algumas salas, verifiquei a documentação necessária pra abrir uma empresa na China, etc, etc, e voltei pro Brasil. Dois meses depois, meu chefe me chama e me diz : "Zé, vamos a Pequim que quero ver aquelas salas e dar andamento a essa proposta". O chefe foi, e com a família. Estavam de férias, iriam também. Liguei pro Robert e expliquei tudo pra ele. Pedi pra arrumar uma van pra nos esperar no aeroporto, pois éramos 8 pessoas. Chegando em Pequim, lá estava o chinesinho Robert nos esperando. De repente, ele fica branco e só depois pude entender o porquê: a van que ele tinha arrumado cabia 8 pessoas... E NENHUMA MALA. E chefe quando viaja com familia, haja mala!! Chinês corre pra cá, fala ao telefone, corre pra lá e repete mil vezes, "wait a moment", "wait a moment" (só um minuto, só um minuto). Alguns longos minutos depois, chega a van com uma carretinha atrás. Problema resolvido!!! Fomos nós pro hotel de van, com uma carretinha atrás coberta de malas !!
Meses depois, a situação se repete. Ligo do Brasil pro Robert e digo a ele que estaríamos "toooodos" de volta a Pequim em tal data. Chegando ao aeroporto, tava lá o Robert todo sorridente e nós com a habitual montanha de malas atrás. Seguimos pro estacionamento, mas como eu não via van nenhuma, perguntei pr o Robert: "Robert, where is the Van?" (Cadê a van ?) Já preocupado de ter o mesmo problema novamente e o chefe julgar minha, a incompetência.... Robert dá um largo sorriso de dentes estragados e aponta prum ônibus.

Gente, um ônibus gigante !!! Viação Cometa perdia praquele ônibus!!

Chefe olha pra mim e pro chinês e diz: "Vocês dois fazem uma bela dupla!!"

Fazer o quê, né? Pelo menos não pagamos mico de chegar no hotel com carretinha atrás...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Jantar mongol...adivinha com quem?

Zé, amigo querido, dando mais uma colaboração com seus causus. Cada um melhor que o outro. Deliciem-se !
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Esta aconteceu nas minhas andanças na Inner Mongolia. Naquele mesmo lugar onde a chinesa veio ao meu quarto com sua tabelinha de preços.

Pois bem ! No outro dia, o dono da cidade fez um jantar típico em nossa homenagem, em uma tenda mongol montada no pátio do hotel. Muito chic ! Mesa redonda e uma enorme bacia no meio borbulhando um caldo branco e uns rabos de aves sobrenadando naquele caldo. Inocentemente perguntei: Is this duck? (Isso é pato?) E o anfitrião me respondeu: Pidgeon (pombo) com uma cara como se dissesse faisão!

Eis que ele move a colher naquilo e sobem meia-duzia de pombos inteiros, com cabeça, olhos e tudo mais. E o caldo branco? Leite de cabra e banha de porco. Era a famosa sopa Gengiskan, que todos os guerreiros tomavam no inverno, antes de ir pra a batalha, pra dar sustância.

"Quero não ! Agradecido!" pensei eu em vão. Foram várias rodadas daquilo.

Lá pelas tantas, entrou uma mongol, digo nativa, com um jarro de bebida numa mão e uma cumbuquinha em outra e, no braço, um monte de faixas brancas. Era o ritual de boas-vindas que consistia no seguinte: Ela entoava uma canção, finiiinha, estridente e, enquanto cantava, enchia a cumbuca com a bebida da jarra - que nada mais era do que uma cachaça de quinta - colocava a faixa branca no pescoço do visitante e este tinha que beber a tal bebida. Quanto mais demorava a música mais você bebia. E a mesma cumbuca rodava a mesa. Contei quantos tinham antes de mim e eram 7, ou seja, a minha cumbuca vinha mais do que babada. E tinha mais: se a dita fosse com sua cara, ela cantava mais de uma música e você tinha que beber quantas cumbucas durasse a música.

O cheiro forte dos pombos na bacia de leite de cabra sobrenadando em gordura de porco, a voz daquela donzela estridente e a cachaça na cabeça do povo, faziam tudo rodar.

Na minha vez, olhei firme pra ela, com a cara bem fechada e disse: Just one! (só um) E virei a cumbuquinha, ela deu um sorrisinho pra mim e repetiu a mesma musica enchendo a cumbuca novamente. Quis matar ela.

Foi aí que, como num passe de mágica, entra na tenda um mongol imenso, mas imenso mesmo, vestido de guerreiro com um bode assado inteiro numa bandeja também imensa. A cabeça do bode era passada de mão em mão e cada um tinha que beijar a testa do bode em sinal de respeito. Quando a cabeça do bode terminou de rodar a mesa, o mongol soltou um grito horroroso e, de um só golpe, estraçalhou o bode em trocentas mil partes com as mãos. Ah! dentro da tenda, tinham várias caixas de som onde soavam tambores ritimados.

Naquela altura, tudo girava na minha cabeça, a sopa, os pombos, a cachaça, o bode, o mongol e a cantora lírica. Não deu outra, coloquei a mão na boca e corri para a porta da tenda e chamei o juca. Até hoje, quando o chefe quer me puxar a orelha, ele diz: "Deixe estar, na próxima vez te levo a um jantar mongol !"

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pra quem não acreditava na existência do Zé...


Olha ele aí. Primeira colaboração de " O leitor também vai escrever ". Transcrevo o texto tal e qual ele me enviou.




E foi assim.


Naquela viagem fatídica para Taiwan, quando Taipei nem metrô tinha ainda e que o chinês da Van me despejou no Sheraton e eu pensava que iria para o Hilton. Pois é! Hotel Sheraton de Taipei, lindo, cama fôfa com lençóis de algodão egípcio. Estas delícias que a gente só encontra em hotéis 5 estrelas.O tal do representante de Taiwan, não me lembro mais do nome, mas cuja empresa chama-se Green Mountain, era um chinês de cara redonda e dentes pretos. Ficou de passar no hotel para me levar para jantar um churrasco chinês. E eu nem imaginava o que isso significava. Mas isto é uma outra história...


Chinês combina de encontrar comigo no lobby do hotel, mas acaba subindo, batendo a campainha do meu quarto e se adentrando com sua secretária, que ria o tempo todo com a mão na boca, um lápis e um bloquinho de anotações. E o chinês não parava de falar e sua secretária atrás, rindo e tapando a boca com a mão, dando voltas e voltas no quarto. Abri a porta algumas vezes com menção de sair, mas o chinês só falava, falava, falava. Meu inglês naquela época péssimo, e inglês com sotaque taiwanense, pior ainda, ou seja, não tava entendendo p nenhuma o que o chinês falava. Estava vindo da Coréia e louco por um barbecue...


E, de repente, o chinês, cansado de dar voltas no quarto e de falar de sua empresa suponho eu, senta na minha cama, e pior, em cima do meu travesseiro! A chinesinha só anotando no bloquinho, tudo que eu falava e o que o chefe dela também falava.


Numa certa altura, o diabo dá o maior peido no meu travesseiro! Daqueles prolongados, tipo tarol em parada de 7 de setembro. Fiquei puto, olhei pra chinesinha e ela jogava a cabeça pra trás no maior riso de sacudir o corpo, tapando a boca com a mão e achando lindo o chefe dela peidando no meu travesseiro. Passei o jantar inteiro tentando lembrar como chamava travesseiro em inglês, para quando voltar ao hotel pedir para trocar aquele todo peidado. Não lembrava, de tão puto que fiquei.


Chegando ao hotel, apertei o housekeeping (serviço de governança) no telefone e quando a moça veio, peguei o travesseiro e entreguei a ela e falei, curto e grosso: change please!! (troca, por favor)


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Zé na China...mais uma história inacreditável.


Essa aconteceu há uns 3 anos atrás.

Tava o Zé numa comitiva da Empresa visitando os cafundós da China. A cidade se chama Erdos e fica na divisa da China com a Mongólia. Região que eu sou apaixonada. Ainda vou à Mongólia um dia. Se me sobrarem dias de vida, porque pela minha gula de viajar, os muitos que ainda me restam, se Deus quiser, vão ser poucos pra tanta coisa.

Mas continuando... A região se chama Inner Mongólia.

A cidade tem um dono. Tudo é dele. A imensa Fábrica de Ferro Ligas, o imenso Hotel, a imensa Fábrica de Cashemir. Aliás a maior da China e cujo nome é ERDOS. Tudo imenso, inclusive o imenso deserto de onde surgia como que por milagre, tudo isso.

Chegaram e ele super cansado tomou um banho e foi abrir seus imeios. Nada do computador funcionar.
Ligou pra recepção e pediu um técnico. Ah! Esqueci de dizer que naquele lugar há meia hora do fim do mundo ninguém falava inglês exceto o dono de tudo, que aliás tinha se formado em Cambridge! Vai entender como!

Acredite se quiser.Dez minutos depois batem à porta, ele abre e uma chinesa toda faceira mas meio suspeita se apresenta. Ele pergunta: você é o técnico do computador? (santa inocência...)
Ela então mostra um papelzinho com três valores, onde ele foi lendo e ela acompanhando com gestos pra garantir o entendimento.

Aqui uma pausa prá explicação. Vamos chamar os personagens a seguir de amigo e amiga.

1) 1.000 yens: e aponta pro amigo dele e pra boca 1, 2, 3, dela.

2) 2.000 yens: e aponta pra boca dele e pra amiga dela

3) 3.000 yens: e aponta pro amigo dele e pra amiga dela.

Ele pensou: meu Santo Deus, onde vim parar... Deu um sorrisinho amarelo como os nativos e balançou o dedo negando. Fez várias reverências como eles fazem agradecendo, e indicou para o computador mostrando o polegar pra baixo querendo dizer: o computador não funciona. Preciso de alguém pra fazer funcionar.

Ele não sabe o que ela entendeu, só sabe que ela saiu rapidim, e mais rapidim ainda voltou mostrando a tabelinha de trabalho dela agora com um reajuste e uma promoção. Ou seja: apontava para o nº 3 e para o nº 2 e mostrava o preço do nº 1. Dois serviços pelo preço do serviço mais barato. Uma verdadeira pechincha.

A essa altura do campeonato já eram 2 da manhã, ele dizia e fazia gesto de não, ela insistia, ele abria a porta e tentava colocar ela pra fora ela fechava a porta e ficava, enfim. Veio pra trabalhar e não queria perder a viagem. Ele dizia não e ela insistindo, ele abrindo a porta para ela sair e ela fechando a porta. E entrou de vez e plantou-se no meio do quarto, não desistia.

O Zé liga pra recepção e chama o chinesinho pra ver se se salvava daquela situação.
O china vem e o Zé fazendo gestos tenta explicar a situação e que era pra ele sumir com a moça do quarto. O chininha só apontava pra ela e fazia o sinal de positivo, tipo assim, esta é boa... Não teve jeito.

Tirou 1.000 yens da carteira, deu para eles e os empurrou porta afora.

Os três dias que ficou lá não tocou mais no computador. Que mêda!!!!!!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ele de novo. Ele quem? O nosso campeão... Zé.


Povo tentando tirar o Zé da Van.



O Zé faz questão de dizer que isso foi há 20 anos atrás. Quer dizer, hoje os micos são menos primários.... se aperfeiçoaram...... hhhheeeeeeee.........


Saindo da Coreia onde aconteceu o desvio com o Mr. Lee, o mesmo Mr. Lee que peidou no travesseiro dele. Epa! Mas isso é outra história. Depois eu conto. Lá vai ele para TAIWAN conhecer o agente chinês cuja empresa se chamava “Green Mountain”. Então tá.


A secretária da agencia de turismo havia informado que ele se hospedaria no HILTON. Não precisa se preocupar Zé, porque já tá tudo acertado. Uma Van do Hotel vai te esperar no aeroporto com uma plaquinha : Mr. Spinola. Chic.


Saindo da alfândega ele vê um chinês com uma plaquinha : MR. SPINOLA. Pensou : tô em casa!
O china não falava ingles e fez sinal para esperar ali. Esperou, e daí a pouco lá vem o chininha com mais algumas pessoas.
Fez sinal outra vez para que esperassem todos ali mais alguns minutos e voltou dirigindo uma Van escrito: SHERATON.


No que o nosso herói pensou: deve de ser uma daquelas Vans que percorrem vários hotéis. Entrou nela junto com o bolo, certificando se o tal chinês havia colocado sua mala Sansonite (muito chic na época) lá atrás. Tava lá.


Taiwan não tinha sinal de transito, não tinha placa, não tinha rua preferencial e até a chegada ao Hotel foi um susto atrás do outro.


Chegaram ao Hotel SHERATON e todos desceram menos o Zé, lógico! O hotel dele era o HILTON.
O Chinês foi tirando as bagagens e ele no último banco da Van de olho na sua mala. De repente o motorista bota a mão na mala do Zé (epa!!!) e ele mais do que depressa segura na mão do moço e diz: HILTON!
O motorista vira pro Zé e diz várias coisas em chinês puxando a mala e apontando para o lobby do Hotel e o Zé segurava a mala balançava o dedo e dizia pro cara: no, HILTON!


E foi uma briga só. O china puto da vida mostrava o relógio querendo dizer que estava atrasado, esbravejava e fazia mil gestos que ele presumia que o estava atrasando, porque tinha que voltar ao aeroporto para apanhar outra fornada.
Mas o Zé firme, não descia da Van nem por reza brava porque afinal de contas o translado estava incluido no pacote!


E pensava: imagina eu no Hotel errado, sem falar quase nada de inglês, com um bando de Chineses que fala menos ainda do que eu? Nunca, nem morto. Só desceria no Hilton.


Foi então que o motorista entrou no Hotel e veio de lá com o Gerente, que muito calmamente falou:
Mr. Spinola, (palavrinha mágica. Quando ele escutava seu nome se sentia em casa) por favor libere a Van. (tire esse trazeiro gordo daí como dizem os Cassetas) O Sr. tem reserva neste hotel. No que o Zé diz: no, I have a reservation at HILTON HOTEL (tinha decorado isto).
O gerente muito calmo continuou: Come with me, please ( e o motorista bufando já sentado ao volante da Van pisando no acelerador querendo dizer, anda logo pô! ) E o gerente continuou. If you don’t have reservation on SHERATON I will arrange to you a car till the HILTON HOTEL, free of charge!. A palavra “free” soou mágica para ele.

Entrou no Hotel e o Gerente ligou para o Hilton. Foi aí que o Zé descobriu que não tinha reserva nenhuma no Hilton, e sim no Sheraton mesmo!!!!!!!

A burra da secretária havia anotado o nome do hotel errado.

O Gerente olhou para ele com cara de “tá vendo”? E ele só soube dizer: I’m sorry...I am so sorry!

(Marcelo seu mestre e vidente) havia lhe ensinado a dizer isto também....

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Outra do Zé...campeão até agora....hehe...hehe...


E tá lá ele no Japão fazendo graçinha pros japas afim de desencalhar o Ferro Liga da Empresa. E come com pauzinho, e dá-lhe saquê, e peixe cru, peixe cozido, peixe assado, suximi, naguiri, daiquiri e tudo que termina em i.

Um belo dia o japa faz o convite. Vou te levar hoje em uma churrascaria. Num tô acreditando!!! Será que ouvi bem? Mineirim acostumado com arroz feijão e bife todo dia, não acreditava que ia comer um naco de carrrrrrrnneeee. Carne. Deus seja louvado!!!

A noite demorou a chegar mas chegou enfim, e lá foram eles Zé salivando e já podendo sentir o cherim da carne assada entrando pelo nariz adentro.

Restaurante legal, tudo muito bom tudo muito lindo mas já estavam acomodados e não sentia cheiro de nada. Nada que lembrasse carne.

Nem podia, nem sentiu. O restaurante servia churrasco de vegetais. Todos os vegetais que ele já havia comido na vida, todos que conhecia, e claro, trocentos que ele jamais soube o que ingerio.

Advinha o que saimos pra comer assim que ele chegou de viagem? Eu acompanhando pra dar apoio, porque carne mim não come....rs.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Melhores histórias...do Zé, claro!!!!


Chefe do Zé chama numa sexta feira à tarde e diz: A partir de segunda você assume as vendas internacionais. No que ele diz: mas chefe, não sou fluente em inglês! Chefe retruca: tem problema não. Aluga uns filmes, bota esparadrapo na tela da TV para não ver o"subtitle" e vai treinando.
Ah! E no mês que vem você ta indo vai pra Seul!

E assim foi. Um mês de aulas intensivas com o Marcelo e parte o calouro em inglês, com a cara e a coragem.

Primeiro dia de trabalho reunião com o Mr. Lee agente da Empresa, na Coréia. Ele pegaria o Zé no Hotel. O Zé fica no quarto esperando a ligação.
Mr. Lee liga: Mr. Spinola? The traffic is terrible and I will delay.

Zé num inglês impecável: No problem! I wait.
10 minutos depois o telefone toca novamente, ele atende e uma voz diz: Mr. Spinosa? This is Mr. Lee, I am at the lobby in front of the elevator. Black suit and red tie.

Desce o Zé e encontra o Mr. Lee. Entra no carro, uma limusine maravilhosa, super chic com motorista de luvas brancas e tudo. Ele pensa, pô a Empresa tá com a bola toda. Olha o naipe do nosso agente na Coréia.

Alguns quarteirões mais a frente o Mr. Lee querendo puxar conversa diz: Well, how is the computer market in your Country?

O Zé pensa: computador? Eu trabalho com Ferro Liga mas tudo bem, deve ser conversa amena sobre assuntos gerais.

E responde: Very well. You know, developing Country, the market is going up very fast..

E o Mr. Lee: Developing Country? But Spain is already a developed Country.

Zé: Spain? No, I am from Brasil. Not Spain.

E o Mr. Lee: Oh! Are you not Mr. Spinosa, from IBM in Spain?

Zé humildemente: No Sir. I am Mr. Spinola, from Brasil. No IBM, no Spain..

O coreano fica vermelho e espumando de raiva vira pro motorista e dá uma ordem imcompreensível. O carro dá uma guinada e volta a mais de 100 km/h pro Hotel naquele transito infernal de Seul.

A essa altura do campeonato o Zé ficou invisível. O coreano nem olhava pra ele.

Chegando ao Hotel ele abriu a porta e só dizia: out, out, please, out, out.

Quase empurra o Zé fora do carro e ele sai sem entender nada. Sobe pro quarto reza duas Ave Marias e um Pai Nosso. E agora meu Deus?

15 min depois o telefone toca novamente: Mr. Spinola? This is Mr. Lee ( o real ) I am waiting for you at the Hotel Lobby.

O Zé até hoje não sabe se o outro Mr. Lee, que deve ser igual Silva aqui pra nós, recuperou o espanhol que foi deixado pra trás por engano.

Mico again de novo...rs.rs.rs...


Agora é o Zé chegando a Itália pela primeira vez.

Engraçado que a gente acha que italiano e espanhol são linguas facinhas facinhas e que vamos entender tudo. Eu pelo menos tenho muita dificuldade. Posso até entender bastante mas na hora de falar não sai nada.
Continuando. Pega um táxi saindo do aeroporto, na bolsa mapas e trocentas dicas de amigos, livros o escambáu. Não quer perder nada. Conhecer tudo que for possível.

E começa a observar que a todo momento vê placa indicando "Uscita", uscita, uscita, uscita, olha nos guardados e não acha referência, fica indignado. Deve ser um lugar super interessante. Tem indicação prá cacete. Preciso pesquisar.

Só mais tarde fica sabendo o que quer dizer Uscita = Saída.

Rio muito sozinho e não precisava contar prá ninguém, mas não aguentou. Quem aguenta guardar um mico desse?



E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...