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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Esses moços...pobres moços...

Esta publicação está fazendo exatos 9 anos hoje. Por onde andarão? Quero procurar essa turma quando voltar a Bodhgaya.



Minha paixão, compaixão, amor e carinho pelos extremos.
Crianças e velhos. 




Os VelhosTodos nasceram velhos — desconfio. 
Em casas mais velhas que a velhice, 
em ruas que existiram sempre — sempre 
assim como estão hoje 
e não deixarão nunca de estar: 
soturnas e paradas e indeléveis 
mesmo no desmoronar do Juízo Final. 
Os mais velhos têm 100, 200 anos 
e lá se perde a conta. 
Os mais novos dos novos, 
não menos de 50 — enorm'idade. 
Nenhum olha para mim. 
A velhice o proíbe. Quem autorizou 
existirem meninos neste largo municipal? 
Quem infrigiu a lei da eternidade 
que não permite recomeçar a vida? 
Ignoram-me. Não sou. Tenho vontade 
de ser também um velho desde sempre. 
Assim conversarão 
comigo sobre coisas 
seladas em cofre de subentendidos 
a conversa infindável de monossílabos, resmungos, 
tosse conclusiva. 
Nem me vêem passar. Não me dão confiança. 
Confiança! Confiança! 
Dádiva impensável 
nos semblantes fechados, 
nos felpudos redingotes, 
nos chapéus autoritários, 
nas barbas de milénios. 
Sigo, seco e só, atravessando 
a floresta de velhos. 
Carlos Drummond de Andrade, in "Boitempo"















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sexta-feira, 14 de junho de 2019

TUDO TEM SEU TEMPO - CAUSU NO MYANMAR


Quando estive no Myanmar, o gerente do meu hotel me arranjou um motorista de táxi que andou comigo o tempo todo. Foi um sucesso. Maior economia de tempo e dei a sorte de pegar um cara super bem humorado e cheio de sabedoria.
Batíamos altos papos.
Não sei se já contei aqui, mas teve um dia que ele riu até engasgar, quando chegamos em um determinado lugar, eu não saí do carro e disse pra ele:
- Tô morta! Não saio daqui nem fudendo. Você já me conhece, e dando meu celular pra ele falei: Vai e faz fotos bem legais. Fico aqui te esperando. Hoje vou ficar dormindo no carro. Você será o turista que sofre.
Ele riu muito dessa bobagem.
Com esta polêmica sobre as patinetes, me lembrei dele.
Não sei se todos sabem, mas o Myanmar tem relativamente pouco tempo que foi aberto pro turismo e pro mundo.
Conversando com ele sobre o trânsito de motos que é enorme, perguntei se não tinha muito acidente.
Ele disse:
- Olhe, quando foi permitida a importação em nosso país, uma das primeiras coisas que começamos a comprar da China foram as motos.
Antes todos andavam de bicicleta. Tranquilo. As motos chegaram e foi um desastre. O povo subia nelas e ia andando desembestado, trombando, caindo, se machucando e até morrendo. Foi um desastre. Não existia regra alguma e "a velocidade da moto" nem se comparava com a da bicicleta. Com o tempo, fomos nos acostumando, criamos nossas próprias regras (me lembrei dos códigos de buzina na Índia) e hoje raramente tem um acidente. Todos sabem se comportar, respeitam uns aos outros.
O que falta pra nós brasileiros em primeiríssimo lugar, chama respeitar o outro. Na rua ou na calçada. Se rolar respeito, com o tempo tudo fica bem.

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

BIBLIOTECA PÚBLICA DE NYC - DÁ INVEJA SIM

Dá inveja sim visitar países que dão importância pra cultura, pra leitura, que respeitam e dão oportunidade às pessoas de conhecer e frequentar um espaço tão lindo e importante como este.
Muito que andar por aí, muito que aprender por aí.

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domingo, 6 de janeiro de 2013

É cultural. É cultural sim, mas é mais falta de sexo!


Fui me segurando, me segurando pra não falar a respeito de um assunto que eu não domino, mas não deu não.
Vou dizer o que penso sobre este problema de estupro aqui na Índia e no mundo




Foi lendo a carta que coloquei lá embaixo, que resolvi escrever sobre o que tem acontecido e o que aconteceu há poucos dias atrás aqui na Índia, quando uma jovem foi estuprada e morreu em consequência de toda a barbárie que sofreu.

Já vou adiantando que não sou indiana, conheço e venho a este país há muitos anos como turista, e só agora este ano resolvi vir pra ficar até quando eu não sei, por estar engajada em um projeto de educação com crianças na cidade de Bodhgaya, no estado do Bihar, que é um dos mais pobres e mais abandonados deste país.
Disse isso, porque vou falar como uma pessoa que está convivendo a pouco tempo com este povo no seu dia a dia e participando tão ativamente da vida deles, que raramente me lembro que não "tô em casa".
Então pra muita gente, o que vou dizer pode parecer precipitado, palpite de uma estrangeira que não tem ideia do que tá dizendo, ou está pensando, que com meia hora em um país milenar como a índia, já pode abrir o seu achômetro e dar palpites.
Não me importo. Só vou relatar um único caso acontecido comigo;  tenho vários e você vai pensar o que quiser. Quem sabe não abre até uma boa discussão quando for tomar sua cerveja neste final de semana? Nem que seja pra meter o pau (epa!!!) em mim.

Estou morando em um Hotel há alguns meses e um dos objetivos de sua gerência é usar o espaço do prédio e seus jardins para promover festas. Muito bem, ótimo! Indiano adora festa, cantar dançar, música. *
Mês passado teve uma overdose de festas de casamento aqui. Foram quatro casamentos seguidos, na mesma semana. E cada um, com mais de um dia de festa. Cheguei a brincar contando pros meus amigos que era a semana de "Quatro casamentos e um funeral" como o filme. No final da semana o funeral seria o meu.
O Hotel virou um Deus nos acuda, pra essa estrangeira que está a trabalho e não a passeio. Mas não reclamei, tentei manter a calma e a paciência durante este tempo com a algazarra de crianças e adultos dia e noite inteiros e mais a música no volume máximo; tava pior do que morar dentro de um trio elétrico.
À noite fui incomodada todos os dias com crianças batendo a campainha do meu quarto pra me encher o saco. Encheu sim, mas eu já toquei campainha demais nas casas dos meus vizinhos quando era criança. Fui ponderando e abrindo a porta de vez em quando pra dar um susto nelas e tentar dormir.
Mas, sempre tem um mas. Na última festa o caldo entornou.
Crianças começaram a tocar a campainha sem parar, falei com os pais, uma, duas, três vezes, até elas pararem. E pararam.
E não é que lá pelas quase três da manhã começaram a tocar de novo? Fingi pra mim mesma que dormia, mas a insistência em me encher o saco era tão grande que a pessoa não parava. Abri a porta e vi um rapaz correr.
Voltei pra cama.
Começou de novo.
Abri a porta e ele correu.
Um marmanjo de mais de 20 anos.
Quando ele voltou, eu consegui abrir a porta sem fazer ruido e peguei ele sem ter tempo de fugir. Fui empurrando ele em direção a um grande hall que tem mais pra frente e lá tinham uns 50 homens. Só homens.
Já cheguei e dei um berro.
Todos pararam de falar com o susto.
Eu de pijama, sem nem ensaiar e com ódio daquele povo, berrei pro quarteirão todo ouvir:
- São três horas da manhã, eu estou tentando dormir até agora, amanhã tenho que trabalhar e vocês não deixam. Vocês tem que saber que isso é um Hotel, e não estão na casa de vocês. E tem mais.
SABE PORQUE VOCÊS ESTÃO TOCANDO A MINHA CAMPAINHA E MORRENDO DE SE DIVERTIR COM ISSO? POR FALTA DE SEXO.
Vocês precisam trepar. Enquanto dizia, fazia o gesto que é universal quando se trata de foda, pra não deixar dúvidas do que eu tava dizendo. Vocês precisam namorar, dar uns amassos, fazer carinho nas suas mulheres, nas suas namoradas, ou no raio que os parta. A testosterona de vocês tá saindo pelo buraco errado. Se cada um estivesse com sua mulher eu estaria dormindo tranquila.
Agora me deixem em paz e vão todos pra puta que os pariu!  Berrei o mais alto que pude. Isso dito claro e num português impecável, como eu sei muito bem dizer quando quero.
Virei e voltei pro meu quarto.
A festa acabou nesse minuto e nem o barulho de cada um voltando pro seu quarto eu ouvi.
Estravazei minha raiva, dei uma relaxa e dormi.

E não venha me dizer que ficar se agarrando o dia todo, abraçando, deitado no colo,  fazendo carinho, simulando briga pra se pegar, andando de mãos dadas o tempo todo ( isso só homem com homem; talvez as mulheres façam, mas até nisso é escondido ) é cultural. Isso é necessidade de afeto, de carinho, de amor, de sexo.

SÓ CULTURAL!

Cultural sim, mas se eles tivessem liberdade de conviver com as meninas, uns fazerem parte da vida dos outros, meninos e meninas dividindo crescimento  em todos os sentidos, eu acho que pegar mulheres à força pra extravasar instintos animais (desculpem animais!) e ao mesmo tempo fazer com elas um sexo como se tivessem com ódio delas, o estupro aqui na Índia ou em qualquer outro lugar deste planeta teria um índice muito menor. Seria realmente caso de doentes. Pessoas doentes fisicamente, não doenças adquiridas pela má educação e pela castração de viver numa boa mulheres e homens sempre juntos e cada um respeitando o outro como todos devem ser respeitados.
A necessidade de fazer sexo é tão natural como a de beber água, comer, dormir, descansar, rir.

E tenho observado, que homem e mulher aqui convivem muito bem até o começo da adolescencia. Aí, quando a coisa começa a ficar boa, eles são apartados e só voltam a ter um relacionamento de poder conversar naturalmente depois que a mulher se casou, já tem filhos e imagino, que pra "essa cultura", a partir daí ela já não representa mais um perigo social.

*Sempre homem com homem se divertindo, dançando, bebendo, rindo a valer e as mulheres sentadas olhando. Mais uma vez eu repito. Isso aqui no Bihar. Não estou falando da Índia toda porque não sei.


OPEN LETTER TO THE PRIME MINISTER OF INDIA.

por Vishesh Sharma, Domingo, 6 de janeiro de 2013 às 03:02 ·
Dear Dr. Manmohan Singh. 

I am an Indian Citizen residing in United States. Like many I am sad and disturbed by the recentRape in Delhi, Specially the one on DEC 16th of Jyoti Singh Pandey as the name has been released by her father to the News networks and the one I read about the 3 1/2 year old being raped in her School.

Here is where I have issues with the GOVT. I understand we are governing a nation and not just a state or union territories, but this problem has persisted for years in Delhi, There were Appox 635+ cases last year in Delhi and these are just registered cases. Infact it’s a problem we need to tackle in the whole country considering we don’t have laws protecting WOMEN.  Please see theRAPE MAP of INDIA.  http://blogs.wsj.com/indiarealtime/2013/01/03/a-rape-map-of-india/

As someone who is in charge of the Nation, it’s your Prime duty to Protect it's citizens. We need to Protect the WOMEN from these ANIMALS who think they can get away with such ghastly acts. 

We also need to educate our men and women in Uniform & Politics, Who think women dressed a certain way are asking for it or they are meant for Household chores. In my opinion there is no place for such people who are there to Serve & Protect It’s citizensEvery such Politician and Cop should be stripped off thier Position.

I would like to add that every citizen of India also has a duty to help people in need & learn about Civic duties . It is disturbing to hear and i quote Jyoti’s Boyfriend.

“My friend was grievously injured and bleeding profusely,” he said. “Cars, autos and bikes slowed down and sped away. I kept waving for help. The ones who stopped stared at us, discussing what could have happened. Nobody did anything.”
After about 20 minutes, three police vans arrived, but the officers argued over who had jurisdiction over the crime as the man pleaded for clothes and an ambulance, he said.
Finally, he said, they were taken to a hospital.

STRICT LAW will help curb this problem. POLICE should always figure out jurisdiction issues after they have taken care of the victim. I URGE you sir to Help the citizens and you will see that the nation will get behind you only to give back more. 

I like everyone in the world would not be here if it wasn’t for a WOMAN who gave me birth. My Mother has been a huge strength to me and I have had 3 WOMEN as great teachers (My MOM and SISTER's)  who taught me to respect women. I expect everyone in my country to be the same. 

The World is watching & I still have hope that things can change as I am an optimist.

PLEASE SAVE the CHILDREN & WOMEN of INDIA. THEY ARE THE FUTURE. #SAVE INDIA.

Thank You,

A concerned citizen

Vishesh Sharma.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...