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terça-feira, 24 de agosto de 2021

MEUS NOVOS VIZINHOS, NOSSOS NOVOS VIZINHOS

 Quando o Anup veio ao Brasil há alguns anos atrás, além de Belo Horizonte, fomos à São Paulo e Rio de Janeiro pra ele conhecer as cidades e os amigos da

Premamettaschool 

de cada lugar.

E como todo estrangeiro ele observava tudo o tempo todo chamando minha atenção pra coisas que ou nunca havia reparado ou nunca tinha visto. Muita coisa já faz parte da paisagem e a gente não se dá conta.

E uma observação dele, além de ser muito engraçada me marcou muito.

Andando pelo calçadão de Copacabana, aquele passeio mais largo do que a rua, ele soltou essa:

- "Lugar bom pra indiano se ajeitar e dormir. Ia caber gente pra caralho (caralho por minha conta) aqui". 

E nós dois rimos muito dessa besteira.

Quem me acompanha já viu por aqui muita foto de ruas, estações de trem, em cidades grandes ou pequenas da Índia abarrotadas de gente dormindo no chão, como se estivessem em um dormitório coletivo enorme e como se isso fosse normal.

Pra indiano é. 

Na estação de trem de Gaya, já cansei de saltar pessoas pra chegar na plataforma do trem. E carregando as malas, fica mais difícil ainda. Eles ficam colados uns nos outros. Famílias inteiras.

Por que essa conversa fiada toda?

Simples.

Belo Horizonte tá coalhada de pessoas dormindo, morando literalmente nos passeios. No meu quarteirão já até cumprimento os novos vizinhos.

Tenho um amigo muito engraçado, que tem uns "vizinhos" há longo tempo que pediam a ele dinheiro toda vez que ele passava. Ele deu algumas vezes quando eles se mudaram, mas depois que fixaram residência parou, porque segundo ele, "daqui a pouco assino a carteira deles, fica mais barato".

É engraçado? Muito. Mas ao mesmo tempo não tem graça nenhuma.

Eu, como muitos brasileiros uso o riso pra suportar a dor. 

O que mais me deixa surpresa é ver os vizinhos "arrumarem" a casa. Muitos são realmente caprichosos. Então fico pensando: todo mundo já teve alguma casa algum dia. Nascer na rua não é o mais comum. Ou será que tô sonhando? Será que é?

Na minha cabeça, você vai pra rua depois de não ter mais condição de ter uma casa. As circunstâncias é que variam.

Talvez eu esteja prestando mais atenção nestes tempos de pandemia.

Mas meus vizinhos, moro no centro da cidade, chegaram há relativamente pouco tempo. Vizinhos de rua, de quarteirão, são novos.

E eu fico pensando sempre o que posso fazer pra mudar pra melhor de alguma forma a vida destas pessoas. No caso nem preciso atravessar a rua.

Estão todos no meu quarteirão.

 Já fiz post mostrando a "casinha linda" de um vizinho.

                    Até jarrinha com flor tinha. Você viu?

Peguei esta foto no Google. Tenho várias fotos parecidas com esta mas não encontrei agora pra postar. Preciso organizar minhas fotos. Penso sobre isso há mil anos.

Esse pessoal acima tá dormindo no passeio por conta do calor. Mas procê ver como as culturas são diferentes, você iria ou conhece alguem que se juntaria a você e outros amigos pra dormir assim, na rua, se tivesse muito quente?


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quinta-feira, 8 de julho de 2021

CERTEZA QUE NÃO SOU

 

 
Temos certeza que não somos filhos da puta, quando em plena pandemia, enquanto todos os cientistas do mundo estão correndo atrás de uma solução pro problema, ou seja, agilizar uma vacina, quando todos os trabalhadores da área de saúde estão empenhados em descobrir maneiras e soluções pra combater uma doença nova, e paralelo a isso correndo na corrente do esgoto da humanidade, seres humanos que não merecem assim ser chamados, espertinhos, escrotos, canalhas, sem moral, vis, torpes, ordinários, filhas da puta estão se encontrando e confabulando pra ver o quanto podem ganhar a mais com essa catástrofe que se abateu sobre a humanidade.
Não me peça pra sentir compaixão para com estes filhas da puta.
Quero mais é que todos apodreçam na prisão, na miséria, no ostracismo, no raio que os parta!
Muito ódio no coração.
Brasil, êta país pra degastar a gente!

sábado, 19 de junho de 2021

DEPENDE DO PONTO DE VISTA

 Me lembro de que em uma das vezes que visitei as Cataratas do Iguaçu (sim fui algumas vezes e voltaria feliz!) fiquei conhecendo uma guia, estudante de geologia e ela me deu uma maravilhosa aula sobre a região, as quedas, vegetação e muito mais. Desta vez visitei os dois lados. Argentino e brasileiro.

A Argentina doa as águas e nós temos a mais linda vista. Também depende do ponto de vista, porque percorrer o rio em pontes de madeira e ir seguindo o caminho das águas até chegar na beiradinha das quedas é uma emoção de tirar o fôlego e dá medo tamanha a exuberância, poder e energia da mãe natureza.

Me impressionou a ideia de como foram construidas as pontes. Elas são de tábuas soltas, porque no tempo das águas elas são levadas e lá longe, não me lembro onde, são todas recolhidas e voltam ao lugar de origem quando as águas voltam ao seu volume normal. 

E essa ideia só surgiu depois de serem perdidas várias pontes. Muito legal, né?

Andar em cima do rio, bem perto da água é de uma beleza sem fim.

Quando nossa vida de viajante puder ser retomada eu recomendo muito esse passeio.

E até lá o tempo da seca já vai ter passado e você poderá se emocionar com um dos lugares onde eu senti vibrar o poder do meu Deus. 

Do Deus que eu acredito.

Porque agora as quedas estão quase secas proporcional ao volume de água do tempo das cheias.

E nossa guia contou que (daí vem o título deste post) agora é o tempo de alegria pros geólogos, botânicos, geomorfologistas, ictiologistas, (claro que consultei o Google) meteorologistas e curiosos em geral. Nesse caso, eu. 

Há anos venho observando o volume das águas, porque sonho em visitar o "chão" das quedas. E infelizmente acontece logo agora que não tá dando pra ir à esquina, caso não seja muito necessário.




Imagine o tesão dessa turma de estudiosos, poder observar, fotografar, colher material e discutir sobre todas as mudanças acontecidas desde a última estiagem....



Espero estar viva pra poder realizar meu desejo.

Procê ter uma ideia esta visita cheia de informação eu fiz acho que em 2002.

Quer dizer, se demorar mais uns 20 anos pra acontecer de novo, meus joelhinhos não vão se arriscar nessa aventura. 

Enfim, sonhar... 

Mesmo com a escola fechada conseguimos autorização do governo indiano e vamos voltar a fornecer o almoço pras nossas crianças dentro de poucos dias.

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sábado, 30 de maio de 2020

Tá no blog. Agora não respondo mais...rs


Ps.: este post foi publicado em outubro de 2012 e continua valendo.
Relendo, gostei do que escrevi.

Já perdi a conta de quantas vezes respondi a mesmíssima pergunta, desde maio deste ano, quando resolvi vir e ficar aqui na Índia, até Deus sabe quando.
A pergunta é:
- Por que a Índia, se no Brasil tem tanto pobre, tanta pessoa necessitada?
E lá vai a resposta final.
Desde a minha adolescência eu tenho um encanto por esta terra. São dois encantos gratuitos : Índia e Israel.
Eu sou da geração que usou Patchuli (uso até hoje), bata indiana, cantou junto com Ravi Shankar, conheceu com ele a cítara indiana, se encantou pelos cheiros e cores deste país.
Em 1985 vim aqui pela primeira vez. E não aconteceu com a Índia o que já rolou com outros países, que, quando da segunda visita, não teve o mesmo encanto da primeira. 
Aqui, cada vez que venho - e esta é a quinta vez - mais me emociono, mais me apaixono, mais quero ficar.
Da terceira vez que vim, pensei comigo:
- Na próxima virei sozinha e quero ficar plantada em uma cidade por, pelo menos, um mês e viver quiném minhoca, como os da terra.
E, como a força de palavras e pensamentos é tão forte que a gente não se dá conta, vim, fiquei, amei, encontrei um objetivo muito grande pra voltar e voltei.

O objetivo principal se chama    http://www.premametta.org/   O segundo, as amizades que fiz.

Parênteses 

Eu nasci no Brasil, há 65 anos, e tô careca de saber dos nossos problemas e nossas necessidades. Aprendi com minha mãe a ajudar, a ver , a enxergar o próximo. Me lembro de atravessar com ela a cidade, levando "coisas" pra pessoas necessitadas, ajudando há 60 anos, mães solteiras, sendo amiga de mulheres desquitadas - e isso pra quem viveu no Brasil dos anos 50, 60, 70, sabe muito bem o quanto era difícil e como eram "condenadas"  estas pessoas. 
Pior do que estar numa cadeia, era o isolamento em liberdade. 
E elas sofriam deste isolamento.
Me lembro de também atravessar a cidade pra ajudar crianças pobres "afilhadas por conveniência" de minha mãe. Conveniência sabida por ela, que ela nem ligava. Dava atenção e carinho com todo prazer. Me lembro de ajudar muito os que menos tinham em nossa família.
E criança vai aprendendo sem saber, assimilando e, mais tarde, vai colocando em prática automaticamente o que viu quando era pequena.
Então, agora vou dizer mais, o que nunca, nunca digo e nunca achei que fosse elegante dizer :
Em todas as minhas viagens, desde que saí do país pela primeira vez em 1979, eu trago coisas pra pessoas, desde presentes até doações que recebo fora do Brasil.
Já carreguei malas e mais malas com roupas, brinquedos, calçados, e paguei muito caro pelo excesso de peso delas. 
Paguei com todo prazer!
Da França, não tenho ideia de quantos kgs de malas eu já levei pro Brasil. 
Já levei minha prosa e meu riso pra muitas pessoas idosas, amigas ou não. Já visitei e passei dias e noites em hospital com pessoas que nem conhecia. 
O Brasil continua precisando muito de ajuda e eu continuo ajudando, mas estas crianças que conheci aqui, pode ter certeza, estão muito mais distantes de ajuda do que as nossas.
E não vou dizer mais, porque este assunto me dá aflição;. seria o mesmo que ficar falando sobre a minha grana, se eu tivesse.

Fechando o parênteses

O mundo precisa de ajuda. Não somente os países pobres como o nosso, a Índia, a Somália, o nosso Vale do Jequitinhonha, o nosso Nordeste, o Continente Africano!
Se você for pra Alemanha de hoje, um dos países mais poderosos e ricos do mundo, economicamente falando, vai achar em todo quarteirão, de qualquer rua, pessoas precisando de ajuda.
Pessoas morando bem, com todo tipo de conforto, mas que passam semanas sem abrir a boca, sem conversar, sozinhas, porque a família polidamente dá um telefonema na Páscoa, outro no Natal e quando se lembra, no dia do aniversário. Já vi isso. Já convivi com pessoas assim fora do Brasil.
Tenho amigos que visitam pessoas idosas na França uma vez por semana, só pra conversar, tomar um chá, ler jornal pra elas, levar um pão fresco.
Então, meus queridos amigos e amigos queridos que não conheço : Tá respondida a pergunta?
E pra terminar, vou também repetir o que tenho repetido desde maio :
Eu peço e vou continuar a pedir ajuda sim, porque conto e tenho recebido apoio de muita gente, mas, (sempre tem um mas) com  sua ajuda ou sem sua ajuda, eu vou continuar fazendo!  E vou conseguir!
Vai demorar um pouco mais, mas vou chegar lá, onde eu acho que vale a pena chegar :
no coração das pessoas.

Pra não perder o costume...quer nos ajudar?
Deposite qualquer quantia em minha conta

Iêda Dias
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Conta 0831621 sem dígito, tudo junto
CPF 156643506 44

Agradeço muito aos queridos amigos que depositaram este mês de outubro:
Fábio Jr, Roberto Sérgio, Julia Amaral, Antonio Mário, Geraldo Salvador, Rejane Ruas, Marlize Antunes. 
Se alguém ficou de fora, por favor me diga pra eu ver o que houve.
Desculpem não ter agradecido antes, mas só agora a lesada aqui descobriu como identificar os DOCs. 



Festa do picolé

terça-feira, 6 de junho de 2017

SAUDADE

 
 
Com esse vai e vem no mundo desde 1979, (sim, no século passado!) eu já nem sei mais onde é minha casa. Costumo dizer que minha casa é onde tô no momento. Me aconchego, prego quadro na parede, coloco meus santos, bandeira do Brasil, meus incensos e finco raiz. Nem que seja por pouco tempo.
E vindo não sei como, naturalmente, brotou dentro do meu ser...rsrs...tô ficando velha pra caralho, uma espécie de escudo invisível.
Onde estou, vivo intensamente aquele lugar a não sinto saudade de nada. Nem da minha casa, nem amigos, nem coisas, nem comidas, nem cheiros, nada. É claro que amo falar com as pessoas, ligo pra elas, não deixo de comunicar, mas nada disso me dói.
Até o dia que marco viagem de volta. O dia que vou sair do lugar onde estou.
Aí o bicho pega.
O banzo ataca.
Mês que vem to saindo da Índia a caminho do Brasil. Digo a caminho porque vou parar um tempo na França.
Então o que acontece.
Começa a brotar primeiro, saudades da França.
Quero rever lugares, amigos, comida, cheiros, faço planos, sonho, arquiteto, começo já a me ver naquele lugar.
O que me fez escrever este post e deu o start, foi esta cumbuca maravilhosa de falafel.
Posso ir de olhos fechados no pequeno lugar onde se come o melhor falafel do mundo. Conheço as curvas do caminho, como diz a canção.
Esta aqui.
 
Daí pra frente destampou.
Já sinto o cheiro do Marais (bairro judeu de Paris) das comidas, do metro, das ruas, das padarias (se pudesse morava em uma), do xixi nas ruas, de Barbés (bairro de imigrantes) que amo. Uma muvuca que me encanta.
Já quero tudo, já quero respirar Paris.
Quero comer uma caçarola de moules (mexilhão) no Léon de Bruxelles,
 
 já quero comer um camembert sozinha sem dar um único pedaço pra ninguem, de ver as novidades da Nature&Découvertes,
 
 de cheirar muitos cheiros novos na Sephora,
 
 de respirar o ar da Catedral da Notre-Dame de Paris, de me encantar mais uma vez com o piscar das luzes da Torre Eiffel, de fazer nada e só flanar por Paris sem rumo.
E quando já tiver chegando a hora de pegar o voo pro Brasil vou escrever e te conto o que vai estar rolando nessa minha cabeça muito doida.
E vou parar de fazer planos porque o tempo mal vai dar pra fazer o que já me lembrei.
Aí, antes de sair de Paris...
Saint Nicolas la Chapelle
Achou que a minha querida amiga do fundo do peito, Michette, iria ficar livre de mim. Depois de Paris tô chegando em Saint Nicolas la Chapelle. E ela lendo o post já enxergo dizendo:
- Não dou sorte mesmo!
Eu que ensinei...heheheheeeeeeeee....
Aguarde sonhos a serem realizados em SaintNic.
 
Mas, enquantiço minha escola e meus embondos continuarão vivendo a vida deles e eu me lembrando o tempo todo do meu compromisso.
 
ps.: dedico este post a minha querida amiga Virgínia Souto Maior, que tá indo passar uns meses em Paris e antes que me encha o saco querendo saber todos os endereços, já coloquei, prevenida que sou...rsrs.
 

 
E você, se puder me ajudar já sabe.
 
 
 
Com 30 reais por mes, você me ajuda a educar uma criança aqui na
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Doar é um ato de puro amor.
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ou nas agências dos correios

 
 


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

SENDO BRASILEIRO COM POUCO ORGULHO



...ebaaa!!! bora ver as meninas do futebol no Mineirão! 
Que alegria!
E junta um monte de amigos e família e pega táxi pra ir até o Move, (ônibus pro estádio) porque não dava pra ir de carro, beleza, precisamos usar o transporte público que funciona em grandes cidades e aqui também vai ser legal, mas pra ser legal, o povo que usa também precisa ser legal, então empurra-empurra pra fazer fila, empurra-empurra  pra fila andar e aparece um mané gritando "Mineirão saindo agora, quem quer?" e 
povo sai da fila de comprar o bilhete do ônibus e paga pro mané, e ele que tinha um cartão cheio de "pré comprado" passa quem pagou na frente, o cara que toma conta da roleta (comparsa?) finge que não vê, neguinho na fila grita "pouca vergonha!" e o cara da roleta finge que não houve, e entra no ônibus lotado, espremidos, que sai numa velocidade maior do que a permitida e todos gritam de alegria e festa ou de medo, e vamu qui vamu chegando perto do estádio, e o ônibus para num lugar diferente do lugar marcado no mapa, e andamos e andamos, e aí vem a primeira revista, homens pra esquerda e mulheres pra direita, e os membros dos grupos com medo de se perder, e continua o baile, chegando perto das catracas de entrada o bicho pega porque a multidão se aglomera e vira uma situação de pânico, porque qualquer pequena merda que rolasse viraria uma merda enorme, e o jogo já começando lá dentro, criança chorando, e chega um espertinho e tira a grade e passa, e todo mundo grita, e não mais que de repente torcedores retiram as grades e todos invadem em direção as catracas e aí não tem mais controle de nada, nem de revista, nem de conferência de ingresso, nem quem pagou mais ou menos vai pro lugar escolhido, quem pagou mais, senta onde dá, e bora assistir o jogo, meninas valentes, jogo bonito de se ver, mas 
 deixamos de assistir o final porque prevendo a peleja da saída saímos antes  e não mais voltamos pro dia seguinte já com ingresso comprado pra outro evento porque ninguem é de ferro pra segurar uma barra assim dois dias seguidos, enquanto ouvíamos  os torcedores aos berros cantando dentro do estádio:

"EEEUUUUU......SOU BRASILEEEEEIIIRROOOO, COM MUITO ORGUUUULHHOOOOO!!!!

Não senti orgulho de ser brasileira nesta noite.





ps.: escrevi este post com a situação narrada por minha sobrinha na época das Olimpíadas e me esqueci de postar.
Infelizmente ainda tá em tempo.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

SENDO BRASILEIRO COM POUCO ORGULHO



...ebaaa!!! bora ver as meninas do futebol no Mineirão! 
Que alegria!
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"EEEUUUUU......SOU BRASILEEEEEIIIRROOOO, COM MUITO ORGUUUULHHOOOOO!!!!

Não senti orgulho de ser brasileira nesta noite.

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