Já me vejo sentadinha em um café desta praça de Varsóvia morrendo de rir dos causus e micos que não vão faltar.
Sempre que digo que vou viajar ouço as seguintes perguntas:
- Mas você não pára mesmo hein?
- Como consegue viajar tanto?
- Não sei onde você arranja grana!
- Escondendo jogo, hein?
Não vou dizer que já me acostumei com isso, porque ainda tenho paciência pra responder às perguntas.
Sempre tô repetindo que "se a gente quer, a gente faz". Precisa planejar, planejar e colocar o plano em ação. Seriamente.
Pra quem não tem grana sobrando como eu, tem que economizar muito. Um truque que uso desde sempre, é trocar em dólar, agora em euros também, meu rico realzinho. Qualquer graninha tô trocando. Porque? Porque se eu fico com o real, sempre acho um lugar pra enfiar. Se tenho outra moeda, vou pensar duas vezes antes de trocar. E vou te dizer com toda sinceridade. Não me lembro de ter voltado um dólar pra real de novo. Posso passar o maior aperto do mundo que não destroco.
Em março tô atravessando mais uma vez o Atlântico, desta vez pra ir a um país pela primeira vez. Polônia.
E tá nos planos passar por Praga. Também nunca fui a República Tcheca.
Meu vôo será BH/PARIS/BH
Este tempo na Polônia deve durar de 12 a 15 dias. Pra isso, já aproveitei uma promoção da TAP e comprei meu bilhete. E já vi que de Paris pra Varsóvia tem vôos de no máximo 80 euros.
Pouco a pouco vou me organizando. Por exemplo. Me lembro de ter lido há muitos anos atrás um livro do Roman Polanski, chamado Roman. O livro me marcou muito, porque ele nasceu na França, mas passou a infância e adolescência em Varsóvia/Cracóvia e viveu a segunda guerra mundial em um gueto polonês.
Tratei de procurar no Mercado Livre o livro usado, e comprei por 10 reais sem frete. Muito chic. Estou adorando reler. Quero fazer o caminho por onde ele viveu. Levarei meu lepitopi e vou contar tudo pra você.
Procurei aqui no Brasil um guia da Polônia e não achei o que queria. Já tem um amigo trazendo agora de Paris o Guia Routard/Polônia. Quero aproveitar muito esta viagem.
Já sei tudo sobre hotéis por aquelas bandas, me informei com pessoas que já foram sobre aluguel de carro, o que devemos fazer. Se não rolar, o serviço de táxi é muito bom e bem barato. Dependendo do que a gente sentir quando chegar lá, vale a pena não se estressar no transito e ficar lindos de motorista pra cima e pra baixo.
Até agora a Caravana Rolidei conta com cinco membros, sujeita a alteração pra mais. Eu sou a única que já tenho certeza de tudo. Nem pareço brasileira. Como todo bom nativo, o resto do povo acha que ainda tá longe e vai se organizar mais na véspera.
Como prometi na última viagem, a primeira coisa que vou colocar na mala vai ser um chicote.* Quero dar muita lambada nos meus colegas de aventura.
Tinha pensado em ir com um grupo de São Paulo fazer a Marcha da Vida, mas não rolou. Muito caro pro meu bolso. Como sempre viajei sozinha, não tenho problema com isso. Mas pra quem não se sente seguro a excursão é uma boa. Vou fazer tudo que eles farão, mas sozinha, e vai sair bem mais em conta.
A segunda parte da viagem conto no próximo post.
Índia.
Minha Índia querida. Desta vez sozinha e pra ficar pra mais de mês. Ô sorte!