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segunda-feira, 21 de março de 2022

TEMPO DE COMER BATATAS...EEEEBBBAAAAA!

 Eu já contei aqui que em Bodhgaya é assim. Época de batata, come-se batata durante semanas, época de beringela, come-se beringela até cansar, época de quiabo, dá-lhe quiabo até pedir pra parar e por aí vai. 

A família colhe em conjunto. Papai e mamãe do Anup junto com seus filhos, netos, nora.

Ninguem fica de fora.

Separam o que vai ser o sustento de todos e o pai do Anup vai todo dia pra rua do mercado vender a colheita .

Ah! E separam também pra escola. Como a família vive de plantação, convenci o Anup há muitos anos atrás a comprar do pai ao invés de comprar no mercado. Então, o que tá saindo da horta deles vai pra escola também. Todos ganham. 


Imagino que mamãe deve estar entre os 70 e os 80 anos. Assim como o papai do Anup. São os que mais trabalham. 7 dias por semana. Não só eles. O indiano de modo geral. A não ser quem trabalha pro governo ou nos melhores hotéis, ninguem tem férias, 13º salário, descanso. Isso na Ásia é comum. Normal. Pra mim totalmente anormal, mas já fomos assim também um dia. 

Uma hora vai mudar.

Tomara que já tenha nascido o Getúlio Vargas deles. Pelo menos teriam direito a um salário mínimo. Já existe alguns (depende da região) mas se você se interessar e pesquisar vai ver como funciona. Uma tristeza. Uma peleja.

Pensar que nosso INPS ( hoje INSS) foi criado em 1966. Isso pra mim foi ontem, já que estou neste planeta desde a primeira metade do século passado. Nasci em 1948. Contei um causu ótimo sobre esta data, aqui.

https://oquevivipelomundo.blogspot.com/2010/03/mudou-o-seculo-e-pirou-o-cabecao-da.html



Quando eu fiz pela primeira vez um omelete com folhas de espinafre todos me olharam com espanto, mas ao mesmo tempo queriam provar. A partir daí virou moda em nossa 

Senamura Guest House. 

E ensinei mais. Disse que no Brasil a gente faz omelete com quase tudo. Fica uma delícia e todos amam. Adoro essa troca de informação sobre hábitos, costumes, cultura.

Ontem o Nitish fez pro café da manhã e me mandou as fotos.









Vontade de dar um abraço apertado nestes dois. 

Muita saudade.


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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

DIA DE ALEGRIA

Ontem foi um dia tão bom!
E fico pensando.
A vida bem que poderia nos dar muitos mais dias como este.
Família e amigos rindo juntos, comendo, curtindo a natureza e o mais importante.
Ficando feliz em poder conviver com quem tá chegando cheio de saúde, alegria, inteligência e curiosidade.
Ver sobrinhos netos trazer um novo olhar e um novo comportamento, nova maneira de lidar com a vida  pra família toda.
Esperança. 
Crianças existem pra nos dar esperança, não nos fazer desanimar com o presente e perder forças pra lutar pelo futuro.
Elas nos mostram que sempre pode ter uma saída.
Obrigada tiutiukinhos queridos pelos momentos que passamos juntos.
Obrigada pela dose absurda de gás que vocês me dão.
Obrigada papai e mamãe de tiutiukinhos.
Vocês estão trabalhando muito bem.
Digo mais.
A margem de dar certo é de 100% e o erro está entre 0 pra cima e 0 pra baixo.


 Surpresa muito boa. Pés de jaboticaba carregadinhos de frutos e flores, resultado de um cuidado cirúrgico do meu irmão querido.

Mangustão. Azedo de doer. Ótima fruta pra fazer geléia.

 Todas as azaléas estão assim...só embelezando.

 Manacá. Lindeza



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sexta-feira, 28 de abril de 2017

MORRENDO PELA BOCA E PELA IGNORÂNCIA

 
 
Lendo esta reportagem sobre a poluição com arsênico da água aqui no Bihar, onde estou no momento, me faz refletir sobre a necessidade a obrigação do indiano em se casar e ter filhos. É uma obrigação. Como se a gente tivesse vindo a este mundo pra procriar.
E não importa se o sujeito tem condições financeiras de arcar com uma família. Tem que casar e ter filhos. Casar pra ser feliz, compartilhar, ter uma mulher como companheira, ter prazer no sexo, isso nem passa pela cabeça. O importante é ter filhos.
E então nascem os filhos aos milhares e são jogados nas ruas nus ou semi-nus, comendo o que encontram no chão e bebendo desta água poluída, imunda, das poças de rua.
Vejo pais trabalhando na roça o dia todo e filhos de 1, 2 anos entregues a crianças de 4, 5 anos sozinhas em casa. E vão comendo o que encontram, ou nada.
Esse é o conceito de familia.
E vai discutir sobre isso!
Ainda mais eu que sou uma pária na sociedade aqui. Quase uma dalit. Nem casei, nem tive filhos. Uma pobre coitada!...rs
O Anup tá passando por esta situação. Os dois irmãos mais velhos já se casaram, agora tem ele e o mais novo e o sobrinho mais velho e por aí vai. E ele tá empatando a fila. Como no Brasil dos anos 50, os filhos se casam pela ordem de idade.
Toda semana a mãe vem com uma foto de alguma mulher "boa pra casar", mostra pra ele e ele tá tentando, não derrubar esse costume cultural, porque sabe que é impossível, mas pelo menos adiar.Mas não vai ser por muito tempo, porque a mãe é chantagista. Aliás, chantagem é um mal mundial de mãe.
Não posso morrer sem ver seus filhos, ajudar a criar. Ok. Depois não vai poder morrer sem ver os filhos do outro filho, do neto e dos mais sei lá quantos netos.
Valha-me Deus.
As vezes sentamos com ela pra explicar que ele vai se casar e dar netos pra ela, só tá tentando primeiro contruir o seu futuro, pra que possa ter tempo e condição de educar seus filhos, senão eles vão se juntar ao grupo que bebe água nas poças e anda nu arrastando a bundinha pelada no chão imundo.
E ele só tem 28 anos.
Segundo a mãe daqui a pouco ninguem mais vai querer casar com ele.
Muito velho...rsrsrs...
 
Vejo esta cena quase que diariamente. Os maiores conseguem bater a bomba pra beber a água, que não é tratada. Mas, os pequenos chegam e bebem a água das poças que se formam no em torno da bomba. Pior ainda.
De partir o coração.
Em nossa escola as crianças bebem água de cisterna, que também não é tratada. É tanta necessidade, que tem coisas que nem digo nem peço ajuda. Um filtro tipo industrial seria o ideal.
Quem sabe um dia teremos...
 
 
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domingo, 7 de setembro de 2014

ESTA ESCOLA QUE SÓ ME DÁ ALEGRIA!

Duas sobrinhas do Anup estudam na nossa escola. São filhas da irmã dele.
Só que elas moram em Gaya, então durante o período de escola ficam com a mãe dele e os resto da família, tios e primos.
Semana passada eu perguntei há quanto tempo elas não viam os pais e o irmãozinho. Mais de um mês. 
Ai pensei: 
- Por que não passar umas horas em Gaya, visitar a família, rever a casa, amigos.
E foi uma alegria só. Elas am ram a ideia.
E hoje de manhã lá fomos nós.
As duas, mais o Tunico e a irmã Nikita, dois irmãos do Anup e a mãe.
Isso é fato raríssimo, talvez único. Sair pra passear, passar o dia fora, rir, brincar.
O pai das meninas veio nos encontrar no caminho. Todo arrumadinho com roupa de ver Deus. aliás, todos estavam nos trinques...rss..
Antes, paramos pra comprar doces e frutas.
Eu disse que minha mãe ensinou a não chegar pra visitar de mãos vazias. E eles disseram que aqui também tem este costume.

Agora, o que me emocionou mesmo, foi quando alguem brincou dizendo que as duas iriam ficar.
A pequetita abriu a boca a chorar e a maior, falou...Não, não e não.
E o motivo?
A minha querida 
PREMAMETTA SCHOOL
Nenhuma das duas quer largar a escola.
Isso não tem preço!


Este foi o clima do passeio o tempo todo.
Mentira, na volta vieram mais quietinhos...todos exaustos com tanto acontecimento...rs...


Chegando em casa e já ajudando...

E a vovó já com a mão na massa preparando os temperos


Cena linda de Tunico e vovó...um grude só.

Com esta massa cheia de temperos e grãos, se faz uma espécie de fritada e comemos com as batatas ao molho de massala. Tava muito bom.
A massa é bem adocicada e combina demais com a massala forte carregada na pimenta.


Swati e Nikita as priminhas felizes quinem pinto no lixo. 
Em casa, mas só pra passear...hehhehee....

Quase em frente da casa tem essa vendinha. Fui comprar pirulitos pros meninos. Uma festa só...comprei no total 38 pirulitos...todas as crianças da rua vieram. Aliás desde o momento que descemos do carro uma verdadeira procissão me seguiu até a hora de ir embora.


Shoani...ficar??? Nem pensar!

Os irmãos. Um carinho só, que realmente só existe entre crianças. 
É muito diferente e difícil de entender, ver as crianças chegarem e não ter nenhuma manifestação de carinho físico com os pais. Nenhuma.  As meninas cumprimentaram passando as mãos nos pés da mãe. E só.
Este é um assunto pra outro post. 
Vou falar a respeito.

Depois fomos visitar o avô do Anup. pai da mãe que aliás, cara dum fuçim do outro...rs
Segundo a família ele é muuuuito velho. Dizem que tem 80 anos. Muito curioso, quis saber muito de mim. Fez mil perguntas. Percebi que não enxerga quase nada e deve ser por conta de catarata. E deve estar com parkinson.
Mas quis saber da escola, se o rio tava cheio, foi na rua ver o carro, motivo de muito orgulho do neto.

Ele se ajeitou e fez pose pra foto, mas quando mostrei no celular ficou com o nariz colado na tela pra enxergar. 

Tomou chá conosco, quis que eu conhecesse a casa, e se emocionou quando eu me abaixei pra passar a mão nos pés e me despedir. Acho que não esperava.

Olhaí Eliana suas sandalinhas. Agora ninguém sai de pé no chão. Pelo menos comigo..hehehe....
Os que estão descalço vão ficar...são os de casa...rs.



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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Apresento a você uma família talentosa

Família de artistas é assim mesmo. Cada um desempenha melhor sua função do que o outro. Pra começar o pai Marcos, que é meu médico do coração...li... te... ral... men... te! Meu cardiologista querido. A filha Teka, trabalha com moda. Breve vou falar sobre a moda linda que ela vende. E a mãe, que é a Cláudia, faz esta delicadeza de trabalho em vidro.
Nem preciso dizer mais. Navegue pelo blog dela, escolha o que mais te agradar seja pra você ou pra dar de presente neste Natal.
Impossível não amar este arco-íris transparente e lindo!

Meu tom de azul preferido



Não importa o líquido a ser servido. Em uma taça assim tudo fica uma delícia! Como dizia minha mãe, "uma mesa bonita e feita com carinho, abre o apetite pra refeição mais simples."



Que luxo esta taça!



sábado, 5 de junho de 2010

Como fazer amigos e arrebanhar pessoas - final

Bom, resolver que seria uma feijoada, foi a parte mais fácil. Quem não gosta? E, afinal, a festa seria pra brasileiros. Poucos franceses (pensou ele).

Começou convidando os amigos do trabalho e, aí, já ficou engraçado porque, quando os franceses foram convidados (ele só soube disso depois), ninguém entendia como ia ter uma festa, se ele não conhecia quase ninguém. Pra eles, uma pessoa que morava em um país, há somente 6 meses, como poderia arranjar quorum pra festejar o que fosse ! Ia ficar muito sem graça, festa com meia dúzia de gatos pingados.
E foi convidando amigo, e convidado convida amigo (como todo bom brasileiro) e nós organizamos as compras, arrumamos a casa e foi, aí, que alguém se lembrou da vizinhança.
Mesmo sendo durante o dia, francês não gosta de ser incomodado, nem de barulho e festa brasileira sem barulho, sem música e sem riso alto, não existe.

Foi, então, que meu amigo teve uma grande idéia : fez um pequeno cartaz e colocou do lado do portão, bem na entrada da cour.
E, no cartaz, ele convidava todo mundo pra festa. Se não podemos com eles, juntemo-nos a eles. Seria difícil alguém ter coragem de implicar com a festa porque, afinal, todos foram convidados.
E foi muito interessante, porque começaram a chegar as pessoas amigas e, junto, foram chegando os moradores do prédio. Francês é um bicho muito engraçado; como a festa era "em casa", o povo não se deu ao trabalho de se "arrumar"; vieram, simplesmente, como estavam em casa. Tinha gente de chinelos e até descalça, porque a maioria anda assim em casa e trouxeram, de presentes, coisas que já tinham. Rimos muito ! Tinha saco de nozes que tinha sobrado do Natal, cerveja que tava na geladeira, saco de passas, batata-frita... e virou uma massaroca. E todos foram se apresentando e conversando ; vizinho que só dizia bonjour pro outro vizinho, passou a saber o nome, onde trabalhava, e dá-lhe caipirinha, e neguinho ficando tonto e dançando samba, no maior desengonçamento do mundo... e come feijão preto e come rabinho e orelha de porco e come mais arroz e mais laranja, e bebe mais caipirinha e, eu, assustada, disse "esse povo vai passar mal" e ninguém nem aí.

Só sei que a coisa varou dia, varou parte da noite e que, a partir desta data, não mais existiu somente bonjour ou bonsoir entre estas pessoas. Era um tal de bate-papo, sempre que sobrava um tempinho, venha tomar um café, aceita um pedaço de bolo? Um começou a regar as plantas do outro quando ele viajava, no aniversário sempre estavam juntos, e o bar do meu amigo virou um ponto de encontro.

E, essa amizade, dura até hoje, muitos se mudaram, compraram casas em outros bairros, mas continuam mantendo contato.
E nós somos assim mesmo. Essa facilidade de fazer amigos e arrebanhar pessoas vem no sangue.

Até hoje, quando tô indo pra lá e alguém me pergunta onde vou ficar, sempre respondo: "minha tralha vai ficar na casa de fulano" e, com minha mochila, vou indo e ficando onde der. O que não falta é casa de amigos, Dieu merci.
Como dizem os franceses : eu e minha baise-en-ville. Não sabe o que venha a ser? Eu explico (não devia, mas conto pra você que é meu chegado).
É uma mochila com o necessário "pra se passar a noite fora" digamos assim. As colegas todas usam... e eu também... hehehe...

Me esqueci de um detalhe ! Só um morador do prédio não foi à festa : um cara, por sinal gato, que tinha um cachorro e cara de nenhum amigo. Este nunca se integrou com o resto do povo.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...