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domingo, 5 de julho de 2020

DOMINGO DE FESTA NO CÉU

A minha sobrinha mais sensível e atenta, e que me conhece bem, me mandou esta manhã uma tortinha doce que devorei em cinco minutos.
Ela sabia que eu ia precisar de carinho e de açúcar, porque quase junto com a torta chegou a notícia da ida de um amigo querido. Há dias tenho rezado por ele, acendido velas e pedido a minha amiga Nossa Senhora que tomasse conta dele e que fizesse o que fosse melhor pra ele.
Ontem mesmo, quando acendi mais uma vez a velinha falei pra ela. Cuida dele por favor, veja o que é melhor e menos dolorido pro meu amigo. Ela soube o que fazer. Não concordo com ela, mas aceito. Com muita dor, mas aceito.
Logo ontem com a noite da mais linda lua, ele se foi.
Por quem eu to chorando.
Tô chorando por uma pessoa que conheço e trabalhei com ele por muitos anos. Uma pessoa com um astral tão bom, tão cheio de amor e alegria, que sempre falava pro meu irmão, dono da empresa: 
- Se amanhã não tiver nada pro Olício fazer  aqui você não manda ele embora. Coloque ele pra passar de sala em sala o dia todo conversando, fazendo rir, levantando o astral, enchendo o saco de quem estiver precisando. Ele vai fazer o que sabe fazer de melhor. Rir e tornar um lugar mais agradável.
Me lembro que uma vez, ele começou a reclamar que não tava enxergando direito. Falou pra mim. 
- Tô com uma nuvem em frente do olho, um embaçado tão horrível que dá vontade de esfregar bombril no olho pra ver se limpa.
Eu falei, deixa de ser animal. E mandei ele pro meu oftalmologista. A cirurgia de catarata foi feita e ele nunca mais se lembrou do bombril.
Outro vez eu estava com minha sobrinha resolvendo uma emergência na sala dela, e ele foi chamado. Ela disse pra ele.
- Você precisa de ir hoje à noite pra Bahia resolver um problema lá. Já era depois do almoço e ele ainda teria que ir em casa pegar algumas roupas e morava muito longe. Enquanto minha sobrinha resolvia sobre a passagem e alguns papeis ele disse:
- Anda logo porque ainda preciso fazer unha e depilar.
Rio disso até hoje. Ele deve ter se lembrado da filha.
Sempre tinha um caso, uma palavra engraçada, um  "alivia tensão", pra qualquer momento.
Estávamos trabalhando em uma unidade da Bahia e ele sempre me dizia que era louco pra andar de avião. Sonho.
Quando ele terminou o trabalho e ia voltar pra BH pedi ao chefe dele pra comprar uma passagem de avião pra ele.
Você não calcula a alegria a ansiedade. Parecia criança em véspera de Natal.
Fiz questão de levá-lo ao aeroporto pras últimas instuções e pro apoio moral.
Ele vestiu sua melhor fatiota. Parecia que ia pra uma festa.
No check in falei pra moça:
- Muito cuidado com essa encomenda. Carga muito valiosa.
Expliquei tudo que era pra ele fazer, dei todas as instruções, e jamais, jamais em minha vida vou esquecer dele caminhando já sozinho no corredor do aeroporto e virando a cada metro pra me dar adeus com a cara mais feliz do mundo. A carinha de quem tava indo realizar um sonho.
Claro que depois fiz ele me contar tudo. Desde a hora que perdi ele de vista até chegar em BH.
Amou tudo. Foi na janela conhecendo um mundo  novo.
O mundo visto do céu.
Este céu, que se existe, ele vai fazer ficar muito mais bonito e engraçado. A essa altura já deve estar se enturmando com o Millôr, Henfil, minha mãe, meu pai, Pixinguinha, com o João, e um monte de gente boa que foi pra porta receber ele de braços abertos. 
Temos que aprender a dividir. Agora é o tempo dessa turma também poder aproveitar e curtir essa figura linda!
Beijo meu amigo querido.
Sua velinha ainda não apagou e sua luz não vai morrer pra mim. 
Nunca.




NOTA DE FALECIMENTO 

Com enorme tristeza comunicamos o falecimento do nosso querido colega, dono do melhor astral que essa empresa já teve, OLÍCIO TEIXEIRA DA SILVA, que atuava na nossa Manutenção. Profissional versátil e dedicado, trabalhou em várias funções na empresa, tendo iniciado sua jornada conosco em outubro de 1993. Essa sua atuação em várias frentes e o seu jeito único e encantador fizeram com que o Olício se tornasse conhecido de quase todos que já passaram pela empresa ao longo dos últimos praticamente 27 anos. De tão parte de nós, achamos que nunca teríamos que nos despedir dele. Porque dizer adeus a ele é dizer adeus a uma parte muito importante de nós mesmos. Ele nunca abriu mão da leveza e o seu bom humor estava presente até nos momentos difíceis. Essa é uma característica da nossa raiz e é uma característica do Olício. Por precaução, desde que a pandemia teve início por aqui, em março, ele estava em casa, afastado do trabalho. Apesar disso, infelizmente, no final de junho descobriu-se com a doença e na madrugada de hoje, 05 de julho de 2020, veio a falecer, após uma batalha dura, de muita resistência e luta para viver. Nós poderíamos listar inúmeros trabalhos que ele realizou, sufocos dos quais nos livrou, reformas, entregas, mobilizações de unidades. História não nos falta. Mas é injusto sobrepor qualquer contribuição profissional ao seu maior e melhor legado, que é o seu jeito de ser. Ele deixa a nós, de imensurável, uma luz enorme e um sorriso contagiante. Ele trazia consigo um brilho único e, certamente, a lua esplendorosa desta última noite foi uma tentativa dos céus de recebê-lo à altura. Olício tinha 66 anos e deixa uma filha, Mara, e dois netos. Agradecemos pelo privilégio da sua convivência e pedimos a Deus que o receba em paz e que ampare e conforte os seus familiares e amigos. 




sábado, 30 de novembro de 2013

Blog de luto


Minha querida Geni mamãe de Nil e de mais uma penca, mulher alem do seu tempo, foi ali descansar um tiquim. Ela merece. Sua luta foi linda e nada fácil.
Beijos minha querida.
Beijos pra família Cordoval de Barros

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...