Ps.: este post foi publicado em outubro de 2012 e continua valendo.
Relendo, gostei do que escrevi.
Relendo, gostei do que escrevi.
Já perdi a conta de quantas vezes respondi a mesmíssima pergunta, desde maio deste ano, quando resolvi vir e ficar aqui na Índia, até Deus sabe quando.
A pergunta é:
- Por que a Índia, se no Brasil tem tanto pobre, tanta pessoa necessitada?
E lá vai a resposta final.
Desde a minha adolescência eu tenho um encanto por esta terra. São dois encantos gratuitos : Índia e Israel.
Eu sou da geração que usou Patchuli (uso até hoje), bata indiana, cantou junto com Ravi Shankar, conheceu com ele a cítara indiana, se encantou pelos cheiros e cores deste país.
Em 1985 vim aqui pela primeira vez. E não aconteceu com a Índia o que já rolou com outros países, que, quando da segunda visita, não teve o mesmo encanto da primeira.
Aqui, cada vez que venho - e esta é a quinta vez - mais me emociono, mais me apaixono, mais quero ficar.
Da terceira vez que vim, pensei comigo:
- Na próxima virei sozinha e quero ficar plantada em uma cidade por, pelo menos, um mês e viver quiném minhoca, como os da terra.
E, como a força de palavras e pensamentos é tão forte que a gente não se dá conta, vim, fiquei, amei, encontrei um objetivo muito grande pra voltar e voltei.
O objetivo principal se chama http://www.premametta.org/ O segundo, as amizades que fiz.
Parênteses
Eu nasci no Brasil, há 65 anos, e tô careca de saber dos nossos problemas e nossas necessidades. Aprendi com minha mãe a ajudar, a ver , a enxergar o próximo. Me lembro de atravessar com ela a cidade, levando "coisas" pra pessoas necessitadas, ajudando há 60 anos, mães solteiras, sendo amiga de mulheres desquitadas - e isso pra quem viveu no Brasil dos anos 50, 60, 70, sabe muito bem o quanto era difícil e como eram "condenadas" estas pessoas.
Pior do que estar numa cadeia, era o isolamento em liberdade.
E elas sofriam deste isolamento.
Me lembro de também atravessar a cidade pra ajudar crianças pobres "afilhadas por conveniência" de minha mãe. Conveniência sabida por ela, que ela nem ligava. Dava atenção e carinho com todo prazer. Me lembro de ajudar muito os que menos tinham em nossa família.
E criança vai aprendendo sem saber, assimilando e, mais tarde, vai colocando em prática automaticamente o que viu quando era pequena.
Então, agora vou dizer mais, o que nunca, nunca digo e nunca achei que fosse elegante dizer :
Em todas as minhas viagens, desde que saí do país pela primeira vez em 1979, eu trago coisas pra pessoas, desde presentes até doações que recebo fora do Brasil.
Já carreguei malas e mais malas com roupas, brinquedos, calçados, e paguei muito caro pelo excesso de peso delas.
Paguei com todo prazer!
Da França, não tenho ideia de quantos kgs de malas eu já levei pro Brasil.
Já levei minha prosa e meu riso pra muitas pessoas idosas, amigas ou não. Já visitei e passei dias e noites em hospital com pessoas que nem conhecia.
O Brasil continua precisando muito de ajuda e eu continuo ajudando, mas estas crianças que conheci aqui, pode ter certeza, estão muito mais distantes de ajuda do que as nossas.
E não vou dizer mais, porque este assunto me dá aflição;. seria o mesmo que ficar falando sobre a minha grana, se eu tivesse.
Fechando o parênteses
O mundo precisa de ajuda. Não somente os países pobres como o nosso, a Índia, a Somália, o nosso Vale do Jequitinhonha, o nosso Nordeste, o Continente Africano!
Se você for pra Alemanha de hoje, um dos países mais poderosos e ricos do mundo, economicamente falando, vai achar em todo quarteirão, de qualquer rua, pessoas precisando de ajuda.
Pessoas morando bem, com todo tipo de conforto, mas que passam semanas sem abrir a boca, sem conversar, sozinhas, porque a família polidamente dá um telefonema na Páscoa, outro no Natal e quando se lembra, no dia do aniversário. Já vi isso. Já convivi com pessoas assim fora do Brasil.
Tenho amigos que visitam pessoas idosas na França uma vez por semana, só pra conversar, tomar um chá, ler jornal pra elas, levar um pão fresco.
Então, meus queridos amigos e amigos queridos que não conheço : Tá respondida a pergunta?
E pra terminar, vou também repetir o que tenho repetido desde maio :
Eu peço e vou continuar a pedir ajuda sim, porque conto e tenho recebido apoio de muita gente, mas, (sempre tem um mas) com sua ajuda ou sem sua ajuda, eu vou continuar fazendo! E vou conseguir!
Vai demorar um pouco mais, mas vou chegar lá, onde eu acho que vale a pena chegar :
no coração das pessoas.
Pra não perder o costume...quer nos ajudar?
Deposite qualquer quantia em minha conta
Iêda Dias
HSBC
Agência 1561
Conta 0831621 sem dígito, tudo junto
CPF 156643506 44
Agradeço muito aos queridos amigos que depositaram este mês de outubro:
Fábio Jr, Roberto Sérgio, Julia Amaral, Antonio Mário, Geraldo Salvador, Rejane Ruas, Marlize Antunes.
Se alguém ficou de fora, por favor me diga pra eu ver o que houve.
Desculpem não ter agradecido antes, mas só agora a lesada aqui descobriu como identificar os DOCs.
Festa do picolé
Agradeço muito aos queridos amigos que depositaram este mês de outubro:
Fábio Jr, Roberto Sérgio, Julia Amaral, Antonio Mário, Geraldo Salvador, Rejane Ruas, Marlize Antunes.
Se alguém ficou de fora, por favor me diga pra eu ver o que houve.
Desculpem não ter agradecido antes, mas só agora a lesada aqui descobriu como identificar os DOCs.
Festa do picolé