"Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser
Como será?"
Quando eu me mudei pra casa onde moro hoje, eu tinha 33 aninhos. Isso foi em 1981. Lá se vão 34 anos a mais de vida e de aprendizado com todos aqueles que moram ou moraram neste prédio.
Como é um prédio de apartamentos pequenos, construído há mais de 70 anos, os moradores antigos eram pessoas solteiras, viúvas, desquitadas ( divórcio? Que isso? ).
Eu cheguei e era a mais nova do prédio. Se tinha música mais alta, vinha daqui de casa. Criança? Nunca teve. Se teve, foi só enquanto era bebezinho. Logo depois já não sobrava espaço pro embondo e a família se mudava.
Outra lembrança que tenho.
Era raríssimo o mês que não tinha um aviso de enterro ou missa de sétimo dia colado ao lado dos elevadores. Era um baixa mensal. No mínimo.
E ao longo destes anos, pouquíssimos daquele tempo que vim pra cá ainda restam.
E pensei em escrever exatamente por conta de um morador que até muito pouco tempo atrás tava super bem, animado, andando rápido e hoje me encontrei com ele quase se arrastando pra sair do lugar. Envelheceu fisicamente em pouco tempo. O Parkinson tá acelerando a passos vistos e os passos do meu vizinho só diminuindo.
Então parei na portaria e fiquei conversando com os porteiros, alguns bem antigos no prédio.
Falamos sobre envelhecer. A necessidade de poder andar, principalmente pra quem mora sozinho.
Este senhor ainda consegue ir em um restaurante que tem há poucos metros daqui, mas é impressionante como a dificuldade aumenta visivelmente.
Sempre que tô chegando com algum peso, sacolas ou o que seja, e que algum porteiro pergunta se tô precisando de ajuda eu digo:
- Vamu queimar munição à toa não. Daqui a pouco vocês vão precisar me levar no colo até em casa...rss....
E todos tem muito carinho por mim. Mesmo agora que a população mudou muito e tá cheio de gente nova, estudantes, casais, pra eles eu ainda sou a mesma. Eles não me veem envelhecer. Sou ainda a Iedinha.
Como é um prédio de apartamentos pequenos, construído há mais de 70 anos, os moradores antigos eram pessoas solteiras, viúvas, desquitadas ( divórcio? Que isso? ).
Eu cheguei e era a mais nova do prédio. Se tinha música mais alta, vinha daqui de casa. Criança? Nunca teve. Se teve, foi só enquanto era bebezinho. Logo depois já não sobrava espaço pro embondo e a família se mudava.
Outra lembrança que tenho.
Era raríssimo o mês que não tinha um aviso de enterro ou missa de sétimo dia colado ao lado dos elevadores. Era um baixa mensal. No mínimo.
E ao longo destes anos, pouquíssimos daquele tempo que vim pra cá ainda restam.
E pensei em escrever exatamente por conta de um morador que até muito pouco tempo atrás tava super bem, animado, andando rápido e hoje me encontrei com ele quase se arrastando pra sair do lugar. Envelheceu fisicamente em pouco tempo. O Parkinson tá acelerando a passos vistos e os passos do meu vizinho só diminuindo.
Então parei na portaria e fiquei conversando com os porteiros, alguns bem antigos no prédio.
Falamos sobre envelhecer. A necessidade de poder andar, principalmente pra quem mora sozinho.
Este senhor ainda consegue ir em um restaurante que tem há poucos metros daqui, mas é impressionante como a dificuldade aumenta visivelmente.
Sempre que tô chegando com algum peso, sacolas ou o que seja, e que algum porteiro pergunta se tô precisando de ajuda eu digo:
- Vamu queimar munição à toa não. Daqui a pouco vocês vão precisar me levar no colo até em casa...rss....
E todos tem muito carinho por mim. Mesmo agora que a população mudou muito e tá cheio de gente nova, estudantes, casais, pra eles eu ainda sou a mesma. Eles não me veem envelhecer. Sou ainda a Iedinha.
Pode?
E cuidam de mim, conhecem meus amigos, dão noticia da minha vida, reclamam que viajo muito. E eu participo na medida do possível da vida de todos.
Sei quem se separou, quem se casou de novo, já fui a enterro de filhos, emprestei grana em momentos difíceis, tudo que posso doar tô doando, enfim, a família se ajuda.Quero saber se aquele problema de saúde da mulher foi solucionado, fico feliz com a compra de um carro novo, enfim. Também tomo conta da vida deles...rs.
Tô ficando velha mesmo! Estas observações a gente não faz aos 20 anos de idade!
Vejo quase 100% dos moradores passar pela portaria e ignorar nossos guardiões como se eles fossem invisíveis.
Raramente escuto um bom dia, um boa noite, um como vai?
As antigas moradores sempre desciam com um embrulhinho de alguma coisa pra comer. Um bolo, um café, uma fruta. Eu continuo com este hábito.
Aliás, eles amam quando eu viajo, porque assim sabem que a limpa do freezer vai render coisa boa por um longo tempo...rs...
Espero que as promessas sejam cumpridas e que o Carlinhos realmente vá me levar ao Parque Municipal pra tomar um solzinho pela manhã, nem que seja uma vez por semana.
E que eles continuem vindo aqui ou me interfonando perguntado porque tô sumida, se fico dois dias sem passar pela portaria.
Posso ficar confiante, porque se for por ordem de idade tem uma turma que vai viver muito mais que eu.
DOAR FAZ BEM PRA ALMA, FAZ BEM PRO CORAÇÃO !
PREMAMETTA SCHOOL
Nossas contas
Iêda Maria Ribeiro Dias
E cuidam de mim, conhecem meus amigos, dão noticia da minha vida, reclamam que viajo muito. E eu participo na medida do possível da vida de todos.
Sei quem se separou, quem se casou de novo, já fui a enterro de filhos, emprestei grana em momentos difíceis, tudo que posso doar tô doando, enfim, a família se ajuda.Quero saber se aquele problema de saúde da mulher foi solucionado, fico feliz com a compra de um carro novo, enfim. Também tomo conta da vida deles...rs.
Tô ficando velha mesmo! Estas observações a gente não faz aos 20 anos de idade!
Vejo quase 100% dos moradores passar pela portaria e ignorar nossos guardiões como se eles fossem invisíveis.
Raramente escuto um bom dia, um boa noite, um como vai?
As antigas moradores sempre desciam com um embrulhinho de alguma coisa pra comer. Um bolo, um café, uma fruta. Eu continuo com este hábito.
Aliás, eles amam quando eu viajo, porque assim sabem que a limpa do freezer vai render coisa boa por um longo tempo...rs...
Espero que as promessas sejam cumpridas e que o Carlinhos realmente vá me levar ao Parque Municipal pra tomar um solzinho pela manhã, nem que seja uma vez por semana.
E que eles continuem vindo aqui ou me interfonando perguntado porque tô sumida, se fico dois dias sem passar pela portaria.
Posso ficar confiante, porque se for por ordem de idade tem uma turma que vai viver muito mais que eu.
Publicada em
19/04/2015 16:50
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