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domingo, 19 de agosto de 2012

Mulheres lindas, poderosas, altivas. Pós mastectomia

Assim que o Magazine ROSE saiu eu fiquei doidinha pra conhecer. Um querido amigo que morava em Bordeaux na época, conseguiu o primeiro número pra mim. E agora estava ele de férias na França e muito fofo que é se lembrou de mim e trouxe o segundo número. Tão bom quanto o primeiro *
Nem mesmo tive paciência de chegar ao final da revista e já parei pra copiar estas fotos e mostrar pra você. 
São depoimentos de mulheres que tiveram câncer de mama e precisaram ficar sem os seios,  pra poder continuar  com saúde e altivez as suas vidas. 
Parabéns minhas queridas. Parabéns pelos depoimentos e pela coragem.
Vou passar pra você as frases que estão ilustrando cada foto.

 "Eu mesma cortei uma primeira mecha de mais de um metro, que eu guardo em minha mesinha de cabeceira."  Caroline

 " Eu falei pras minhas escovas de cabelo:
' A gente se vê dentro de nove meses' 
e coloquei um lenço." Alice

 " Todo mundo achou que eu fiquei parecendo com a Natalie Portman em Vingança." Anne

 " Eu preferi o lenço,  talvez para não esconder a minha doença, finalmente." Estelle

 " Eu fiquei parecendo a G.I.Joe, mas, no fundo, era normal, porque eu acabava de colocar minha roupa de combate." Bénédicte
Adorei esta declaração!

" Eu fiz uma foto dos meus cabelos que ficaram no chão." Patricia

sábado, 5 de junho de 2010

Como fazer amigos e arrebanhar pessoas - final

Bom, resolver que seria uma feijoada, foi a parte mais fácil. Quem não gosta? E, afinal, a festa seria pra brasileiros. Poucos franceses (pensou ele).

Começou convidando os amigos do trabalho e, aí, já ficou engraçado porque, quando os franceses foram convidados (ele só soube disso depois), ninguém entendia como ia ter uma festa, se ele não conhecia quase ninguém. Pra eles, uma pessoa que morava em um país, há somente 6 meses, como poderia arranjar quorum pra festejar o que fosse ! Ia ficar muito sem graça, festa com meia dúzia de gatos pingados.
E foi convidando amigo, e convidado convida amigo (como todo bom brasileiro) e nós organizamos as compras, arrumamos a casa e foi, aí, que alguém se lembrou da vizinhança.
Mesmo sendo durante o dia, francês não gosta de ser incomodado, nem de barulho e festa brasileira sem barulho, sem música e sem riso alto, não existe.

Foi, então, que meu amigo teve uma grande idéia : fez um pequeno cartaz e colocou do lado do portão, bem na entrada da cour.
E, no cartaz, ele convidava todo mundo pra festa. Se não podemos com eles, juntemo-nos a eles. Seria difícil alguém ter coragem de implicar com a festa porque, afinal, todos foram convidados.
E foi muito interessante, porque começaram a chegar as pessoas amigas e, junto, foram chegando os moradores do prédio. Francês é um bicho muito engraçado; como a festa era "em casa", o povo não se deu ao trabalho de se "arrumar"; vieram, simplesmente, como estavam em casa. Tinha gente de chinelos e até descalça, porque a maioria anda assim em casa e trouxeram, de presentes, coisas que já tinham. Rimos muito ! Tinha saco de nozes que tinha sobrado do Natal, cerveja que tava na geladeira, saco de passas, batata-frita... e virou uma massaroca. E todos foram se apresentando e conversando ; vizinho que só dizia bonjour pro outro vizinho, passou a saber o nome, onde trabalhava, e dá-lhe caipirinha, e neguinho ficando tonto e dançando samba, no maior desengonçamento do mundo... e come feijão preto e come rabinho e orelha de porco e come mais arroz e mais laranja, e bebe mais caipirinha e, eu, assustada, disse "esse povo vai passar mal" e ninguém nem aí.

Só sei que a coisa varou dia, varou parte da noite e que, a partir desta data, não mais existiu somente bonjour ou bonsoir entre estas pessoas. Era um tal de bate-papo, sempre que sobrava um tempinho, venha tomar um café, aceita um pedaço de bolo? Um começou a regar as plantas do outro quando ele viajava, no aniversário sempre estavam juntos, e o bar do meu amigo virou um ponto de encontro.

E, essa amizade, dura até hoje, muitos se mudaram, compraram casas em outros bairros, mas continuam mantendo contato.
E nós somos assim mesmo. Essa facilidade de fazer amigos e arrebanhar pessoas vem no sangue.

Até hoje, quando tô indo pra lá e alguém me pergunta onde vou ficar, sempre respondo: "minha tralha vai ficar na casa de fulano" e, com minha mochila, vou indo e ficando onde der. O que não falta é casa de amigos, Dieu merci.
Como dizem os franceses : eu e minha baise-en-ville. Não sabe o que venha a ser? Eu explico (não devia, mas conto pra você que é meu chegado).
É uma mochila com o necessário "pra se passar a noite fora" digamos assim. As colegas todas usam... e eu também... hehehe...

Me esqueci de um detalhe ! Só um morador do prédio não foi à festa : um cara, por sinal gato, que tinha um cachorro e cara de nenhum amigo. Este nunca se integrou com o resto do povo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Como fazer amigos e arrebanhar pessoas


Você sabe o que é uma cour? A cour de um edifício, de um prédio? Não? É o pátio interno. A parte central.
Na França é muito comum nos prédios mais antigos. Normalmente, a entrada é por uma porta grandona, larga, alta, porque, nos antigamentes, as carruagens ou os cavalos sozinhos, passavam por ali e "estacionavam" na cour, no pátio do prédio que, hoje, seria o estacionamento. O imóvel era contruído, normalmente, quadrado, com o pátio no meio. Alguns pátios, hoje, tem jardins, outros, estacionam carros mesmo, outros tem banquinhos, árvores. Existe cada um mais lindo do que o outro. Indo à Paris, preste atenção nos portões; eles abrem em duas partes e, uma parte, normalmente, tem um porta menor, pra gente passar a pé.

Porque esse papo de pátio, prédio, portões? Uma coisa vai ligando à outra e é impressionante como, em cada papo, em cada roda de amigos, eu vou me lembrando dos causus que aconteceram nos Caminhos por onde andei.




Almoçando hoje com a família, num 0800 chic de todos os aniversários, o riso corria solto. A gozação, pegando no pé de um, enchendo o saco do outro, mas sempre rindo muito, nos divertindo. Aí, eu disse: "não existe povo no mundo, que ri mais do que a gente". "E de nós mesmos" acrescentou alguém. Foi então que, me lembrei de um causu que aconteceu em Bordeaux.

Estava na casa de um amigo que morava na cidade há, relativamente, pouco tempo; sei lá, talvez uns 6 meses. Ele morava em um prédio desses que acabei de descrever. A arquitetura de Bordeaux é linda. Linda! E o prédio dele era muito antigo. Tinha um pátio e, em torno do pátio, o prédio. E todos os apartamentos davam pro pátio, tinham uma sacada, como se fosse um corredor-varanda, quer dizer, se eu abrisse minha porta, o vizinho veria dentro da minha casa do outro lado do prédio. Então, este é um lugar que, no Brasil, no mínimo, todos se conheceriam. (Nem vou entrar na questão de serem amigos ou se meterem uns na vida dos outros)

E chegou o dia do aniversário de meu amigo e ele resolveu fazer uma festa. Uma feijoada !

Conto o resto amanhã porque os causus tão ficando muito longos. Assim disse um amigo meu : "Preguiça de ler, o causu tá muito comprido"... rs.
Traumatizei !

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Saint Emilion - Passeio imperdível

Jorge, Paula, eu e Ju. Pertinho de Bordeaux a 35 km fica St.Emilion, uma cidadezinha estilo romano muito linda. A região tem em torno de 900 vinículas e a cidade foi tombada pela UNESCO.

A gente pode visitar a maior parte das vinículas e ser atendida pelos proprietários e funcionários. Muito simpático isso. E o melhor da festa. Degustar os vinhos mais cobiçados do mundo. Uma beleza de passeio. Claro que pode comprar também.

Além do vinho, a cidade que foi construida com as pedras do próprio solo, de uma cor ocre maravilhosa, tem igrejas, catacumbas, ossários, galerias subterrâneas, pequenos restaurantes e cafés ,que alegram a vista e deixam o paladar aguçado.

Curiosidade: Iêda também é cultura...rs... Quando visitarem os vinhedos prestem atenção que no começo de cada fileira de parreira tem uma roseira plantada. Aí vocês vão pensar como eu pensei na primeira vez que vi. Que povo mais caprichoso... Além de serem mesmo caprichosos, a roseira funciona como um termômetro, um alarme. Elas são observadas o tempo todo, porque as pragas que atacam os vinhedos, em primeiro lugar atacam as roseiras.
Legal, né?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Onde comer e dançar em Bordeaux.


Bordeaux - França, tá na sua rota? Então anote aí:



Quer comer muito bem, beber tanto o vinho nacional...rss... ou uma caipirinha no ponto? Vá ao Beija Flor. O Hélio é o dono. Um paulista que dirige com categoria o restaurante há mil anos. Sabe tudo da melhor cozinha brasileira com toques da cozinha francesa. Meu prato preferido é a Caldeirada. De lamber os beiços como dizem os portugueses. As sobremesas também são um sonho.



http://www.beijaflor.fr/



Bom, já comeu bem se animou com a caipirinha ou o vinho de Bordeaux, agora que tal ir queimar as calorias bombando na dança no Via Brasil. Lá voce vai conhecer o Jorge. Mineiro de Belzonte, que toca o bar há milenios e conhece tudo de música prá dançar do brasil e do mundo. E ainda de quebra vai experimentar os melhores e mais caprichados drinks que voce jamais bebeu. Essa folia vai até 4 da matina.



http://www.viabrasil.fr/



E no dia seguinte prá variar um pouco, que tal almoçar ou jantar no Cantinho do Fado. Um bacalhau delicioso, sopas, e o atendimento super cortês do próprio dono. E além de tudo as porções são super fartas. Nem pense em pedir um prato pra cada pessoa. Vai sobrar comida prá dois dias. O preço é muito bom. Peça o vinho da casa.



O Cantinho fica na Cours de l'Yser, pertinho do Via Brasil.



Almoçando no Cantinho o próximo passo vão ser vários passos subindo a Rue Saint Catherine e curtir as mil lojas dessa rua só prá pedestres, famosa na cidade.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...