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sexta-feira, 9 de abril de 2021

As cartas, as dúvidas, a alegria, a raiva ... e eu

No Iraque eu trabalhei em vários setores. Gostei de quase todos, mas trabalhar na secretaria da obra foi muito interessante. Entre outros afazeres, me ocupava da correspondência dos funcionários. Brasil/Iraque/Brasil. Nesta época, a comunicação era feita através de cartas ou telefone. Pra telefonar, era um suplício. Principalmente se tava havendo guerra. Filas homéricas e ligação ruim, pouco tempo pra cada pessoa.
Enfim, as cartas eram campeãs na comunicação.
Iam e vinham semanalmente uma média de 4.500 a 5.000 cartas em cada viagem. Elas chegavam normalmente bem cedo às minhas mãos ( 4 malotes imensos, lotados ) e eu ia pra um computador e separava 1 a 1 pro seu destinatário. Todas vinham com o número de inscrição do funcionário. Pelo menos esta era a instrução dada pela empresa, pra facilitar na entrega. Eles eram localizados por esse número. Onde estavam, onde trabalhavam, se continuavam naquele setor, se estavam emprestados pra outro, se estavam no Km X, Y, Z, ao longo da estrada que estava sendo construida, se tinham viajado de férias, se iam voltar das férias, se estavam hospitalizados. Não importava onde, eu tinha que achar o Mané. Se não tivesse o tal número, aí tinha que olhar numa lista gigante e descobrir. Eita vida!
Fazia aquele trabalho o mais rápido que podia e, me lembro que na parte da tarde, já tava todo mundo que tinha recebido carta, com a sua na mão. Digo todos que tinham recebido cartas, porque aí começava outra peleja : quem não tinha recebido...
Pra onde eles iam? Onde? Atrás de mim claro ! querendo saber onde eu enfiei a carta deles.
Vocês imaginem a angústia de não receber notícia naquele fim de mundo?
E não adiantava dizer que não tinha mais carta: "Não! Já separei todas! Não, não tem nenhuma grudada dentro do malote! Não, não caiu nenhuma atrás do computador! Não, não comi nenhuma na hora do almoço! "
Pensam que tô brincando?
Foi aí que desenvolvi um monte de respostas, como por exemplo :
"Você tem familia ou foi criado pela FEBEM? A turma da FEBEM só recebe carta no Natal e no aniversário. Tem alguém da sua familia que sabe escrever?" Abria minha bolsa, tirava o bolso do jeans pra fora, tudo pra dizer que não tinha carta. Era difícil convencer a negada.
O plano que mais dava certo e fazia o caboclo sumir era : eu fazia aquele gesto que nos EUA quer dizer ok. Mostrava pro moço com um papel em forma de canudo introduzido no aro entre o indicador e o polegar e dizia : "Isso aqui é seu fiofó, se eu colocar a carta você vai saber". Eu disse colocar? Tô ficando fina...rs. Eu disse saber? Finíssima !
Eles riam e iam embora.
Uma das vantagens de se morar e viver com milhares de pessoas em um acampamento, comendo, dormindo, se divertindo e trabalhando - 7 dias por semana - é que nos dá liberdade de poder deitar e rolar nas brincadeiras.
Vocês vão saber de muitas outras mais !
 
 Postagem de 30/10/2009
 

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quinta-feira, 1 de abril de 2021

Origem da expressão "assédio sexual".

Estamos ainda no deserto iraquiano...
Com a história de receber e de entregar as cartas, acabava tendo muitos conhecidos. Amigos também mas, até hoje, encontro pessoas que vem falar comigo, olho pra carinha, tenho certeza que nunca vi na vida, quando reparo bem, conheci no Iraque. Ou melhor, ela me conheceu no Iraque.
Então era dia de uma turma vir de férias ou ir definitivamente pro Brasil. Era um vai e vem. Toda semana umas 100 pessoas no mínimo, chegando e partindo.
Fui acompanhar os malotes até o ônibus, responsa minha, e tinha um peão embarcando, que eu já conhecia. Sempre me cumprimentava, muito gentil.
Despachei tudo, dando até logo pra um e pra outro, e eis que, quase no minuto do ônibus arrancar, esse moço chega, me dá um abraço, até aí tudo bem. Normal. Povo fica emotivo, etc e tal. E do abraço, agarrou meus peitos com toda vontade, como se tivesse sonhado com aquilo a vida inteira. Soltou, pulou dentro do ônibus e ainda deu adeusinho partindo com a cara mais feliz do mundo.
Fiquei paralisada, olhando o ônibus sumir na poeira do deserto. Ficou até romântico contando assim. Mas, um segundo depois tava irada. Cara mais folgado...como pode?
Fui direto pra sala do meu chefe fazer a denúncia. Aqui cabe um parentes...isso foi nos anos 80. Não sei se já existia essa história de assédio sexual. Pelo menos lá, naqueles confins de deserto, tinha não.
Agora sentem pra ver a reação do meu chefe querido. Querido mesmo. Era um cara muito legal, que se dava muito bem comigo e com todos.
Ô Ieda, deixa de besteira, o moço ja foi embora...não vai voltar...devia de estar doidinho com você esse tempo todo....foi a chance dele....e você mesma não disse que ele foi embora com a cara mais feliz do mundo? Então... Esquece.
Pimenta no peito do outro é refresco.
Claro que a história morreu aí. Só fiquei um pouco mais esperta no quesito despedida.
 
causu publicado em 31/10/2009
 
 
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