Há mais ou menos um mês, comecei a postar no Intagram posts e causus antigos do blog. E estou muito feliz porque o retorno dos amigos tem sido muito bom. E a alegria não é só porque estão lendo minhas histórias. As pessoas estão lendo. Isso é ótimo. Algumas que são minhas amigas já conhecem muitos destes causus mas tem também a turma que não me conhece e que não tem saco de ficar procurando pelo blog à fora coisas pra ler.
Então, junto com posts novos, vou alternar posts antigos também aqui.
Espero que vocês gostem.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Quando eu era criança...
Quando eu era 
criança, não existiam shopings. Os bairros não eram independentes como 
são hoje. Tudo acontecia no centro da cidade, que a gente chamava de 
"cidade". Tava precisando de comprar tecido? Tinha que ir na cidade. 
Precisando de dar um presente? Vamos na cidade comigo? E era um 
programão!
Na rua Rio de Janeiro tinha a Casa Sloper. Era o must em matéria de coisas finas, presentes delicados e diferentes, era lá que a gente encontrava aquele agrado diferenciado.
 Precisando de pregos, parafusos, ferragens em geral, era na Casa 
Tupinambás, na rua de mesmo nome.E tinham as casas de tecidos preferidas
 de nossas mães. Copacabana Tecidos, Casas Pernambucanas, Gizê. Em 
muitas delas tinham rapazes que desenhavam os modelos de acordo com o 
tecido que a gente comprava. Me lembro que todo mundo esperava na fila 
pro moço fazer o desenho, mas não me lembro de ter feito alguma roupa 
com o desenho feito por eles. Mas era chic. Pra comprar uniforme de 
escola o endereço era um só. O Mundo Colegial. O nome é ótimo, né não? 
Cadernos, livros e material escolar eram comprados na Rex da Praça Sete.
 Inclusive o plástico pra encapar tudo. Eu, sempre gauche na vida me 
lembro de encapar minha tralha toda com plástico preto. Era nemo e não 
sabia...rs.
Tomar um café "na rua", como a gente dizia, o caminho era o Café Pérola da Praça Sete. Podia também ser no Café Nice que era do lado.
Na rua Rio de Janeiro tinha a Casa Sloper. Era o must em matéria de coisas finas, presentes delicados e diferentes, era lá que a gente encontrava aquele agrado diferenciado.
Nossas mães costuravam. Se não costuravam  tinha a vizinha que costurava
 pra gente. Então, precisando de linhas, botões, aviamentos, como 
chamava naquele tempo, onde a gente comprava? Na A Principal, que era 
também na Rua Rio de Janeiro. O pai precisava de pijama, meias, lenços? O
 lugar certo era o Grande Camiseiro na Tupinambás com Rio de Janeiro. E 
tinha as Lojas Americanas onde tinha de tudo um pouco. Mas o que todos 
nós mais adorávamos era depois das compras, sentar na lanchonete e comer
 bolo com sorvete. Quando as vacas estavam gordíssimas, a gente comia 
banana-split, ou um Havai, que era um  abacaxi cortado ao meio com bolas
 de sorvete e mais um monte de coisa em cima. Delícia dos deuses!Como 
ainda não conhecíamos sexo, não tínhamos celulite nem colesterol alto, 
não existia nada melhor no mundo.
Meu irmão e eu fomos a todas as pré-estréias de domingo no Cine Brasil. 
Íamos também ao Cine Candelária e  Metrópole e me lembro, que depois de 
muito infernizar a ideia do meu pai e da minha mãe, eles nos deixaram ir
 a um programa de auditório da Rádio Inconfidência, onde entre outras 
atrações, cantavam calouros. E me lembro da Roberta Lombardi, hoje dona 
da Vide Bula, cantando uma música em italiano. Quase morri de inveja 
dela. Íamos também ao Cine São José e Cine Odeon. Na minha infância vi 
todas as chanchadas da Atlântica, todos os filmes de Joselito e Marisol,
 Sarita Montiel e Cantinflas.
Comprar sapatos, ou era na Balalaika ou na  Clark da Av. Afonso Pena. 
Esta última com sapatos mais finos e mais caros. Coisas só pras mães. Me
 lembro de uma sapataria que se chamava Praça Sete Calçados. Lembro das 
árvores da Afonso Pena, e também de quando deu uma peste de um bichinhos
 miudinhos pretos, que foram os culpados pela poda delas. O prefeito na 
época se chamava Amintas de Barros e os bichos viraram os 
"amintinhas"...rs... nada mudou. Os políticos continuam sendo uma praga!
Tomar um café "na rua", como a gente dizia, o caminho era o Café Pérola da Praça Sete. Podia também ser no Café Nice que era do lado.
A Savassi só existia com a Padaria Savassi, e a Drogaria acho que Vidigal. Mais nada. Não existiam supermercados e tudo era comprado ao lado de casa. Todo bairro tinha os armazés, padarias, açougues. As pesssoas tinham "conta ou caderneta", onde o dono anotava o nome de quem comprou e o que foi comprado, e era pago no final do mês. Meu pai nunca teve, nunca gostou. Tinha medo de perder o controle na gastação. Existiam lojas de móveis usados e antigos na rua Itapecerica, mas não íamos nunca porque a rua fazia parte da "zona", que era o nome da região das putas, então era melhor nem passar perto. Comprar perfume, sabonete melhor, algum produto pro cabelo ou presentes pras amigas, tinha a Perfumaria Lurdes que ficava na esquina da Av. Amazonas com a rua São Paulo. Chiquérrima!
Eu adorava ir ao Mercado Central com meu pai. Era imundo, chão de terra, que virava uma lama só porque as pessoas molhavam as verduras e legumes o tempo todo. Mas era muito bom passear vendo o corredor dos passarinhos. Me lembro de um incêndio que teve no Mercado e meu pai chorou quando ouviu no rádio o locutor dizendo que todos os passarinhos tinham morrido e viraram umas bolinhas de carvão no fundo da gaiola. Eles sabiam narrar e tocar a fundo o coração de quem tava ouvindo.
E me lembro de muito mais coisa, que se você tiver interessado eu conto...rs
Na minha adolescencia quase tudo mudou. Mas aí, já é uma outra história!
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