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segunda-feira, 12 de abril de 2021

PATINAR - UM SONHO QUE NUNCA REALIZEI


Passávamos a manhã de domingo brincando em todos os brinquedos, morrendo de medo do escorregador que, pra mim, era da altura do Empire States. Me lembro que uma vez minha mãe teve que subir e me resgatar lá do topo, porque empaquei e a meninada gritava 
- Desce! Desce! Desce!  
e eu nada, paralisia total!
 
E, uma das coisas que mais amava, era ficar vendo o pessoal patinando. Não sei se ainda existe, mas tinha um rinque de patinação e era bem legal. Como a cidade é montanhosa, bicicleta e patins são dois elementos pouco habituais do povo. Ninguém aguenta o sobe e despenca morro pedalando, muito menos de patins.
 
E, não sei porquê, nunca tive patins, nunca aprendi a patinar. Será que era muito caro? Será que alguma vez eu já pedi pros meus pais? Não me lembro! Mas, talvez, eu mesma nunca tenha falado nada porque, quando criança, ganhei todos os brinquedos que pedi.

Quando fui morar em Paris, me encantei com a leveza, facilidade, habilidade do povo, sobre os patins. Descobri que criança ganha, desde que começa a caminhar, o primeiro par de patins, de plástico, super coloridos, parecem brinquedo, e daí, começa uma parceria, uma intimidade com as rodinhas que vai seguir por toda vida.

Bicicleta também. Sei andar de bicicleta e, durante toda minha infância, eu tive uma mas, depois de adulta, não. Paris, como é uma cidade plana e ainda por cima tem pista pra bike - que são respeitadas - todos andam na maior tranquilidade.
Inventei de arrumar uma bicicleta, uma vez, e quase morro atropelada. Realmente, a habilidade pra andar lado a lado com os carros, eu não tenho. Sou atraída pelos carros; fico indo na direção deles, então, desisti. Quiném falar uma outra língua. Você pode falar perfeito, vocabulário maravilhoso, sem sotaque, mas jamais vai falar como o nativo daquela língua, porque não nasceu ouvindo aquele som.

Foi um belga chamado Merlim que, em 1760, inventou os patins.
E foi em NY que vi, pela primeira vez, alguém com patins online e fiquei doidinha. E pensava: "se eu já acho que deve ser difícil equilibrar em rodinha aos pares, estas, então, tenho certeza que não consigo", mas estava muito enganada. Não que eu tivesse tentado, mas, conversando com patinadores, eles contam que o equilíbrio é muito bom nos patins online.



Quando o parisiense quer brincar de fazer malabarismo com os patins, ele vai pro Trocadero, perto da Torre Eiffel, que é onde tem uma pequena descida. Já passei horas sentada vendo a habilidade da meninada. É de babar. Muito legal!
Tem também uma turma que patina em frente à Prefeitura onde é plano, mas eles colocam rampas. E patinam com uma perna só, e enfileiram latinhas e vem de frente, de costas, de lado, passam entre elas, dois a dois, três, saltando, dançando... É um barato ! Indo a Paris, principalnmente no verão, você pode se deliciar com essa turma que dá um show.

Dia 13 de junho, pra comemorar o 100º aniversário da Federação Francesa de Patinadores, houve um passeio com a presença de 6.000 pessoas.

Neste link acima, tem um vídeo de um passeio de patins, que mostra o quê eu acho legal, que é a polícia, também de patins, acompanhando e dando apoio e segurança pra turma. Muito legal !http://www.ffrs.asso.fr/ 
Este é o link da Federação Francesa de Patins, se você quiser se inteirar sobre os passeios.
Existem passeios organizados em vários pontos da cidade e eu já presenciei alguns . Pode ser durante o dia ou à noite. O que mais me chama atenção é a organização; a polícia francesa é muito interessante : tem policial a cavalo, de bicicleta, de patins, de carro, a pé, depende da situação.
Nos passeios de patins, vão alguns na frente, misturados no meio dos patinadores e, também, no final. E sempre tem ambulância, também, no final da fila.
Se você quiser participar, é só se informar no site da Mairie de Paris (prefeitura) pra saber de onde vão sair e quem tá indo; tem turma de veteranos, principiantes, tem de tudo. Não vá se enfiar na turma de veteranos - que sai tardão da noite - se não for phoda nos patins, senão vai ser engolido pelos pitbulls.

Como já não tô mais na idade de me arriscar a quebrar uma perna ou a bacia, deixo pra próxima encarnação essa história de andar de patins.

Por enquanto, me contento em assistir.
 
postado em 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Vai ser um sucesso este triciclo!

Caso Princesa Puja....cont.

Já que a família da Puja não quer fazer o tratamento e eu entendo porque vai ser muito sofrimento pra ela, temos outras formas de ajudá-la em sua vida nada fácil. Carregar aquela perna pesada pra lá e pra cá com aquele corpinho magrinho é uma peleja.
No dia do pic-nic, ela estava na escola.
 Falei mais de uma vez:
- A Puja também vai. Levem ela de moto, tuc-tuc, riquixá, não importa, mas ela também precisa ir.
E cada um saiu cumprindo sua obrigação. Eu fiz parte da turma que foi à pé com as crianças. Tinha o povo de moto levando as tralhas todas, e a bicicleta que puxava uma espécie de carroça levando as coisas mais pesadas.
Tudo bem.
Chegamos, muita solicitação por parte das crianças, e quando já íamos comer, me lembrei da Puja e perguntei pro Anup. 
- Cadê ela?
- Ela não quis vir.
- Como assim, não quis? Já viu criança não querer brincar, se divertir?
-Seria muito difícil pra ela...
- Mas eu avisei...blá blá blá...
- Eu vou fazer uma marmita com tudo e o irmão dela leva pra ela comer. Disse ele tentando dar uma arrumada no erro.
- Ela tá cagando pra comer, ela tinha é que estar aqui se divertindo junto com seus colegas! Falei já irritada.
Enfim, naquela movimentação toda, não teve ninguém pra colocar ela em um carro e trazer. Ela diz que não quer e ninguém se preocupa. Já faz parte da paisagem o problema dela e já é normal ela não participar de muita coisa.
Me deu uma tristeza tão grande, que comecei a chorar, mas logo tratei de parar antes que alguem visse e quisesse saber o porque. Perdi o apetite. Fui a única que não comeu.
Na volta falei sério com o Anup.
Olhe, vocês já se acostumaram com a menina, mas ela precisa de muito amor, muito carinho, muita atenção.
Na viagem pra Varanasi, como a avó dela passou muito mal vomitando, quando a gente ia comer ela não queria e a Puja ficava do lado dela e dizia que também não queria. Eu pegava ela pelo braço e dizia:
- Você não tá passando mal e tá com fome. Vem comigo. Vamos comer sim.
Ela vinha e comia tudinho. No maior apetite.
-Você quer maçã?
A cabecinha fazia não. 
Eu dava duas maçãs de cada vez e ela comia. Acho que nunca comeu tanta maçã. Não sei se foi a primeira vez, ou porque gosta mesmo!
No Hotel, mostrei o controle pra ligar a TV. Onde mudava de canal e onde controlava o som. Ficou doidinha. Deve ter visto TV a noite toda.
Criança pobre, sem recurso algum, com pais que não tiveram acesso à educação não tá acostumada a ser tratada como um ser que precisa de carinho, que gosta de carinho, que precisa de atenção, que gosta de atenção.
Aí foi a vez do Anup chorar.
Eu disse:
- Temos que tomar muito cuidado daqui pra frente. Vamos prestar atenção e não deixar ela de lado.
É o mínimo que temos que fazer.
Então me lembrei de uma espécie de triciclo, que as pessoas com deficiência física usam muito aqui na Índia. São duas rodas atrás, uma na frente, tem assento legal e na frente do assento uma manivela, que a pessoa vai rodando e faz movimentar a engenhoca. É um sucesso!
Falei pro Anup. Vamos ver quanto custa essa coisa e vamos comprar uma pra Puja.
Agora ele ficou esperto. Ontem mesmo já foi a Gaya e apressou, viu direitinho um modelo que ela dá conta de conduzir e ainda pode levar um colega. Imagino que vão subir na coisa quantos couberem. Mas, elas são resistentes. Falei pra ele escolher um modelo menor, que desse pra passar entre os becos e ruelas dos vilarejos.

Agora entra você meu querido leitor. Agora entra você nessa história.
A bicicleta custa 300 dólares. Mais ou menos 16.000 rupias. Não é muito, pensando na grande ajuda e alegria que ela vai trazer pra essa menina fôfa.

Quer me ajudar?
Deposite em minha conta do HSBC
Iêda Dias
Agencia:1561
Conta : 0831621 sem dígito, tudo junto
CPF : 156643506 44

Breve, se Deus quiser estarei postando fotos da Puja toda feliz em seu meio de transporte.




quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dica de trabalho legal pro verão pra você que ama pedalar

Que tal adotar esta ideia, arregaçar as mangas, convocar amigos, se licenciar na Prefeitura ou qual seja o orgão que se ocupa disso, e adaptar ou mesmo construir bicicletas pra ganhar uma grana extra no verão que tá batendo na porta!
A primeira vez que andei em uma bicicleta dessa foi na Índia, no século passado.
No Rio de Janeiro as pessoas já vão ter bicicletas pra alugar  no mesmo esquema de outras cidades no mundo. Acho um barato. Nas cidades planas isso é um sucesso.
Pra quem não mora em cidade plana como eu, a ideia não fica descartada. Existem praças e bairros que dão pra circular na boa.
E o que acho que ficaria muito legal seria encher a av.em torno da lagoa da Pampulha de bicicletas. Adultos e crianças iam se divertir muito.

Este moço fotografei no Nepal. Veja que simpático o triciclo!

Nepal também

                                                             Aí é como um ponto de táxi

Na Tailândia este modelo é muito comum. São os famosos tuc-tuc. Pode ser com ou sem emoção. Com emoção dá direito a enfarto. Cada curva é um flash!

Os modelos não são só pra curtir, passear. Podem e devem ser usados como transporte público.

Pulando pra Europa e EUA elas já ficam mais discretas,  menos coloridas. Mas são bonitas e confortáveis da mesma forma.

Olha que chic com cobertura e tudo!

Em NYC é uma farra no verão. Esta com várias pessoas  pedalando junto são um sucesso. Muitas vem com um som legal e todos cantam e empolgam as pessoas nas calçadas. Vira uma cantoria que vai contagiando de quarteirão em quarteirão. Tem umas que os assentos formam um círculo e as cadeiras giram. O pessoal se diverte.

Passear na Praça da Liberdade, ir até a Savassi, fazer uma parte da Contorno, Olegário Maciel. Dá pra desviar dos morros da nossa cidade.
E o melhor de tudo. Normalmente são rapazes gatíssimos que pilotam e aproveitam pra exibir o físico sempre em forma. Nem precisam  ir à academia.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Pedalar lá fora não é como pedalar aqui dentro


Seu Becker com os filhotes. O mais velho já na rebeldia com o capacete desabotoado.

Quando eu era criança tinha bicicleta e adorava pedalar. Morava em uma cidade do interior, mais calma impossível, sem trânsito e plana. Principalmente isso. Pedalar foi feito pro plano. Tô falando do meu  prazer, passeio.
Mas  em Belo horizonte a coisa mudou de figura. Cidade cheia de montanhas não combina com duas rodas. A minha vida de ciclista findou aí. Tem anos que não chego perto de uma bicicleta.
Foi então que me lembrei da minha aventura de pedalar na França.
Trabalhei por uns tempos em uma cidade perto de Paris, chamada Juvisy-sur-Orge. E não morava pertinho do trabalho. Então, pra me acostumar e ver se rolava, pedi a uma amiga a bicicleta dela emprestada, e, se tudo desse certo, compraria uma prá mim.
A aventura durou 1 dia. Ou melhor, durou meio caminho até o meu trabalho, porque a outra metade do caminho empurrei aquela encrenca, toda trêmula de mêdo e exausta.
Esta experiencia nada teve a ver com a minhas pedaladas de criança. Descobri, que nunca tinha pedalado com trânsito, e que não tinha idéia de como fazer isso. A metade do caminho que fiz foi uma angústia só. Um imã me atraia pros carros, pro meio da rua. Um horror. Foi aí, que desci daquela peleja e terminei a jornada à pé. Empurrando o embondo.
Começei a prestar atenção na criançada de velo, andando como se tivesse nascido em cima daquilo. Por isso eles andam na maior desenvoltura. Desde pequetitos já vão pras ruas com os pais. Todos paramentados crentes que são gente, e todos respeitam uns aos outros. Por isso a coisa funciona.



Então, o recado é o seguinte: se você tem a mesma experiência que eu com uma bike e mesmo que tenha o costume de pedalar ainda hoje aqui pelo Brasil, pense bem antes de pegar uma bicicleta no exterior. Lá você tem que conhecer e obedecer as leis do trânsito. Você sabia que se tiver na rua e o sinal fechar você precisa parar? Parece óbvio, mas aqui, se é que existe uma lei, ninguem toma conhecimento. Estando montado na bicicleta você não é pedestre. Será multado se passar rodando nela. Pra andar em locais onde não se pode andar de bicicleta você tem que estar empurrando a bicicleta. Nada de subir nos passeios tirando finhinho nas pessoas. Lembre-se, você está em cima de rodas, então tem que obedecer as leis de trânsito. Precisa também fazer os sinais de mão. Se vai virar pra direita, esquerda, parar. Tudo como manda o figurino. E criança tem que usar capacete. Não sei quanto a adultos qual a obrigatoriedade. Informe-se.

                                            NYC. Pedalar pelado, pode. Sem capacete, não!

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...