Intercâmbio de receitas
Primeiro
Cheguei pro meu primeiro dia de trabalho e a dona da casa, muito gentilmente, me perguntou o que eu tinha costume de comer.
- Tô indo fazer compras, disse ela.
Entre as coisas que citei, evidente que não me esqueci de arroz, que adooooro.
Ela chegou, depois de um tempo, com tudo - mó gracinha. Quando procurei pelo arroz, encontrei um pacotinho de 250 gramas e tava olhando pra ele, numa mistura de espanto e decepção, quando ela me perguntou:
- Não é este que você gosta?
Eu disse:
- Este mesmo, adoro! Só que como 250 gr só no almoço.
A partir deste dia, ela sempre comprava vários pacotes de 2 kgs.
Segundo
E foi nesta época, que descobri que o francês come arroz-doce - que também acho uma delícia - e um dia resolvi fazer. O deles não é ruim, mas o arroz é ao dente e tem pouco açúcar. Fiz à moda das Minas Gerais, como aprendi com minha mãe; quando ele tá quase pronto, queimo açúcar e coloco a calda pra ficar moreninho (muito leite, muita canela e cravo).
O sucesso foi tanto que, toda vez que eu fazia, colocava a minha parte numa tigela e levava pra minha geladeira porque, senão, não encontrava nada no dia seguinte; a dona da casa comia tudo durante a noite.
Terceiro
Mesma família - Introduzi a feijoada no cardápio da casa e tava sempre fazendo. Vinha uma visita, eu fazia, e, o dono da casa, me fazia rir muito. Era só começar a cheirar - quando já dava pra provar - e ele sempre pegava um prato fundo, colocava bastante arroz e enchia o prato de feijoada. E eu sempre gozava ele dizendo:
- A sua parte você já comeu.
Provava umas 3 vezes e comia feliz na hora que ia pra mesa.
Muitos anos se passaram mas ainda faço quando estou em Paris pra visitar meus amigos queridos. Eles dizem que é pra descongelar e comer se sentirem saudades mas, se faço tipo uma semana antes de vir embora, quando saio de Paris já não tem mais nada.
Primeiro
Cheguei pro meu primeiro dia de trabalho e a dona da casa, muito gentilmente, me perguntou o que eu tinha costume de comer.
- Tô indo fazer compras, disse ela.
Entre as coisas que citei, evidente que não me esqueci de arroz, que adooooro.
Ela chegou, depois de um tempo, com tudo - mó gracinha. Quando procurei pelo arroz, encontrei um pacotinho de 250 gramas e tava olhando pra ele, numa mistura de espanto e decepção, quando ela me perguntou:
- Não é este que você gosta?
Eu disse:
- Este mesmo, adoro! Só que como 250 gr só no almoço.
A partir deste dia, ela sempre comprava vários pacotes de 2 kgs.
Segundo
E foi nesta época, que descobri que o francês come arroz-doce - que também acho uma delícia - e um dia resolvi fazer. O deles não é ruim, mas o arroz é ao dente e tem pouco açúcar. Fiz à moda das Minas Gerais, como aprendi com minha mãe; quando ele tá quase pronto, queimo açúcar e coloco a calda pra ficar moreninho (muito leite, muita canela e cravo).
O sucesso foi tanto que, toda vez que eu fazia, colocava a minha parte numa tigela e levava pra minha geladeira porque, senão, não encontrava nada no dia seguinte; a dona da casa comia tudo durante a noite.
Terceiro
Mesma família - Introduzi a feijoada no cardápio da casa e tava sempre fazendo. Vinha uma visita, eu fazia, e, o dono da casa, me fazia rir muito. Era só começar a cheirar - quando já dava pra provar - e ele sempre pegava um prato fundo, colocava bastante arroz e enchia o prato de feijoada. E eu sempre gozava ele dizendo:
- A sua parte você já comeu.
Provava umas 3 vezes e comia feliz na hora que ia pra mesa.
Muitos anos se passaram mas ainda faço quando estou em Paris pra visitar meus amigos queridos. Eles dizem que é pra descongelar e comer se sentirem saudades mas, se faço tipo uma semana antes de vir embora, quando saio de Paris já não tem mais nada.