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Não, meu bem, você não se enganou de blog, sou eu mesma, contando dos "Caminhos por onde andei". Por que coloquei todas estas manchetes acima? Vou explicar.
Dei uma pequena passada pelos jornais e, em 10 minutos, recolhi estas notícias.
Tô me organizando pra viajar no final do ano, como escrevi ontem, e recebi alguns imeios de amigos queridos preocupados com a minha caminhada pelo, nada seguro, Estado de Israel. Então, vou dizer o que penso sobre escolher onde ir e quando deixar de ir por problema de segurança.
Pra ser muito honesta, não sei o que me levaria a não ir a algum lugar; talvez fronteiras fechadas por uma guerra civil, uma grande epidemia, se bem que, hoje em dia, tá difícil epidemia localizada; as doenças se espalham, pelo mundo, na mesma velocidade dos voos dos aviões que transportam seus vírus ou bactérias ou o que seja.
Já tive amigos que deixaram de viajar pra me encontrar em Paris, nos anos 80/90, tempo de muitos atentados à bomba por lá. O medo das bombas não era o maior, tinham sobrenome árabe. "E daí?" Disse eu, mas não foram e perderam.
Durante todo o período da guerra do Iraque contra o Irã, estive lá, presente e voltei.
Visitei, também, o Sri Lanka em tempo de guerra civil e fui a todos os lugares que quis mas, evidente que não me interessei em visitar os lugares de maior conflito.
Morei em Israel, ao lado da Faixa de Gaza e nunca vivi um problema sequer. E eles existiam ! Sempre existiram !
Estava em NY logo depois do 11 de setembro. Qualquer avião que passasse sobre a cidade era motivo pra todos olharem pra cima e esperar o pior. Passou, ou melhor, ainda levam uns sustos de quando em vez mas, vão levando.
Acham que conto muito com a sorte? Talvez. Ou talvez seja porque nunca vou pensando que tô indo pra ficar. Sempre vou, contando com a volta.
E a tendência desse mundo louco, cada vez mais populoso, com cada vez mais misturas de raças, costumes, culturas e hábitos é de que só piore. Não tenho grande esperança que isso vá dar em boa coisa.
O negócio pra mim é aproveitar o máximo que puder, o tempo que tenho saúde, alegria de viver e de compartilhar. E os anos voam... Muita coisa que tinha o maior pique de fazer, já não tenho mais.
Então, meus amigos, não se preocupem comigo, que tô indo. E, se der alguma merda, se coincidir deu estar no lugar errado, na hora errada, podem ter certeza que não procurei por isso não. Aconteceu ! Virarei manchete por um dia e depois tudo voltará a ser como antes no quartel do Abrantes.
E eu estaria fazendo o que sempre fiz, com muito prazer : correndo mundo.
Beijos e muito obrigada aos amigos pela preocupação. Sinal de amor !