Tem muito tempo que não faço essa salada e acho que, fiz tanto quando aprendi e ensinei pra metade da população de BH, que enjoei. Era um tal de, toda vez que ia rolar um almoço, lanche ou jantar, o meu prato era a salada. Agora que me lembrei dela , não sei porquê, vou contar pra vocês como e onde aprendi e ensinar a fazer.
Vendo os ingredientes, você vai dizer : "mas isso já é manjado, já conheço e já comi muito". Não, meu bem, com a minha, quer dizer, com o tempero e jeitinho grego de fazer, você ainda não comeu.
Estávamos, meu amigo e eu, pela estrada a fora, conhecendo o interior da Grécia. A gente tinha saído de Atenas e a direção era o Porto de Igoumenitza, pra pegar um barco e seguir viagem. Fomos parando em vários lugares fôfos, que lembram muito o interior de Minas Gerais. O povo simpático, daqueles que te cumprimenta quando você passa, mesmo sem nunca ter te visto. Coisa de pessoas do interior. Adoro! (as cidades grandes perderam isso).
A cidade se chama Kalabaca e é pertinho de Meteora. Me lembro que o restaurante já tinha fechado, mas o pessoal super gentil resolveu quebrar o galho dos mineiros famintos e fizeram uma salada, que comemos com pão. Quando a gente tá esfomeado e na terra do outro, quase tudo vira uma delícia; foi a melhor salada que comi na vida. Mas a salada tava boa mesmo ! Fazendo aqui no Brasil, com os nossos ingredientes, fica uma delícia, mas o gosto nunca vai ser o mesmo. Descobri isso morando fora. Sempre tentava fazer alguma coisa pra matar as saudades da terrinha, tinha todos os ingredientes e o gosto não saía igual. Água diferente, terra diferente, fertilizante diferente... tem jeito não; não sai igual, mas sai bom demais também.