Na minha adolescencia só existia um absorvente que prestasse e ele se chamava Modess. Ficar menstruada no século passado era constrangedor. Hoje todos falam tranquilamente, discutem, perguntam. Isso é ótimo.
Ir à farmácia comprar o tal Modess era outro suplício. O bendito vinha em uma caixa quadrada, mais reconhecível impossível. Era sair com aquele coisa na rua e todo mundo sabia que você tava menstruada. Uma humilhação! Tempos difíceis. Pra piorar mais ainda a situação, os donos das farmácias já deixavam embrulhado o estrupício da caixa em um papel pardo rosado. Ficavam pilhas e pilhas daquilo na prateleira.
Tem uma história ótima de um amigo, que na época tinha uns 12 anos, família grande onde os mais velhos mandavam nos mais novos, lembra? Uma irmã mandou ( mandava mesmo, não pedia) que ele fosse comprar "a coisa". Sem reclamar lá foi ele. Farmácia de bairro, todo mundo conhece todo mundo, um garoto de 12 anos passando por esse vexame. Ninguém merece! Ele entrou, farmácia cheia (inferno!), muito discretamente e baixinho falou pro farmacêutico:
- Uma caixa de Modess por favor.
O velho atordoado com tanto movimento, atende daqui, atende dali um e outro, entrega remédio, entrega pacote, de repente fala alto pra quem pudesse ouvir até do outro lado da rua:
- De quem é o Modess?
E o pobre do meu amigo mais humilhado impossível, levanta o braço com vontade de aproveitar e dar um murro bem na cara do homem, e diz com uma vozinha quase inaudível, sem ter outra saída:
- É meu.
Ir à farmácia comprar o tal Modess era outro suplício. O bendito vinha em uma caixa quadrada, mais reconhecível impossível. Era sair com aquele coisa na rua e todo mundo sabia que você tava menstruada. Uma humilhação! Tempos difíceis. Pra piorar mais ainda a situação, os donos das farmácias já deixavam embrulhado o estrupício da caixa em um papel pardo rosado. Ficavam pilhas e pilhas daquilo na prateleira.
Tem uma história ótima de um amigo, que na época tinha uns 12 anos, família grande onde os mais velhos mandavam nos mais novos, lembra? Uma irmã mandou ( mandava mesmo, não pedia) que ele fosse comprar "a coisa". Sem reclamar lá foi ele. Farmácia de bairro, todo mundo conhece todo mundo, um garoto de 12 anos passando por esse vexame. Ninguém merece! Ele entrou, farmácia cheia (inferno!), muito discretamente e baixinho falou pro farmacêutico:
- Uma caixa de Modess por favor.
O velho atordoado com tanto movimento, atende daqui, atende dali um e outro, entrega remédio, entrega pacote, de repente fala alto pra quem pudesse ouvir até do outro lado da rua:
- De quem é o Modess?
E o pobre do meu amigo mais humilhado impossível, levanta o braço com vontade de aproveitar e dar um murro bem na cara do homem, e diz com uma vozinha quase inaudível, sem ter outra saída:
- É meu.