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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Restaurante mais frequentado aqui em Gaya

O pitoresco já começa com o nome da casa. Os pintores das placas não chegaram a um acordo

Eu sei que o dono da casa investiu sua vida nele. Então não é o caso de discutir sobre qualidade do material usado ou gosto duvidoso. Ele fez o melhor que pode e o que achou mais bonito.

Manter um pequeno jardim pra enfeitar a entrada pode parecer a coisa mais simples em qualquer lugar do mundo, menos no interiorzão da Índia, onde a água não é abundante e as cabras os porcos e as galinhas pastam solenes pela rua a fora. Fora as vacas!


Cenas em frente e do lado do restaurante


O forro do teto é coberto com um plástico grosso. As mesas poderiam ser bem mais leves e mais práticas, mas este modelo aqui é o preferido.

A gerência : nada de computador ou registradora; tanto o dono como os amigos do dono tem total acesso às gavetas, fazem troco, pegam grana emprestada pra pagar o riquixá, enfim, um outro mundo onde, mesmo desconfiando, ainda está muito na moda a amizade e a confiança no próximo.
E uma coisa que acho fofa : toda tarde o proprietário pega um monte de incensos, acende e passeia com eles pelo local - mesas, estátuas de Budha, cozinha, gaveta da grana, porta de entrada, tudo - e depois deposita as varetas aos pés de Budha.

E os deuses e líderes locais dividem, em paz, o mesmo espaço com  a deusa americana.


A cozinha. Demorei quase um mês pra pedir pra fotografar, porque tinha receio de parecer inadequada ou dar a impressão de estar querendo mostrar o lado B do restaurante pro mundo, mas não fiquei surpresa quando, não só me deixaram fazer as fotos, como ainda posaram, orgulhosos do seu local de trabalho.

O cozinheiro-chefe, que faz uma comida muito gostosa. 
Era cedo e já estava tudo pré-preparado à espera dos clientes pro almoço ou café da amanhã.

Este rapaz é uma graça; de uma gentileza e de um sorriso tímido que encanta. Serve as mesas, ajuda na cozinha, e nas vezes que pedi alguma coisa que não tinha, descobri que ia no vizinho e comprava. Eles não dizem  "não tem"! 
Como não se apaixonar por um povo assim ?!

Deste pequeno lugar, sem a menor infra, saem pratos gostosos e numa rapidez de assustar.

O teto é uma mistura de tendências, como diríamos no ocidente...rs

Sujou, limpa rapidim. Apesar do colega camundongo que passeia tranquilo (vi duas vezes ) eles fazem o possível pro lugar estar sempre apresentável.

Anup vendo TV. Eles são realmente encantados com a tela, tanto faz ser cinema ou TV.
O restaurante é de um grande e muito simpático amigo dele e ele leva todo mundo lá pra comer. Diz que precisa ajudar o amigo.

Eu não me arrisco muito e estes dois pratos foram os que mais comi.
A coalhada é uma delicia, o pão nem se fala, e este ensopado de legumes com tofu eu adoro.
Esta bola branca (acredite se quiser) é a sobremesa e vem junto com o arroz, só Deus sabe porquê.Eu não gosto e, assim que o prato chega, o Anup já devora ela.

Veja o buraco onde ela estava...rs
Descobri que aqui não tem essa de doce depois do sal ; eles misturam e comem o que quiserem independente da ordem. Outra coisa : há qualquer momento, eles comem. Podem ter acabado de comer, se você convida, comem de novo, sem a menor cerimônia.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...