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terça-feira, 8 de junho de 2010

Cuidado com os moradores dessa casa

Tempos bons ! Tempos bons que rimos muito e continuamos a rir até hoje. Ainda bem ! Relembrar causus antigos nos faz rir tudo de novo.

Me lembro que, numa época, tinha amigos morando em NY. A maior parte, era povo que, voltando do Iraque, por lá ficou. Uns estão até hoje, outros voltaram pra terrinha e outros, quiném eu, ficam no lá e cá. Não se decidem...rs.
E, numa casa, moravam 4 deles. Fui passar uns tempos por lá e era uma diversão só -mesmo pra quem tava ralando, como eles, não só pra mim que tava a passeio. Todo dia uma novidade !
Cada dia um chegava com um sofá novo, ou uma cadeira, ou mesa, ou , ou, ou qualquer coisa que tinha sido descartada naquela cidade do descartável.
Me lembro que, um dia, um deles telefonou no meio da tarde, dizendo que tinha achado um sofá lindíssimo, novinho e queria que alguém conseguisse um carro ou camionete pra ir buscar. O que atendeu o telefone disse: "Você disse que tá (não me lembro onde) pertinho de fulano. Vá na casa dele e peça o carro emprestado ou que ele venha com você". No que o outro respondeu: "Não posso! Tô aqui sentado no sofá, na calçada, se levanto vem alguém e leva."
Fiquei imaginando meu amigo sentado num sofá, no meio do passeio público, à espera de uma solução.

E, a história que ia contar, nem era essa, mas uma puxa a outra.

A que separei pra contar é que, naquela época, pra tudo, mas pra tudo mesmo que se fazia em NY, a gente precisava de uma moeda de 25 centavos. Fosse pra telefonar (não havia celular), lavar roupa, comprar refrigerante, pagar metrô, etc... não importava, qualquer máquina era feita pra receber as tais moedinhas.
Bendito advento do cartão !...
Bom, então, um dos moradores da casa, arranjou uma lata redonda, grande e, nela, colocava toda moeda que tinha; ia colocando pra que, quando precisasse, não tinha que se preocupar.
Na primeira vez que foi recolher alguma moeda, achou que a latinha tava meio leve. "Engraçado, será que já tirei e não me lembro?" E, na dúvida, não ficou pensando muito na coisa, continuou colocando moedas.
E foi colocando, colocando, quando, um belo dia, abriu de novo a lata e lá tava o fundo limpo e claro. Não tinha moedas que cobrissem o fundo. Ficou puto, esbravejou, falou com os moradores, mas evidente que não tinha sido ninguém. A desculpa era que, naquela casa, entrava e saía muita gente, muitos amigos, como saber quem tava de sociedade com a tal latinha ?
Esperou uns dias e, como não tinha aparecido visitas, foi conferir a latinha.
Mais uma vez, nada ! Vaziaça ! Umas moedas pingadas ! Aí, ele enfezou de vez.
Escreveu num papel e colocou dentro da lata : " Tire as mãos das minhas moedas seu filho da puta, vai caçar moedas na...." Melhor parár por aqui, porque o bilhete ficou pesado.

Mas, o melhor de tudo, foram os cartazes. E foi o que me chamou a atenção no dia que cheguei. Era grande e pregado bem em frente à porta de entrada da casa.

Visitas : atenção com seu dinheiro. Essa casa tem ladrão!

Tinha um cartaz em cada cômodo.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Se gritar "pega ladrão", não sobra um meu irmão!
























Não adianta! Em todo lugar do mundo tem ladrão. Ele tá sempre trabalhando, sempre atento. Quem precisa ficar mais atento do que ele, somos nós. Já falei sobre isso aqui mas, não custa repetir.

Um amigo, viajando com a mãe e amigas pela Europa, alugou carro, fizeram muitas compras e as malas só aumentando. Como a maioria dos hotéis não tem garagem, toda noite era a mesma coisa: dá-lhe tirar tudo, subir com a malaiada, descer de manhã, com tudo de novo.

Quase no final da viagem, já com o saco na lua dessa tarefa canseira, resolveu deixar tudo no carro, afinal, seria só uma noite, já era tarde, levantariam cedinho...

Foi dito e feito! Não ficou mala pra contar a história.

Não adiantou espernear, reclamar, perder um dia na polícia fazendo BO.

O ladrão não tava cansado, tava na moita, esperando a deixa.

Eu e uma amiga, saindo de Bangkok, na primeira vez que fui lá - depois disso, fiquei espertinha e nunca mais! - a recepcionista do hotel perguntou se queríamos que chamasse um táxi. Como o hotel ficava numa rua movimentada e passava táxi o tempo todo, a tolinha aqui disse que não precisava : "Pegamos aqui na porta mesmo."

Grande besteira porque, quando se pede pelo telefone, fica registrado a empresa e o número do motorista ou da placa do carro.

Chegamos no aeroporto, minha amiga ficou retirando as malas com o motorista, enquanto fui pegar um carrinho. Voltei, paguei e ele entrou no carro rapidim e sumiu no mundo. Uma grande bolsa minha tinha ficado no banco da frente. Por alguns minutos, ingenuamente, ainda pensei que ele não tinha visto. Engano dos mais enganosos !

Ladrão sem-vergonha ! Depois de poucos minutos é que percebi a rapidez com que ele caiu fora, pra não dar tempo deu ver. Filho de uma que ronca e fuça! Não posso nem pensar que ainda tenho raiva do ladrão de malas.

O pior é ficar o tempo todo - agora já não fico mais, é claro! - pensando no que tava dentro da mala. Toda hora eu lembrava de uma coisa. Peleja!

Mas eu só pensei, naquele momento, o seguinte: "esse filho da puta vai ser muito infeliz com tudo que ele me roubou, mas eu posso e VOU voltar e comprar tudo de novo."

E voltei ! E comprei o que quis e o que não tinha visto da primeira vez.

Esse mané se deu tão mal porque foi como se, um mineiro de Ouro Preto, roubasse uma mala e ela tivesse cheia de objetos de pedra-sabão. Só pra mim as coisas tinham muito valor.

Outro roubo muito comum que parece piada mas não é, não : pedir alguém pra bater uma foto. A pessoa sai correndo e rouba sua máquina. Pessoa que se oferece então, abra seu olho. É armação!

Fique de olho também em estações de metrô. Já vi pessoas serem roubadas assim: o mané fica de olho na vítima e, assim que o metrô dá o sinal de partida, no segundo que as portas se fecham, ele dá o bote na bolsa ou sacola e sai correndo. O trem anda e, mesmo que você consiga acionar o alarme, até abrir a porta de novo, o infeliz já tá longe. Ódio!

Bons tempos aqueles em que a nossa maior preocupação era com ladrões de corações... (sessão nostalgia comendo solta!)

"Quem não está em movimento, não sente necessidade de conferir a rota."
Francesco Alberoni

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...