Acham que pirei o cabeção, né? Ainda não. Às vezes me vem a cabeça uma frase pensante como essa.
A gente passa a vida aprendendo, desaprendendo, escolhendo o que nos faz feliz, correndo do que não nos faz, escolhendo o que há de mais gostoso pra comer, os melhores livros pra ler, reler e reler, cuidando de nossa saúde, os melhores filmes pra ver e rever, conhecendo lugares, admirando lugares, pessoas, gestos, falas, formas de relacionamento, comportamento em público, olhares, conhecendo olhares, lendo olhares, falando com os olhos, aprende a rir e chorar com eles, conservando amigos, escutando amigos e nos desfazendo daqueles que pensávamos ser, admirando gestos de bondade, de compartilhar, julgando, nos arrependendo de haver julgado, tendo remorsos, nos arrependendo de atos não feitos, prazer pelos atos feitos, a tempo e a hora, que fizeram amigos felizes, pessoas contentes... e poderia passar horas dizendo coisas que nos acontecem e que virão fazer parte desse ser humano que, um dia, se vê quase satisfeito com o aproveitamento obtido ao longo dos anos de vida.
Por que estou dizendo tudo isso? Sei não. Me deu vontade. Talvez porque esteja em um momento da minha vida que estou me sentindo útil, em condições de poder dar aquilo que foi o começo dessa lorota toda; doando um bom pedaço do fruto que pude obter até agora.
E descobrir, também, que o fruto que germinou de todo esse experimento, tem uma duração infinita. É um fruto que cada dono pode distribuir da forma que lhe convier e na quantidade que for necessária e ele jamais terminará.
Um fruto do tamanho da necessidade das pessoas que amamos. Elas poderão comer e se lambuzar à vontade, mesmo depois que eu me for.
Espero.
Imagine você como está a nossa que vivemos de doações.
Premametta School
Iêda Maria Ribeiro Dias