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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Crianças brincando no parque. Duplas, trios, pencas.




















Da última vez que morei em NY, fui babá de uma garotinha fôfa, filha de filipina com americano. Como a raça de olhinhos puxados parece ser mais forte, ela era uma filipinazinha linda. Já falei sobre ela em um outro post, mas, se hoje estou falando de novo, é só pra apresentar o que quero contar.

A mãe queria que ela aprendesse francês, então eu só falava francês com ela. E como ela ficava a maior parte do tempo comigo, ficou craque . Entendia tudinho que eu falava e saíamos pra passear todos os dias.

Eles moravam na Segunda Avenida com Rua 86.

Então, em nosso programa tava incluído ir a um parque na beira do rio. Uma delícia, um lugar lindo! Ela amava. Íamos também ao Central Parque e ao Museu de Arte Moderna. Entrava com carrinho e tudo, pagava 25 centavos, porque, quem tem grana pra dar a museus, é o Rockefeller, não eu, e, às vezes, sentava em frente a um Van Gogh enquanto dava uma mamadeira.
Mó cultura desde pequetita.

Voltando aos parques, o que mais me chamou a atenção, nessa época, foi a quantidade de gêmeos e trigêmeos.

Mas, não era um casal ou outro de gêmeos, ou um trio ou outro, eram muitos. Eu não conhecia carrinho pra quatro bebês e lá tinham vários. Pra três também, mas, a maioria, era de carrinhos pra dois.

E, como nos encontrávamos todos os dias, crianças e babás acabavam ficando amigas. Era um papo só, troca-troca de lanche, brinquedos e confidências. Todas as babás com seus problemas e cada uma ficava sabendo muito da vida da outra.

E, com isso, fiquei sabendo da história dessas "crianças em penca".

Nos gêmeos, tinham muitos com problemas físicos. Isso me impressionou muito. Fiquei amiga de duas duplas e os quatro eram deficientes. Tinha também um outro casal; a menina sem problemas e o menino com deficiência e eu ficava querendo entender o porquê.

Não queria que esse papo ficasse sinistro, mas me lembrei dessas crianças e achei interessante falar sobre elas.

Aqui no Brasil, como não frequento parques e locais com criançada, não sei como anda a coisa. Sei que tem muita gente tendo gêmeos e até trigêmeos. Só não tenho informação sobre crianças com problemas físicos. Não sei se por aqui também tem acontecido isso.

A assistência hospitalar e escolar, pras essas crianças, nos EUA era muito legal. Tô falando de pessoal de classe alta, porque, sei muito bem, que o sistema de saúde americano é complicado. Não é lá essa Brastemp. Só funciona pra quem tem grana. E muita grana mesmo!

As crianças tinham todo tipo de atendimento; em casa e até no parque. Enfermeiras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais. Vi, inclusive, exercícios sendo feitos no próprio parque. Mesmo assim, sempre sobrava pra gente, que estava com bebê sadio, dar uma ajuda. Segura um enquanto troca a fralda do outro, dá esse biscoito, enquanto eu levo aquele no balanço. Uma verdadeira maratona.
E vi muitas mães darem uma passadinha no parque, fugindo rapidamente do trabalho, só pra dar um alô, um beijo nos seus filhotes com um amor, um carinho enorme.
Criança é a coisa mais linda do mundo. Pena que nós, os adultos, atrapalhamos muito a cabecinha delas desde cedo, já colocando preconceitos e restrições quanto ao seu semelhante. Pena mesmo! Porque, a minha pequenina, por exemplo, nunca percebeu que os coleguinhas tinham problema. Brincava, ajudava, pegava brinquedo no chão, mesmo se os pequenos deixassem cair várias vezes. E se divertia. Sem preconceito algum. Ainda não conhecia a palavra e o triste sentido dela.

Os pais se desdobravam com enfermeiras e babás pra dar conta da turma. Dois ou três de uma vez, já não é fácil, mas, com problema, piora muito.

Algumas duplas ou trios tinham duas babás.

Outra coisa que observei : a maior parte das mães era acima de 35 anos e, essa filharada toda, foi concebida com tratamentos de fertilização.

Andei lendo que, só agora, depois de muitos anos que estourou esse boom de fertilização, e, que as crianças começam a chegar na adolescência, vai-se poder começar a conhecer e ver resultados de estudos sobre os prós e os contras desta forma de concepção, quer dizer, esses bandos estão sendo estudados há anos, e, como toda pesquisa precisa de, no mínimo, uns dez anos pra começar a dar resultados, eles estão sendo observados e os problemas sendo conhecidos aos poucos.

Da mesma forma, ainda vai demorar um pouco, pra gente ficar sabendo, como será também o futuro da criançada nascida de barriga de aluguel. Essa é outra história! É fato que, a cada dia, está ficando cada vez mais natural e comum.

Até procurei no Google informações sobre essas pesquisas, mas, é assunto demais e muito mais complexo do que eu podia imaginar. Não dá pra meter a colher-de-pau e, muito menos, palpitar sem ter fundamento.

" Toda a minha vida, as paisagens novas me fizeram sentir-me feliz, como uma criança." Marie Curie

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