É muito bom saber que tudo na vida passa. Você pode me dizer: nem tudo! Tem coisas que gostaríamos que não passasse mas, sinto comunicar que passam sim. Vejamos alguns exemplos.
Passa a vontade de fazer dezoito anos, passa a vontade de ter cabelo liso, o amor pela Coca-Cola, a paixão por determinado autor ou compositor. Esses são exemplos banais, meus, mas que, com o passar dos tempos, impressiona como já foram importantes um dia.
Tem momentos na vida, que pensamos: se isso me faltar um dia, não sei como vou sobreviver. E falta, e você sobrevive. Sabe por que? Porque você muda. Passa a amar outras coisas. Aparecem outras prioridades. E isso é que impulsiona a vida, a vontade de viver.
Quando eu era adolescente e, mesmo em grande parte da idade adulta, nada me fazia mais feliz do que estar sentada em uma platéia; fosse de teatro, assistindo a um show de música, circo, não importava o quê, se tivesse um palco na minha frente, estava feliz. Vi tudo. Tudo que quis e tive vontade.
Assisti aos melhores e maiores atores e atrizes brasileiros, falando textos de grandes autores. Vi, por diversas vezes, os melhores da MPB de décadas e alguns ainda estão por cima até hoje.
E, hoje, tá difícil me arrancar de casa pra sentar em uma platéia. Qualquer uma. O que mudou?
Eu. Mudei eu.
Aí, vem aquela velha história que ouvi quando era criança e ainda ouço até hoje, mas tento não dizer, porque acho uma chatice : "No meu tempo é que era bom isso ou aquilo!" Não me considero com idade pra dizer "no meu tempo" mas as mudanças foram assustadoras nas últimas duas décadas. Pra todo mundo. Pessoas de 30 anos se assustam tanto quanto pessoas de 60. Imaginem então, as de 80!
Navegando aqui pela net, achei esta foto do Alain Delon. Lindo! Belo ! Belíssimo ! Tanto há 40 anos como hoje. Sua beleza é absurdamente atual. Essa foto poderia ilustrar qualquer book dos nossos dias.
Veja essa foto do Paul Newman. Nem os óculos poderiam passar por "fora de moda" em um tempo que, felizmente, não existe mais moda imposta. Até que enfim eu fiquei na moda. Cada um faz a sua. A moda existe, mas você não tem obrigação de seguí-la.
Marlon Brando. A única coisa nessa foto, que não bate com os dias de hoje, é o que fazia a afirmação de todos jovem daquela época : o cigarro. No mais, tá tudo aí. Os músculos são os mesmos procurados, à exaustão, hoje, em toda academia.
E o cabelo emo do Terence Stamp? Estes olhos também, impossível não se apaixonar por eles.
A beleza italiana do Al Pacino, jamais vai perder os apaixonados por ela. Aquele tipo meio durão, sem retoques, despenteado, barba por fazer, aparentando meio sujinho. Tem público garantido.
O Jesus Luz adora fazer esse tipo Gregory Peck, quando vai posar de bom moço. Não é tal e qual? Cabelo, que antes era de brilhantina, hoje se chama pomada ou gel, mas o efeito é o mesmo.
Quem resiste a esta beleza que é o Jeremy Iron?
Eu não. E essa foto também já tem no mínimo uns 30 anos.
Depois dessa embromação toda, tenho a dizer o seguinte: homem não sai de moda, quer dizer, o modelo, o jeito, o nariz, boca, cabelo. Quem se preocupa e pira, e se rasga pra mudar, somos nós as mulheres.
Mudamos cor e corte de cabelo, lábio mais ou menos carnudo, numa hora o olho tá amendoado porque tá agradando mais (aos homens, evidentemente!) outra hora estão arregalados, o peito foi cortado porque não usa mais peitão, e, ano que vem, tome silicone porque agora tá usando sim.
Deus é mais!
Se pego foto de mulheres lindas de outrora e coloco aqui, não vai dar pra escrever como escrevi sobre os homens. A maioria está totalmente fora dos nossos tempos. Lindas, mas fora de moda.
Longe de mim não agradar de mudança, se cuidar, ficar mais bonita/o e se sentir melhor, mas, esta ditadura e esta violência com o corpo, que está na moda, disso aí tô completamente fora.
Foríssima!
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