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sábado, 10 de abril de 2021

Rindo do próprio mico...quem não gosta?

Essa é boa demais...
Aqui em BH teve uma época, que tinha kombis e vans transportando o povo pra baixo e pra cima. Acabaram com esse serviço porque tava dando muito problema etc e tal.
Mas, eis que antes que acabassem, chega um amigo meu que mora em Paris há anos, vem sempre aqui, mas só pra férias e vai embora.
Esse caso ficou tão famoso que os amigos todos contam e fazem a transposição dos nomes de bairros pras suas cidades pra que as pessoas possam entender. Podem usar e abusar.
A kombi tinha um cobrador que ficava com o corpo quase todo pra fora ou, às vezes, só o cabeção gritando: CENTRO DA CIDADE..HOSPITAL TAL... ESCOLA X... ASSEMBLÉIA...IGREJA Y...
Tá meu amigo esperando o ônibus na esquina da casa dele e passa uma kombi devagarinho e o cara grita pra ele: AUGUSTO DE LIMA...no que meu amigo bem europeizado, educadamente diz: "você segue reto por essa rua, no final vira à esquer....." e, antes que terminasse a frase, o cara já tava longe gritando pra outra vítima.
Meu amigo ficou puto, que cara grosso, nem obrigado falou , nem me esperou terminar a informação e cascou fora.
Só quando voltou pra casa e, numa conversa nada a ver, na hora do jantar, alguém falou sobre esse tipo de transporte, ele então atinou pro que tinha acontecido.
Ô mico ! Que ele poderia ter mocado, mas adorou contar...!
 

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domingo, 21 de março de 2021

Peixinho na água e afogando na neve

Estávamos passando o final do ano no Alpes Franceses. Lugar lindo, já falei sobre ele aqui. Saint-Nicolas La Chapelle, divisa da França com a Suíça. Casa de meus queridos amigos, quase todo ano passo o inverno lá e sempre carregando alguém comigo.
Naquele ano, levei comigo uma sobrinha, que nunca tinha visto neve.
Época do Natal, aquelas montanhas cheias de pinheiros, todos branquinhos de neve coisa mais linda.
"Então amanhã vamos fazer um passeio nas montanhas. Fazer uma caminhada." Francês adora caminhada, nevando ou não. Minha sobrinha adorou a idéia.
Conhecer a neve, andar nela, comer neve, brincar com ela, levar uma chuvarada no rosto, é tão bom quanto a primeira vez que vemos o mar. As emoções são muito parecidas.
E lá fomos nós !
Íamos fazer um passeio de raquette (até coloquei a foto pra quem não conhece). É uma espécie de raquette de tênis, de plástico duro, que serve pra gente andar sem se afundar quando a neve tá alta e fofa. Éramos umas 8 pessoas. Destas, duas crianças que moram na cidadezinha, quer dizer, acostumadíssimos com neve como nossos meninos são com a bola.
Tinha nevado muito à noite e o dia amanheceu a coisa mais linda do mundo ! Céu azulzinho, um frio de -13ºC.
Depois de vestir todas as roupas próprias pro evento, vamos à parte do calçado.
Começou a jornada. Primeiro, meia hora pra atar as raquettes nos pés e dar uma andadinha na porta pra treinar.
Ok. Quem nunca tinha colocado a raquette nos pés, entendeu ? OK. Todo mundo entendeu. Entender é uma coisa agora, andar com os pés amarrados numa espécie de peneira, não é tão simples. Mas vamos tentar.
Cai um, cai outro, amarra de novo, não tínhamos andado nem 10m ainda quando, não sei como, minha sobrinha caiu de frente, como num mergulho na piscina.
Como tinha nevado muito, a neve tava fôfa, bem fôfa, de quase 1m de altura.
Aí que foi engraçado demais! Ela começou a nadar na neve. Batia os braços, se debatia e, já estava realmente se afogando, quando a pequena de 6 anos, nativa, chegou e puxou a cabeça dela pra cima. Cena mais hilária impossível! Ela tossia e respirava com sofreguidão, tipo puxando o ar...ham...ramm...uuuii...uuufffeeee...huuummm...raaaaammmm... e a pequena, tranquilamente, disse pra ela: "Quando cair assim é só levantar a cabeça". Elementar meu caro Watson... muito elementar quando você nasceu ali, já nasceu esquiando.
E a gente riu muito. Rimos tanto e tão alto, aqueles gritos de brasileiro diante de qualquer situação de aperto e mico que, na mesma tarde, quando minha amiga foi fazer compras, a vendedora da padaria e mais outras pessoas que estavam lá, queriam saber o que tinha acontecido conosco, porque o vilarejo de 480 habitantes todo riu junto com nossas gargalhadas.
Mesmo sem saber porquê. Mas nosso riso contagiou!
 
post de 29/11/2009

domingo, 28 de fevereiro de 2021

DOIS MICOS NO MESMO TEATRO

 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dois micos no mesmo teatro



Fui ver há muito tempo atrás um monólogo do Antonio Fagundes. Muro de Arrimo.  Muito bom.
No meio do espetáculo ele disse alguma coisa que  todos riram. Muito engraçado. Só eu achei muito mais engraçado do que todo mundo. Acabaram-se as risadas e eu continuei a rir e não conseguia parar. Ria alto. E começaram os xxxssssssss....xxxssssssss...e isso só piorava a situação. 
Até que o Fagundes muito gentilmente e sorrindo parou, olhou pra mim e falou: 
- Pode rir à vontade, eu espero.
Tem um mico maior que esse?
 
Tem
 
Sobrinha foi ver o Djavan e sentou-se na segunda fileira bem no meio, bem em frente a ele.
No meio do show o sono e o cansaço foram mais fortes do que a vontade de ouvir as músicas. Dormiu profundamente. Acordou com a mãe cutucando, todos rindo, porque o fofo do Djavan tinha acabado de falar:
- Agora vou cantar uma música bem baixinho,  pra não acordar a moça que tá dormindo aqui na frente.


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terça-feira, 6 de março de 2012

Não tá me reconhecendo? Como assim!


Vendo um programa na tv outro dia,  ri muito e me identifiquei com o assunto em pauta que era, " reconhecer pessoas fora do seu habitat natural".
Explico. Já não aconteceu com você de encontrar com alguem na rua, a pessoa te cumprimenta cheia de intimidade e você não tem idéia de onde ela surgiu, quem vem a ser essa figura? Só descobre quem é, depois dela se identificar e mentalmente você colocar nela um uniforme de trabalho completo.  
Você vê esta pessoa todo dia, trabalha com ela, mas "à paisana" ela vira outra. Fica irreconhecível.
Quando trabalhei na empresa de Alimentação Industrial isso acontecia com frequência. As meninas e os meninos, sem as botas, as tocas cobrindo todo o cabelo, luvas, máscara, são outras pessoas. 
As vezes acontecia de na porta da empresa,  na saída do trabalho já tava o problema armado. Pelo amor de Deus? Quem é você? De onde surgiu?  Aquela criatura que eu não sabia nem se tinha cabelos, aparecia com um cabelão lindo, solto, uma mini com os coxões de fora, maquiagem, quer dizer; outro ser. Como reconhecer? Ali na porta ainda era um pouco mais fácil, mas, na rua, no shopping, cinema, misturada a um monte de gente, impossível!
Mico maior eu paguei uma vez em um prédio em construção. Fui conversar com um engenheiro sobre um problema, e ele me atendeu de capacete, no meio da confusão de tábuas, cimentos e andaimes, roupa de trabalho. Foi uma conversa tensa, cada um querendo mostrar suas razões, enfim, disputa entre cliente e fornecedor. Fiquei de voltar no dia seguinte pra finalizar a conversa, e eis que fui recebida por um mané sem capacete,  todo arrumadinho, com roupa de domingo.
Perguntei:
- Por favor gostaria de falar com o fulano de tal.
Ele.
- Como assim?
Eu:
- Falei com ele ontem, uma canseira o cara, e fiquei de voltar hoje pra finalizar um assunto. Pode me chamar por favor?
Ele disse:
- Sou eu.
Quando consegui imaginar o mané com a indumentária do dia anterior, reconheci e pedi pra morrer. 
E minha reação numa hora dessa é sempre a mesma. Brinco com a figura, tipo, como você me aparece assim,  completamente diferente? A pessoa que conheci não é essa! Cadê seu capacete, suas botas e todo o resto que me faz te identificar? 
É a única forma de amenizar um pouco a merda já institucionalizada.
Tem mais micos e causus deste tipo. Depois eu conto.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dois micos no mesmo teatro



Fui ver há muito tempo atrás um monólogo do Antonio Fagundes. Muro de Arrimo.  Muito bom.
No meio do espetáculo ele disse alguma coisa que  todos riram. Muito engraçado. Só eu achei muito mais engraçado do que todo mundo. Acabaram-se as risadas e eu continuei a rir e não conseguia parar. Ria alto. E começaram os xxxssssssss....xxxssssssss...e isso só piorava a situação. 
Até que o Fagundes muito gentilmente e sorrindo parou, olhou pra mim e falou: 
- Pode rir à vontade, eu espero.
Tem um mico maior que esse?
Tem
Sobrinha foi ver o Djavan e sentou-se na segunda fileira bem no meio, bem em frente a ele.
No meio do show o sono e o cansaço foram mais fortes do que a vontade de ouvir as músicas. Dormiu profundamente. Acordou com a mãe cutucando, todos rindo, porque o fofo do Djavan tinha acabado de falar:
- Agora vou cantar uma música bem baixinho,  pra não acordar a moça que tá dormindo aqui na frente.


sábado, 27 de agosto de 2011

Horta da Luzia




Inconfortável -  Amiga querida, querendo explicar como ficava com o mal estar causado pela gripe ( mora nos eua há anos e traduz puxando do ingles )

Repartilhando... Outro amigo, dizendo o que tava fazendo com um recado que deixei no Facebook ( mesmo situação do ex. acima...rs )

Amiga super distraída no aeroporto fazendo o check-in
- A sra. tem smiles?
- Não meu bem, não desmaio não. Aliás só desmaiei na minha gravidez, foi terrível...
E antes que continuasse o causu foi interrompida pela atendente.
- A senhora não entendeu a pergunta. Quero saber se tem smiles!...a sra. tem sssssmiles?

- Essa antena diabólica é boa mesmo!


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Horta da Luzia na Viagem de 2.010.



O riso corria frouxo o tempo todo. Viagem já deixa a gente desorientado, cansado, muita informação em pouco tempo, gente falando o tempo todo no ouvido, então a cada hora surgia cada frase mais engraçada do que a outra, cada pergunta de arrepiar os cabelos. E todo mundo sempre atento pra pegar o mico do próximo. E de vez em quando a gente pegava um rindo sozinho, e todos queriam saber o que era. Não dava outra. Ele tava se lembrando de alguma besteira. E tem mais; no grupo tinha a turma que vive fora do Brasil há muitos anos, então, a mistura de língua era inevitável. Só pra começar lá vão alguns dos micos e de frases engraçadas que anotei. Com o tempo vou me lembrar de mais.

Saindo de casa em direção ao aeroporto de NY, já dentro do táxi, Dadá fala na maior tranquilidade do mundo:
- Xô ver se meu passaporte tá válido.

Dadá contando uma passagem da História pra todos nós:
- Porque os cristianos.... ( leia-se critãos )

- Nil falando sobre um artigo que tinha lido em algum lugar, sobre a descendência de uma família:
- Toda a decadência da família....
E não entendia porque a gente não tava entendendo o caso, até que eu me toquei:
- Não seria descendência?

Dadá no Hotel em Eilat, deitou pra relaxar e ligou a TV. Tava passando  um filme com legenda em hebraico. Pra quem não sabe, em 2.009 estivemos juntas também na viagem à Índia:
- Essa língua é mais fácil que o hindu. Vou aprender em um dia. O hindu eu demorei uns dois dias pra pegar.

Eu, lendo o letreiro do Hotel em Eilat:
- Chegamos, olhe ali o el Pierre.
Dodora falava pouco, mas sempre atenta corrigiu no ato.
- Não é el, o Hot tá queimado.

Dadá perguntando pra todos:
- Amanhã vamos pra Jesusalém?

Nil desorientado contando um caso:
- Porque tinha uma ilha no mar....  ( ân??? )

Dadá saindo de um banheiro público no Cairo, brava:
- Este povo devia me pagar pra eu usar este banheiro. Tava imundo, fedido, água no chão pelas canelas e a moça só pedindo dinheiro. E o pior era o cheiro de " creolaine".

A mesma Dadá perguntando pro guia depois  de uma longa explicação dele:
- Igreja do ano IV? Antes ou depois de Cristo?
Juro que o guia olhou pra mim, com a maior cara de interrogação, e só entendeu quando a turma toda caiu na risada.

- Puta que o pariu!!!
Esta era eu, falando o tempo todo pra todos. Me acabava pra ler tudo sobre todos os lugares, fazendo tradução direta do meu Guia, que era em francês, e a negada, não prestava atenção. Depois de  minutos que tinha acabado de falar, sempre alguem perguntava. O que é isso mesmo que a gente tá vendo?

Da próxima vez, a primeira coisa que vou adquirir antes de sair de casa, vai ser um chicote. Me aguardem com a lambada.

E, pra finalizar por hoje, porque já tô dormindo em pé, Dadá pela manhã,  me falou antes de sair pro trabalho:
- Passei uma semana do cão. O fuso horário de 7 horas é phoda. Lá pelas 5 da tarde, tente não sair de perto de uma cama, porque você vai cair sem ver, de tanto sono. Foi tiro e queda. Desmaiei as 5 e tô acordando agora,  às 9 da noite. Vamos ver se durmo de novo. Ou o que vai ser de mim...rs.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alguém oferece a alguém e este alguém sabe quem...

Hoje, cada um vai saber pra quem tô dedicando a foto. Fui catando desde Times Square, desci a Broadway, passei pela 34, atravessei a 6ª avenida e subi a 5 ª avenida até a 59...mortinha, mas feliz. Vi muita coisa bonita, coisa engraçada, escutei, pelo menos, umas 6 línguas que pude identificar, fora as que não tenho idéia do que tavam falando, e, depois de 21.888 km andados, em lentos e tranquilos 14.592 passos, tô aqui postando pra você.

NY agora tá assim... várias pracinhas pro novaiorquino coçar saco, espalhadas pelo meio das ruas. E o povo aproveita mesmo ! Conversa ao telefone, papeia com amigos, come, fuma, faz nada. Uma gostosura! Muito legal pra quem só quer descansar e não tá a fim de entrar em algum lugar e consumir só pra se sentar um pouco. Idéia boa pra ser copiada por nós.


Coisa mais feia, hein seu McDonald's! Varrendo calçada com jato de água!


Esta é pra atiçar hermano, que é chegado numa luta de boxe. O cartaz tá em Times Square. Enorme!


A praça de Times Square tava tranquila...O dia lindo, céu azul, fresquinho...Que mais alguém pode querer da vida?


Esta loja de perua, vamo ver se acerto na mosca? Descendo a Broadway, lá pela 38.


Fazer compras na Macy's e depois descansar. Tá ruim não, né?


Subindo a 5ª avenida, sei bem quem ia querer parár aqui pra comer croissants e brioches...hummm...


Chanel lançando perfume novo....quer dizer, pode ser que eu esteja atrasada, pra variar, mas parecia novidade, diante de tanta parafernália. Bleu de Chanel. Olhem no Youtube o filme. O azul dos olhos do modelo...uau!


Esta sequência de fotos é pra sobrinha querida, apaixonada pela Carrie da série Sexy and the City. Lembram da cena do filme?


Amigo querido apaixonado por sapatos. Estes são do Botticelli...dá até pena colocar no chão e pisar em cima.

Aqui, entraria uma turma grande. Eu, junto.


Nunca consegui comprar nada da Guess....caro demais. Mas adoro! Eu e mais quem?


Quem iria encher o embornal aqui? Quem? Quem? Quem?


Esta é pra sobrinha fôfa, que é apaixonada pela dona Audrey. Tyffany e janelinha. Conjunto valioso.


Não sei se vai dar pra ver bem, mas as vitrines do seu Vuitton estão lindas, com estas lanternas de papel, todas iluminadas, dando uma luz no tom de papel pardo. Delicadíssimo!


E, antes de voltar pra casa, um pipi na Torre do seu Donald e da dona Ivana. Ótima dica em NY, onde não é fácil achar banheiros. Este é chiquérrimo! É só entrar e descer a escada rolante; fica no sub-solo.

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Visitas ! Dois prazeres, duas alegrias : quando chegam e quando se vão.














Não é maldade, é a pura verdade!
Não existe coisa mais gratificante do que abrir a porta da minha casa pra receber um amigo, uma pessoa querida. Sentar, conversar fiado, colocar a prosa em dia, tomar um café, comer alguma coisa gostosa e rir. Rir muito, que sempre é o que mais acontece.

Moro sozinha e não consigo também pensar em uma melhor forma de morar. Então tô acostumada com minha casa por minha conta. Por isso, todos que frequentam o recinto, conhecem esse meu pensamento. Abrir a porta pra despedir é também muito bom. Tanto posso logo retomar meu dia, como também posso digerir com calma aqueles momentos ou horas ou dias que passamos juntos.

Aqui na roça francesa, onde me encontro, com um frio danado lá fora, o que mais fazemos é conversar o dia todo, comer e rir. E costurar também. Tenho feito coisas lindas. Quando o sol sai, lindo, minha amiga me empurra. "Não quer dar uma volta, tomar um sol?" E eu digo: "Tenho crédito de vitamina D pra tempo de vida que não vou viver ou mais! Carece não."

Hoje, o papo rolou sobre quando éramos crianças, coisas de criança, micos que nossos pais passaram conosco, e me lembrei de vários causus ótimos. Vou contar dois.

Primeiro eu, pra logo liquidar com o mico-mór.

Não sei porque cargas d'água, quando eu era criança, minha mãe não deixava comer mais que um ovo por dia. Mesmo que tivessemos dúzias em casa. Afinal, tinhamos galinheiro e galinhas poedeiras. Mas acho que devia ser uma idéia nutricional da época. Essas coisas que entram e saem de moda. Um dia pode, no outro mata.
Então, claro que meu sonho era me empanturrar de ovo. Bons tempos aqueles em que meu sonho se resumia em encher o meu pandeiro de ovo.... rs.
Fui convidada pra almoçar em casa de uma amiga de minha mãe. Só eu. Porque só eu, não me lembro. Devia de ter uns 7 anos.
E não é que na mesa tinha uma travessa cheia de ovos fritos, diferente da minha casa, que o ovo era colocado direto no prato de cada um...
Olhem, devo ter comido uma boa meia dúzia, por baixo. Me fartei, sem nenhuma repressão. Eita céu! Imaginem o que ela não deve ter pensado...
Muitos anos depois, já adulta, contei pra minha mãe, junto com a amiga, que não se lembrava, nem de minha pessoa almoçando com ela e muito menos dos ovos que comi, pra alívio da mamãe, que mesmo assim morreu de vergonha da cria mal criada.

O outro causu é de um grande amigo. Bom demais! O causu. . rs. Brincadeiriiiinha!

Ele era doido com broa. Adorava e sua madrinha fazia uma que era uma delícia. Criança não vai visitar madrinha porque é educado. Perigo! Ele ia por conta da broa.
E sua mãe, como toda mãe que se preze, morria de vergonha, porque ele já chegava pedindo broa. "Pode um menino mais mal-educado que esse?" Ela dizia e a madrinha ficava até orgulhosa do sucesso de seu produto.
Um dia, a mãe levando o meu amigo pra mais uma visita, deu um ultimato: "Nem sonhe em falar a palavra broa, senão te quebro de cascudo". Adotou a velha psicologia da ditadura, já que a conversa democrática não tava dando resultado. Preste atenção no que te digo: "Se abrir a boca e falar broa vai ter comigo".
O pobre foi, caminho a fora, repetindo o mantra: "Não broa, não broa, não broa".
Chegaram na casa da madrinha, bateram na porta, no que ela abriu, ele estendeu a mãozinha e disse compenetrado: "Bença broa!"

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mico no deserto : xixi no saco plástico !


Já falei aqui sobre a dificuldade que temos, neste planeta, em quase todas as cidades, de encontrar um lugar pra fazer xixi quando estamos na rua. Verdadeira peleja e até humilhação ficar pedindo por favor em um restaurante, loja ou bar.

Agora, imaginem vocês o que não é ficar apertadinha de vontade no Iraque. Estrutura zero! Não digo quando estávamos na estrada, porque aí era simples; o deserto, imagino, até agradecia.

Então, lá vai um big mico de uma amiga, que não conto o nome pra não perder a colega...hehehe.

Estava ela naquele calorão de 100º, esperando, dentro do carro, um amigo que foi resolver um problema em um órgão público. Aqui o sistema já é moroso, triplique então o tempo.

E foi fondo, foi fondo, calorão, vidros hermeticamente fechados pro ar condicionado não vazar uma grama, mesmo assim o suor descia rosto abaixo.

E a vontade apertando. Ela olhava pra todos os lados e não via a menor possibilidade de resolver seu problema.

E, ainda, passando o desconforto de ser observada pelo lado de fora do carro, como se ela fosse um bichinho na jaula em pleno zoo. As pessoas lá, homens ou mulheres, encaravam mesmo, porque, pra eles, éramos verdadeiros ET's.

Esqueci de dizer : essa cidade era Ramadi, que fica a 1 ou 2 horas de Bagdá. Acho que é uma das melhores do país mas as ruas são sem calçamento em sua maioria, esgoto a céu aberto na maior parte delas. Muito sujo, muito pobre. Agora, depois de todos os bombardeios sofridos pela guerra contra os EUA, não consigo imaginar como pode ter ficado. Como diz uma outra amiga, quando escuta a notícia que bombardearam alguma dessas cidades que conhecemos bem, dizendo que a cidade foi arrasada, ela pergunta: "Como assim, arrasada? O que pode ter sido feito pra piorar mais ainda?"

Minha amiga foi ficando tão louca que começou a procurar, dentro do carro, algum objeto que pudesse ajudar na solução do seu problema.

Deus seja louvado!
Encontrou!
Um saco plástico. Eita! Acertar um saco plástico já é difícil, agora imagine dentro de um carro, com calor e ainda despistando pra não ser flagrada naquele ato em público.

Pra encurtar a conversa, ela consegui. Rezou aos céus em agradecimento. Alívio total!

Ao invés de deixar o saquinho ali mesmo, tranquilo, quieto, não, a esperta resolveu se livrar dele. Pensou: "Jogo pela janela, despistado, quando ninguém tiver olhando." Afinal, mais um saco plástico, no meio daquela zona, não iria fazer grande diferença.

Deu um bom nó na boca do saco, esperou, esperou, esperou o bom momento e zápt! Mandou ver com bastante força, pra ele cair bem longe do carro.

O saco explodiu quiném uma bomba no vidro fechado, provocando uma chuva em pleno deserto, num dia de céu azulinho sem nem uma nuvem pra contar a história.

Nem precisa contar o resto, né não?
" O que dará maior satisfação à sua alma do que andar livre sem reconhecer superiores?" Walt Whitman

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pega em flagrante pelada no banheiro. Mico meu !


Como assim? Banheiro é lugar onde se pode ficar pelado. Aliás, tomar banho de roupa, só o Cascão.

Estava eu num calor de pedir pra morrer, em Paris. Lá é assim : ou racha de calor no verão ou trinca de frio no inverno. Tem pouco tempo de clima temperado.

Naquele ano o calor tava de rachar !

Eu trabalhava pra um senhor (o mesmo do vaso de planta, que já contei aqui) e depois de dar uma geral no apartamento, fui lavar o banheiro.

Era um banheiro todo em vidro Blindex. Esse vidro é um porre ! Lindo mas, pra ficar lindo, não pode ter uma gota de água escorrida que aí fica horroroso. Como era complicado lavar o box da banheira, conjugada com chuveiro, eu sempre entrava descalça, às vezes sem a bermuda mas, nesse dia, fui tirando tudo e fiquei em pelo pra facilitar o serviço e refrescar um pokim.

Tô eu lá toda toda quando, mais que de repente, entra uma senhora no banheiro.

Meu patrão morava sozinho, o apto era um duplex. Ela entrou, disse que tocou a campainha pra me alertar (sabia que era dia de trabalho meu) mas, como não ouviu nada, foi subindo.

E, com a cara mais natural do mundo, me cumprimentou (a gente não se conhecia porque ela morava no interior) e foi falando na boa: "eu também tenho mania de lavar banheiro sem roupa e depois já tomo meu banho".

Nem, por isso, eu fiquei à vontade e continuei minha tarefa. Ela em pé, conversando, e eu me enroscando, me enroscando e fui de fininho saindo de dentro da banheira pra vestir minha roupa.

Por mais que conviva com povos diversos, a gente nunca os conhece direito. Jamais imaginaria uma situação semelhante aqui no Brasil, com a mãe de um patrão me pegando pelada no banheiro dele. E achando a coisa mais natural do mundo !

domingo, 15 de novembro de 2009

Nada é tão simples quanto parece !

Duas sobrinhas foram a Paris me visitar e conhecer a cidade. Quer dizer, acho que a ordem inversa seria o mais provável. Tem importância não. Fiquei muito feliz com a visita.
Entre vários micos, risos e causus, vou contar um mas, nem me cortando os dedinhos, digo o nome da vítima...heheeeeee....

É muito simples comprar um refrigerante numa máquina daquelas que tem pra todo lado, certo? Errado. Pode ser simples pra você leitor amigo mas, pra minha querida sobrinha, não foi bem assim.

Estamos nós em Saint-Michel esperando o metrô e ela diz: "Tô com sede e vou pegar uma água na máquina. Alguém quer alguma coisa?"

Ainda bem que ninguém quis, porque senão estaríamos lá até agora.

Dirigiu-se (essa foi boa!) até a máquina, colocou a moeda, apertou o número do que queria e plofiti !!!

Caiu uma Orangina. Ela brava, colocou outra moeda, número do que queria e plofiti !!! Outra Orangina.- "Cacete!!!!" ela falou mais brava ainda.

Colocou outra, blá, blá, blá, e plofiti !!! Outra Orangina.

A esta altura do campeonato, eu e a irmã dela já estávamos quase rolando no chão de tanto rir, porque ela nem retirava a Orangina da máquina de tanta puteza.

A partir do segundo erro , ficamos do lado pra conferir onde estava sendo feita a cagada. Ela digitava quase em camera lenta o código e, no último número, num ataque frenético descontrolado da mão alienígena (palavras da irmãzinha que a ama com fervor) ia lá e esbarrava no número do lado!

Resolvi socorrer, antes que ela começasse a chutar a máquina, pensando que a pobre fosse a culpada por tanto erro.

Peguei a água, dei pra ela e já tinhamos perdido dois metrôs, pegamos o terceiro e fomos embora.

Mas não conseguíamos parar de rir. Só ela não achava graça nenhuma. Nem acha até hoje. Só nós.

O que aconteceu? Nada de mais. Simplesmente ela errou desde a primeira vez o número da água e, a medida que ia ficando brava, ia só repetindo o erro...rrrssssss.

Mas valeu, pra gente rir disso até hoje. E tomar 3 Oranginas de grátis...hehehe.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mico meu! Fernando Sabino se inspirou em mim...


Trabalhava eu em um prédio e o apartamento era no terceiro andar, mas meu quarto era no sétimo. Em Paris isso é muito comum, o último andar tem quartos que pertencem aos apartamentos. Cada um faz do seu o que quiser. Nesta época, eu estava sozinha no andar.

Sábado, inverno, resolvi dar uma geral no quarto, quiném vim ao mundo. Em casa é sempre assim.

E limpo e lavo e enxaguo e varro. Resolvi, só Deus sabe porque, dar uma varrida no corredor, pelo menos na minha porta. Como tava muito frio, enfiei uma camisetinha, que ia pouco abaixo da cintura, só pra dar a varridinha.

Você deve estar pensando: "já conheco essa história. O Homem Nu, do Fernando Sabino." Realmente a história é quase idêntica. E o aperto, idêntico.

Varri um tico e a porta ssxxlapt! Fechou atrás de mim. Evidente que só abria por dentro. Fiquei com aquela cara de " e agora ?" É uma sensação que não dá pra descrever.

Não me lembro quanto tempo fiquei ali esperando, tomar coragem pra fazer o inevitável: ir buscar uma chave no terceiro andar.

Tem um fato que, quem conhece a cidade, vai sentir mais ainda meu drama. O prédio é antigo, não tinha elevador, então colocaram um elevador daqueles abertos, que a porta fecha em sanfona, do lado de fora. Ele aterrisava no pátio ao lado da porta de entrada. Um cenário dos deuses pra quem tá pelado no sétimo andar e tendo que ir ao terceiro.

Depois de longos minutos pensando, resolvi enfrentar o frio e possíveis vizinhos. Benza a Deus que francês não fica nesse entra e sai de casa quiném a gente.

Puxava a camiseta na frente, a retaguarda ficava descoberta e vice-versa. Resolvi por bem proteger a dianteira.

Desci e fui tentar a sorte de achar a zeladora do prédio que morava na entrada, no térreo. Ela estava em casa. Como uma boa nativa, sentiu a tristeza da cena, não ficou me olhando, não riu (pelo menos na hora, não!) e foi correndo pegar a chave com minha patroa. Eu fiquei rezando pra família estar em casa. Enquanto esperava ainda tinha o cachorro da zeladora que agradou de mim e não saiu de perto, me farejando o tempo todo. Cena mais constrangedora não podia existir. Mas era melhor isso do que meu patrão abrir a porta e ver a "jeune fille au pair" de suas duas crianças, pelada na porta.
A moça voltou com a chave, peguei, agradeci e saí quiném um foguete, nem me preocupando mais com a traseira ao léu.

Só queria ficar livre daquela situação !

jeune fille au pair = Trabalho feito por estudantes. Normalmente buscam as crianças na escola à tarde e ficam até quando os pais voltam do trabalho, cuidando delas.

sábado, 31 de outubro de 2009

Ford, GM, VW, Fiat, Chevrolet.Pra mim são todos iguais.Abro a porta e entro.


Assistindo hoje o programa da Maria Beltrão na Globo News, falava-se sobre o avião que caiu na Amazônia. Tinha um convidado, o Moacir Duarte ( especialista em acidentes) que conhece a selva , e, como o avião foi encontrado por índios, o assunto se desenrolou sobre sobrevivência e conhecimento indígena.

Então o Moacir falou que, quando anda com índios e os índios vão falando os nomes de cada árvore, ele fica impressionado porque, pra ele, árvore é árvore e são todas iguais. Claro que tô resumindo a conversa.

Aí me veio a cabeça uma comparação e mandei imeio pra eles dizendo que, da mesma forma que você sabe qual é o seu carro em um estacionamento, que é igualzinho a trocentos outros na marca e na cor, o índio sabe das árvores. As árvores são o carro pra ele.

Achei essa minha idéia boa, mas, ao mesmo tempo comecei a rir, porque eu sou completamente nula em matéria de carro.

Sempre que vem alguém me pegar em casa, pode ser amigo, irmão, sobrinhas, quem seja, pode ser um carro que já tô careca de andar nele, nunca sei qual carro é. E pasmem!

Já entrei, já fiz menção de entrar, já bati em vidro pra abrirem a porta, de vários aqui na porta do prédio.

Tô esperando alguém, parou um carro na porta, vou entrando.

Minha sobrinha brinca que um dia entrei num carro e reclamei do frio...era um caminhão frigorífico que tava descarregando.

O povo aproveita da minha ignorância e exagera.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Mico dele. Please, potato juice. What ?


E lá rumamos nós pra NY ! Eu falando pouco inglês, meu irmão menos ainda. A diferença é que eu já conhecia a cidade e me virava. Não posso dizer que me virava tão bem, porque vou ter que contar meu mico do dia em que nos perdemos.

E pra comer, pra comprar, pra beber, pra, pra, pra, tudo eu. Ele nem se importava em tentar ousar alguma palavrinha na língua nativa.

Não me lembro porque me afastei dele por uns minutos, talvez tenha entrado em uma loja e ele não, só sei que quando vi, ele tava aos gestos com um vendedor de uma lanchonete. Cheguei e o moço parecia estar vendo um marciano tal a cara de espanto, misturada com.... Jesus me abana !!!

Perguntei o que se passava e meu irmão, como se tivesse falando a coisa mais sensata do mundo, já tava bravo porque não aguentava mais repetir e o moço não entendia o seu Inglês oxfordiano.

"Potato juice, please" (suco de batata, por favor). Falou até o please !!

Queria um suco de tomate !!

Tem vendedor que não se esforça mesmo, né?




quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mico meu, pra não virar mico seu


Estou eu na Holanda. Me achando. País lindo, receptivo.
Esperando o ônibus. E lá vem ele, dou sinal, pára. E fico esperando abrir a porta. Nada. Ele arranca e vai embora. E eu: "povo esquisito!" Sempre o outro povo é que é esquisito. Nunca eu.

Espero mais . Lá vem outro. Dou sinal, pára. Espero de novo que tenham a gentileza de abrir a porta pra mim. Nada. Ele arranca e vai embora. Cacete! Que raio de lugar doido é esse?

Foi aí que chegou uma moça e ficou esperando comigo. Cara de nativa. Pensei: "quero ver se não abrem agora". Lá vem outro. Ela dá sinal. Ele pára. Ela mui simplesmente aperta um botão ao lado da porta, a porta se abre como mágica, e eu quase jogo ela no chão porque pulei na frente e já caí dentro do ônibus com medo dele arrancar e me deixar pra trás mais uma vez.

Aproveitando lá vai uma dica. Na França, por exemplo, a gente abre a porta do vagão do metrô. Em NY as portas se abrem automaticamente.

Sempre confundo.




E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...