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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

QUANDO EU ERA CRIANÇA

Há mais ou menos um mês, comecei a postar no Intagram posts e causus antigos do blog. E estou muito feliz porque o retorno dos amigos tem sido muito bom. E a alegria não é só porque estão lendo minhas histórias. As pessoas estão lendo. Isso é ótimo. Algumas que são minhas amigas já conhecem muitos destes causus mas tem também a turma que não me conhece e que não tem saco de ficar procurando pelo blog à fora coisas pra ler.

Então, junto com posts novos, vou alternar posts antigos também aqui.

Espero que vocês gostem.

 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Quando eu era criança...

Quando eu era criança, não existiam shopings. Os bairros não eram independentes como são hoje. Tudo acontecia no centro da cidade, que a gente chamava de "cidade". Tava precisando de comprar tecido? Tinha que ir na cidade. Precisando de dar um presente? Vamos na cidade comigo? E era um programão!
Na rua Rio de Janeiro tinha a Casa Sloper. Era o must em matéria de coisas finas, presentes delicados e  diferentes, era lá que a gente encontrava aquele agrado diferenciado.

Nossas mães costuravam. Se não costuravam  tinha a vizinha que costurava pra gente. Então, precisando de linhas, botões, aviamentos, como chamava naquele tempo, onde a gente comprava? Na A Principal, que era também na Rua Rio de Janeiro. O pai precisava de pijama, meias, lenços? O lugar certo era o Grande Camiseiro na Tupinambás com Rio de Janeiro. E tinha as Lojas Americanas onde tinha de tudo um pouco. Mas o que todos nós mais adorávamos era depois das compras, sentar na lanchonete e comer bolo com sorvete. Quando as vacas estavam gordíssimas, a gente comia banana-split, ou um Havai, que era um  abacaxi cortado ao meio com bolas de sorvete e mais um monte de coisa em cima. Delícia dos deuses!Como ainda não conhecíamos sexo, não tínhamos celulite nem colesterol alto, não existia nada melhor no mundo.

Meu irmão e eu fomos a todas as pré-estréias de domingo no Cine Brasil. Íamos também ao Cine Candelária e  Metrópole e me lembro, que depois de muito infernizar a ideia do meu pai e da minha mãe, eles nos deixaram ir a um programa de auditório da Rádio Inconfidência, onde entre outras atrações, cantavam calouros. E me lembro da Roberta Lombardi, hoje dona da Vide Bula, cantando uma música em italiano. Quase morri de inveja dela. Íamos também ao Cine São José e Cine Odeon. Na minha infância vi todas as chanchadas da Atlântica, todos os filmes de Joselito e Marisol, Sarita Montiel e Cantinflas.

Comprar sapatos, ou era na Balalaika ou na  Clark da Av. Afonso Pena. Esta última com sapatos mais finos e mais caros. Coisas só pras mães. Me lembro de uma sapataria que se chamava Praça Sete Calçados. Lembro das árvores da Afonso Pena, e também de quando deu uma peste de um bichinhos miudinhos pretos, que foram os culpados pela poda delas. O prefeito na época se chamava Amintas de Barros e os bichos viraram os "amintinhas"...rs... nada mudou. Os políticos continuam sendo uma praga!

 Precisando de pregos, parafusos, ferragens em geral, era na Casa Tupinambás, na rua de mesmo nome.E tinham as casas de tecidos preferidas de nossas mães. Copacabana Tecidos, Casas Pernambucanas, Gizê. Em muitas delas tinham rapazes que desenhavam os modelos de acordo com o tecido que a gente comprava. Me lembro que todo mundo esperava na fila pro moço fazer o desenho, mas não me lembro de ter feito alguma roupa com o desenho feito por eles. Mas era chic. Pra comprar uniforme de escola o endereço era um só. O Mundo Colegial. O nome é ótimo, né não? Cadernos, livros e material escolar eram comprados na Rex da Praça Sete. Inclusive o plástico pra encapar tudo. Eu, sempre gauche na vida me lembro de encapar minha tralha toda com plástico preto. Era nemo e não sabia...rs.
Tomar um café "na rua", como a gente dizia, o caminho era o Café Pérola da Praça Sete. Podia também ser no Café Nice que era do lado.

A Savassi só existia com a Padaria Savassi, e a Drogaria acho que Vidigal. Mais nada. Não existiam supermercados e tudo era comprado ao lado de casa. Todo bairro tinha os armazés, padarias, açougues. As pesssoas tinham "conta ou caderneta", onde o dono anotava o nome de quem comprou e o que foi comprado, e era pago no final do mês. Meu pai nunca teve, nunca gostou. Tinha medo de perder o controle na gastação.  Existiam lojas de móveis usados e antigos na rua Itapecerica, mas não íamos nunca porque  a rua fazia parte da "zona", que era o nome da região das putas, então era melhor nem passar perto. Comprar perfume, sabonete melhor, algum produto pro cabelo ou  presentes pras amigas,  tinha a Perfumaria Lurdes que ficava na esquina da Av. Amazonas com a rua São Paulo. Chiquérrima!

Eu adorava ir ao Mercado Central com meu pai. Era imundo, chão de terra, que virava uma lama só porque as pessoas molhavam as verduras e legumes o tempo todo. Mas era muito bom passear vendo o corredor dos passarinhos. Me lembro de um incêndio que teve no Mercado e meu pai chorou quando ouviu no rádio o locutor dizendo que todos os passarinhos tinham morrido e viraram umas bolinhas de carvão no fundo da gaiola. Eles sabiam narrar e tocar a fundo o coração de quem tava ouvindo.
E me lembro de muito mais coisa, que se você tiver interessado eu conto...rs
Na minha adolescencia quase tudo mudou. Mas aí, já é uma outra história!
 
 

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sexta-feira, 28 de junho de 2019

MERCADO CENTRAL DE BELO HORIZONTE

Relembrando posts legais enquanto termino de fazer as bijus - post de 26-04-2014

Um lugar pra passear, comprar, curtir, se divertir...





















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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Deixando de lado o fois gras e caindo no mexidão do Mercado Central

É bom sair de casa e já dar de cara com uma maravilha dessa. Parabéns aos engenheiros que fizeram o prédio do Life Center. Não detonaram com as centenárias árvores que faziam parte do quintal  da construção anterior.

Compras no Mercado Central de Belo Horizonte. Própolis e mel.

Todo estrangeiro se encanta com a quantidade de ervas e folhas pra fazer chás, pra resolver todos os problemas possíveis. Menos falta de grana.

Aqui, nossa visita tenta entender a diferença entre farinha de milho, fubá, farinha de mandioca baiana, mineira, carioca, polvilho doce e azedo, farinha de milho moída e em flocos, farinha de mandioca com dendê. Fingiu que entendeu e continuamos nosso passeio.

E dá-lhe linhaça branca, dourada, em grão, moída, quinua, gelatina, tudo que é bom pra um monte de coisa hoje e, amanhã, pode virar um veneno.

Ninguem resiste às legítimas. A mala ficou parecendo mala de mascate. Tem de todo tamanho, toda cor, pra todo gosto.

Bromélias. Não precisa dizer mais nada.

Encomenda de netinha. Mel e doce de leite. Morde a pontinha e fica o dia inteiro se deliciando.

Grãos e mais grãos. E a apresentação realmente é muito bonita. Dá vontade de comprar até o que a gente não gosta.

Na França o povo só tem banana nanica ou catura. Aqui, tiram a barriga da miséria. Cada dia querem comer uma diferente.

Lindas e deliciosas pimentas. Cores de fazer inveja a qualquer Van Gogh.

Pra Semana Santa já tá tudo lá te esperando. De bacalhau a pinhão.

Amo esta parte de artesanato. As peneiras, ai as peneiras. A infinidade de utilidades que elas têm. Sou apaixonada. O mercado, nos meus tempos de criança, era lugar de comprar frutas, legumes, mantimentos, passarinho. Hoje virou mais uma Feira de Artesanato. Deve existir, no máximo, uma meia dúzia de barracas de frutas, verduras e legumes, mas continua sendo um bom lugar pra se ir.

A lembrança que me traz estas cabacinhas, é do meu pai tomando uma branquinha antes do jantar, "pra abrir o apetite" ele dizia. Como se precisasse! Tudo é desculpa pra quem aprecia e bebe com prazer uma boa cachacinha. Eu disse boa? Como alguém pode achar aquilo gostoso!

Quem nasceu na metade do século passado aqui nas Minas Gerais, foi possuidor de uma violinha desta. O som é estridente, meio esganiçado, mas a gente adorava.

A carinha das galinhas d'angola são muito fôfas! Houve adquirância.

Sempre achei lindo o capim dourado. As peças de tempos atrás eram feinhas, de um gosto diferente do meu. O SEBRAE andou dando uma ajuda pra turma que faz os trabalhos, e agora eles estão fazendo peças lindas. O que era só cestinha, hoje virou sandálias, bolsas, bijuterias muito bonitas e modernas, enfeites pra casa. Um mundão de opções.

Olhe como ficam lindas as flores feitas com a palha de milho! Pra mim poderia ser um buquê de noiva. Super original.


E, pra finalizar, achei esta pobre e linda bicicleta feita de cipó, estacionada num canto feio do lado de fora da loja. Espero que alguém a leve pra casa e cuide bem dela. Tá precisando de carinho e de um bom trato. Não trouxe pra mim porque aqui em casa seria eu ou ela; não tem mais vaga nem em pé.
Uma pena eu não ter me lembrado de fotografar a pratada de mexido doido ingerido por minha amiga. Mas já eram 4 da tarde, eu morta de fome, e, quando meu PF chegou, avancei nele sem dó nem piedade. Arroz, feijão, macarrão, omelete, alface e uma rodela de tomate. Só quando raspei o prato que me lembre da fotografia. Fica pra próxima. O restaurante fica dentro do mercado e se chama Casa Cheia. Rango gostoso e pessoal gentil.

BAR E RESTAURANTE CASA CHEIA
loja: Corredor: S16 Telefone: 3274-9585

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...