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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Causus da minha infância. Como eram combatidos os males...rs



Hoje eu acordei com dor de garganta. Como adquiri um rotavirus semana passada e ainda tô me recuperando, esta garganta doendo me fez lembrar do tal inferno astral do mês de aniversário.
Será que rola mesmo esse perrengue? Se tiver procedência essa coisa eu tô n'água. O que poderá mais acontecer até o final do mês?
Antes mesmo de me levantar fui lembrando de como eram tratadas nossas doenças de criança "no meu tempo"...rs.
A esta hora, minha mãe já tinha feita um caldo grosso com muuuita gordura de galinha (eeecaa!!) e pra ficar pior ainda do que a dor, tinha que tomar aquilo  com um comprimido poroso, parecendo um giz, que esfarelava antes mesmo de colocar na boca e que tinha um gosto amargo dos infernos, colava na língua e nos dentes, chamado Cibasol. A Ciba-Geigy deve ter sentido compaixão de nós e tirou este estrupício do mercado. Ou colocou em cápsulas pra este desconforto todo ser resolvido lá no estômago.
Aí, tinha também o tal do lenço molhado no álcool colocado no pescoço. Ficava com aquilo pra dormir, as vezes durante o dia também e tomar vento era proibido. Depois de toda aquela proteção, uma rajada de vento era morte na certa...hehee... O pior era ir pra escola com aquela marmota no pescoço. Não era nenhum lenço indiano ou Hermès, caro leitor. Era o lenço do nosso pai, com aquelas listinhas nas bordas e comprados no Grande Camiseiro aqui de Belo Horizonte. Du-vi-d-ó-dó que alguma criança de hoje se sujeite a um mico desses. Mas, como dizia minha mãe e a maioria das mães da época:
- Minino num tem que querer, não!
E fim.
Tinha também, não sei se ainda tem, uma outra peleja de comprimido que era o Melhoral   -  que é melhor e não faz mal. Não faz mal, mas grudava na boca e amargava do mesmo jeito.
Acho, que pela forma mais dura, mais rígida,  e por não dissolver na boca, depois disso veio uma tal Cibalena. A Ciba-Geigy comandava  a praça de Laboratórios. Esqueci do Melhoral Infantil. Este era docinho, gostoso. Mas, só pros pequetitos.
Um trauma que eu deveria ter carregado comigo, se fosse apegada a eles, seria do tal lombrigueiro. Ou vermíforo, pra quem nunca ouviu falar. 
Engraçado, será que a meninada de hoje não tem vermes? Deve ter outros e combatidos de forma diferente, porque a gente vivia em contato com terra, pé no chão, jogando bola e brincando na rua, mãos sempre sujas, devia de ser um prato cheio, pra  turma toda querer habitar em nós.
Só Deus e as Almas sabem porque a gente era acordado de madrugada, tipo 4 horas da manhã pra tomar o tal remédio. Era um vidrinho fininho, do formato de uma garrafa, (tá vendo como me lembro direitim!) que devia ter talvez uns 50 a 100 ml e a gente tomava no bico. Era óleo puro. Imagine você caro leitor, ter 6 anos de idade, dormindo quiném uma pedra e é acordado pra ingerir este néctar! Então você deve estar se perguntando:
- E não devolvia na hora?
Não! Ficou doido?
- Por que não?
Porque tem um bicho chamado mãe, que é phoda. Ela ficava colada na gente. Não deixava devolver nem morta, pra não perder o produto. A devolução seria por outras vias.
O resto da história pouparei a todos de contar mas, que dá uma baita vontade de narrar todos os detalhes, ah!
Lá isso dá!

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...