terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Com que roupa eu vou no verão d'além mar?


Bem, já dei dicas sobre que roupas levar pro
inverno. Vamos atacar agora de verão.

Essa história de “Que roupa ou sapato eu levo pra uma viagem?” tem muito a ver com cada um.
Pra começar, falemos de sapato.
Se, pra você, o sapato de salto é o mais confortável, leve. Se tem que ter um saltinho, leve esse. Se você gosta de tênis, então vai ser tênis. Eu gosto de sandália; esfriou? coloco meias. Tô nem aí em usar sandália com meias.

Aprendi ao longo dos “caminhos por onde andei”, que o que importa é o meu conforto, meu bem estar, mas sei que, pra brasileiro, isso é difícil porque tem o tal de combinar isso com aquilo.
E aí, complica, porque, fora do Brasil, não tem ninguém pra carregar nossa malinha, então aí o bicho pega. Duas malas = duas mãos ocupadas. Vai ser duro! Então, não vá na conversa de que você tem que levar isso ou aquilo. Leve o que mais te dá conforto. Se você é do tipo tudo combinadinho, leve uma cor que combine com tudo, mas o mínimo possível.

Com a roupa é a mesma coisa : Gosta mais de saia ? Ok ! Leve saia mas, em nome do conforto, é bom que ela seja mais compridinha porque, o tal de sobe e desce, vai te deixar pouco à vontade, se for muito curta. Gosta de bermuda ou short ? Também rola mas, lembre-se que, em lugares onde vai entrar, como em muitas igrejas ou mesmo determinados museus, é bom ficar atento porque, às vezes, não rola e aí, tem que cobrir as pernas.

Óculos de sol também é uma boa levar.

Jeans - No máximo dois. Lembre-se que, pra todo lado tem lavanderias; em hotéis, albergues, pousadas e tem também as lavanderias de rua.

Outra coisa importante é que, se é verão brabo, você vai morrer de frio. Onde? Em restaurantes e cinemas, por exemplo e, se for nos EUA, dentro de ônibus, também; no verão chega a fazer 0º. Exagero? Pode ser, mas é quase isso. Ar-condicionado gritando! Assim, tenha sempre um agasalho leve ou um xale. Xale quebra o maior galho, tanto cobre os ombros como serve de saia ou vira pareô.

Sucesso absoluto!

Um chapéu de tecido também vai bem; não deixa esquentar o coco e protege contra qualquer chuvinha fina que possa rolar. Fora o charme que dá !

Dica importante : se for possivel, sempre carregue roupa que não precise ser passada, do tipo lavou-vestiu.

Só gostaria que todos acreditassem que, não precisa colocar cada hora uma roupa diferente; ninguém vai perceber se você tá variando, ainda mais se ficar pulando de cidade em cidade.

Portanto, não leve tudo que você tem no armário porque vai voltar com dor nos ombros de tanto carregar peso e com metade da mala sem ter sido usada.
Vai por mim ! E tem outra coisa : com o tempo você vai aprender que, a cada viagem, a mala fica menor, mais leve e com menos tralha.

Já, na volta, é outra história... Difícil não adquirir coisitas diferentes que a gente vai encontrando pelo caminho.























" O vento sempre favorece o viajante que conhece seu rumo".
Stuart Avery Gold


segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Você já foi à Bahia, nêgo? Não? Então vá !






















































Quando eu pergunto a uma pessoa lá fora, da Europa ou de qualquer outro lugar, qual o lugar que ela gostaria de conhecer na nossa terra, a Bahia, quando não vem em primeiro lugar, vem em segundo. Todos ficam loucos com essa beleza de estado, com as paisagens e com seu povo.

Eu já disse aqui que, escolhendo entre 3 lugares que me fizeram ficar de queixo caído, um deles está na Bahia. E vou começar falando dele.

A Igreja de São Francisco. Ela é de uma beleza, de uma riqueza e imponência que só vendo.

Quando você for conhecer a igreja, vá numa terça-feira, porque é o dia que ela fica toda iluminada. Nos outros ela fica na penumbra, o que não deixa de ser bonito também, mas não realça a grandiosidade e riqueza daquele mundo de ouro trabalhado.

Logo na entrada, você vai se assustar porque, antes de abrir a porta principal, a peça de entrada é limpa, não tem pintura alguma, enfeite ou imagem de santo. É o lugar onde ficavam os escravos. Sem luxo algum. Assim que abrir a porta, sua boca vai abrir junto. Você não vai saber o que olhar primeiro, tamanha a beleza, detalhes e entalhes. E não vou contar mais, senão perde a graça.

Pelourinho - Lugar pra se passear devagar apreciando cada construção, cada pedra no chão, onde provavelmente você não vai ser o único a escorregar nelas. Vai conhecer o Museu de Jorge Amado e identificar lugares já vistos no cinema, em fotos e na TV. Atrás do Pelô, numa área restaurada, tem um jardim bonito onde tem um Cinema 180 graus que conta a história da Bahia, com imagens e músicas lindas. Chama "Bahia Adventure", acho, e pouca gente conhece. Vale a pena começar por ele pra, então, sair de lá e "cair na real".

Eu nunca deixo de tomar sorvete na Cubana, no Pelourinho. O de tapioca é de comer de joelhos. A sorveteria mais famosa de Salvador fica na Ribeira mas, pro meu gosto, a Cubana é melhor. Questão de gosto.

Vai conhecer a Igreja do Senhor do Bonfim que é linda. Pisar nas famosas escadarias que são lavadas e perfumadas todos os anos pelas baianas e comprar as fitinhas pra trazer pros amigos. Dica: os meninos nas ruas vendem as fitinhas por 1 Real mas, nas lojinhas ao lado da Igreja, você compra um rolo com 50 fitinhas por 4 Reais.

Você vai conhecer a Lagoa do Abaeté, tão bem cantada por Caymmi. Lagoa de água escura "arrodeada" de areia branca.

Comer bem, então, nem se fala. As moquecas, peixadas, moquecas de siri mole, frigideiras, carangueijadas, lagostas e peixes de todas as formas. De-li-ci-o-sos!

Não pode deixar de comer o acarajé e a cocada na Barraca de Cira, em Itapoã. Nem deixar de conhecer o Restaurante do Artur, em Itapoã também. Ele faz uma cozinha franco-marroquina-baiana, de comer e depois morrer, de tão boa.

Passear pelo Farol da Barra, lugar lindo pra fotografar e beber uma água de coco fresquinha, sentar e olhar o mar.
Sentar pra comer as delícias do mar nas barracas da Praia de Piatã, tomar uma cerveja gelada ou saborear o suco de alguma fruta que você, talvez, nem nunca tenha ouvido falar, vão fazer o dia ficar mais gostoso ainda.

Em Piatã, tem uma pousada muito legal que recomendo. O link tá lá embaixo.

Conhecer os famosos terreiros é também um passeio muito interessante. Ver e ouvir o Olodum tocar seus tambores, encanta, e o som daquela harmonia fica batendo no seu peito por muito tempo.

Passear no Mercado Modelo - Vá com calma, pra poder passear e apreciar todo o artesanato maravilhoso da Bahia.
Subir e descer pelo Elevador Lacerda e apreciar lá de cima a vista da Baía de Todos os Santos. Coisa mais linda de se ver!

Não deixe de visitar o Solar do Unhão, um dos mais belos conjuntos arquitetônicos às margens da Baía de Todos os Santos, que abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia. Construído no século XVII pra ser a residência do Desembargador Pedro Unhão Castelo Branco, o solar foi adaptado pra fins comerciais e conta com casa-grande, senzala (onde hoje é o restaurante), capela, armazém e cais. O píer do restaurante é um dos melhores lugares da cidade pra apreciar o pôr-do-sol.

E tem as dezenas de igrejas e o Convento do Carmo que é lindo e não pode deixar de ser visitado.

A Bahia tem tanta coisa linda pra ser vista, que é melhor você aproveitar o que puder e nem se preocupar em ver tudo. Isso vai ficar pra próxima viagem.

Não dá pra ir só uma vez !

"A viagem de mil milhas começa com um passo". Lao Tsé

domingo, 27 de dezembro de 2009

Tax Free ou Free-Shop - Vale a pena ou não?












Me lembro de um tempo em que todos sentiam a maior inveja de quem tava viajando, só por conta das compras no Free-Shop. Era uma festa!

Tempo que não tínhamos nada importado pra comprar no Brasil, desde perfumes e bebidas até eletrônicos. Compra no Free era um achado!

As coisas mudaram ! Ainda bem! Hoje temos de tudo. Não precisamos ir aos EUA, por exemplo, pra ter um computador de última geração, uma câmera ou filmadora. Nada! Bebidas então, em qualquer supermercado encontramos todas: licores, vinhos, uísques e até cervejas de qualquer país do mundo.

Só tem uma pequena diferença: o preço.
Mas eu já fiz várias comparações e pra vinhos, por exemplo, não compensa sair carregando o maior peso lá do outro lado do mundo. Não faz grande diferença pra bebidas em geral, a não ser uma ótima promoção.
E você pode conferir pela internet no site do Free, é só olhar antes de viajar.

Assim que a gente sai do avião e chega perto das lojas, vamos encontrar pessoas ou mesmo balcões com panfletos indicando o que está em promoção. Vale a pena conferir!

Pra eletrônicos então, deixou realmente de ser vantajoso comprar em Free-Shop. Lembrem-se que tô falando de compra em aeroporto. É evidente que um lepitopi comprado em NY sai muito mais barato do que comprar aqui, mas no Free não vale mais a pena.

Ainda acho que, o que vale a pena, são alguns perfumes mas, sempre digo pra todo mundo, cuidado ao deixar pra comprar no aeroporto, porque você corre o risco de não encontrar seu perfume preferido, aí pronto, danou-se!

O Free brasileiro tem um serviço muito legal, que já foi testado por mim, que é de fazer a reserva.

Dias antes de viajar, você, pela Internet, vê o que quer e faz a reserva. Não importa o quê. Chega no aeroporto e sua sacola já tá separada, tudo certo.

Mas, como os tempos andam doidos, e não podemos confiar nos horários dos voos e mudanças de aeroportos, já me lasquei com isso também. Como? Fiz uma reserva pra pegar no Rio, houve um problema, meu voo desceu em Sampa com conexão direta pra BH.

E tem também o problema de seu voo atrasar, você chegar e ter que sair correndo pra pegar sua conexão e não vai dar tempo de pegar suas encomendas.

Se você vai fazer um voo direto, então não tem problema, pode comprar sem susto.

No meu caso da mudança de aeroporto, quando cheguei em BH, não tinha metade do que tinha reservado e fiquei sem minhas encomendas. A reserva de um Free não vale pra outro.

É um risco que, só você pode avaliar, se vale a pena correr.
"Nosso destino nunca é um novo lugar, senão uma nova forma de ver as coisas."
Henry Miller

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Bodrum e o azul maravilhoso do Mar Egeu !


















Deixamos Kusadas e Malka pra trás e fomos em direção a Bodrum. Outro lugar lindo !

Como era tempo do Ramadan, os turcos tem o costume de perfumar as pessoas com lavanda. Uma delícia! Em todo lugar que a gente entrava, vinha alguém com lavanda e passava nos nossos braços ou jogava gotas nos cabelos. Acho que passamos a semana mais cheirosa de nossas vidas.

Até comprei a lavanda, pra matar as saudades de vez em quando.

E a gente começou a observar que, na língua turca, escrita e falada, muita palavra termina em "azi".
E aí começou a nossa gozação. Banco virou bankasi, fome virou fomazi e eu peguei uma gripazi.

Eitia gripazi forte! Até hoje usamos o "azi". Em todas as minhas fotos, a partir da "gripazi", eu tô com um rolo de papel higiênico na mão. Era a única solução, lencinho de papel não dava vazão "ao narazi que pingava diretazi". Mas nada tirava o humor, só meu ronco à noite por causa do entupimento total, que não deixava minha amiga dormir, nem eu. Ela me cutucava o tempo todo. Uma pelejazi...rs.

E um pouquinho da história de Bodrum...
Adoro saber a origem de palavras e expressões e, uma delas, aprendi lá.

Embora tenha sido o local de nascimento do escritor e historiador Heródoto (484 - 420 a.C.) e, já no Século I, o também historiador Dionísio de Halicarnasso, a maior glória da cidade foi durante o domínio do sátrapa Mausolo, que reinou em nome dos persas desde 377 a 353 a.C.. Ao morrer em 353 a.C., sua mulher Artemísia II de Caria contratou os arquitetos gregos Sátiros e Píteos e os melhores escultores da época para construir um túmulo para seu defunto marido. Foi esse túmulo uma das Sete Maravilhas do Mundo, sendo a origem da palavra "mausoléu".

Depois das invasões de Alexandre, o Grande, dos bárbaros e dos árabes, e de um sismo em 1404, os Cavaleiros de São João demoliram no século XIV o túmulo utilizando os restos para a construção do Castelo de São Pedro de Halicarnasso, entrando a cidade num período obscuro. O castelo e o povoado ficaram conhecidos como Petronium até que em 1522 foi conquistado por Solimão, o Magnífico para o Império Otomano.
Uma das belezas de Bodrum é seu castelo, que é visto de toda parte. É um dos edifícios que sobreviveram desde o século 15 até hoje. Seu testemunho do ano, diferentes culturas e as guerras adiciona uma característica distintiva a sua postura. O castelo construído pelos cavaleiros St. Jean consiste em 3 paredes e 5 torres, uma dentro da outra. A igreja em que no tempo dos cavaleiros transformada em mesquita em 1525 e um banho turco em que foi adicionado em 1895.

Muito lindo!

Depois de Bodrum, começou a nossa subida, agora pelo interior de volta pra Izmir. Deixar o Mar Egeu maravilhoso pra trás, pra quem tava morando em pleno deserto iraquiano, foi difícil, mas descobrir um interior charmoso da Turquia foi a recompensa.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!







Espero que todos nós tenhamos um Feliz Natal, cheio de saúde, alegria e muito bom apetite pra podermos aproveitar bem as festas.


bjos


eidia

Millôr e o Natal




"Responda depressa: os melhores presentes de Natal você dá por generosidade ou por conformismo ?"

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Em Kusadas conhecemos Malka e a hospitalidade turca.










































Deixamos Éfeso meio com o coração partido, afinal, visitar uma casinha onde viveu aquela que chamo todo dia pra agradecer ou pedir alguma coisa, que tô sempre incomodando, que não dou paz, não é tão simples assim. Mesma coisa que ir embora daquela casa de avó que só nos faz bem.

Mas saí, tendo a certeza de que voltaria um dia pra uma nova visita.

Fomos pra Kusadas, um amor de cidade também, pequena, com uma baía linda cheia de barcos, embarcações de vários tamanhos e uma marina.

E começamos a procurar um hotel. Andamos, procuramos, já estávamos quase desistindo, quando um rapaz de uma agência de viagens nos disse que conhecia uma senhora que costumava alugar quartos na casa dela.

Naquela altura do campeonato, era dormir na praia ou tentar.

Como diz o grande Wilson das Neves: "ô sorte!!!". Loteria é pouco pro que nos esperava.

Fomos apresentados a D. Malka, uma turca super hiper simpática, que morava sozinha em um apartamento no terceiro andar. No térreo, tinha uma espécie de mercearia/mercadinho/padaria. Um kit completo pra qualquer coisa que a gente precisasse. De cerveja a pão.

Fomos recebidos como chefes de estado. Ela nos cedeu seu quarto pra mim e minha amiga. Meus dois amigos dormiram no quarto dos netos, que acho que moravam nos EUA (não me lembro muito bem) e ela dormiu num quartinho menorzinho.

E foi um paraiso! Café da manhã tomado na varandinha, que tinha uma peculiaridade que vocês não acreditam : amarrada à uma corda, tinha uma cesta de vime, quando ela precisava de qualquer coisa, só mandava por escrito pela cesta, descia a danadinha até a porta do supermercadinho e depois puxava a corda. Um barato!

Os meninos pediam cerveja só pra subir e descer a corda, quiném criança com brinquedo novo.

E Malka falava como uma boa pessoa que mora sozinha - tirando a barriga da miséria - em turco, problema nosso se não tivesse entendendo. Soltava às vezes alguma coisa em inglês, que foi o suficiente pra gente saber absolutamente tudo sobre a vida dela. Quantos filhos, netos, viúva, idade e mais um monte de histórias. Pegou um álbum de fotos e fomos conhecemos a familia toda e amigos e cachorros e gato e o cacete a quatro. Se a gente não desse uma despistada e fosse saindo meio de fininho - deixando ela ir acompanhando até à porta e continuando a falar e descendo a escada e ela contando causus - não teríamos conhecido nada da cidade e estaríamos tomando chá na sala até hoje e vendo fotos e já teríamos aprendido turco, provavelmente, ou ela português, o que é mais certo.

Aí andamos, passeamos pela cidade, entramos em um restaurante no começo da noite e fomos recebidos com Maria Bethania cantando, a plenos pulmões, naquele finzim de mundo, na costa da Turquia. Um sonho!

Subimos no monte onde tem um forte muito antigo e andamos pelas ruelas. Cidade de bonecas, como eu gosto de definir aquele lugar gostoso, aconchegante, bom pra passear.

E no final da tarde, a gente se sentava na varandinha de Malka pra ver o pôr-do-sol no mar, com a silhueta das velas dos barcos, tomando uma cerveja e comendo azeitonas pretas da região, regadas no azeite e misturadas com queijo de cabra.

Êta vida dura, meu Deus!!!
Deu vontade de ir? De conhecer? De viver essa delícia?
Então vá ! Programe-se e caia fora.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Conhecendo a Turquia - Éfeso e a casa de Nossa Senhora.
























































E lá fomos nós pra Ismir, que ficou sendo só uma cidade de passagem. Alugamos os carros e cada um tomou seu destino.

O nosso foi descer pela costa e voltar pelo interior. Já disse que estávamos no feriado do Ramadan. É como chegar na semana santa em algum lugar aqui no Brasil, tudo fechado, nada funciona, a viagem precisa ser bem organizada pra não passar perrengue.

Tomamos o rumo de Éfeso. Onde é e o que tem nessa cidade?

Era a maior cidade da costa oeste da Ásia Menor. No final do primeiro século D.C., era a quarta maior cidade do Império Romano. Os romanos fizeram de Éfeso o centro administrativo da província da Ásia. Na metade do primeiro século D.C., Paulo trabalhou em Éfeso por diversos anos.
O elegante teatro de Éfeso comportava 24.000 pessoas sentadas para jogos, música e cerimônias religiosas. Era também usado para encontros públicos e questões deliberativas, execução de ações do conselho da cidade e questões legais.

Foi uma cidade grandiosa !

Mas, além de conhecer as ruínas dessa antiga cidade construída pelos romanos, a gente queria conhecer a casa onde Nossa Senhora viveu seus últimos anos de vida, junto com São João.

A casinha é linda! Toda de pedra e pequena. Fica em uma colina e tem uma vista super bonita. No lado de fora, tem uma fonte de água benta.

Rezei dentro da casinha, fiquei um tempo bom sentada pensando e tentando visualizar a vida que já tinha sido vivida ali dentro e a grande dona da casa que ali morou. Fiquei imaginando uma mãe, sozinha com o último amigo, pensando no filho que foi assassinado. Doido, né? A gente pensa na morte dele, mas a palavra assassinado só me veio à cabeça quando estive na casa da mãe dele.

Foi um momento muito bom que guardo em meu coração. Momento de paz, de reflexão.

Andamos pela cidade, vimos a biblioteca que ainda guarda sua majestade, sua imponência.

Conhecemos o funcionamento da rede de água e esgoto feita pelos romanos, sentamos nos tronos do anfiteatro e nos tronos das casas. O povo naquela época, como ainda hoje, tinha também uma vidinha de cão, mas os nobres, como hoje também, tinham uma vida muito boa e confortável. Quase impossível imaginar tamanha riqueza naquela aridez. E pensar que, por ali, viveram entre 400 a 500.000 habitantes. Muito doido! Ficávamos tentando ouvir o tropel de muitos cavalos e carruagens naquelas ruas de calçamento de pedra. Adoro isso! Tentar visualizar a cidade, colocar aquelas ruínas em movimento.

No anfiteatro, fingimos encenar uma peça pra testar a acústica famosa. Impressionante! Cada hora um se sentava em uma parte da arquibancada e, quem tava no centro do palco, falava com a voz numa altura normal. Todo o teatro ouvia claro e nitidamente.

Esses romanos...

É bom também ver isso tudo e pensar que, cidades e mais cidades, tiveram uma vida tão normal e grandiosa como milhares que temos hoje em dia, e tiveram um fim, só sobraram os destroços.

Então você me diz: foram as guerras, eram tempos de conquistas! E hoje? Que guerras e que conquistas estamos ainda procurando, pra destruir tanto, e quem sabe um dia outros irão contar as mesmas histórias que estou contando, visitando e fotografando ex-grandes metrópoles dos séculos XX, XXI, XXII.

Se tiver ainda tempo de vida suficiente pra fazer o muito que quero, vou voltar lá. Enquanto resta alguma coisa pra ser visitada.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Éramos dois e viramos treze rumo à Turquia.






































Eu tava trabalhando no Iraque e, como se aproximava o Ramadan (feriado muçulmano), comecei a pensar onde poderia ir, pra aproveitar os dias de folga.

Decidi ir pra Turquia. Sempre quis conhecer, não era longe, então convidei um amigo. Conversa vai conversa vem, combinamos que iríamos os dois.

Ô ilusão!

A notícia se espalhou e já apareceu um outro "convidado", esse outro convidou um outro, alguém chamou a turma que trabalhava em Bagdá e, quando fomos pegar o visto, já éramos 13. Grupo desse tamanho, só funciona se for em excursão. Daquelas com horário marcado, apito, guia e o escambau. Ditadura total!

Pensei : "Não vai dar certo. Chance mínima!"

Mas, seja o que Deus quiser e lá fomos nós.

Combinamos que todo mundo seria independente. O que der pra fazer junto ok, mas ninguém empata ninguém, certo? Certo. Nisso deu certo.

A minha programação ficou sendo a de todos. Iríamos chegar em Istambul, ficar 1 ou 2 dias, pegar um avião pra Ismir, lá alugar carro, descer pela costa, subir pelo interior, outra vez pegar o vôo e voltar pra Istambul ou, cada um iria onde quisesse, só nos encontraríamos, obrigatoriamente, nos aeroportos de Ismir e Istambul, na volta. Então, ficaríamos mais alguns dias em Istambul, conhecer a cidade e voltar pra casa, isto é, pro Iraque. Chic !

Tudo muito bom, tudo muito bem, mó alegria no aeroporto de Bagdá, afinal, sair um pouco do deserto, não faz mal a ninguém.

Já em Istambul, deu o primeiro senão.

Passando na alfândega, vai um na frente, outro fica, outro olha free-shop, outro pára prum cafezinho, foi uma luta reunir todos pra ir pro hotel, assim dividimos a tropa em 4 táxis.
Chegou uma parte no hotel, outra não. Em dois carros, ficaram pessoas "espertíssimas"que não tinham o endereço. Deus me socorra!

E esperamos, esperamos, nada... comecei a me preocupar. Lembram do filme Expresso da Meia-Noite? Pois é. A imagem da Turquia pra alguns era meio aquilo. Falando com o pessoal do hotel, nos aconselharam a procurar a central de táxi.

Povo organizado, já estavam sabendo dos perdidos. A imagem ruim já começou a se desfazer aí, e ficamos conhecendo um dos povos mais simpáticos, gentis e acolhedores : o povo turco. Recolhemos a turma aos costumes e voltamos pro hotel.

Enfim, chega todo mundo, se acomoda, primeira saída. Confusão de novo! Uns querem encher a cara aproveitando o bar na esquina, coisa que não viam há meses, outros com fome outros querendo fazer compras.

Foi aí que começaram a se formar os grupos que tinha a ver uns com os outros. Graças a Deus!

Formaram-se quatro grupos. Três grupos de 3 pessoas e uma turma com 4.

Eu fiquei no grupo de quatro. Éramos dois rapazes e duas garotas.

Foi bom demais!

E lembro de sair já naquela hora pra tomar o famoso sorvete turco. Além de ser uma delícia, os vendedores fazem um malabarismo com as pás de misturar o sorvete, batem, batucam, cantam, brincam, é um espetáculo à parte. Uma alegria só.

Daí pra frente a paz começou a reinar.
Aconteceu foi coisa nessa viagem! Continuo contando durante a semana.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Vai viajar pro frio? Neve? Vento? Que roupa levar










Percorrendo blogs e sites de amigos, tenho percebido um probleminha de quem tá saindo de férias, nesse final de ano, e indo pra lugares frios, com neve, principalmente.


Vou passar umas dicas, que fui aprendendo com a longa caminhada.



Inverno mesmo, temperatura abaixo de zero, neve, não tem nada a ver com o nosso frio. Requer roupas especiais. As nossas não seguram a onda.


Do que você precisa?


Precisa se proteger contra o vento e contra o frio, então, o que mais funciona é : faça de conta que vai sair agora e vai passar o dia andando, entrando em lugares que vão estar quentes por conta da calefação, saindo de novo no frio.

Vai vestir um colant ou meia-calça. É a primeira melhor coisa porque cola na sua pele e não deixa o vento entrar. De algodão sempre.Uma malha tipo Hering, bem justa ou coisa similar, nada de seda ou sintéticos, sempre de algodão porque, senão, começa a pinicar e você pede pra morrer no meio do dia.


Depois uma calça de lã ou tecido mais grosso, sem ser pesadão. Calça jeans vira um gelo no inverno, a não ser que seja justérrima. Meias de lã, também, ou algodão, a trama tem que ser bem juntinha, nada com furinhos pra não entrar vento.


Um pulôver de trama bem juntinha, de lã ou de polaire. A polaire é uma beleza porque é super leve. Lembre-se que agasalho pesado, no final do dia, você vai estar com dor nas costas. Horrível!


E, em cima dessa polaire ou pulôver, um bom casaco, de preferência desses acolchoados, que são de nylon por fora, quer dizer, não passa vento nem respingo de chuva e o acolchado não deixa o calor do corpo sair. Nylon forrado com polaire é um sucesso.


Se voce sente muito frio mesmo, compre um casaco mais longo. Frio na bunda é muito difícil de aguentar o dia todo. Vale casaco tres-quartos ou mesmo até na canela. Meio trambolho mas não passará frio.


Um bom cachecol longo, que você dará umas duas voltas no pescoço, deixando ele alto chegando nas orelhas. Luvas de lã, sem ser de furinhos ou de couro, forradas. Couro só, gela também.


Um gorro ou um casaco com capuz. Eu sinto frio nas orelhas, por isso, coloco sempre uma faixa larga, daquelas de prender cabelo em cima da orelha, pra não entrar vento.


Sapatos confortáveis de nylon, cano alto, forrado, leve e quentinho. Não entra vento, nem molha os pés. Tenis gela nos pés.


Se, por acaso, molhar os pés, tire as meias e troque. Se ficar com o pé molhado, ele não vai esquentar e secar a meia. Vai te congelar.


Dica muito séria : entrando em lugar quente, a primeira coisa é abrir o casaco e deixar arejar. Se for ficar, tire o casaco e o cachecol. Mesmo que esteja confortável, tire, porque se continuar com tudo, quando sair isso não vai ser mais suficiente pra te proteger contra o frio.


Antes de sair, vista tudo dentro do ambiente fechado. Vai sentir calor, mas não saia e vista lá fora, a não ser que queira passar o resto das férias na cama; com pneumonia.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...