IEDA DIAS
Vou tentar ser objetiva. Há muito, cuido da minha vida sozinha. Quem me acompanha sabe que, há cerca de dois anos, o meu “bloco do eu sozinha” é composto de mais ou menos 80 figurantes. Você tem me ajudado, porque eu não canso de pedir. O barco é meu, a responsabilidade e o querer são meus, mas preciso de auxílio. Sozinha tudo fica muito mais difícil e mais lento.
Há dois anos, quando conheci a Premametta School, a escola era uma casinha de três cômodos, sem portas nem janelas, um professor, sem água nem luz, sem qualquer tipo de alimento e sem privada. As crianças se sentavam no chão e o conforto necessário para que pudessem ter um bom aprendizado era quase zero.
Hoje, nossa escola tem uma sala equipada com oito computadores (fruto de doações), três professores, sala-escritório, sala de costura com três máquinas , sala grande de aula, cozinha e uma banheiro ─ com privada e chuveiro.
Na laje, temos um espaço muito bom e seguro, onde as crianças brincam, estudam, comem e se reúnem. Fizemos uma cisterna e colocamos bomba d’água. Instalamos ainda duas pias ─ uma para lavar rosto, mãos e escovar dentes, e outra para a cozinha. Acabamos de ganhar um fogão a gás e montamos um galinheiro.
Agora, foram instalados os postes e toda a fiação necessária. Finalmente temos luz elétrica! Não precisamos mais puxar um fio do vizinho. Nossa cisterna, além de alimentar a escola, irriga toda a plantação no entorno.
Esta é uma espécie de prestação de contas do que fizemos nesse tempo. Além de fazer piqueniques, passeios e almoços para as crianças, distribuímos material escolar, roupas e calçados.
Por mais que muita gente tenha ajudado ─ e continue a ajudar ─, os apertos são constantes. Construímos um ambulatório médico que, infelizmente, só durou três meses, mas foi um sucesso. Paramos porque não tínhamos condições de atender as dezenas de pessoas que viajavam quilômetros em busca de atendimento gratuito. Pagávamos médico, enfermeira, remédios e aluguel, mas não deu. A ideia, contudo, não morreu.
Agora, precisamos comprar uma van. Com esse carro, conseguimos transportar turistas e ganhar um dinheiro extra para a escola, além de utilizar o carro como uma espécie de ambulatório ambulante.
É evidente que qualquer tipo de ajuda é muito válida, mas precisamos de dinheiro para comprar a van, pagar os professores e comprar os alimentos dos alunos. Já comecei a poupar dinheiro para comprar o nosso carro. Mas precisamos de mais.
No meu blog, descrevo detalhadamente meus projetos e desafios diários. E, claro, divulgo os dados bancários para doações. Acesse e não deixe de ajudar!