A linda casa do tio Canarinho (apelido que ganhou porque era muito louro quando criança...rs) e da minha querida tia Hurda.
Faz muito tempo que estou ensaiando pra visitar a família do meu pai que mora em Açucena-MG.
E sempre tem um desencontro por causa destas minhas idas e vindas pelo mundo.
Desta vez deu certo. Minha querida tia Hurda ia festejar seus 90 aninhos e meu tio Canarinho, 95. Ele é irmão do meu pai. Restam só dois irmãos de uma turma grande.
Como a maioria já foi vacinada ela resolveu fazer um almoço pra comemorar.
E eu fui alguns dias antes pra matar a saudade de todos, conversar bastante, tentar aprender os nomes de quem não conhecia, aproveitar mais.
Andei pela cidade toda, reconheci muita coisa, muita coisa mudou, revi poucas pessoas que eram amigos de meus pais.
Uma delícia!
Apesar de ter vivido apenas uns três anos em Açucena, de uns 4 a 7 anos, me lembro de muita coisa. Até eu mesma me espantei com o tanto que me lembrava.
Jardim da tia Hurda. Cantinho delicioso pra sentar e prosear.
Ela não para o dia todo. Dá notícia de tudo e de todos. Nada passa despercebido. Todos ajudam muito, mas a finalização de um tutu com linguiça (feita em casa) é sempre dela, saber quanto de pó e açúcar colocar no café é só ela, qual a toalha que vai colocar na mesa, qual a roupa que o tio vai vestir.
Aquela dona de casa que cumpre com o seu papel cheia de alegria e energia.
E a lenha tá lá esperando pra ser queimada. O fogão à gás só é usado em caso de emergência. Dentro de casa tem dois fogões à lenha. E toda a comida é feita com banha de porco.
Paixão total pela despensa.
Tudo brilhando!
Cheia de panelas cheias de carne pronta pra ser comida. Todas descansando na gordura de porco.
A água dos chuveiros é aquecida por serpentina. Um dos melhores banhos do planeta.
Meu tio tem um apetite de leão. Toma café da manhã, almoça, merenda à tarde e janta. Tudo sem deixar passar nada. Come de um tudo e não vi reclamar um só minuto de qualquer mal estar estomacal....rsrs.
E fica vigiando a gente. Como todo bom anfitrião do interior o nosso prato tem que estar sempre cheio.
A praça principal da cidade não mudou absolutamente nada . Exatamente como era na minha infância. Só achei bem menor. Quando a gente brincava de pegador e corria por ela no final da tarde, ela parecia ser imensa, enorme. Todos nós temos lembranças de praças escadas, salas, pátios que eram imensos e "diminuiram" de tamanho depois que a gente cresceu.
Me fartei com as delícias que são vendidas de porta em porta.
Rosca rainha, biscoito quebra-quebra, rosquinha de leite condensado. Nem pensei em comer com moderação. Afinal, delícias assim feitas em casa como muito raramente.
Tô triste porque me esqueci o nome do super simpático e gentil rapaz que vende as quitandas.
Quando me lembrar volto e coloco aqui.
Sérgio, a Janaina me lembrou.
Pra acabar de melhorar ainda teve a minha paixão iluminando o céu de Açucena.
Lua maravilhosa que estava tão enorme e tão brilhante que até "atrapalhou" as fotos...rsrs
Casa da roça do meu primo querido e crush da adolescência, o João. Ele continua lindo e gentil e passamos momentos maravilhosos juntos esta semana.
Fiz dezenas de fotos lindas. Fica até difícil escolher qual mostrar pra você.
Tem nascente dentro das terras do João e a água corre assim dia e noite. Dentro a cozinha tem duas bicas que também correm direto. Fica difícil não querer fechar toda hora "as torneiras", já que estamos acostumados a economizar e poupar água.
O bom é que essa água toda que escorre direto vai prum riacho que passa em frente à casa, do outro lada da estrada.
Nada se perde.
Tia Hurda (pesquisei e descobri que o nome dela é citado quatro vêzes na Bíblia e quer dizer "a profetiza" o que deixou ela toda orgulhosa e contando pra todo mundo) chic no úrtimo pronta pra ser homenageada.
Na porta, de camisa branca tá o Zezé filho mais velho e à esquerda de camisa rosada o André. Filho do Zezé. Tia Hurda tem cinco filhos homens e o Zezé também não ficou pra trás. Tem também cinco lindos filhos homens.
Tio Canarinho sendo paparicado pelo filho Zezé e netinho André.
Tia Hurda posou sentadinha e cheia de elegância neste balanço com todo mundo.
Aqui com meu irmão Eder e a caçulinha dele, Bia.
A mesa de delícias de sobremesas.
Bia e eu, felizes quinem pinto no lixo.
Pela foto dá pra perceber a elegância e altivez desta matriarca, puxando a fila com o marido, de filhos, noras, netos e bisnetos.
Coisinha mais linda este casal!
Foto feita da varanda da casa do João que está localizada em uma das regiões mais lindas que estes meu olhos já viram.
Momento cheio de emoção pra mim e pro meu irmão.
Ver que a casinha onde a gente morou está lá firme, forte e linda!
Hoje é um cartório.
Ficamos por um bom tempo bisbilhoando lá dentro e relembrando como ela era.
Mesmo
com a escola fechada conseguimos autorização do governo indiano e vamos
voltar a fornecer o almoço pras nossas crianças dentro de poucos dias.
Se você puder nos ajudar vamos ficar muito felizes DOAR FAZ BEM PRA ALMA, FAZ BEM PRO CORAÇÃO !
Me lembro de que em uma das vezes que visitei as Cataratas do Iguaçu (sim fui algumas vezes e voltaria feliz!) fiquei conhecendo uma guia, estudante de geologia e ela me deu uma maravilhosa aula sobre a região, as quedas, vegetação e muito mais. Desta vez visitei os dois lados. Argentino e brasileiro.
A Argentina doa as águas e nós temos a mais linda vista. Também depende do ponto de vista, porque percorrer o rio em pontes de madeira e ir seguindo o caminho das águas até chegar na beiradinha das quedas é uma emoção de tirar o fôlego e dá medo tamanha a exuberância, poder e energia da mãe natureza.
Me impressionou a ideia de como foram construidas as pontes. Elas são de tábuas soltas, porque no tempo das águas elas são levadas e lá longe, não me lembro onde, são todas recolhidas e voltam ao lugar de origem quando as águas voltam ao seu volume normal.
E essa ideia só surgiu depois de serem perdidas várias pontes. Muito legal, né?
Andar em cima do rio, bem perto da água é de uma beleza sem fim.
Quando nossa vida de viajante puder ser retomada eu recomendo muito esse passeio.
E até lá o tempo da seca já vai ter passado e você poderá se emocionar com um dos lugares onde eu senti vibrar o poder do meu Deus.
Do Deus que eu acredito.
Porque agora as quedas estão quase secas proporcional ao volume de água do tempo das cheias.
E nossa guia contou que (daí vem o título deste post) agora é o tempo de alegria pros geólogos, botânicos, geomorfologistas, ictiologistas, (claro que consultei o Google) meteorologistas e curiosos em geral. Nesse caso, eu.
Há anos venho observando o volume das águas, porque sonho em visitar o "chão" das quedas. E infelizmente acontece logo agora que não tá dando pra ir à esquina, caso não seja muito necessário.
Imagine o tesão dessa turma de estudiosos, poder observar, fotografar, colher material e discutir sobre todas as mudanças acontecidas desde a última estiagem....
Espero estar viva pra poder realizar meu desejo.
Procê ter uma ideia esta visita cheia de informação eu fiz acho que em 2002.
Quer dizer, se demorar mais uns 20 anos pra acontecer de novo, meus joelhinhos não vão se arriscar nessa aventura.
Enfim, sonhar...
Mesmo com a escola fechada conseguimos autorização do governo indiano e vamos voltar a fornecer o almoço pras nossas crianças dentro de poucos dias.
Se você puder nos ajudar vamos ficar muito felizes DOAR FAZ BEM PRA ALMA, FAZ BEM PRO CORAÇÃO !