terça-feira, 3 de novembro de 2009

Brasileiro não consegue viajar light. Zé contando.



A empresa onde trabalho resolveu abrir um escritório em Pequim e lá fui eu procurar um chinês para servir de base e me ajudar nos trâmites iniciais. Já tinha uma referência boa da pessoa e fui encontrar com ele lá. Não vou falar o nome aqui, porque vocês sabem, este Blog corre mundo e não queremos expor as pessoas.
Mas o interessante é que os chineses pra facilitar as coisas pros ocidentais, escolhem um nome ocidental e se auto-batizam com aquele nome e todos nós ficamos conhecendo pelo nome ocidental, caso contrário, todos chamariam Xin Chon Quan ou Xon wuan Jiang, e assim vai. Mas o nosso chinês lá chamava-se Robert. Very easy, isn't it? (Muito fácil, não ?)

Pois bem, encontrei com o Robert em Pequim, selecionamos algumas salas, verifiquei a documentação necessária pra abrir uma empresa na China, etc, etc, e voltei pro Brasil. Dois meses depois, meu chefe me chama e me diz : "Zé, vamos a Pequim que quero ver aquelas salas e dar andamento a essa proposta". O chefe foi, e com a família. Estavam de férias, iriam também. Liguei pro Robert e expliquei tudo pra ele. Pedi pra arrumar uma van pra nos esperar no aeroporto, pois éramos 8 pessoas. Chegando em Pequim, lá estava o chinesinho Robert nos esperando. De repente, ele fica branco e só depois pude entender o porquê: a van que ele tinha arrumado cabia 8 pessoas... E NENHUMA MALA. E chefe quando viaja com familia, haja mala!! Chinês corre pra cá, fala ao telefone, corre pra lá e repete mil vezes, "wait a moment", "wait a moment" (só um minuto, só um minuto). Alguns longos minutos depois, chega a van com uma carretinha atrás. Problema resolvido!!! Fomos nós pro hotel de van, com uma carretinha atrás coberta de malas !!
Meses depois, a situação se repete. Ligo do Brasil pro Robert e digo a ele que estaríamos "toooodos" de volta a Pequim em tal data. Chegando ao aeroporto, tava lá o Robert todo sorridente e nós com a habitual montanha de malas atrás. Seguimos pro estacionamento, mas como eu não via van nenhuma, perguntei pr o Robert: "Robert, where is the Van?" (Cadê a van ?) Já preocupado de ter o mesmo problema novamente e o chefe julgar minha, a incompetência.... Robert dá um largo sorriso de dentes estragados e aponta prum ônibus.

Gente, um ônibus gigante !!! Viação Cometa perdia praquele ônibus!!

Chefe olha pra mim e pro chinês e diz: "Vocês dois fazem uma bela dupla!!"

Fazer o quê, né? Pelo menos não pagamos mico de chegar no hotel com carretinha atrás...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cuidado com motorista de táxi. Um perigo!!!



Já diz o meu amigo. E essa aconteceu com ele.

Chegando de uma longa estada fora do Brasil, pegou um táxi e o motorista já foi lascando:
- A Sena tá gorda, hein?

- Sena? Ai meu Deus ! Quem será? Uma nova atriz? Cantora?
-Gorda mesmo! Dessa vez vai arrebentar!!!
- ??????

- Sena? Seria uma atleta? Não, atleta gorda não rola. Mulher do prefeito?

- Era a loteria! Quando ele saiu do Brasil, só existia a Loteria Esportiva. Essa era a mais nova esperança criada pra arrancar a grana da moçada.

Caso rapidim de mentira e verdade.



Tá o Mané trabalhando no Iraque. Um belo dia se lembra de um amigo no Brasil, sente saudades. Lá fora você não pode ficar um dia de folga, que é um tal de sentir saudades e dá vontade de ligar pra todo mundo.

Vai lá na telefônica, espera na fila, chega sua vez.

O amigo atende do lado de lá:
- Alô!

- Alô! Zé, é o Mané..

- Mané? Uai cara, cê tá sumido...blz?

- É Zé...to aqui no Iraq.

- Iraque???

- É Zé. Iraque

- Ah! tá nada!

- Tô, Zé!

- Tá nada!
- Tô Zé. Juro, no Iraque
- Ah! Tá nada!

- Então num tô. E desligou.

A História se repete. Continuará se repetindo?

Falou e disse Marcus Tullius há 2064 anos. E a história se repete, se repete, se repete.
Colaboração do amigo Luiz César, que solicita ao público pagante e ouvinte, que preste bastante atenção nas próximas eleições em quem vai votar, pra não passar muuuuuuita raiva depois. Passar raiva é normal, mas muuuuita raiva é duro!

Pensando Millôr no feriadão.


" O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde ".




" Só no banheiro temos a paz e o tempo para a autocrítica, a nudez necessária para o frustrado sentimento de que nossos corpos não foram feitos para a ambição de nossas almas ".



Tirando leite das pedras. Quem? Eu, claro!


Sou uma garota com vários predicados. E modesta ! rs.. rs.. Modéstia à parte. Não tenho medo de trabalho nem vergonha de nada. Nunca fiquei desempregada. Topa? Topo. E já tava.

Aí, tô eu no Iraque trabalhando, quando alguém um belo dia, com o cabelo grande e querendo cortar, falou: "Bem que poderia ter um salão no acampamento!" Viajar duas horas pra cortar o cabelo em Bagdá dava preguiça.

Atendendo a pedidos, a empresa abriu um salão. Quem cortava os cabelos do povo? Eu ! Não acredita? Pode perguntar aos antigos clientes.

E o salão vivia lotado! Primeiro porque não tinha concorrência...heheheheee... segundo porque, com ou sem cliente, os amigos se amontoavam pra conversar fiado. Virou ponto de encontro. Era muito bom. Isso depois de um dia de trabalho de 10 horas de pau-dentro. Mais 4 horas no salão. 14 horas por dia de ralação. E ainda tem gente que acha que enriquei lá, dando pra negada.

Quem me dera!!!
Eu mereço!!!

Vão anotando aí. Vou começar a contar, a partir da semana que vem, os causus do salão. Só pra vocês terem uma idéia....

Tinha uma capela ao lado do salão. Quando chegava um peão com o cabelo mais desajeitado do mundo, com foto de um artista querendo o corte igual, eu abria a porta e mostrava a porta ao lado dizendo: "milagre é ali naquela porta meu senhor."

domingo, 1 de novembro de 2009

Iraquiano, povim esperto


Na época da guerra contra o Irã, todo mundo queria telefonar pra familia e pros amigos no Brasil, pra acalmar o povo. Lá, a gente não tava nem aí, mas a mídia no Brasil fez bem o seu papel. Apavorou todo mundo daqui.

Não tinha telefone no acampamento e a gente ia num vilarejo a uns 15 minutos do acampamento pra ligar.

O lugar era tão precário, fios se enrolando e se emaranhando de uma forma que nenhum gato brasileiro consegue fazer melhor. E o pior de tudo: funcionava. Inacreditável !

Quando a gente ligava, a familia toda queria falar, então acabava de falar com o pai, vinha a mãe, depois irmão, irmã e por aí ia. Brasileiro com aquela mandação de beijo, a mãe do outro lado só perguntando, perguntando, mais beijos e tchau, beijos. Foi tanto beijo, que os iraquianos da telefônica descobriram que a conversa chegava ao final quando essa palavra era falada.

Daí pra frente, foi aquela disputa. Os menos avisados falavam "beijo pai, chame a mãe" e o telefone...tu...tu...tu. Eu ainda não terminei, liga de novo!!! E com a fila grande esperando, o iraquiano anunciava sem dó nem piedade. Próximo!!!

Em pouco tempo, os espertinhos dos iraquianos perderam pros muuuuuito mais espertos dos brasileiros. A notícia se espalhou. Fale, fale à vontade, mas jamais diga a palavra beijo, senão a ligação é cortada na hora.

Então ficava assim: "pai, então agora chama a mãe e um grande b-e-i-j-o pro senhor". Soletrado! Ou: "um grande estalo na bochecha". "Um grande encontro de lábios, meu bem". Cada um inventou sua forma de mandar os beijos.

E a fila chorava de rir!

Passeando em grande estilo por terras francesas


Tenho uns amigos que trabalham carregando povo pra baixo e pra cima em Paris, há dez anos. Mas em grande estilo! Carros chiquérrimos, motoristas poliglotas, atendimento nota dez.

Se você tá indo sozinho, com a patroa, em grupo, a trabalho, ou pra saracotear e tá afim de mordomia, essa é a dica. Vão se sentir astros ou estrelas.
Entrem no site deles e confiram.

Benhêêêê.......eu gosto de verde? Não!!!!!!!!


Eu tenho um casal de amigos que é muito engraçado. Sabe aqueles casais que não combinam em nada, nada coincide e tão sempre juntos e felizes?
Pois é !

Estava um dia com eles em uma loja, os dois comprando roupa pra ele, tipo uma reforma mesmo no guarda-roupa. E tudo que ele escolhia, ela dava cartão vermelho. Não passava nada. O vendedor já com aquela cara de tacho, metade da prateleira "na chon". Peleja !

Eu e ela estávamos longe dele olhando sei lá o que, quando ele grita ( pra sacanear) lá do outro lado da loja: "Benhêêê!!!! Eu gosto de veeeeeeeeeeeerrrrrrrrrde???? "

E ela na lata : Nãããããoooooooooo!!!

O vendedor e eu agachamos de tanto rir !

Rifa! Quem ganhou? Eu! Quem se ferrou? Eu, claro!


Iraque de novo. Afinal foram 6 anos de trabalho lá.Tem causus pra 6 anos.

Tô rifando uma bicicleta! Que legal. Quer um bilhete? Ok. Comprei. E ganhei. Fui toda contente ao encontro do meu prêmio. Comprei a rifa sem conhecer o produto.

Até que ela tava legal. Bom estado. Na primeira sexta-feira (que é o domingo muçulmano) acordei toda assanhadinha pra passear no meu brinquedo novo.

Asfalto legal, acampamento plano. Andei, andei, passeei, passei por todas as ruas, acenei pra todo mundo, toda serelepe. Depois de sei lá quanto tempo, talvez umas duas horas, fui pro meu alojamento, bainho ... afinal calor de 45 graus é duro.

Senti uma pequena dor e dormência nos países baixos, mas nem esquentei a cabeça, afinal foi um pequeno exagero, mas tinha sido tão divertido...

Gente! Foram passando os minutos , foram passando as horas e eu cada vez andando com mais dificuldade. As pernas começaram a marcar 9 e 15. Não conseguia juntar a direita com a esquerda.

Nossa amiga inchou, inchou de uma forma que fui parár no hospital. O médico, amigo, não entendia como tinha conseguido tamanha proesa. Andando de bicicleta... rãn...rãnnn! Não acreditava.

Resumindo: meu suplício foi de quase uma semana pra perna direita voltar a se relacionar com a esquerda e eu não levar um choque de dor só de olhar pra baixo. Todos os 10.000 funcionários da obra deram notícia do evento.

Sabem o que aconteceu? Imaginem um selim de couro que tava largado no sol de 40, 50 graus por semanas e semanas. Ficou duro, seco, foi como se eu tivesse ficado, como poderei dizer....vocês entendem, né? em contato por duas horas com um objeto verdadeiramente duro e com o peso do meu corpo ainda por cima. Só comigo messsmA...

Nunca mais subi na bicicleta....se não foi detonada em alguma das últimas guerras, o selim deve de tá mais ressecado ainda à espera da próxima vítima.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...