Uma das coisas que mais gosto quando estou fora do Brasil, morando, não passeando, é que leio muito. Não há livro que chegue. Já li até coleção de livro espírita. Nada contra, mas nada a ver comigo. Mas não tinha mais o que ler.
Aqui em casa fica mais difícil. Leio também, mas muito menos. Tem telefone, tv, amigos chegando e mais um monte de interrupções. Cada lugar tem sua vantagem.
Na casa da Princesa nadei de braçada. Ela tinha uma biblioteca de lamber os beiços. O difícil era tirar e recolocar um livro na estante, de tão apertados que estavam. E ela me deu liberdade de pegar o que quisesse.
Na sala de estar, a Princesa tinha uma mesa de centro muito linda, em ferro, e nos quatro pés uma carinha de cachorro. Era um cópia ( não sei se fala assim) da carinha de um cachorro que ela teve. E ela me disse que quem tinha feito a mesa tinha sido o Diego Giacometti. Nunca tinha ouvido falar. Então ela me deu um livro, autografado pelo autor, e era a biografia de Alberto Giacometti, irmão dele.
A Princesa me disse, também, que o próprio Diego trouxe e instalou a mesa na casa dela. E eu lá, sentada na mesma cadeira que ele se sentou. Muito da chic, eu!
Curiosidade de saber quanto teria custado a mesa! Mas nem morta perguntaria...
E ainda trouxe, não perguntei se foi de presente ou não, um sapo também lindo. Amo sapos, tenho dezenas deles em casa. O bicho vivo é um horror, mas os meus, em madeira, louça, tecido, vidro, borracha, são lindos. Vontade de ter aquele sapo do Diego!
Li o livro em pouco tempo, reli, e me apaixonei completamente pelo escultor Alberto e seu irmão Diego.
Dois suíços danados. Vale a pena conhecer a vida e a obra !