sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Bodrum e o azul maravilhoso do Mar Egeu !


















Deixamos Kusadas e Malka pra trás e fomos em direção a Bodrum. Outro lugar lindo !

Como era tempo do Ramadan, os turcos tem o costume de perfumar as pessoas com lavanda. Uma delícia! Em todo lugar que a gente entrava, vinha alguém com lavanda e passava nos nossos braços ou jogava gotas nos cabelos. Acho que passamos a semana mais cheirosa de nossas vidas.

Até comprei a lavanda, pra matar as saudades de vez em quando.

E a gente começou a observar que, na língua turca, escrita e falada, muita palavra termina em "azi".
E aí começou a nossa gozação. Banco virou bankasi, fome virou fomazi e eu peguei uma gripazi.

Eitia gripazi forte! Até hoje usamos o "azi". Em todas as minhas fotos, a partir da "gripazi", eu tô com um rolo de papel higiênico na mão. Era a única solução, lencinho de papel não dava vazão "ao narazi que pingava diretazi". Mas nada tirava o humor, só meu ronco à noite por causa do entupimento total, que não deixava minha amiga dormir, nem eu. Ela me cutucava o tempo todo. Uma pelejazi...rs.

E um pouquinho da história de Bodrum...
Adoro saber a origem de palavras e expressões e, uma delas, aprendi lá.

Embora tenha sido o local de nascimento do escritor e historiador Heródoto (484 - 420 a.C.) e, já no Século I, o também historiador Dionísio de Halicarnasso, a maior glória da cidade foi durante o domínio do sátrapa Mausolo, que reinou em nome dos persas desde 377 a 353 a.C.. Ao morrer em 353 a.C., sua mulher Artemísia II de Caria contratou os arquitetos gregos Sátiros e Píteos e os melhores escultores da época para construir um túmulo para seu defunto marido. Foi esse túmulo uma das Sete Maravilhas do Mundo, sendo a origem da palavra "mausoléu".

Depois das invasões de Alexandre, o Grande, dos bárbaros e dos árabes, e de um sismo em 1404, os Cavaleiros de São João demoliram no século XIV o túmulo utilizando os restos para a construção do Castelo de São Pedro de Halicarnasso, entrando a cidade num período obscuro. O castelo e o povoado ficaram conhecidos como Petronium até que em 1522 foi conquistado por Solimão, o Magnífico para o Império Otomano.
Uma das belezas de Bodrum é seu castelo, que é visto de toda parte. É um dos edifícios que sobreviveram desde o século 15 até hoje. Seu testemunho do ano, diferentes culturas e as guerras adiciona uma característica distintiva a sua postura. O castelo construído pelos cavaleiros St. Jean consiste em 3 paredes e 5 torres, uma dentro da outra. A igreja em que no tempo dos cavaleiros transformada em mesquita em 1525 e um banho turco em que foi adicionado em 1895.

Muito lindo!

Depois de Bodrum, começou a nossa subida, agora pelo interior de volta pra Izmir. Deixar o Mar Egeu maravilhoso pra trás, pra quem tava morando em pleno deserto iraquiano, foi difícil, mas descobrir um interior charmoso da Turquia foi a recompensa.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!







Espero que todos nós tenhamos um Feliz Natal, cheio de saúde, alegria e muito bom apetite pra podermos aproveitar bem as festas.


bjos


eidia

Millôr e o Natal




"Responda depressa: os melhores presentes de Natal você dá por generosidade ou por conformismo ?"

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Em Kusadas conhecemos Malka e a hospitalidade turca.










































Deixamos Éfeso meio com o coração partido, afinal, visitar uma casinha onde viveu aquela que chamo todo dia pra agradecer ou pedir alguma coisa, que tô sempre incomodando, que não dou paz, não é tão simples assim. Mesma coisa que ir embora daquela casa de avó que só nos faz bem.

Mas saí, tendo a certeza de que voltaria um dia pra uma nova visita.

Fomos pra Kusadas, um amor de cidade também, pequena, com uma baía linda cheia de barcos, embarcações de vários tamanhos e uma marina.

E começamos a procurar um hotel. Andamos, procuramos, já estávamos quase desistindo, quando um rapaz de uma agência de viagens nos disse que conhecia uma senhora que costumava alugar quartos na casa dela.

Naquela altura do campeonato, era dormir na praia ou tentar.

Como diz o grande Wilson das Neves: "ô sorte!!!". Loteria é pouco pro que nos esperava.

Fomos apresentados a D. Malka, uma turca super hiper simpática, que morava sozinha em um apartamento no terceiro andar. No térreo, tinha uma espécie de mercearia/mercadinho/padaria. Um kit completo pra qualquer coisa que a gente precisasse. De cerveja a pão.

Fomos recebidos como chefes de estado. Ela nos cedeu seu quarto pra mim e minha amiga. Meus dois amigos dormiram no quarto dos netos, que acho que moravam nos EUA (não me lembro muito bem) e ela dormiu num quartinho menorzinho.

E foi um paraiso! Café da manhã tomado na varandinha, que tinha uma peculiaridade que vocês não acreditam : amarrada à uma corda, tinha uma cesta de vime, quando ela precisava de qualquer coisa, só mandava por escrito pela cesta, descia a danadinha até a porta do supermercadinho e depois puxava a corda. Um barato!

Os meninos pediam cerveja só pra subir e descer a corda, quiném criança com brinquedo novo.

E Malka falava como uma boa pessoa que mora sozinha - tirando a barriga da miséria - em turco, problema nosso se não tivesse entendendo. Soltava às vezes alguma coisa em inglês, que foi o suficiente pra gente saber absolutamente tudo sobre a vida dela. Quantos filhos, netos, viúva, idade e mais um monte de histórias. Pegou um álbum de fotos e fomos conhecemos a familia toda e amigos e cachorros e gato e o cacete a quatro. Se a gente não desse uma despistada e fosse saindo meio de fininho - deixando ela ir acompanhando até à porta e continuando a falar e descendo a escada e ela contando causus - não teríamos conhecido nada da cidade e estaríamos tomando chá na sala até hoje e vendo fotos e já teríamos aprendido turco, provavelmente, ou ela português, o que é mais certo.

Aí andamos, passeamos pela cidade, entramos em um restaurante no começo da noite e fomos recebidos com Maria Bethania cantando, a plenos pulmões, naquele finzim de mundo, na costa da Turquia. Um sonho!

Subimos no monte onde tem um forte muito antigo e andamos pelas ruelas. Cidade de bonecas, como eu gosto de definir aquele lugar gostoso, aconchegante, bom pra passear.

E no final da tarde, a gente se sentava na varandinha de Malka pra ver o pôr-do-sol no mar, com a silhueta das velas dos barcos, tomando uma cerveja e comendo azeitonas pretas da região, regadas no azeite e misturadas com queijo de cabra.

Êta vida dura, meu Deus!!!
Deu vontade de ir? De conhecer? De viver essa delícia?
Então vá ! Programe-se e caia fora.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Conhecendo a Turquia - Éfeso e a casa de Nossa Senhora.
























































E lá fomos nós pra Ismir, que ficou sendo só uma cidade de passagem. Alugamos os carros e cada um tomou seu destino.

O nosso foi descer pela costa e voltar pelo interior. Já disse que estávamos no feriado do Ramadan. É como chegar na semana santa em algum lugar aqui no Brasil, tudo fechado, nada funciona, a viagem precisa ser bem organizada pra não passar perrengue.

Tomamos o rumo de Éfeso. Onde é e o que tem nessa cidade?

Era a maior cidade da costa oeste da Ásia Menor. No final do primeiro século D.C., era a quarta maior cidade do Império Romano. Os romanos fizeram de Éfeso o centro administrativo da província da Ásia. Na metade do primeiro século D.C., Paulo trabalhou em Éfeso por diversos anos.
O elegante teatro de Éfeso comportava 24.000 pessoas sentadas para jogos, música e cerimônias religiosas. Era também usado para encontros públicos e questões deliberativas, execução de ações do conselho da cidade e questões legais.

Foi uma cidade grandiosa !

Mas, além de conhecer as ruínas dessa antiga cidade construída pelos romanos, a gente queria conhecer a casa onde Nossa Senhora viveu seus últimos anos de vida, junto com São João.

A casinha é linda! Toda de pedra e pequena. Fica em uma colina e tem uma vista super bonita. No lado de fora, tem uma fonte de água benta.

Rezei dentro da casinha, fiquei um tempo bom sentada pensando e tentando visualizar a vida que já tinha sido vivida ali dentro e a grande dona da casa que ali morou. Fiquei imaginando uma mãe, sozinha com o último amigo, pensando no filho que foi assassinado. Doido, né? A gente pensa na morte dele, mas a palavra assassinado só me veio à cabeça quando estive na casa da mãe dele.

Foi um momento muito bom que guardo em meu coração. Momento de paz, de reflexão.

Andamos pela cidade, vimos a biblioteca que ainda guarda sua majestade, sua imponência.

Conhecemos o funcionamento da rede de água e esgoto feita pelos romanos, sentamos nos tronos do anfiteatro e nos tronos das casas. O povo naquela época, como ainda hoje, tinha também uma vidinha de cão, mas os nobres, como hoje também, tinham uma vida muito boa e confortável. Quase impossível imaginar tamanha riqueza naquela aridez. E pensar que, por ali, viveram entre 400 a 500.000 habitantes. Muito doido! Ficávamos tentando ouvir o tropel de muitos cavalos e carruagens naquelas ruas de calçamento de pedra. Adoro isso! Tentar visualizar a cidade, colocar aquelas ruínas em movimento.

No anfiteatro, fingimos encenar uma peça pra testar a acústica famosa. Impressionante! Cada hora um se sentava em uma parte da arquibancada e, quem tava no centro do palco, falava com a voz numa altura normal. Todo o teatro ouvia claro e nitidamente.

Esses romanos...

É bom também ver isso tudo e pensar que, cidades e mais cidades, tiveram uma vida tão normal e grandiosa como milhares que temos hoje em dia, e tiveram um fim, só sobraram os destroços.

Então você me diz: foram as guerras, eram tempos de conquistas! E hoje? Que guerras e que conquistas estamos ainda procurando, pra destruir tanto, e quem sabe um dia outros irão contar as mesmas histórias que estou contando, visitando e fotografando ex-grandes metrópoles dos séculos XX, XXI, XXII.

Se tiver ainda tempo de vida suficiente pra fazer o muito que quero, vou voltar lá. Enquanto resta alguma coisa pra ser visitada.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Éramos dois e viramos treze rumo à Turquia.






































Eu tava trabalhando no Iraque e, como se aproximava o Ramadan (feriado muçulmano), comecei a pensar onde poderia ir, pra aproveitar os dias de folga.

Decidi ir pra Turquia. Sempre quis conhecer, não era longe, então convidei um amigo. Conversa vai conversa vem, combinamos que iríamos os dois.

Ô ilusão!

A notícia se espalhou e já apareceu um outro "convidado", esse outro convidou um outro, alguém chamou a turma que trabalhava em Bagdá e, quando fomos pegar o visto, já éramos 13. Grupo desse tamanho, só funciona se for em excursão. Daquelas com horário marcado, apito, guia e o escambau. Ditadura total!

Pensei : "Não vai dar certo. Chance mínima!"

Mas, seja o que Deus quiser e lá fomos nós.

Combinamos que todo mundo seria independente. O que der pra fazer junto ok, mas ninguém empata ninguém, certo? Certo. Nisso deu certo.

A minha programação ficou sendo a de todos. Iríamos chegar em Istambul, ficar 1 ou 2 dias, pegar um avião pra Ismir, lá alugar carro, descer pela costa, subir pelo interior, outra vez pegar o vôo e voltar pra Istambul ou, cada um iria onde quisesse, só nos encontraríamos, obrigatoriamente, nos aeroportos de Ismir e Istambul, na volta. Então, ficaríamos mais alguns dias em Istambul, conhecer a cidade e voltar pra casa, isto é, pro Iraque. Chic !

Tudo muito bom, tudo muito bem, mó alegria no aeroporto de Bagdá, afinal, sair um pouco do deserto, não faz mal a ninguém.

Já em Istambul, deu o primeiro senão.

Passando na alfândega, vai um na frente, outro fica, outro olha free-shop, outro pára prum cafezinho, foi uma luta reunir todos pra ir pro hotel, assim dividimos a tropa em 4 táxis.
Chegou uma parte no hotel, outra não. Em dois carros, ficaram pessoas "espertíssimas"que não tinham o endereço. Deus me socorra!

E esperamos, esperamos, nada... comecei a me preocupar. Lembram do filme Expresso da Meia-Noite? Pois é. A imagem da Turquia pra alguns era meio aquilo. Falando com o pessoal do hotel, nos aconselharam a procurar a central de táxi.

Povo organizado, já estavam sabendo dos perdidos. A imagem ruim já começou a se desfazer aí, e ficamos conhecendo um dos povos mais simpáticos, gentis e acolhedores : o povo turco. Recolhemos a turma aos costumes e voltamos pro hotel.

Enfim, chega todo mundo, se acomoda, primeira saída. Confusão de novo! Uns querem encher a cara aproveitando o bar na esquina, coisa que não viam há meses, outros com fome outros querendo fazer compras.

Foi aí que começaram a se formar os grupos que tinha a ver uns com os outros. Graças a Deus!

Formaram-se quatro grupos. Três grupos de 3 pessoas e uma turma com 4.

Eu fiquei no grupo de quatro. Éramos dois rapazes e duas garotas.

Foi bom demais!

E lembro de sair já naquela hora pra tomar o famoso sorvete turco. Além de ser uma delícia, os vendedores fazem um malabarismo com as pás de misturar o sorvete, batem, batucam, cantam, brincam, é um espetáculo à parte. Uma alegria só.

Daí pra frente a paz começou a reinar.
Aconteceu foi coisa nessa viagem! Continuo contando durante a semana.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Vai viajar pro frio? Neve? Vento? Que roupa levar










Percorrendo blogs e sites de amigos, tenho percebido um probleminha de quem tá saindo de férias, nesse final de ano, e indo pra lugares frios, com neve, principalmente.


Vou passar umas dicas, que fui aprendendo com a longa caminhada.



Inverno mesmo, temperatura abaixo de zero, neve, não tem nada a ver com o nosso frio. Requer roupas especiais. As nossas não seguram a onda.


Do que você precisa?


Precisa se proteger contra o vento e contra o frio, então, o que mais funciona é : faça de conta que vai sair agora e vai passar o dia andando, entrando em lugares que vão estar quentes por conta da calefação, saindo de novo no frio.

Vai vestir um colant ou meia-calça. É a primeira melhor coisa porque cola na sua pele e não deixa o vento entrar. De algodão sempre.Uma malha tipo Hering, bem justa ou coisa similar, nada de seda ou sintéticos, sempre de algodão porque, senão, começa a pinicar e você pede pra morrer no meio do dia.


Depois uma calça de lã ou tecido mais grosso, sem ser pesadão. Calça jeans vira um gelo no inverno, a não ser que seja justérrima. Meias de lã, também, ou algodão, a trama tem que ser bem juntinha, nada com furinhos pra não entrar vento.


Um pulôver de trama bem juntinha, de lã ou de polaire. A polaire é uma beleza porque é super leve. Lembre-se que agasalho pesado, no final do dia, você vai estar com dor nas costas. Horrível!


E, em cima dessa polaire ou pulôver, um bom casaco, de preferência desses acolchoados, que são de nylon por fora, quer dizer, não passa vento nem respingo de chuva e o acolchado não deixa o calor do corpo sair. Nylon forrado com polaire é um sucesso.


Se voce sente muito frio mesmo, compre um casaco mais longo. Frio na bunda é muito difícil de aguentar o dia todo. Vale casaco tres-quartos ou mesmo até na canela. Meio trambolho mas não passará frio.


Um bom cachecol longo, que você dará umas duas voltas no pescoço, deixando ele alto chegando nas orelhas. Luvas de lã, sem ser de furinhos ou de couro, forradas. Couro só, gela também.


Um gorro ou um casaco com capuz. Eu sinto frio nas orelhas, por isso, coloco sempre uma faixa larga, daquelas de prender cabelo em cima da orelha, pra não entrar vento.


Sapatos confortáveis de nylon, cano alto, forrado, leve e quentinho. Não entra vento, nem molha os pés. Tenis gela nos pés.


Se, por acaso, molhar os pés, tire as meias e troque. Se ficar com o pé molhado, ele não vai esquentar e secar a meia. Vai te congelar.


Dica muito séria : entrando em lugar quente, a primeira coisa é abrir o casaco e deixar arejar. Se for ficar, tire o casaco e o cachecol. Mesmo que esteja confortável, tire, porque se continuar com tudo, quando sair isso não vai ser mais suficiente pra te proteger contra o frio.


Antes de sair, vista tudo dentro do ambiente fechado. Vai sentir calor, mas não saia e vista lá fora, a não ser que queira passar o resto das férias na cama; com pneumonia.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Lado brasileiro ou lado argentino. Cataratas do Iguaçu. Um deslumbramento!




















Eu penso que, todo mundo que viaja muito, já ouviu essas perguntas: "Qual o lugar que você mais gostou? Onde voltaria? Onde não voltaria?"

Eu também já ouvi. E sempre respondo quanto ao lugar que mais gostei. Apesar de ser uma pergunta muito difícil de responder, porque cada paisagem é unica, cada lugar tem o seu lugar. Mas são três os lugares que me deixaram parada, extasiada, boca aberta mesmo. Taj Mahal, na Índia, Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador na Bahia, e Cataratas do Iguaçu.

Hoje vou falar sobre as Cataratas.

Pra começar, você vai pra ver as águas e vê muito mais que isso. Vê uma vegetação maravilhosa, flores lindíssimas, borboletas que nunca tinha visto em minha vida, nem em tamanha quantidade. Você vai conhecer um viveiro, com pássaros de uma beleza que não encontro palavras pra descrever. Tem que ver.

Trilhas lindas pra caminhada. A trilha que você percorre ao longo das quedas até culminar na Garganta do Diabo, que de Diabo só tem o nome, porque nunca em minha vida senti tanto a presença de Deus, de um Criador, de uma força maior, do que alí. Me senti tão pequena, tão mínima, tão nada, diante daquela grandiosidade.

E tem também canoagem e barcos infláveis que te levam até quase embaixo da grande queda. Claro que não fui e, só de ver as pessoas do tamanho de formiguinha lá naquele mundão de água, me dá dor de barriga.

E o que mais batia em minha cabeça era: "isso não é uma torneira que fecha à noite quando os turistas vão embora, e reabre às 6 da manhã quando o parque é reaberto. Esses bilhões e bilhões de litros d'água jorram dia e noite 24 h por dia 7 dias por semana o ano todo."

Já fui lá acho que 4 vezes e voltaria sempre que pudesse. E da última vez, foi a primeira que fui ver as águas do lado argentino. E escutei uma piadinha que os braileiros fazem com eles, pra variar, que amei. Não sei se vocês sabem, mas o rio nasce em território argentino.

Então a piada é que eles nos dão as águas e a gente tem a vista mais linda do mundo. Quer dizer, pra ver a queda em seu esplendor, eles tem que vir do nosso lado.

O rio Iguaçu vem vindo do lado argentino por centenas de kms, até desaguar dividindo suas águas em muitas cascatas e cachoeiras.

Então, quando vamos do lado argentino, tem um caminho em ponte de madeira, vamos seguindo o rio até chegar nas quedas. O que vemos quando chegamos, a mim deu pavor. Um medo de um tamanho enorme. Ficamos no alto da queda olhando pra baixo. É de tirar o fôlego. E o povo do lado brasileiro, lá longe vendo a água cair de frente. Um espetáculo que realmente é difícil contar com palavras. Vão lá.

Aconselho a pegarem um guia pra ir contando a história toda. Por exemplo, esta ponte/caminho, é feita de uma madeira X que, quando é tempo de cheia, normalmente elas vão embora nas águas. Fica só a armação de aço da ponte. Depois elas são recolhidas e recolocadas fazendo o caminho de novo. Isso foi feito criado, depois de muitas e muitas perdas de pontes. E também tem o leito do rio. A história das pedras. Muito legal. Se ficar contando muito perde a graça.

Programem-se. Convidem amigos. Convidem amigos de fora do Brasil. É uma beleza que todos nós temos direito de deslumbrar pelo menos 1 vez na vida.

Nós merecemos. E muito!

Ah! E tem também passeio de helicóptero. Da próxima vez quero fazer.


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Millôr na sexta feira, só no deita e rola







"Estou cansado de tanta gente "estudando" sexo, tanta aula de educação sexual, tanta gente levando sexo a sério. Sexo pra mim é apenas uma tremenda gozação."

Empaque a fila, não tenha vergonha e exija seu troco.






Se é que tem uma coisa que me irrita é comprar, pagar e não receber meu troco certo. Tim tim por tim tim, nota e moeda. Se saio de casa pra adquirir alguma coisa é sinal que estou com o dinheiro. Jamais vou chegar no supermercado e pedir um desconto no litro de leite. "Por favor senhor, o leite está a 1,50 mas só tenho 1,40. Valeu?" Não existe isso.

Mas de lá pra cá é normal. O tombo vindo do lado de lá parece ser a coisa mais natural do mundo.

Comigo não violão! Sou a maior empaca fila do mundo. Não quero nem saber. Temos que trabalhar e exigir nosso troco total. Honestidade não é obrigação nenhuma, tem que ser uma coisa natural.

Sempre carrego moedas comigo, porque gosto de facilitar o troca e evito de passar raiva também.

Me lembro de deixar pra trás, por não ver ou apressada pra ir embora, 1 ou 2 cents americanos, em caixa de loja. Lá acontece o contrário, o funcionário do caixa pára o trabalho esperando você vir recuperar sua moeda... "Senhora! Senhora! Esqueceu seu troco."

Aqui no Brasil, canso de receber olhares fulminantes de desprezo, reprovação e mesmo comentários tipo: "só por 2, 5, 10 centavos parar a fila, mesquinhez, pão-durismo!" Nem ligo! " - Não tem 2 centavos? Me dê 5. Não é problema meu ter o troco, é de vocês, a minha obrigação já fiz, paguei, quero meu troco."

Li que as moedas de 1 centavo não vão mais existir, então essas lojas de 2,99, 5,99 e tudo terminado em 99, vão ter que dar seu jeito. Vão tomar vergonha e parár de roubar. Vão arredondar os preços.

Não aceitem troco em balas. Você não saiu pra comprar balas. Já repararam que elas são da pior qualidade possivel? Nem se fossem de chocolate puro.

Já houve ocasião em que a caixa tirou dinheiro do próprio bolso pra me dar troco. Aí reagi. Não aguentei. Disse pra ela que era obrigação do patrão, do gerente dela. "Não é sua minha filha! Você não tem que se livrar do cliente. Você tem que deixar a fila crescer e as pessoas ficarem nervosas. Só assim seu patrão vai tomar vergonha na cara e parár de usar vocês como escudo pra enriquecerem cada vez mais."

E já disse também, pegando o troco e pensando nas minhas viagens - coisa que mais gosto de fazer na vida -" Se exigo meu troco é porque ganho o meu dinheiro com muito esforço, nada veio de graça e quero viajar, sair, me divertir, coisa que você não vai conseguir fazer nunca se ficar só ajudando seu patrão. Pense em você. Não estou fazendo nada de mais. Exigir direito é legal.""

"A propósito, sabe onde ele está agora? De férias? Em Miami? "

Tá no lugar certo. Brincando com os americanos, mas vejo nos filmes de vocês que os bandidos, vem sempre pro Rio de Janeiro, né não?"

Chumbo trocado não dói.
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Continha rápida que fiz pensando no supermercado pequeno que tem perto da minha casa.
Em 1 dia 200 pessoas deixam cada uma 0,02 centavos pra eles = 4,00
Em 1 mês terão 120,00
Em um ano 1.440,00

Achou pouco? Pouco pra você cara pálida! Porque pra 1 casal, dá pra passar 1 semana em Porto Seguro- BA, com vôo, hotel e translados incluído. Belo pacote! Uma amiga acabou de chegar. Falei de BH/Porto Seguro/BH.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...