sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Bons desejos nunca são demais...Feliz Ano Novo de novo


“Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí, entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra adiante vai ser diferente……

Para você,
desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.

Para você, desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.
Para você, neste novo ano,
desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida,
que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe
desejar tantas coisas
mas nada seria suficiente…
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada
minuto, rumo a sua felicidade!”

Carlos Drummond de Andrade

Esta foi a mensagem que minha querida amiga e fiel leitora Patrícia, me mandou pro Ano Novo.

Conto do vigário no 1º mundo...fique atento turista amigo

Desde a primeira vez que fui a Paris, em 1981, ouço falar sobre "o golpe do casaco de couro". E toda vez que recebia alguém nos tempos que lá morei, falava pro povo pra tomar cuidado. Mesmo assim, muita gente caiu no conto.

Mas o tempo foi passando e acabei me esquecendo dessa história. Eu acho que os golpistas deram um tempo porque já estavam muito conhecidos na praça, mas agora tô sabendo que voltaram a todo vapor.

Quando estive lá ano passado, estava na moda o "golpe da aliança". Sei que ainda continuam. Pra quem não conhece, eu explico.

Você tá andando na rua e vê uma aliança grossa no chão, aparentemente, de ouro. Você cata e, um segundo depois, aparece uma pessoa dizendo que "é dela, que caiu, mas que você tem muita sorte, achar uma aliança é um bom sinal", maior papo-furado. O pobre do turista, já meio atordoado com tanta novidade da viagem, fica escutando aquela enrolação, até que a pessoa oferece a aliança, dizendo que tá precisando de grana, pergunta quanto você daria por ela, e envolve tanto a vítima que ela acaba dando alguns euros em troca daquela porcaria comprada no camelô por uma bagatela.

A pessoa também costuma dizer que a aliança é dela, mas a religião não permite usar, que ganhou e quer vender, etc. etc. Um papo de aranha.

Ou ela cata a aliança no chão, na sua frente, e pergunta se é sua, e começa o papo furado...

Fique de olho aberto. Não só não cate no chão a aliança, como é bom se fingir de surdo. Deixe a pessoa falar até desistir e ir embora.

A história do casaco é parecida.

Um mané fica esperando algum turista passar (nem precisa ter olho de raio X pra identificar turista). O cara tá, normalmente, encostado num carro e te pára dizendo qualquer coisa pra saber qual língua você fala. Ele enrola o escolhido, em qualquer língua, de japonês a português com sotaque baiano. Uma beleza! Um poliglota na arte do roubo.

No que ele já sabe como falar com você, começa o papo, diz que é italiano, estava numa feira de couro e sobraram alguns poucos casacos e ele quer te oferecer, a preço de banana, e blá-blá-blá, vai te enrolando tanto que, quando você vê, já tá carregando dois casacos de plástico de dar medo na feiura, e ainda deixou o que tinha de euros com o sem-vergonha.

Portanto pessoal, não se iludam com as facilidades encontradas numa viagem. Malandro ganhando grana fácil na vida, não é privilégio dos nossos políticos.

Olho aberto e sempre alerta!

Lembrei deste conto porque a Lina falou no blog dela e passo pra vocês também.


" No que me diz respeito, não viajo para ir a lugar nenhum. Viajo para ir. Viajo pelo prazer de viajar. A grande questão é o movimento." Robert Louis Stevenson

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Grude na sua bolsa dentro do avião. Cuidado com roubo!


"Des passagers détroussés à bord du Tokyo-Paris
Cyrille Louis 05/01/2010 Mise à jour : 22:16

En plein vol de nuit, le pickpocket a dérobé plusieurs milliers d'euros parmi les voyageurs de la classe affaires."

" durante a noite, em pleno voo, um ladrão roubou milhares de euros de passageiros da classe executiva.¨
Essa notícia saiu no Le Figaro de ontem. Passageiros vindo de um voo de Tóquio pra Paris foram roubados a bordo.

Já falei sobre roubo dentro de avião aqui no blog, mas sempre é bom reforçar, e, ao mesmo tempo, quem tá chegando agora e não leu todos os posts, não tá sabendo.

«D'une façon générale, il convient de rappeler que seul le passager est responsable de ses biens et effets personnels lorsqu'ils sont rangés en cabine, précise un porte-parole de la compagnie. Seuls les bagages de soute sont placés sous notre responsabilité…» -
"as companhias aéreas não têm responsabilidade sobre bagagem de mão que é responsabilidade única do passageiro. As companhias cuidam apenas da bagagem despachada." Quem disse isso foi a Air France.

Já estive em um voo que um rapaz foi ao banheiro e, tirando a bolsa da cintura, esqueceu de recolocar e quando se lembrou, voltou lá e não tinha mais nada. Reclamou, esperneou, mas ficou sem a grana toda. Dinheiro não é nominal. Como revistar as pessoas e provar que aquela é a "sua" grana?

Então pessoal, não desgrude de sua bolsa. Quando vou dormir, tenho um truque que funcionou até hoje. Sempre viajo com bolsa a tiracolo, mas dormir com aquilo atravessado no peito é desconfortável. Então, abro a mesinha do lanche, enfio a alça da bolsa, fecho, sempre tendo atenção pro feixo ficar pro lado do encosto. A figura pode até tentar, mas você há de convir que será muito mais fácil pegar a bolsa de quem deixou em cima do assento livre do lado, ou jogada no chão.

Nada detém ladrão, mas, dificultando, ele vai atrás do mais fácil.

"Que você tenha uma boa viagem, que os elementos o acompanhem e os espíritos o reconfortem." William Shakespeare

Mundo pequeno. Mineira tromba com austríaco em Linz










Eita mundinho pequeno. A gente não se acostuma e ainda se surpreende.
Já contei sobre este acidente no post "Nem tudo são flores", mas me esqueci deste detalhe que é muito interessante.

Uma amiga minha se casou com um austríaco e se mudaram pra Viena.

Quando ela engravidou do segundo filho, me pediu pra dar uma força e lá fui eu pra ajudar com a pequena enquanto ela se ocupava do bebê.

Um belo dia, estávamos papeando na cozinha, ela o marido e eu, contando causus, nos lembrando de viagens, vida no Iraque, quando ele me perguntou se eu já tinha ido à Áustria antes.

Disse que sim, muitos anos antes, e, contando da estada, falei que, inclusive, houve um acidente de trem comigo e minha amiga. Acidente com trens na europa não é incomum. Como o tráfego é muito grande, é normal que eles aconteçam.

A conversa poderia ter tomado outro rumo, mas não sei por que cargas d'água contei do acidente.

A gente saiu da Áustria e estávamos indo pra Alemanha, quando chegando em Linz, nosso trem bateu de frente com um trem que estava parado.

Aí ele fez uma cara de espanto e disse: "quando foi isso?"
Falei o ano e ele disse: " eu tava nesse trem".
"Não acredito! Jura?"
Ele disse: "estava indo me alistar no exército não sei onde".

Foi muito engraçado, porque ficamos imaginando que de repente a gente até se falou, porque virou aquela confusão na hora. Assim que o trem parou, eu desci pra ver o que tinha acontecido. Muita gente desceu e todos ficaram conversando.

Quer dizer: muitos anos antes que o casal se conhecesse, eu já tinha cruzado com ele, na terra dele e numa situação pouco comum pra um turista.

Mundim pequeno!

"Como todos os grandes viajantes, vi mais do que me lembro, e me lembro mais do que vi." Benjamin Disraeli

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Inacreditável!!!

Passe no blog da Yoani e leia seu post de hoje, " Tres generaciones ". Parece impossível um fato deste em pleno século XXI.

É bom pra gente refletir. Quando pensamos que as coisas estão ruins, tem muito jeito de piorar.

Comprando roupas, bijus, adornos e tralhas em geral





























































































Sempre que viajo aproveito pra comprar roupas. Como viajo na maioria das vezes no inverno, compro nas liquidações de verão. Dá pra fazer uma festa e, como moda não é minha praia, compro nos mais diversos lugares.

Adoro a moda brasileira, tem coisas lindas, mas é uma roupa feita, na grande maioria das vezes, pra quem usa número 36 ou 38. O que não é definitivamente o meu caso. Pra minha turma, que veste 44, 46 ou 48, comprar nos EUA, por exemplo, é uma festa. Lá viro small....adoro!

Se você faz o tipo casquinha de sorvete -42 na cintura e 46 de bunda - tem jeans que não precisa mexer. Já sai vestido da loja. Se faz o tipo cintura grossa, pernas mais finas, também. Se é todo roliço, tem roupas legais, modernas, sem que fique parecendo um saco de batatas. Alto e gordo, ou baixo e gordo, tem pra todo tipo de corpo.

Como não sou chegada no que tá usando, então vale de tudo. Desde comprar na GAP (que adoro) até comprar em lojas de segunda-mão. São as melhores compras. Tanto tem roupa usada, praticamente nova, como tem roupa nova ainda com etiqueta da loja.

Dica pra comprar na GAP : assim que você entra em qualquer loja, tudo que tá na frente é lançamento, e, normalmente, pra estação que vai entrar. O que quer dizer = muito caro. Então, vá diretamente ao fundo da loja. Lá tem araras redondas cheias de liquidação. Em qualquer loja, seja Paris, Londres, NY, todas são iguais.

Em Paris, normalmente as promoções ficam no primeiro andar ou sub-solo, sempre mais difícil de achar, mas não pra mim que sou cobra criada. E passo as dicas pra vocês.

Onde também tem liquidação boa é na Victoria's Secret; as calcinhas e sutiãs de lá são ótimos e não acabam nunca. Peçam pra vendedora ver exatamente qual é sua numeração. Ela vai te medir, te apalpar e você vai colocar o sutiã que vai te vestir como uma luva. Impressionante!

Old Navy e Banana Republic são no mesmo estilo da GAP. Questão de gosto. Prefiro GAP.

Em Paris, na região de Montmartre, é cheio de lojas que vendem pontas de estoque de etiquetas boas. Subindo pro Sacré-Coeur, você vai ver todas elas. Pra mulheres e crianças principalmente.

Tenho roupa do Armani, que ninguém acredita que custou 2 dólares em NY. Segunda Avenida loja do exército da salvação, entre ruas 86 e 87. Posso passar horas dentro destas lojas. Olho uma a uma todas as coisas e volto com uma sacola cheia por 20 dólares.
Em Londres, não deixo de ir ao mercado em Camden Town. Vou pra passar o dia. Fico doida com os adornos pra casa, roupas, bijuterias, sapatos e mil lugares ótimos pra comer. De um tudo. Não deixem de ir. Se não quiser comprar nada, vá pra passear e dar uma volta ao mundo em questão de cultura e costumes.
Descubro roupas da Romênia, Croácia, Polônia, que ninguém acredita. Vou colocar um site de uma barraca de roupas doidas e ótimas que se chama "Seven Wishes", da Polônia. De pirar a cabeça. Me lembro que, quando descobri essas roupas, vi uma moça com uma delas e fiquei olhando pra ver pra onde ela ia e fui seguindo ela. Era vendedora da loja. Foi muito legal!
E, em várias cidades, tem os Mercados de Pulgas. O de Genebra é muito legal. Tem coisas de enlouquecer.
Os de Paris são famosos mas, o mais conhecido que é o de Porte de Clignancourt, já não é o mais legal. As "brocantes" de rua são muito melhores. Em Bordeaux tem o Marché Saint Michel que também é bom demais pra fuçar e achar preciosidades.
E por aí vai. Se você vai viajar e é chegado ao diferente, me mande um imeio que eu te digo se conheço alguma coisa legal pra onde você estiver indo.
Em Buenos Aires, na Feira de San Telmo, pedi pra morrer. Linda e muito diversificada. De um tudo pra comprar. Tire o dia pra conhecer tudo com calma.

Outra coisa boa pra comprar em mercados de rua e brocantes são os óculos. Tem pra todo gosto.

Amo.


" Que tudo seja belo à minha frente,
Que tudo seja belo atrás de mim,
Que tudo seja belo abaixo de mim,
Que tudo seja belo ao meu redor."
Prece dos índios Navajos

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Minha amiga polonesa morando na terra da mineirada




Logo que subi, do meu apto, pro nono andar, onde seria o apto. dela, já senti que a coisa não ia ser fácil.

Eu tinha falado, um monte de vezes, com ela, que não seria possível ficar na minha casa com conforto, porque ela é pequena. Por isso, ia alugar um apto no mesmo prédio no que ela concordou e achou ótimo.
Como morava sozinha em Cannes, morar no mesmo prédio que eu, podendo subir e descer quantas vezes fosse necessário, pensei que estaria tudo bem.

Mas, como a "moça" já estava na altura dos seus 94 anos, foi só atravessar o Atlântico que se esqueceu disso tudo.

Não gostou quando chegamos na casa dela. Tudo que eu tinha preparado, não fez sucesso algum. Queria era ficar na minha casa.

Como quando lidamos com criança, fui empurrando a situação com a barriga, pra ver se ela se acostumava. Fiquei por conta dela. Plantão 24 horas.

Fomos ao parque em frente de casa, saímos pra comer fora, fazer comprinhas no supermercado, fomos convidadas pra jantar em casa de amigos.

Aparentemente, estava indo bem.

Na noite de Natal, fomos pra casa do amigo que tinha acompanhado a "peça", de Paris pra cá, e foi muito bom.
Ela se encantou com a fartura de comes e bebes, ganhou presentinhos e tudo.

E, acordando no dia seguinte, me disse à queima-roupa: "Agora vou voltar."
"Como assim cara pálida? Voltar pra onde?"
"Pra minha casa, ora!"
"Como sua casa? Sua casa agora é aqui. Você não disse que queria morar e morrer no Brasil?"
"Eu?"
"Sim, você mesma!"
"Você ficou doida. Pode preparar minha passagem que tô voltando."

Eu ainda tentei enrolar uns dois dias, inventando atividades, disse que iríamos voltar pro Bridge que ela tanto tinha gostado, mas nada. "Quero ir embora."

Hoje, eu penso que, na cabeça dela, foi só um passeio. Veio, passeou, passou o Natal e fim. Volta pra casa.

Quando vi que não tinha jeito mesmo, liguei pros filhos dela e disse: "O povo quer voltar! Disse que já tá bom de Brasil."
Eles riram e disseram: "Ok. Mande a encomenda de volta. Já foi bom, ela saiu, aproveitou, passeou."

Eu providenciei tudo e até fui ao Rio de Janeiro acompanhando. No aeroporto do Galeão, ela se sentou na cadeira-de-rodas, empurrada pela aeromoça, e virou a curva do corredor toda contente, dando adeuzinho. Tudo isso, exatamente 11 dias depois de sua vinda em "definitivA" pro Brasil.

E fiquei eu com aquela cara de frango que caiu do caminhão de mudança...
E agora? Desmanchar o cenário todo que tinha ficado dias arrumando... Santantonho!

Cheguei em BH e fui direto pra agência imobiliária me desfazer do apto. Devolver e pagar a multa. Negocinho da China eles fizeram!

Liguei pro filho dela - o que controlava a grana - pra perguntar o que fazer com tudo que tinha comprado. Ele me disse: "Dê pra alguém. Será que alguém vai querer?"
Perigo nesse país, alguém não estar precisando de alguma coisa. Difícil seria escolher quem.

Me lembrei de uma funcionária da empresa que eu trabalhava, que tinha 4 filhos, sem marido, aquela luta normal de brasileiro, e me lembrei também que ela tinha me falado, há uns tempos, que a geladeira dela tava com defeito ou velha ou sei lá o quê.

Liguei pra ela e perguntei: "Sonia, você já consertou sua geladeira?" e ela disse que não, sem grana, aquela "novidade"!

Então eu disse: "Caminhão do Faustão! Você acaba de ganhar, geladeira, fogão, televisão, cama, mesa com cadeiras, roupas de cama e louça e o cacete a quatro."
Ela pensou que eu tava de brincadeira.

E, claro que ainda tive que arrumar um carreto pra levar a tralha toda pra casa dela, lá no fim do mundo, porque com pobre é phoda, não adianta só doar.
Ainda temos que entregar em casa. Mas o gasto foi muito bem empregado.

E não pensem que ficou por aqui e que findou-se essa saga.

Ainda tem mais!
" Quem não está em movimento, não sente necessidade de conferir a rota. " Francesco Alberoni

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Onde eu compro meus sapatos











































































































Compro meu sapatos em Paris. "Ai, que antipatia!" Já escutei daqui, você dizendo aí! Mas eu explico porquê. (Só me faltava essa agora! Ter que explicar porquê e onde compro sapatos...rs.
Brincadeirinha!)
Vai ser esse o objetivo desse post. Muita gente me pergunta ou porque gostou muito ou porque os acha tão esquisitos que, imagino, querem passar longe da loja. É meio tipo "gosta demais ou de jeito maneira".
O negócio é que eu sou avessa à moda e tô sempre na contra-mão dela. Tenho verdadeira preguiça dessa história de ter que andar na moda. Se, por acaso, de vez em quando, caio nela, é por pura coincidência.

Há mil anos, quando fui à Alemanha pela primeira vez, me encantei com uma sandália Birkenstock. Esses sapatos são muito caros se compararmos com os preços daqui do Brasil, mas, tenho sandálias e sapatos Birkenstock há 20 anos e os uso, até hoje, normalmente. Lógico que sempre fora da moda, mas, com um conforto de dar prazer em caminhar.
Muitas vezes, na metade do dia, amigos e amigas já pediram pra morrer ou parár de caminhar por causa de dor nos pés. Por conta de sapato ou sandália, isso nunca me aconteceu.

Da linha Birk, tenho sapatos, sandálias e já comprei sapatos pro meu irmão, que também não os tira dos pés.

Outra marca que amo, e onde encontro os sapatos mais loucos e que adoro, é uma marca da Espanha que se chama Camper. São diferentes e muito confortáveis. Adoro! Tenho também sapatos e sandálias.

A outra marca é doida-de-pedra pro padrão do Brasil. É uma marca alemã, também, que se chama Trippen. Gosto demais! Não acabam nem que a vaca tussa. Pra quem gosta de andar na moda e não tem grana pra jogar fora, nem pense em comprar, porque a moda se vai em 3, 4 meses e você vai ficar com o produto te olhando, da prateleira de sapatos, pro resto da vida.

E tem mais outra : quando pensa em dar pra alguém, fica difícil de encontrar uma vítima que o queira.
Uso esses sapatos há muitos anos e, hoje, já começam a chegar no Brasil. Em São Paulo já temos, inclusive, lojas e não só representantes.

Vou passar os endereços e sites daqui e na França.

Boas caminhadas pra todos e fiquem prontos pra responder a essa pergunta:
"Onde você comprou seu sapato?"
Em Paris, compro numa loja que se chama Madox que fica pertinho do Forum des Halles, no número 28 da rue St. Denis.


" Corra, caminhe mais, é pouco isso... ainda restam coisas que sua mão deseja, corra, caminhe, erre, suba e voe: aproveite tudo porque tudo é belo." Alfosina Storni

domingo, 3 de janeiro de 2010

Millôr e a objetividade


" Responda depressa: pra que o ser humano, que não conseguiu resolver nenhum dos seus problemas de relacionamento aqui na Terra, anda procurando outros seres vivos no Universo? "

Saldo de problemas da noite de reveillon. Aqui et ailleurs






Eu acho que represento bem a libriana que sou. Adoro elogiar, falar bem, quando acho que devo, mas também não tenho problema algum em mostrar o lado que não é legal. O meu, principalmente. O que não é o caso, agora.

Quando estou fora do Brasil, umas das coisas que me enchem o saco é o povo ficar muito espantado com os problemas que temos. Principalmente, quando envolve morte. Normal! Natural, você pode pensar. Sim! Mas é que, aqui, como do lado de lá, eles existem e são muitos. É tudo muito proporcional. Somos hoje quantos milhões de brasileiros? É evidente que, quanto maior a família, mais alegria e mais problemas ela nos trás.

Então, quando li essa manchete ontem sobre o reveillon na França, pensei: "Todo ano é a mesma coisa. Todo ano morrem pessoas e, carros e cabines de telefone, são queimados. Uma forma estranha de manifestar alegria ou extravasar sentimento."

Passei o reveillon de 2.000 em Paris. Só numa cidade do interior, 9 cabines de telefone foram destruídas e, olhe que não é como aqui, um orelhão, é uma cabine mesmo, na rua, com porta e tudo. Muito legal! É uma pena! De dar dó o vandalismo.

Nesse mesmo reveillon, se reuníram na Praia de Copacabana, mais de 2 milhões de pessoas e não houve nenhum incidente grave. Nada que merecesse uma manchete nos jornais.

Porque estou falando especialmente da França? Porque é um país que conheço relativamente bem, já vivi lá por muitos anos, falo a língua, volto quase todo ano por lá. Não quero ficar falando do que não conheço.
E esperei até hoje, dia 3, pra postar esse comentário, esperando o nosso "saldo de merda da passagem de ano".

Não vi nenhuma notícia, nos vários jornais que pesquisei, dizendo de problemas causados por multidão ou grupo isolado na noite do reveillon.

Manchetes tristes tinham muitas, sobre os problemas que a chuvarada está nos trazendo há muitos dias. Casas, barracos e prédios construídos de forma indevida, imprudência do homem ou descaso do governo, tem muito.
Mas não é o assunto em pauta.
Isso é assunto pra outro post.

Manchete da Globo.com /G1/-01-01/2.010
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"França tem 1.137 carros incendiados no réveillon."

"País teve 1.137 veículos queimados na noite de Ano Novo de 2009. Polícia deteve 549 pessoas, contra 288 no ano anterior", disse ministro.
No total, 1.137 carros foram incendiados em toda a França, contra 1.147 na noite de Ano Novo de 2008/2009.
Quis mostrar esses números pra todos verem que, lá como aqui, existem problemas e vândalos destruindo ao invés de comemorar. Mas, reveillon no Brasil é festa de alegria e pouco problema. Por incrível que possa parecer, nessa data as manchetes de jornal ganham uma trégua.

" Aquele que lê muito e anda muito, vê muito e sabe muito." Miguel de Cervantes

E COMEÇOU O XORÔRÔ.....NUNCA VOU ME ACOSTUMAR!

https://youtube.com/shorts/bM0tqk28xXs?si=qTpqi_0X-IRVitMi Assistam aos dois filminhos. Isso me dá alegria demais!  Vocês não tem ideia! Com...