sexta-feira, 12 de março de 2010

Glauco e Henfil de novo juntos


Homenagem dos amigos cartunistas ao grande Glauco.








Das telas, direto pro deserto da Califórnia


Quem não se lembra dos filmes bíblicos, Ben Hur, Os Dez Mandamentos, El Cid e tantos outros? Todos com o grande ator Charlton Heston (se você não assistiu na época, pode ver agora nas reprises dos canais de TV, sempre tá passando, principalmente na Semana Santa). Eu assisti todos e mais recentemente, fiquei conhecendo um pouco sobre a cabecinha dele como homem comum, e não achei tão grande assim. Mas não vamos misturar as coisas, ator é ator, e o que ele pensa deixo agora de lado.

Tenho uma grande amiga francesa, que é o braço direito de um compositor-cantor francês muito conhecido por aqui, e, talvez, no Brasil, alguns se lembrem dele; chama-se Michel Polnareff (tá hoje na casa dos 60 mas ainda em grande forma). Ele mora na Califórnia.
Ele tem um humor ótimo. É vascaíno, com camisa e tudo. Quando eu frequentava a casa dele, estava sempre vestido com a camisa do Vasco.
Um dia, estavam os dois indo de carro, não sei pra onde, em pleno deserto e o carro do Michel quebrou. Aquele calorão, só areia e não passava uma alma viva pra dar socorro e, antes que alguém pergunte, ainda não era tempo de celular.

De repente, não mais que de repente, passa um carro, eles fazem sinal e o carro continua, mas, como por obra de Deus, pára lá na frente e dá ré, estaciona e sai um sujeito grandão e vem andando na direção deles. Minha amiga que é meio songa, não percebeu nada, mas o Michel, super ligado, não só percebeu como caiu de joelhos em pleno asfalto, mãos postas, se abaixando e batendo com a cabeça no asfalto, fazendo reverências, gritava: "Moisés! Moisés! É Moisés, que veio nos salvar!"
Era Charlton Heston em pessoa.
Parou pra acudir a dupla.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Que vergonha!!!



Capa da revista Observateur, hoje nas bancas, aqui na França.
Como dizem os franceses: " C'est dure a avaler." Difícil de engolir.

Quanto mais conforto, melhor! Deitado então....

Eita chiqueza! O povo não tem mais o que inventar e, em matéria de novidade, o francês é campeão. Povo diferente mesmo. Não sei quem inventou, mas eles estão sempre prontos a usar. O francês tanto pode ser super conservador, quando modernérrimo.




Essa, eu achei muito legal.
Principalmente sendo em Paris - que é uma cidade onde milhares de pessoas chegam e saem todo dia, onde existe um mundo de escalas e conexões de vôos - esses cantinhos pra tirar uma soneca, espichar as pernas, trocar de roupa enquanto espera o próximo vôo, são um achado.

Imagine que você vai chegar no aeroporto pela manhã e sua próxima revoada só sai à tarde ou até mesmo à noite.

Aeroportos são, normalmente, distantes das cidades, então, sair pra procurar um hotel, é fora de cogitação. O tempo gasto com o translado, fora a canseira, já tá na hora de voltar. Então, ter uma caminha dentro do próprio aeroporto é um sucesso.

E dá também pra trabalhar, escutar música, enfim, relaxar.



A coisa se chama Sleepbox. Tem um sistema de troca de lençóis automático, TV LCD, sistema de ventilação, Hi-Fi, mesinha pra computador e fones recarregáveis. Não é uma chiqueza?









Você pode alugar a partir de 15 minutos de estadia. Você paga no próprio aeroporto e recebe uma chave eletrônica.


Breve, este conforto vai tomar conta de rodoviárias, outros aeroportos, filas do INSS, escritórios, filas de banco, filas pra comprar ingressos e outras mil e uma utilidades....rs.

Quem viver, verá.


Vou ver se consigo descobrir o preço e conto pra vocês.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Fuçando coisas antigas, velhas, novas...fuçando.











Já disse, aqui, o quanto adoro visitar feiras, brechós, brocantes de rua, qualquer lugar onde tenha tralhas e mais tralhas pra vender... tô dentro.

Hoje, fui a uma cidade perto de onde me encontro, que se chama Albertville. Sempre que posso, passo nos brechós pra dar uma olhada. Da última vez, dei um grande empurrão na minha coleção de "fèves".

Tem um brechó que se chama Troc de l'ile. Posso passar o dia lá. Um galpão enorme, que tem de tudo, você pode montar uma casa, desde móveis e louça até enfeites. Cada móvel de uma beleza.... As louças então...

É muito comum, quando uma pessoa morre, principalmente os muito idosos, a família chamar um responsável por esses "brocantes" e colocam o que tem dentro da casa à venda - porteira fechada - aí, eles nadam de braçada. Eu iria ficar maluca, porque, desde o mais valioso objeto até cartas e postais, serão vendidos depois em diferentes "brocantes".

Ano passado, comprei um álbum só com cartões postais de 1900 a 1906. Não me canso de ler e reler todos os escritos; verdadeiras cartas e documentos de uma época.
Hoje, não achei nem um fève pra comprar, mas, claro que não voltei de mãos abanando; comprei umas besteirinhas que adoro.
Se fosse montar uma casa por aqui, iria precisar me conter pra não comprar tudo de uma só vez. O mais interessante realmente é ir comprando as coisas aos pouquinhos. Escolhendo, esperando aparecer, porque sempre aparece aquilo com que a gente tá sonhando.
Pena que, no verão, não estarei mais na terra, época que tem brocantes pra todo lado. Tem até calendário com os endereços e dicas. Eles afloram. Todo mundo coloca sua barraca na rua pra ganhar um troco e satisfazer quem gosta da velharia.
Como diz o dono da casa onde estou, sempre que volto de uma feira: "tu'as trouvé ton bonheur?" O que quer dizer mais ou menos: "Você encontrou aquilo que te faz feliz?"
"Claro que sim" eu respondo. "Só o prazer de olhar já me faz feliz."

terça-feira, 9 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Não existem mais novidades vindas d'além mar...








Foi-se o tempo que, quem viajava, chegava cheio das coisas pra contar. Todos queriam saber as novidades: "o que você trouxe de novo?".

Me lembro de, quando tinha uns 15 anos, um amigo foi ao EUA e trouxe um toca-discos do tamanho de uma forma de gelo. A gente colocava o disco e ele desaparecia embaixo. Foi um sucesso absoluto!

Me lembro também de um toca-discos que, abrindo, a tampa virava caixa de som. Must do must. Este era meu !

Tantos brinquedos, e roupas diferentes, eu trouxe prás minhas sobrinhas há 20 anos. Eram um sucesso, um orgulho brincar com as novidades vindas do outro lado do mundo e mostrar pros amiguinhos.

Essa semana, uma amiga me perguntou como estava o problema das chuvas por aqui. E eu disse: "Que chuva?" Nem sabia que o lado oeste da França tava com problemas de enchente. Vejo, quase nunca, a TV e leio quase nada de jornal. Quando tô por aqui, aproveito pra fazer coisas que não tenho tempo no Brasil. Então muita novidade me é informada por amigos. Hoje, o mundo todo sabe do que acontece no mundo todo.
Os códigos de barras, hoje usados como se sempre tivessem existido, me lembro bem de quando vi pela primeira vez nos EUA, em um supermercado. Fiquei impressionada com a rapidez com que a moça do caixa passava os produtos na frente de, não sei o quê, e aparecia o valor no visor da caixa-registradora. Quando voltei ao Brasil e tentei explicar essa maravilha, não conseguia me fazer entender, depois descobri uma forma, eu dizia: "Era como se tivesse alguém deitado embaixo da esteira do caixa e a moça passasse o produto e ela dissesse: 10 dólares, 23 dólares, 15 dólares." Todo mundo ria e fingia que acreditava e que tinha entendido.

Logo depois, descobri que, no Brasil, naquela época, não seria possível colocar um leitor-ótico. Era tempo de inflação galopante e iria pirar a máquina. Alguém deve se lembrar que, as lojas tinham pessoas com maquininhas que mudavam os preços das coisas o dia todo. Falando, hoje, sobre isso, parece conto do "arco da velha". Tão antigo quanto a própria expressão.

Há 20 anos, também, quando morei aqui na França, existia o precursor da internet. Se chamava MINITEL. Era um visor com teclado, quiném um computador dos antigos, e ligado à rede de telefone. Um sucesso! Podia-se fazer compras de supermercado (e já entregavam em casa), farmácia, passagens de avião, contratar serviços de garotas e garotos, uma maravilha do mundo moderno. A internet ainda não rolava solta como hoje, pelo menos pra mim, ela nem existia.

E, pra completar a sessão nostalgia e de antiguidades, sou do tempo que os programas de TV não eram transmitidos em rede nacional. Acho até difícil de explicar isso pro povo que tem menos de 25, 30 anos.
Quando alguém ia ao Rio, por exemplo, chegava contando 1 semana de capítulos de novela adiantado, porque a gente (em BH) só iria assistir aos VTs ( vídeo- tape ), uma semana mais tarde. Lá, no Rio, passava em primeiríssima mão.
Portanto, novela (essa canseira que às vezes dá certo) não é de hoooojeeee e, acho, que não vamos nos livrar dela tão cedo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O dia que fiz a festa no cassino e comemos toda a grana


















Estamos, eu e uma amiga, em Hong Kong.

Cidade interessante! Fui lá, antes dos chineses retomarem dos ingleses, mas, imagino, que nada tenha mudado (a turma já tá muito europeizada pra aceitar mudanças).

Não me lembro como, mas conhecemos um sujeito de Governador Valadares - que nunca tinha ido aos EUA - morando lá com a mulher e a filhinha. Me lembro que, na época, ele disse que tinham 14 brasileiros na cidade. Ele trabalhava lapidando esmeraldas; umas das pedras mais difíceis de lapidar porque é muito frágil. Se você não for muito hábil, pode deixar quebrar uma pedra super valiosa. Junto com ele, conheci mais dois rapazes, também brasileiros, e que também trabalhavam com esmeraldas.

O primeiro cara, já tinha trabalhado na Colômbia, mas não segurou a onda, porque, na época, a barra era pesada demais. Ia pro trabalho em carro blindado e só fazia trabalhar, mais nada. Tinha medo de ir até o supermercado. Cascou pra Hong Kong a convite de um milionário que conheceu na Colômbia.

Nos convidou pra jantar na casa dele e ficamos de telefonar pra avisar alguma coisa. Perguntei como fazia pra ligar, quanto custava e ele disse: "telefone aqui é de grátis, você pode entrar em qualquer lugar e pegar o telefone e ligar; só pagará se for pra fora da ilha.

Foram super gentis conosco. Moravam num apartamento mínimo e achei, o máximo, um pau comprido que ficava em pé no canto da sala. Perguntei pra que era e ele disse que, quando tinham roupa pra secar, colocavam e ajeitavam dentro de casa mesmo e depois fincavam o pau num suporte e ele ficava pra fora da janela. Todo mundo secava roupa assim. Em HK, "nossas roupas comuns dependuradas"... parecia uma vila italiana.

Adorei a cidade que tem vida 24 horas. Toda hora que você vai pra rua, o pau tá quebrando. Mó movimento.

Os dois outros rapazes nos convidaram pra conhecer Macau e a travessia seria de barco.

E foi muito legal! O barco tem cassino e foi lá que a jacú aqui resolveu apostar alguns HK dólares numa maquininha daquelas de pegar bobo.

Mas foi muito engraçado! Nunca tinha jogado e, logo na segunda moeda, a máquina danou numa barulheira, sinos, campainhas, o escambau e garrou a sair moeda de um buraco e encheu a baciazinha onde elas caem e foi derramando, e eu aparava com as mãos, e moeda caindo pra tudo quanto é lado, eu puxei a camiseta, fui espichando o pano e foi só enchendo de moeda. E eu tendo um ataque de riso e caindo moeda, os meninos catando, minha amiga catando. Uma confusão diante da fortuna inesperada.

Me levantei segurando a blusa, com aquele monte pesado sem saber o que fazer. Me indicaram um caixa e fui recuperar o resultado da confusão.Vocês podem ficar bravos, mas não adianta que não vou me lembrar. Não tenho idéia de quanto ganhei. Só sei que o resto da viagem daquele dia foi por minha conta. Tudo, inclusive o rango no barco, comendo do bom e do melhor, quiném gente grande.
Outra coisa que me lembro de Hong Kong, foi uma feira de rua que ficamos conhecendo. Na época das Olimpíadas em Pequim, as TVs mostraram tudo que o povo chinês come e todos ficaram horrorizados. E é vero! Vi pendurados todo tipo de bicho, que não tenho a menor idéia do que venha a ser, seco, defumado... Sabe desenho animado, quando um carro passa em cima de um bicho e ele vira uma plasta no chão, quiném folha de papel? Pois é, os bichos ficam assim então, pra mim, era impossível descobrir que porra era aquela. Só passeamos e não comi nada. Mas, que é muito interessante, lá isso é.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...