Por favor, cliquem na carta que ela aumenta de tamanho.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Esta carta o Presidente não pode dizer que não viu.
Dando mais um empurrão pra derrubada da ditadura em Cuba, transcrevo a carta enviada pela cubana Yoani, ao Presidente Lula.
Por favor, cliquem na carta que ela aumenta de tamanho.
Por favor, cliquem na carta que ela aumenta de tamanho.
Perguntar não ofende! Responder pode ser fatal.
Caro leitor assíduo ou não tão assíduo, leitor que passa porraqui quando se lembra que o blog existe, leitor que está vindo pela primeira vez e acha que pode voltar... enfim, leitor. Queria saber sua opinião.
Seguinte: recebo imeios de toda forma.
Tem a turma que reclama que os textos são curtos e que sempre querem mais. Os gulosos!
Tem a turma que acha que o texto deve ser curto, porque é rapidim pra ler, e o sofrimento acaba logo. São os persistentes e esperançosos.
Tem a turma que só lê nos finais de semana e nunca tá em dia porque escrevo todo dia, então, acha que acumula muito. Acham que deveria escrever umas 3, 4 vezes por semana.
Não quer dizer que eu vá mudar, totalmente, minha forma de trabalhar mas, seria interessante se, as pessoas que tivessem saco, mandassem um alô dizendo o que pensam. Ficaria mais democrático ainda o nosso encontro.
Nem precisam perder muito tempo. Basta um "tá bom como tá" ou "texto maior" ou "texto menor"ou "escrever menos ou mais vezes por semana" e por aí vai.
Dizer "se o blogui saísse hoje do ar, estaria saindo tarde" não vale. E, além de tudo, não ia ser apreciado por mim nem obedecido... rs
Beijins a todos. Fico aqui, quiném Pedro Pedreiro.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Não somos menos letrados, temos mais sol.
Sempre escuto ou leio que, nós brasileiros, lemos pouco ou quase nada, não gostamos de livros, não compramos livros, etc e tal.
Sou a maior defensora do nosso povo (e aproveito pra me defender junto...rs).
Lembrei desse assunto porque aprendi, aqui na Europa, a gostar de jogos (ler eu sempre gostei) : jogos caseiros - infantis ou não - jogos de montar, quebra-cabeças, cartas, qualquer um...
Toda casa aqui tem uma estante cheia deles; pra todas as idades e pra todos os gostos.
Quando rola o papo de "Se você ganhasse muita grana na loteria, o que faria?" entre trocentas coisas, eu digo que teria uma sala de jogos em casa. Sala grandona com muitas mesas, ping-pong, sinuca e mesas pra duplas ou mais pessoas. Teria um bar fabuloso com qualquer coisa que a gente quisesse beber e uma cozinha com um seu zé pilotando o fogão direto. Pensem se não seria o máximo: "Hoje é dia de jogatina, cambada! Não precisa levar nada." Venham todos. Sonha Alice! Enquanto o sonho não se realiza, voltemos aos jogos possíveis e à leitura.
Estamos saindo do inverno, já quase não tem neve, mas continua frio e ontem teve uma chuva fininha, gelada. Quem vai sair pra rua com um tempo desse? Quem se habilita a passear? Só mesmo turista, porque o taxímetro tá rodando em Euro e ele não pode perder tempo. Mas o nativo, não sai nem morto. Vai fazer o que então com o seu tempo pra lazer? Ler ou jogar. Sacaram?
Esse tempo danado, dura de outubro a abril. Imaginem o tanto de livro que não dá pra ler nesse tempo e o tanto de jogo que não dá pra jogar?
Aí, a gente pula pro Brasil e vão entender minha defesa. A tentação começa logo cedo. Sol estourando mamona às 6 da matina. Convite pra sair de casa é o que não falta.
Sol gritando lá fora, meninada jogando bola na rua, no campinho do bairro, nas praças, na praia, as garotas com biquinis de babar, gatos mostrando corpos de morrer de inveja e ódio, cerveja gelada, rir das pessoas, sentados num bar de esquina ou de beira de praia, andar de bicicleta, nadar no clube, ou na lagoa, ou no rio. Praia linda, quentinha, neguinho só faltando colocar na sua boca o camarão torradinho ou o queijo derretendo, quem vai querer saber de ficar sentadinho lendo um livro? Quem, a não ser o pobre vestibulando ? Mesmo assim, porque é obrigado.
Du-vi-dê-ó-dó que esse povo daqui iria ser letrado como é, se tivesse o sol e o calor que temos.
Podem vir pra tirar a prova. Basta ter uma nesga de sol, que neguinho põe as manguinhas de fora pra absorver um tico de vitamina D.
E, em dia de sol mesmo, as praças, praias e ruas ficam lotadaças, sem lugar pra pisar. Todos aproveitando enquanto o Brás é tesoureiro, porque sabem que essa moleza não vai ser como ser tesoureiro do PT. Aproveitar pra sempre. Não. Aqui tem tempo certo. Esta alegria não dura muito.
Obs.: Esse jogo que coloquei aí em cima - o Lynx - é meu último vício. "Cambada, tô levando pra gente jogar, aproveitando o nosso inverno rigoroso que vai chegar". Ixe! Lembrei! Com a Copa do Mundo em julho, vou ter que jogar comigo própria por muito tempo. Mas, se achar por aí, compre. É muito bom ! Pode jogar de criança ao vovô.
terça-feira, 23 de março de 2010
Mais cachorro...pra acabar com esse assunto.
Tenho uma família de amigos que tinha dois cachorros. Eram o xodó do dono da casa. Sabe aqueles amigos pra valer, tipo você e eu? Pois é.
Passeio todos os dias, saídas pra passar o sábado fora, remedinhos na hora quando as pestes adoeciam... Tudo muito bem. Só tinha um senão. Ordens da dona da casa. Entrar em casa era proibido. E eu acho que ela tinha toda razão. Bicho não foi feito pra ficar andando em carpete nem subindo em sofá, emporcalhando a casa.
Os danados eram tão espertos, que esperavam o dono da casa chegar e, no que ele abria a porta da sala, eles entravam rapidinho, sob a guarda dele, e faziam o caminho até a cozinha já saindo pro quintal rapidim, antes que a patroa visse. Mas, pelo menos, essa passada rápida pela casa era sagrada.
Um belo dia, o patrão adoeceu, acho que foi dengue, sei lá. Só sei que prostrou na cama e não erguia nem pra dizer ui.
Os bichos, no primeiro dia, ficaram esperando cedinho, na porta da cozinha, a saída pra caminhada e nada, saída pro trabalho e nada, chegada à tarde e nada.
No segundo dia, a mesma coisa, já com as carinhas mais amoadas.
No terceiro dia, rolou um xororô, tristeza absoluta, rabo entre as pernas, e a patroa viu que a coisa tava feia. Tinha baixado o banzo total e, então, ela não teve outra saída. Pensou, pensou, ponderou e resolveu levar as crias pra fazerem uma visita pro dono, pra verem que a coisa não tava boa, mas também não era pra desanimar. A vidinha voltaria ao normal logo, logo.
Não falou nada com o dono da casa. Tipo festa surpresa.
Abriu a porta e convidou os dois a entrarem. O que não deve ter passado pela cabecinha dos pobres: "Aí, tem!" Devem ter pensado. Mostrou a escada e mandou subir.
Eles, sentindo que a barra tava limpa e o cheiro do dono, subiram quiném cometa. Sem conhecer o caminho, foram direto pro quarto e, da porta mesmo, deram um voo até a cama, já com a língua pra fora, pra demonstrarem toda a alegria e contentamento por ver o dono. Esse, no que viu a cena, ficou muito feliz por alguns segundos, mas logo saiu com essa:
"Deve ser meu último dia de vida ou já morri e não tô sabendo!"
segunda-feira, 22 de março de 2010
Cachorro e gato dentro de casa. Deus me defenda!
Acho que já falei aqui : "Não gosto de cachorro nem de gatos. Nunca tive, em minha casa nunca teve, não criei afinidade com os bichos".
E eles não se importam com isso; vem sempre pro meu lado querendo colo, afago e eu caio fora "Tem dó! Sai pra lá".
Estou com uma amiga, há quase dois meses; ela, o marido, eu, dois gatos e um cachorro. Tô purgando meu pecados. Meu lugar no céu tá garantido!
E, aqui na França, a visita vem e trás o bicho junto. Faz parte do kit. É normal, ninguém reclama e ainda acha lindo. Veio uma prima dela passar esse fds, trouxe cachorro, comida, vasilha de beber, comer, tudo.
Hoje, pela manhã, mais duas visitas; todos com seus cachorros. Esses dois últimos, acho que quando viram que a casa só cabia bicho em pé, se compadeceram e deixaram as duas coisas lá fora. Se entrassem mais dois, eu ia esperar do lado de fora. Eles até riem de mim e não acham ruim eu não gostar. Acham graça e eu não acho graça nenhuma.
E tem outra; digo pra eles e, todos me olham com espanto : "no Brasil, lugar de cachorro é no quintal, fora de casa". Não tem muito tempo que essa moda de cachorro, dentro de casa, começou. E mais ainda, se entra em casa, é proibido de entrar na cozinha. Aqui, você precisa ficar pedindo licença ao bicho pra passar. Na cozinha, tem gato em cima da mesa, em cima da pia, cachorro no chão. Todos rezando pra ver se cai alguma coisa pra eles comerem. Bicharada esfomeada! Se a gente der comida, comem o dia todo.
Outro dia, disse que ia colocar um sinal de trânsito no corredor - cachorros à direita, gatos à esquerda e humanos no meio - pros humanos pararem de pisar nos bichos.
Agora no inverno, a coisa fica pior. É o maior entra e sai. Saem pro xixi-cocô o dia todo. Cachorro late querendo entrar, gato mia querendo sair e a gente abre e fecha porta o tempo todo. Santantonho tem me ajudado muito a ter paciência. E comem na cozinha (a casinha-toilete da gataiada é na cozinha também). Eu mereço isso, ó meu Deus!
Meu amigo, o dono da casa, não se cansa de me perguntar: "Me diga, com sinceridade, você já não está se habituando a eles? Gostando? Não vai querer um gatinho pra te fazer companhia quando voltar pro Brasil?" E eu, muito educadamente, não querendo magoar o amante dos felinos e cachorrinos, digo com toda delicadeza:
" Neeeem fudennnnnndoooo!!!"
domingo, 21 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
O tempo passa, o tempo voa...
Imagino que, pra quem ainda não fez 18 anos, não esteja voando tanto, mas, pra quem já passou dos 40 e pra mim, que já passei dos 50, ele tá disparado. Uma flecha!
Garro a pensar nessa história de tempo... Ele não mudou, o dia continua o mesmo, os mesmos 60 minutos marcam uma hora e as mesmas 24 horas marcam o dia. O negócio é o tanto de coisa, que a gente inventa de fazer, e o tanto que tudo ficou mais longe, menos prático... e as cidades cresceram muito.
Quando eu era criança, me lembro que minha mãe me mandava no açougue, todo santo dia, fora que, nos 5 dias que ia, pelo menos 2 deles tinha retorno; se a carne não estava como ela pedia tinha que trocar. A cara grande era a minha. Naquele tempo, não pensava que o acougueiro tinha tentado me passar a perna mas, pensava que minha mãe era chata demais e eu ficava morrendo de vergonha. Mas ela tinha razão, porque o mané sempre trocava; sinal de que ela tava certa.
E ia à padaria pela manhã e à tarde.
E ia comprar, sei lá o quê, no armazém e, era só colocar o pé de volta em casa, tinha que voltar porque ela tinha se esquecido outro de sei lá o quê.
Mais tarde, cheguei a pensar que deveria encher tanto o saco dela em casa, que me fazia ir às compras o tempo todo; se livrava de mim.
Não era nada disso que eu ia contar, mas falo demais e a cabeça viaja a 1.000 por hora, então desvio da meta.
Falava sobre o tempo e hoje, pra ir à padaria, precisamos pegar o carro, garagem, estacionar, achar vaga (uma peleja que toma muito tempo). Imagine fazer, hoje, o que minhas canelinhas fizeram há 1000 anos. Fora de cogitação!
E o século passado, então? Há quantos séculos já estamos no século 21? Não parece uma eternidade? Até quem nasceu na última década do século 20, já tá velho demais. Jurássico!
Todo causu que vou contar, tenho que tomar cuidado, porque eu envelheci e fiz anos de acordo com os anos que foram passando; um a um fui acrescentando, só que tenho amigos da minha idade, que tão lá atrás. Uma mágica! Uma matemática que nem Pitágoras conseguiria decifrar.
Tenho uma grande amiga que, se quiser inimizade, é só começar a falar sobre idade. Acho engraçado, porque cago pra minha.
Então, pra sacanear, quando ia fazer 50 anos, inventei que iria fazer um convite na linha da Revista Caras. Só de pensar eu mesma ria sozinha.
Seria assim: "Vou festejar meus 50 anos, dia X próximo, e convido meus queridos amigos pá-tá-tí pá-tá-tá: fulana, 51; fulano, 54; fulana, 49; fulana, 48; fulano, 50; e colocaria o nome e idade de todo mundo.
Você recebeu o convite?
Claro que não, né? Se tivesse enviado, iria soprar minhas 50 velinhas sozinha....rrrsssss.
E tem mais!
Disse que iria deixar cestinhas de lembrancinhas espalhadas pelos jardins da festa, com fralda geriátrica, Viagra, Co-re-ga (pra segurar dentadura), bengalas dobráveis, Sustrate, pacotinhos de sal pra levantar a pressão, e mais alguns utensílios tão úteis pra quem já tá lá, mas finge que ainda não chegou.
E ainda não era nada disso que queria contar, mas espichei muito então conto semana que vem.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Assinem, assinem, assinem por favor!
Amigos: minha turma, minha alegria !
Tem sempre alguém me perguntando se não quero, se não gostaria, se nunca pensei em trabalhar como guia turístico. Confesso que não!
Sempre que vou viajar, convido várias pessoas pra irem comigo mas, nem sempre dá certo. Muitas gostariam mas, por vários motivos, não vão.
Adoro viajar sozinha e gosto, também, de viajar com pessoas. Amigos. E tem sempre uma conversa séria antes da viagem: estamos juntos mas, não estamos amarrados. Nada de chicletes, na cola um do outro. Se a programação satisfaz a todos, iremos todos mas, caso contrário, cada um faz o que quiser e a gente se encontra no final do dia, ou da tarde, ou da manhã, ou em casa.
Recebi um imeio, semana passada, de um amigo, mostrando uma forma que está muito na moda. Pessoas passeando com pessoas. Tipo personal-amigo-de-viagem. O personal mora na cidade X, conhece a danada feito a palma da mão e tá disposto a mostrar pro turista amigo, dividir com ele o que de bom a praça oferece. Ele me pergunta o que acho. Acho legal, é um trabalho interessante pros dois lados. Nada de bando, fornada de turista tirando foto sem saber onde está, só descobrindo, com muito esforço, quando chega em casa e vê as fotos. Quanto a isso, acho legal. Você, com um amante da cidade, mostrando o que tem de mais interessante, coisas que com um bando ficaria difícil de fazer, aplacando a curiosidade, explicando o que te interessa....
Mas, o meu lado comodista, preguiçoso e aposentado de hoje em dia, já pergunta e fica com medo de umas coisinhas. Aliás, foi esse medo que sempre me afastou dessa profissão: a obrigação, o dever, tipo, pra fazer esse trabalho, vou ser paga, o outro vai me pagar... Fato ! É um trabalho ! Fato! Então, meu nego, a partir do momento que "tô pagano!!!" a coisa muda de figura.
Tenho mais saco não !
Ainda prefiro sair com os amigos, os chegados, porque podemos discutir, rir, falar mal uns dos outros (dos outros principalmente) rachar um rango ou um quarto de hotel, dizer que esse museu ou aquele artista é uma bosta e não vou perder meu tempo ali nem morta.
Nada como a minha liberdade de ir e vir.
Portanto, cambada de amigos, vamos continuar viajando tranquilos, sem estresse e sem receber nada em troca. Só quero é ter ótimos momentos pra serem lembrados e pra gente ter conversa pro resto de nossas vidas.
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