terça-feira, 1 de junho de 2010

Já começando a salivar...

Tô organizando uma viagem pra novembro e, como disse o Pequeno Príncipe, do Saint-Exupéry, "se tu vens às 4h da tarde, desde às 3h começarei a ser feliz."
E é verdade! A preparação dá tanta alegria quanto o passeio, às vezes até mais. Pra fazer uma viagem legal, pra que as coisas dêem certo, gastar o mínimo possível e aproveitar o máximo, temos que começar a trabalhar cedo. Pesquisar, pesquisar, perguntar e ler a respeito dos lugares que vamos visitar.

Já falei muito sobre Israel aqui. Já visitei o país algumas vezes e morei em um Kibutz por uns tempos. Isso há muitos anos. Morro de saudades, vontade de rever lugares, pessoas e, principalmente, o kibutz.

E quero também ir ao Cairo. Quando morei no Iraque e, mesmo no período que morei em Israel, tive oportunidade de conhecer, mas já tava meio de saco cheio daquela região. Passados todos esses anos, agoro quero ir. Me deu saudade daquela confusão que é uma cidade como Bagdá e, o Cairo, pelo que sei, se parece bastante. Vontade de passear pelo suck (mercado), conhecer o museu do Cairo e as pirâmides. Ah ! As pirâmides. Vai ser muito bom !

E quero passar, na ida e na volta, por Nova Iorque. Então, sobre este trança, é bom pesquisar bem pra fazer um bom negócio. E já consegui! Uma amiga passou um site legal pra procurar hotéis baratos, pelo mundo. Dou a dica pra vocês. http://www.it.lastminute.com/
Adoro isso! Ficar vendo hotéis, olhando preços, lendo as opiniões de quem já ficou neste ou naquele, comparando.

E agora vou comprar um Guia Routard de Israel, pra fazer o serviço bem feito. Quando viajo sozinha, a preparação é de uma forma, mas, dessa vez, consegui cinco amigos que vão junto. Virou excursão... rs - então tenho que mostrar serviço. Profissional...rs.

Como todos que estão indo comigo, não conhecem nenhum dos dois países, vai ser legal, porque vou fazer como se não conhecesse também. Quero rever tudo! Em se tratando de Israel, é gostoso, porque podemos fazer grandes planos e não precisamos de muito tempo. O estado não é grande.

Agora, dou um empurrão em você que tá aí, pensando e talvez sonhando com uma viagem. Pare de pensar e de sonhar e comece a se organizar. Não importa pra onde. Vi ontem, numa agência, passagem de avião, com hotel, luau e o escambau, pra Porto Seguro, por 10 prestações de R$ 78,00. Nem precisa se organizar tanto pra uma viagem assim. Se for mais longe, pense com prazo. Essa minha viagem já tá sendo pensada desde o ano passado. E planejei pro final desse ano, porque queria ir no inverno. Lá é quente pra caramba no verão !

Vou passando pra você os progressos da empreitada, com preços e dicas.

Fique atento!


segunda-feira, 31 de maio de 2010

Quem vai acreditar que não foi assim?


O nosso acampamento, no Iraque, era muito grande; bem maior que muita cidade do interior brasileiro.
Claro que dava pra andar a pé pra todo lado, mas, o calorão de rachar a moleira, nem sempre deixava.
Então, tinha um ônibus que passava pra pegar todo mundo, pra ir pro trabalho - que não tinha nem um décimo do charme do ônibus da Priscila - isto é, pegava a turma que trabalhava na administração - tô falando desse povo - porque o pessoal "do campo", tinha um trança-trança diferente, inclusive quanto aos turnos.

O nosso ônibus era sem ar-condicionado (Pode uma coisa dessas?). Como já tem muito tempo, imagino que não deveria ter ônibus com ar-condicionado naquela época, porque, em casa, nos carros e no trabalho, tinha, então, por que haveriam de comprar ônibus sem? Enfim ! Era assim ! Como diz o Chicó do Suassuna : "Eu só sei que era assim".

Um dia, indo de volta pro trabalho, depois do almoço, termômetro marcando uns 48 graus mole, mole, tava sentada com uma amiga, as duas caladas, olhando o deserto passar pela janela - (aquela paisagem que fica tremendo, sabe como?) asfalto de fritar ovo, todos os passageiros com aquela cara de desânimo e resignação de ter que voltar pro trabalho, que, até quando o tempo tá bom e fresquinho, a gente tem...
Cada um lá tinha um sonho, um anseio, um plano. O meu, como o da grande maioria era de comprar minha casa, ter um canto pra chamar de meu.

De repente, minha amiga saiu do seu silêncio e falou pra mim - mas foi como se tivesse pensando alto, não tava procurando papo nem querendo uma resposta ou continuação da conversa, tava pensando e continuou a frase em voz alta: "... e a gente ainda volta pro Brasil, com o dinheiro suado, literalmente, depois de anos nesse deserto, compra um apartamentinho pequeno, o sonho da vida, e não vai faltar filha da puta pra dizer: " deu pra cacete lá, hein amiga? mas compensou..."
E não faltou mesmo.

domingo, 30 de maio de 2010

Rir sozinha é egoísmo !


Primeira revista gay em árabe é lançada clandestinamente


Dica de um artigo que tá na página do UOL . Vale a pena ler !


Melhor que sexo... ãhnn?

APRIMORAMENTO
O primeiro homem, Deus fez do barro. A primeira mulher, Deus fez de uma costela do homem. Só o terceiro ser humano foi feito em conjunto, pelo homem e pela mulher, usando o instrumento, próprio no lugar adequado.

Modéstia à parte, eu sempre fui muito inteligente e muito generoso. Basta dizer que, no dia em que tive a primeira ereção, percebi logo o extraordinário valor do que tinha na mão e ofereci a duas primas que, encantadas, desde então, passaram a me tratar como um verdadeiro irmão.


EDUCAÇÃO SEXUAL
Estou cansado de tanta gente estudando sexo, tanta aula de educação sexual, tanta gente levando sexo a sério. Sexo pra mim é apenas uma tremenda gozação.
Na minha geração, os únicos que escaparam do Comunismo, do Fascismo e da Igreja, foram os sexualmente ativos, que tinham mais o que fazer.

sábado, 29 de maio de 2010

Dica do blog do alheio. Pegando o bonde andando


Dêem um pulo no blog do Juníssimo e vejam a postagem dele de hoje. Arrasou.
Obrigada amigo pelo presente.

Tá indo pros EUA? Quer ir?


A notícia já foi dada, mas não foi muito divulgada. Pra quem não viu, a partir desta semana, quem for pegar visto americano, paga só a taxa de $ 140 dólares, sem adicionais.

E o visto terá validade pra 10 anos.
Melhor.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Como atravessar o Atlântico e virar Miss Brasil.

Mais uma do tempo que trabalhei no Iraque! Agora sem drama! Pra rir. No pico da nossa obra, éramos em torno de 12.000 funcionários e o número de mulheres não chegava a 10%. Calculou o drama? Pra eles, claro ! Os garotos. Pois é !


Então, o assédio era constante; todo dia uma novidade. Foi uma época que ri muito. Eu trabalhava com um monte de rapazes e todos me faziam propostas quase irrecusáveis. Cada um queria me agenciar. Pelas contas deles ficaríamos milionários em pouco tempo. E faziam planos e planos...rs. Lá tinha gente do mundo todo, de países que eu nunca tinha ouvido falar, e, consequentemente, moedas das mais diversas. Era engraçado mesmo!

O respeito com os brasileiros era muito grande. Problemas mesmo, não me lembro de ter tido. Agora, com os nativos, era uma peleja, porque a falta de costume com a convivência com mulheres, deixava os bichinhos doidinhos da silva. Pra você entender : como brasileiro se pega o tempo todo, abraça, beija, eles chegavam querendo lascar um beijo, abraçar, passar a mão. Se a gente dava um espalha, achava ruim. Tipo: "Por que ele pode e eu não posso?" Difícil explicar.

E, com os nossos, também não era fácil, afinal, todos ali virávamos meio parentes ou amigos de infância. Então, quando alguém queria mais que isso, partir pra guerra mesmo, ficava difícil dar um fora, igual damos aqui no Brasil. Lá, a gente morava e trabalhava junto 24 horas por dia, vendo e convivendo sempre com as mesmas pessoas. Não dá pra dar um chega-pra-lá em todos, ou brigar com todos, sem ficar um clima ruim e, além do mais, era desagradável; todo mundo ficava sabendo, quer dizer, mó mico pro cara.
Foi numa dessas situações de "não-obrigada-passa-outro-dia-quem-sabe-talvez" que bolei uma forma legal de dizer "não" sem fazer inimizade e, ainda, saindo todo mundo na boa.

Seguinte: primeiro, o mané vinha com a conversa mole, aí, eu dizia: "ôôô meu bem, muito obrigada pela preferência, mas não vou querer não, obrigada!" Ficava engraçado e, às vezes, dava certo; morria aí a cantada.
Quando continuava e a insistência ficava grande, aí eu aplicava o golpe que era fatal.

Perguntava ao mané qual a cidade dele e qual o nome da avenida principal e lascava. "Escuta, se eu hoje, tivesse passando pela avenida tal, você me cantaria e iria ficar insistindo desse jeito? Porque, em Belo Horizonte, eu ando na Avenida Afonso Pena, pra baixo e pra cima, e ninguém fica doidim querendo me comer. Foi só atravessar o Atlântico, que virei essa formosura? Essa delícia cremosa? É ruim, hein? Dou não. Não dou nem morta!"
Então virava um riso só.
Quebrava o clima e a amizade continuava na boa.


Tinha aquela turma do desespero que, de vez em quando, voltava e lascava? "Ainda não?"

Aí, eu só ria, nem precisava contar o caso de novo.

O melhor foi que, muito tempo depois, eles mesmos contavam pros outros como tinha sido "o fora". Não era motivo de vergonha e virou até graça.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Causinhos rápidos que ouvi e anotei.

- O japonês queria colocar o nome da filha de Míriam. Falava, falava e repetia : "É Miliam! É Miliam!" E o escrivão mandava repetir. "É Mília ??" Não entendia o quê o japa dizia. Desistiu ! A menina virou E-mília.

Eu, dentro de uma Topik em Salvador. O telefone do cara ao lado toca e escuto o seguinte diálogo:
- Alô!
- ............
- Tá jogada onde, nêga?
- ............
- Itapuã, tá em Itapuã, é?
Adorei ! E hoje vivo dizendo isso quando atendo o telefone. "Tá jogado onde?"

- Minha amiga e eu, costurando e ouvindo rádio, na França. Rimos muito, porque nenhuma das duas sabia que a outra tava prestando atenção às conversas dos locutores.Eles contavam sobre uma nova anestesia, que fazia com que o paciente pudesse participar da cirurgia. Mais ou menos assim: o anestesista ia aplicando a anestesia, como um conta gotas, e o paciente informando, com movimento dos braços, o que acontecia. Ex.: levanta o braço = ok. Dobra o braço = mais ou menos. Braço esquerdo dói. Braço direito, sei lá o quê. E de repente, ele diz. E se o paciente não movimentar o braço... e, antes que terminasse a frase, nós duas falamos juntinhas.: "É porque ele morreu".

E morremos de rir....


- Essa eu presenciei no supermercado, aqui do lado de casa. Tô eu escolhendo umas frutas e escuto o seguinte triálogo:

- Eu quase não saio, aqui em BH. Não tenho amigos. Sou do interior (vozinha melosa)

- Mas, por que não sai? (interesse imediato)

- Não conheco ninguém. Na minha terra eu adoro sair na balada...( insinuando)

- Mas, você não tinha amigos ? Agora já tem um.

- Um não, dois! (diz o outro cara)

Nessa hora, me virei pra ver a cara da turma : uma garota falando com dois funcionários do supermercado. (Eles, já salivando)

-Será que essa laranja tá boa?

- Pode levar por minha conta. Tá ótima ! Mas, me diga (não querendo fugir do assunto) você gosta de fazer o quê ?

- Olha! Se ela não tiver docinha, eu volto aqui e pego você. ( voz melosa de novo)

- Somos amigos, pode confiar na gente... (olhinhos brilhando)

A moça deu bye e saiu.

Como não consigo ficar calada, virei pros dois, que ainda estavam de olho na bunda da garota, agora na fila do caixa, e disse: "Vocês não ficam nem vermelhos? Não tem vergonha na cara?" Isso, rindo junto com eles.

- Amigo, amigo.... (falou um deles com aquela cara safada!)


Ontem, dentro de um elevador, ouvi essa.O ascensorista já tava fechando a porta quando vem um cara correndo. O ascensorista diz: "Tá lotado" e o cara diz na lata: "Vou em pé mesmo!"

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Olho por olho, dente por dente, em pleno deserto

Quando trabalhei no Iraque, morando no meio do deserto, a água que a gente usava vinha do Rio Eufrates. A empresa tinha um setor que se chamava ETA - Estação de Tratamento de Água.

Quando a gente saía do acampamento, topava várias vezes com a tubulação que conduzia a água pras nossas casas. Era aquela serpente cortando o deserto, e, de tempos em tempos, existia uma estação de tratamento, um poço, bombeamento ou sei lá o que. Só sei que, esta estação, tinha sempre alguém de plantão pra acompanhar o abastecimento e, também, pra vigiar pra que não houvesse roubo ou desvio de água. Roubo? Como assim, roubo ? Pois é, se não tomássemos conta, a água poderia ser desviada pra população local. Claro ! Em pleno deserto, uma água passando prontinha, pertinho, quem não quer, né? Era uma pequena peleja. Tinha uma equipe que fazia viagens dia e noite ao longo da tubulação pra ver se não tinha furos, desvios, enfim, pra ver se a água corria leve e solta.

Um belo dia - agora vem a bomba! - ou, melhor dizendo, uma bela noite, apareceu um nativo e tentou, digamos assim, "pegar água emprestada". Só que não era permitido, aliás, era proibido. O vigia da estação foi falar com ele e tentar impedir. Garraram numa discussão, bate-boca entre árabe e brasileiro, imaginem a cena ! Algumas palavras em árabe misturadas com gestos, o cara entendia, mas puto, não se conformava, só sei que se atracaram numa briga. Dá-lhe e toma soco pra lá e pra cá, até que o brasileiro conseguiu colocar o moço pra correr.

E continuou a sua guarda. Quando deu a hora da troca do plantão, esse mané foi embora e veio outro pra ocupar seu lugar.

Já tão vendo que vai dar merda, né? E deu.

O Zé chegou naquela escuridão do deserto, assim que viu a silhueta do nosso plantonista, descarregou a arma nele; no que ele caiu murtinho. Como dizemos na nossa turma: parou de fumar na hora.

Assim que chegou a notícia no acampamento, nosso diretor anunciou às autoridades competentes. O chefe de polícia local deu 24 horas pros seus subordinados encontrarem o assassino. Encontraram em 6 horas.

Parenteses : Tá faltando gente, que trabalhe assim, por aqui.

Continuando...

Acharam o cara e levaram pro nosso acampamento. Aí é que entra a parte mais interessante da história. A diferença cultural.
Me lembro que eram três caras, não me lembro porque três, só sei que ficaram sentados no chão, na sala da secretária do diretor da obra - minha amiga - que ficou apavorada com aquela cena. Três figuras algemadas e sentadas no chão esperando pra pagar pelo crime cometido. Talvez eles tivessem juntos, não me lembro, juntos com o que atirou.
E o Zé que era acusado do crime, negava, negava, nada fazia o moço confessar.
Foi aí que chamaram o "morto", pra identificar o nativo.
Nem precisou de confissão; no que ele entrou na sala, o mané, coitado, levou um susto tão grande, porque na briga ele viu o cara e não era aquele que tinha recebido o descarrego de balas.
Pensa que acabou? Não. Tem mais.

O delegado ou sei lá o que, então, falou pro nosso diretor: "Vamos pra fora, porque ele vai ser fuzilado aqui no "terreiro", pra vocês verem que a justiça foi feita."
Nessa, o diretor da nossa empresa quase cai pra trás. Pense bem ! Quiném na Idade Média, ou no Velho Oeste, nós todos reunidos e assistindo ao fuzilamento da vítima. Pode uma coisa dessa?

Caso comprido, né? Mas vou findar. Calma !

Nosso diretor confabulou, por longo tempo, com o delegado e conseguiu que a turma fosse embora, soldados, polícia, ladrão e cia. Vão resolver o problema de vocês longe daqui. Pelo amor de Deus !

O final da história não tem graça nenhuma.
Levaram o Zé pra estação de água e mataram ele no mesmo lugar onde ele tinha matado um dos nossos. E teve que ir alguém da nossa empresa pra testemunhar a cena. Fazia parte .

E quem quiser que conte outra.

Contei um outro causu, na mesma linha deste. Quem não leu e se interessar olhe no Índice. Chama: Da série "Acredite se quiser"... mais uma - em 24/09/2009

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...