terça-feira, 5 de outubro de 2010
Votar estressa, desidrata e emagrece. Não acredita?
A cada dia que passa, tenho mais certeza que, "em boca fechada não entra mosquito". A gente não perde por ficar calado. Não sair falando pelos cotovelos é o mais sensato.
Algumas pessoas tem razão quando pensam que eu invento ou crio meus causus, mas, sempre tem testemunha...rs
Saio eu pra votar no domingo, toda serelepe, lépida e fagueira, com uma vontade de dar minha contribuição, como há muito tempo não tenho, e acreditando nela.
Há meses tenho acompanhado os candidatos e suas falas, participado, dado palpites.
Minha sobrinha e o marido foram me dando uma carona. Na minha colinha, o número dos dois deputados Estadual e Federal. E só. E, só Deus sabe porquê, não escrevi o número dos senadores, governador e presidente. Talvez o "alemão" saiba.
Entrei na fila, grande, corredor de escola lotado, um calor de dar dó. Começou aí a desidratação com a suadeira. Além de sentir calor, ainda fiquei preocupada com uma senhora que estava atrás de mim; medo dela desmaiar; as gotas desciam pela testa da pobre.
E a fila andando devagar. Muita gente, muitos números, demora normal.
Chega a minha vez, vou toda faceira pra cabaninha de caboclo, voto nos dois deputados e, quando aparecem os quadradinhos pra senadores, me dei conta que não tinha idéia dos números.
Puta que o pariu!!!! Como não pensei nisso? Fiquei alguns segundos tentando me lembrar e nada. Não ia me lembrar jamais de um número que não sabia.
Saio de trás da cabana e digo pro povo da mesa:
- Não tenho idéia do número dos meus candidatos.
Ouvi várias vozes dizerem ao mesmo tempo.
- Lá fora, na parede do corredor, tem a lista.
Saio rapidim e dou de cara com muitas listas. Várias. Eu leio mal sem os óculos, garro a procurar e a fila esperando e o povo resmungando com toda e plena razão.
- Por que essa idiota não anotou os números? Falaram na TV, no rádio, em toda imprensa escrita, há semanas.
Podia ouvir o pensamento do povo.
Por fim, apareceu um filho de Deus de mesário, que me mostrou a lista de senadores. Só mostrou. Fixei "as vista" pra ler, consegui, e sai correndo de volta pra casinha de caboclo, repetindo os números pra não me esquecer.
Votei, tocou a musiquinha, ok, certim, e aparecem os quadradinhos pra presidente.
Não precisam acreditar, mas eu não sabia também. Fiquei tentando algumas combinações e nada. Cliquei um, quando apareceu a foto, quase caio de susto, nem morta dou meu voto pra essa foto. E tive que firmar o dedo pra apertar o "corrige", morrendo de medo de clicar no "confirma". Nada ! E o estresse comendo.
Por fim, votei na minha segunda opção; não tinha idéia do número da primeira.
Saí decepcionada, mais ainda do que a fila que, nesse tempo, tinha ficado mais gorda; quem tava atrás de mim quase me atropela pra entrar logo e ficar livre daquela agonia.
Cheguei no carro e falei pros dois.
- Vocês não vão acreditar. Só comigo mesma, que acontece uma coisa dessas!
Meses trabalhando e pedindo votos pra uma figura e, na hora de votar, não sei o número dela.
Minha sobrinha linda, fôfa e gentil, resolveu o meu problema na hora.
- Eu ainda não votei tia. Você votou na minha escolha, deixe que voto na sua. Trocamos os votos.
Muito gracinha, né não?
E, por que coloquei o título do post que votar estressa? Já deu pra saber. Por,que desidrata? Também. Por que emagrece? Nem precisa dizer.
Agora só falta explicar porque disse que, "em boca calada não entra mosquito".
Graças ao bom Pai, não abri a minha pra reclamar lá fora do calor, da fila, da demora, de tudo, como é normal quando estamos em grupo e todos sofrendo da mesma agonia.
Se tivesse feito isso, teria votado só nos dois deputados. Os outros votos teriam sido em branco. Agradeço à senhora que me preocupou com a suadeira, que me fez sair pra arrumar uma cadeira pra ela e ficar abanando. Ocupou meu tempo e fechou minha boca...rs.
Com que cara sairia pra procurar número de candidato se tivesse tagarelado ?
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010
É a globalização dos percevejos
Manchete no Le Figaro francês, de hoje; 04/10/2.010 Paris et New York face au fléau des punaises de lit
( Paris e New York face a catástrofe dos percevejos )
Ces petits insectes, que l'on croyait disparus depuis les années 1950, regagnent du terrain. Aux Etats-Unis, plusieurs villes ont vu des commerces fermer pour traitement. Paris n'est pas épargné.
( Estes pequenos insetos, que a gente achava que haviam desaparecido desde os anos 50, reganham terreno. Nos EUA, muitas cidades tiveram que fechar o comércio pra exterminar os bichos. Paris não foi poupada).
Há alguns dias atrás, falei sobre os percevejos em NY. Dia 08/09/2.010 - Está nos EUA...?
O mesmo post tá valendo pra França.
( Paris e New York face a catástrofe dos percevejos )
Ces petits insectes, que l'on croyait disparus depuis les années 1950, regagnent du terrain. Aux Etats-Unis, plusieurs villes ont vu des commerces fermer pour traitement. Paris n'est pas épargné.
( Estes pequenos insetos, que a gente achava que haviam desaparecido desde os anos 50, reganham terreno. Nos EUA, muitas cidades tiveram que fechar o comércio pra exterminar os bichos. Paris não foi poupada).
Há alguns dias atrás, falei sobre os percevejos em NY. Dia 08/09/2.010 - Está nos EUA...?
O mesmo post tá valendo pra França.
Quem já me levou a sonhar...mas os sonhos mudam. Ainda bem.
É muito bom saber que tudo na vida passa. Você pode me dizer: nem tudo! Tem coisas que gostaríamos que não passasse mas, sinto comunicar que passam sim. Vejamos alguns exemplos.
Passa a vontade de fazer dezoito anos, passa a vontade de ter cabelo liso, o amor pela Coca-Cola, a paixão por determinado autor ou compositor. Esses são exemplos banais, meus, mas que, com o passar dos tempos, impressiona como já foram importantes um dia.
Tem momentos na vida, que pensamos: se isso me faltar um dia, não sei como vou sobreviver. E falta, e você sobrevive. Sabe por que? Porque você muda. Passa a amar outras coisas. Aparecem outras prioridades. E isso é que impulsiona a vida, a vontade de viver.
Quando eu era adolescente e, mesmo em grande parte da idade adulta, nada me fazia mais feliz do que estar sentada em uma platéia; fosse de teatro, assistindo a um show de música, circo, não importava o quê, se tivesse um palco na minha frente, estava feliz. Vi tudo. Tudo que quis e tive vontade.
Assisti aos melhores e maiores atores e atrizes brasileiros, falando textos de grandes autores. Vi, por diversas vezes, os melhores da MPB de décadas e alguns ainda estão por cima até hoje.
E, hoje, tá difícil me arrancar de casa pra sentar em uma platéia. Qualquer uma. O que mudou?
Eu. Mudei eu.
Aí, vem aquela velha história que ouvi quando era criança e ainda ouço até hoje, mas tento não dizer, porque acho uma chatice : "No meu tempo é que era bom isso ou aquilo!" Não me considero com idade pra dizer "no meu tempo" mas as mudanças foram assustadoras nas últimas duas décadas. Pra todo mundo. Pessoas de 30 anos se assustam tanto quanto pessoas de 60. Imaginem então, as de 80!
Navegando aqui pela net, achei esta foto do Alain Delon. Lindo! Belo ! Belíssimo ! Tanto há 40 anos como hoje. Sua beleza é absurdamente atual. Essa foto poderia ilustrar qualquer book dos nossos dias.
Veja essa foto do Paul Newman. Nem os óculos poderiam passar por "fora de moda" em um tempo que, felizmente, não existe mais moda imposta. Até que enfim eu fiquei na moda. Cada um faz a sua. A moda existe, mas você não tem obrigação de seguí-la.
Marlon Brando. A única coisa nessa foto, que não bate com os dias de hoje, é o que fazia a afirmação de todos jovem daquela época : o cigarro. No mais, tá tudo aí. Os músculos são os mesmos procurados, à exaustão, hoje, em toda academia.
E o cabelo emo do Terence Stamp? Estes olhos também, impossível não se apaixonar por eles.
A beleza italiana do Al Pacino, jamais vai perder os apaixonados por ela. Aquele tipo meio durão, sem retoques, despenteado, barba por fazer, aparentando meio sujinho. Tem público garantido.
O Jesus Luz adora fazer esse tipo Gregory Peck, quando vai posar de bom moço. Não é tal e qual? Cabelo, que antes era de brilhantina, hoje se chama pomada ou gel, mas o efeito é o mesmo.
Quem resiste a esta beleza que é o Jeremy Iron?
Eu não. E essa foto também já tem no mínimo uns 30 anos.
Depois dessa embromação toda, tenho a dizer o seguinte: homem não sai de moda, quer dizer, o modelo, o jeito, o nariz, boca, cabelo. Quem se preocupa e pira, e se rasga pra mudar, somos nós as mulheres.
Mudamos cor e corte de cabelo, lábio mais ou menos carnudo, numa hora o olho tá amendoado porque tá agradando mais (aos homens, evidentemente!) outra hora estão arregalados, o peito foi cortado porque não usa mais peitão, e, ano que vem, tome silicone porque agora tá usando sim.
Deus é mais!
Se pego foto de mulheres lindas de outrora e coloco aqui, não vai dar pra escrever como escrevi sobre os homens. A maioria está totalmente fora dos nossos tempos. Lindas, mas fora de moda.
Longe de mim não agradar de mudança, se cuidar, ficar mais bonita/o e se sentir melhor, mas, esta ditadura e esta violência com o corpo, que está na moda, disso aí tô completamente fora.
Foríssima!
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domingo, 3 de outubro de 2010
Dica pra quem mora em Belo Horizonte-MG
Por que só pra BH ? Bom, porque pra quem mora aqui fica mais fácil. Mas se você não mora longe da capital, também rola.
A cada dia que passa, fica mais e mais difícil conseguir alguém legal, honesto e bom de serviço pra consertar nossos eletrodomésticos. E, nestes tempos de coisas descartáveis, então, nem se fala !
Tenho uma máquina de lavar roupa - uma verdadeira Brastemp...rs - que nunca me deixou na mão. Boa demais e me acompanha há anos. Há uns tempos, precisava trocar alguma peça e chamei, como de costume, o seu Emersom. Tava com idéia de trocar por uma nova, mais moderna. Ele me aconselhou a não trocar. Me disse:
- Olha, se você compra uma hoje, corre o risco de ter que trocar daqui a uns 5 anos. Essa sua, ainda rompe mais uns 10 mole, mole!
Essa semana, veio seu Emerson, mais uma vez, dar uma geral na minha velha ajudante.
E é essa pessoa que indico pra vocês. Sujeito educadíssimo, gentil, trabalha bem pra caramba, honesto. Precisa mais ? Precisa. Lá vai o telefone dele que trabalha pra uma empresa.
Refribel - 31 3272 3090
Sr. Emerson (pode dizer que eu indiquei)
Horta da Luzia é a cara de domingo!
Eu fico processa de raiva com isso!
Fica falando palavras de baixo galão! ( ouvi de um entrevistado no Fantástico )
Isso acontece depois da monopausa. A partir daí não consegui mais falar certo. Amei o mono.
Moça, me arranja um troco pra eu tomar um almoço? Ouvi de um tonto na rua.
Hoje aprendi tudo sobre esquentação da terra. (criança chegando da escola)
Engano de ligação de tel na minha casa.
- Alô!
- Felipe?
- Porra cara, me confundir com Filipe é demais! ( falei rindo )
- Desculpe, desculpe. Ainda bem que caiu numa pessoa bem humorada.
- Pois é, e tem mais. Se tivesse um Filipe aqui, eu não passava procê nem morta...!
- ha...ha...ha....adorei.
- Tá bom, bjins e bye.
E desliguei rápido, antes que a coisa engrosasse pro meu lado...rs.
sábado, 2 de outubro de 2010
Santa Clara, Clareai...
SANTA CLARA, CLAREAI OS BRASILEIROS AMANHÃ E SEMPRE. AMANHÃ, PRINCIPALMENTE.
Patricia Kaas - Mon Mec à Moi - pra corações enamorados de sábado
Até eu, que sou mais boba, queria um gato desses, "que me fala de amor, como quem fala de carros..."
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Está me convidando? Aceito sim, obrigada. Com todo prazer!
Você sabe o que quer dizer pinto no lixo?
Abelha no mel?
Formiga em tampa de geléia?
Mosquitinho em lata de açúcar?
Pois é. Sou eu, com queijos e frutas. Ixi!!! Adoro!
E não perco a oportunidade de aplicar amigos nesta delícia. Lembrei desta dupla porque, semana passada, reunímos alguns amigos e fizemos uma mesa com quitutes - que é a palavra que, pra mim, chega mais perto pra entender que a coisa é uma delicia das delícias - (palavrinha que entrega a idade. Quem neste planeta ainda fala quitute?)
Ao primeiro que sugeri experimentar esta combinação, me olhou meio de rabo de olho e comeu pra me agradar. Não colocou a menor fé. E, depois disso, só via ele insistindo pra todos provarem. Virou um enxame de abelhas no mel. Bom demais!
Mas, enfim, mesa de lanche, comes e bebes, guloseimas (Essa também é phoda! Muito antiga. Tá ficando difícil escrever. Daqui a pouco, vou ficar há anos luz de algumas gerações mais recentes...rs.)
Então, experimente dar uma mordida em um queijo e em um pedaço de pêra ou uva, ao mesmo tempo. Pro meu paladar, são as duas frutas que mais combinam. Queijo brie é o melhor ou camembert. Mas, não tem? Queijo minas vai bem, prato, mussarela. Eu sou louca com queijos, então, como com qualquer um, menos o tipo "ricota" - ninguém merece, porque não tem gosto de nada. Por conta disso, agrada a todo paladar, como dizia meu pai.
E quer que sua mesa de belisquetes fique realmente dos deuses e quer me convidar pra comer? Faça essa cesta de frutas secas e grãos pra completar a festa.
Pra que sexo? ...he...he...he...
Esta sugestão é pra não ser chamada de xiita. (Vamos lá cambada carnívora!) Vai presunto, ou lombinho canadense, ou mortadela. É muito bom também.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Descobrindo o Marais, suas casas, jardins, ruelas e culinária
Hoje vou sugerir uma caminhada super legal pra você fazer em Paris.
Você vai sair do Halles, ao lado do Centro Georges Pompidou, na direção da estação de metrô Rambuteau, vai atravessar a rua Renard e pegar a rua du Rambuteau, em frente.Se gostar, já compre umas frutinhas pra ir comendo pelo caminho. Tem bancas com frutas novinhas nos passeios. Uma delícia !
Quando você atravessar a rua des Archives, a Rambuteau muda de nome e vira rua des Francs Bourgeois. À esquerda você já vê o prédio com os lindos jardins do Arquivo Nacional. Vale dar uma voltinha lá dentro.
Andando mais um pouco, à esquerda, se quiser você vai ao Museu Picasso, mas não é o objetivo do passeio de hoje. Não seja rebelde e continue em frente.
Hoje você vai ficar bisbilhotando os jardins, fachadas, portas e portões de prédios antigos, lindos, contruídos em cima de uma região pantanosa, que originou o nome do bairro - Marais ou marrecagem, brejo.
Os jardins do Museu Carnavalet também são lindos e fica neste caminho.
A partir do número 21, começam as lojinhas e os pequenos restaurantes - cada uma mais bonita que a outra - e a rua é estreitinha, que dá pra ficar pulando de um lado pro outro. Entrando na l'Occitane, Mac, Camper, onde compro sapatos que amo, Body Shop e logo você chega na rua de
Turenne.
Neste cruzamento de ruas, já dá pra ver no próximo quarteirão, os prédios da Place des Vosges.
A vista é uma beleza ! A amplidão da praça, com suas colunas e arcos e os vários cafés e restaurantes que circundam a praça, enchem os olhos. Faça um contorno na praça. Vale a pena ! Continuando reto, à esquerda vai ver, no primeiro andar, uma placa dizendo que alí morou Victor Hugo.
Observe quantas ruelas saem na praça bem no meio dos arcos.
Vale também entrar nos jardins da praça, ver as fontes, sentar um pouco e observar um dia na vida do francês : lendo sentadinho num banco, levando as crianças pra brincar ou só descansando.
Viu bem a praça ? Gostou? Agora é hora de comer um falafel - delícia judaica - na rua des Rosiers. Você vai voltar pela Francs-Bourgeois e virar à esquerda na Rue Malher, logo a direita já é a rua Rosiers.
Você está no coração do Marais, bairro antigo que já foi tradicional, virou bairro boêmio, conheceu um período de decadência e voltou à moda com força total, sendo hoje um dos bairros mais valorizados e democráticos de Paris. Várias tribos se misturam e convivem em harmonia por lá.
A partir daí, escontrará padarias deliciosas, restaurantes e os famosos sanduíches feitos pelos judeus do bairro.
Sente-se, como os nativos, em qualquer lugar, pra degustar as delícias da culinária do bairro.
Todas as fotos são de casas que existem. Vai ser fácil identificar cada uma. Adoro as fachadas em madeira, pintadas com cores fortes. O bairro é lindo!
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Mãe...no mínimo tem que ir pro céu!
A minha foi quiném uma flexa, tenho certeza! Feliz.
Mãe é um ser muito paciente mesmo - ou faz de conta que tá tudo bem, pra não cometer um assassinato na frente de estranhos...rs.
Mãe é um ser muito paciente mesmo - ou faz de conta que tá tudo bem, pra não cometer um assassinato na frente de estranhos...rs.
Não me lembro bem qual era o problema; se era uma gripe forte ou dor de garganta, só sei que partimos em direção à farmácia. Na minha infância, problemas de doença infantis eram resolvidos com o Seu Romeu, da farmácia. ( Ixi! Acabei de lembrar de um causu ótimo. Conto depois.)
Evidente que a gente ia como gado pro abatedouro. Sabia que coisa boa não ia rolar; ou um remédio amargo de dar dó ou aqueles comprimidos de Melhoral (Quem se lembra? O danado era mole, poroso e a gente colocava na boca e o tempo de pegar o copo d'água e ele já derretia. Amargava feito o capeta e o pó não dissolvia. Ai! Nem posso me lembrar, que arrepio de aflição. Grudava na garganta, na boca, por onde fosse passando. Arhg!!!)
Hoje em dia é tudo com sabor. Não digo que são deliciosos, mas tem sabor morango, mel, açai, laranja. Engana melhor as vítimas.
E os medicamentos à base de óleo? Ninguém merecia! Já tava doente e ainda tinha que sofrer mais um pouco ingerindo aquelas coisas.
Bão, falo demais e desvirtuo do caminho.
Estávamos indo "consultar" com Seu Romeu.
E, como previsto, claro que a notícia não era boa.
-Vai ter que tomar uma injeção. O efeito é mais rápido, corta logo a infecção e não fica tomando remédio durante uma semana. É pá pum! Tomou, valeu!
Disse ele todo engraçadinho. Graça quem não tava achando era a dona da bunda ou do braço que ia levar a picada.
- Onde você prefere?
- Prefiro em lugar nenhum. Não quero injeção. Tomo comprimido direitinho. Pode me dar.
- Mas é rapidinho, não vai doer, o Seu Romeu tem uma mão leve pra aplicar injeção.
Disse a mamãe tentando me convencer do impossível.
Mão leve um cactos. Pode ser uma pluma, mas a agulha fura e dói pra cacete. E o líquido quente entrando na carne, então! Vai doer assim lá longe.
- Mãe, compre comprimido - falei, já com voz de choro.
Enquanto isso, o seu Romeu tava lá, com a latinha de alumínio fervendo no fogareiro.
Isso pode parecer jurássico, mas eu juro, me lembro muito bem e só tem uns 50 anos....heheheeeeee...ou mais um tico.
Continuando... Já pararam de rir? OK.
Ferveu aquela porra até quase secar a água e, não sei se porquê, a injeção era de alumínio ou aço inox, sei lá , mas era imensa a seringa. E ainda tinha duas alcinhas pra se apoiar os dedos indicador e médio. (Eita memória phoda essa minha) E empurrava o pino do líquido com o dedo indicador.
Uma verdadeira arma. Hoje, seria nuclear.
A essa altura, eu já tava com o berreiro aberto. Soluçava. E a mamãe, tentando manter a calma, e me acalmar. Tava difícil. Realmente era uma operação de pavor.
Se uma criança de 10 anos de hoje, topasse com esta cena, acharia no mínimo que era um ato terrorista ou sequestro.
E eu lá, chorando e suplicando clemência, redução da pena, troca por trabalhos forçados, qualquer coisa, menos a injeção.
E o Seu Romeu tirou a tampinha de borracha do vidrinho com o medicamento, sugou o dito pra dentro da seringa, tirou o ar da seringa jogando uma gota fora e veio na minha direção com a arma em punho, pronto pro ataque.
Eu chorava de dar dó. E esse lenga-lenga durou mais um pouco, até que ele, já perdendo a paciência total, imagino eu, virou pra minha mãe e disse:
- Não posso esperar mais, porque o medicamento perde a validade ou estraga - sei lá. No que minha mãe puxou a manga do vestido pra cima, virou pra ele e disse.
- Pode aplicar em mim, pra não perder nem seu trabalho nem o medicamento.
E ele aplicou minha injeção na mamãe.
Só me lembro do tanto que ela me sugigou no caminho de volta pra casa. Se fosse hoje, teria dito mil vezes :
- Nunca paguei um mico tão grande na minha vida!
Evidente que a gente ia como gado pro abatedouro. Sabia que coisa boa não ia rolar; ou um remédio amargo de dar dó ou aqueles comprimidos de Melhoral (Quem se lembra? O danado era mole, poroso e a gente colocava na boca e o tempo de pegar o copo d'água e ele já derretia. Amargava feito o capeta e o pó não dissolvia. Ai! Nem posso me lembrar, que arrepio de aflição. Grudava na garganta, na boca, por onde fosse passando. Arhg!!!)
Hoje em dia é tudo com sabor. Não digo que são deliciosos, mas tem sabor morango, mel, açai, laranja. Engana melhor as vítimas.
E os medicamentos à base de óleo? Ninguém merecia! Já tava doente e ainda tinha que sofrer mais um pouco ingerindo aquelas coisas.
Bão, falo demais e desvirtuo do caminho.
Estávamos indo "consultar" com Seu Romeu.
E, como previsto, claro que a notícia não era boa.
-Vai ter que tomar uma injeção. O efeito é mais rápido, corta logo a infecção e não fica tomando remédio durante uma semana. É pá pum! Tomou, valeu!
Disse ele todo engraçadinho. Graça quem não tava achando era a dona da bunda ou do braço que ia levar a picada.
- Onde você prefere?
- Prefiro em lugar nenhum. Não quero injeção. Tomo comprimido direitinho. Pode me dar.
- Mas é rapidinho, não vai doer, o Seu Romeu tem uma mão leve pra aplicar injeção.
Disse a mamãe tentando me convencer do impossível.
Mão leve um cactos. Pode ser uma pluma, mas a agulha fura e dói pra cacete. E o líquido quente entrando na carne, então! Vai doer assim lá longe.
- Mãe, compre comprimido - falei, já com voz de choro.
Enquanto isso, o seu Romeu tava lá, com a latinha de alumínio fervendo no fogareiro.
Isso pode parecer jurássico, mas eu juro, me lembro muito bem e só tem uns 50 anos....heheheeeeee...ou mais um tico.
Continuando... Já pararam de rir? OK.
Ferveu aquela porra até quase secar a água e, não sei se porquê, a injeção era de alumínio ou aço inox, sei lá , mas era imensa a seringa. E ainda tinha duas alcinhas pra se apoiar os dedos indicador e médio. (Eita memória phoda essa minha) E empurrava o pino do líquido com o dedo indicador.
Uma verdadeira arma. Hoje, seria nuclear.
A essa altura, eu já tava com o berreiro aberto. Soluçava. E a mamãe, tentando manter a calma, e me acalmar. Tava difícil. Realmente era uma operação de pavor.
Se uma criança de 10 anos de hoje, topasse com esta cena, acharia no mínimo que era um ato terrorista ou sequestro.
E eu lá, chorando e suplicando clemência, redução da pena, troca por trabalhos forçados, qualquer coisa, menos a injeção.
E o Seu Romeu tirou a tampinha de borracha do vidrinho com o medicamento, sugou o dito pra dentro da seringa, tirou o ar da seringa jogando uma gota fora e veio na minha direção com a arma em punho, pronto pro ataque.
Eu chorava de dar dó. E esse lenga-lenga durou mais um pouco, até que ele, já perdendo a paciência total, imagino eu, virou pra minha mãe e disse:
- Não posso esperar mais, porque o medicamento perde a validade ou estraga - sei lá. No que minha mãe puxou a manga do vestido pra cima, virou pra ele e disse.
- Pode aplicar em mim, pra não perder nem seu trabalho nem o medicamento.
E ele aplicou minha injeção na mamãe.
Só me lembro do tanto que ela me sugigou no caminho de volta pra casa. Se fosse hoje, teria dito mil vezes :
- Nunca paguei um mico tão grande na minha vida!
Tentei achar uma foto do "aparelho", pra mostrar a quem nunca viu, mas não encontrei. Achei este, mais antigo do que o meu e o outro a foto não tá muito boa. Mas dá pra se ter uma idéia.
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