É a segunda vez que vou a este museu, levando francesas. Ele é muito bom. Bom mesmo! As duas amaram. Da primeira vez esqueci a câmera e coloquei fotos do site dele, e desta vez, entrando no museu, vi que não tinha levado a câmera de novo. Só de birra voltei em casa e peguei. Não queria colocar só as fotos deles pra vocês. Queria mostrar o que "eu vi".
As palhas protegiam os garrafões de vidro.
Balança maravilhosa toda feita em madeira. E mais lindo ainda é que o Museu tem luz natural na quase totalidade dele. E a estação do metrô logo atrás. Antigo e novo lado a lado. Lindo mesmo!
Roda de carro de boi. Dá pra ouvir o ruido melancólico e repetitivo dela.
http://www.mao.org.br/
As palhas protegiam os garrafões de vidro.
O caldeirão pra preparar o feijão e a chaleira pra água do café. E o coador esperando...
As malas de outrora em couro duro e trabalhado. Lindas! Fortes, porque precisavam ser resistentes a chuva, lama, sol e poeira. Fora os solavancos.
Esta mesa linda servia pra colocar doce ou fruta, que os escravos vendiam nas calçadas ou nas ruas mesmo.
Olha o passarinho! Frase usada até hoje, quando se vai fazer uma foto. A origem dela eu não sei, mas, que o mistério daquele moço escondido atrás do pano escuro e, que fazia aparecer as pessoas exatamente como eram, lá isso era bonito demais!
Balança pra pesar escravos adultos. De doer o coração até hoje.
Esta menorzinha era pra pesar as crianças. Vale o quanto pesa. Deve ter vindo daí a expressão. Ou não?
Roda de carro de boi. Dá pra ouvir o ruido melancólico e repetitivo dela.
Charrete que fez minha amiga grudar os olhos por uns bons 15 minutos. Não cansava de admirar.
Mais um momento de emoção e coração doendo. Saber o quanto era retirado de pedra e cascalho do rio em um dia de trabalho, pelos escravos. E vendo o tamanho e peso das bateias, dá pra sentir a dor que eles sentiam nos músculos na hora de ir pro chão dormir. Ninguem merece isso! Copiando o Caetano, "Homem foi feito pra brilhar, não pra ser escravo e morrer de dor"!
O encaixe das rodas e roldainas de madeira é pra ser admirado, e admirado, e admirado.
O tacho de cobre usado pra fazer rapadura, foi tão usado, mas tão usado, que ganhou dois remendos. Um maior e outro menor. O esforço de esfregar a pá pro melado não grudar no fundo provocou os dois furos.
Prensa pra fazer telha. Uma a uma. E o método era moderno, porque as antigas eram moldadas nas coxas dos escravos. Imagine o que virava a pele, com o barro sendo esfregado nela por dias e dias, anos e anos...
Pausa pra chorar de rir. Em francês, fazer xixi é "pisser" (expressão comum), e "grama" é um diminutivo de avó. Vovó. Então a Michette traduziu ao pé da letra, perguntando indignada:
- Porque não pode fazer xixi na vovó?
O chão dos meus sonhos.
Impossível não parar pra admirar tanta beleza e cuidado!
Tudo absolutamente brilhando!
Esta é a entrada pro Museu.
Antiga janelinha pra se comprar os bilhetes de trem. Aberta e fechada. Lindas!
E o Museu visto com a luz do sol do final da tarde. Um passeio e tanto!