sexta-feira, 15 de abril de 2011

Deixando de lado o fois gras e caindo no mexidão do Mercado Central

É bom sair de casa e já dar de cara com uma maravilha dessa. Parabéns aos engenheiros que fizeram o prédio do Life Center. Não detonaram com as centenárias árvores que faziam parte do quintal  da construção anterior.

Compras no Mercado Central de Belo Horizonte. Própolis e mel.

Todo estrangeiro se encanta com a quantidade de ervas e folhas pra fazer chás, pra resolver todos os problemas possíveis. Menos falta de grana.

Aqui, nossa visita tenta entender a diferença entre farinha de milho, fubá, farinha de mandioca baiana, mineira, carioca, polvilho doce e azedo, farinha de milho moída e em flocos, farinha de mandioca com dendê. Fingiu que entendeu e continuamos nosso passeio.

E dá-lhe linhaça branca, dourada, em grão, moída, quinua, gelatina, tudo que é bom pra um monte de coisa hoje e, amanhã, pode virar um veneno.

Ninguem resiste às legítimas. A mala ficou parecendo mala de mascate. Tem de todo tamanho, toda cor, pra todo gosto.

Bromélias. Não precisa dizer mais nada.

Encomenda de netinha. Mel e doce de leite. Morde a pontinha e fica o dia inteiro se deliciando.

Grãos e mais grãos. E a apresentação realmente é muito bonita. Dá vontade de comprar até o que a gente não gosta.

Na França o povo só tem banana nanica ou catura. Aqui, tiram a barriga da miséria. Cada dia querem comer uma diferente.

Lindas e deliciosas pimentas. Cores de fazer inveja a qualquer Van Gogh.

Pra Semana Santa já tá tudo lá te esperando. De bacalhau a pinhão.

Amo esta parte de artesanato. As peneiras, ai as peneiras. A infinidade de utilidades que elas têm. Sou apaixonada. O mercado, nos meus tempos de criança, era lugar de comprar frutas, legumes, mantimentos, passarinho. Hoje virou mais uma Feira de Artesanato. Deve existir, no máximo, uma meia dúzia de barracas de frutas, verduras e legumes, mas continua sendo um bom lugar pra se ir.

A lembrança que me traz estas cabacinhas, é do meu pai tomando uma branquinha antes do jantar, "pra abrir o apetite" ele dizia. Como se precisasse! Tudo é desculpa pra quem aprecia e bebe com prazer uma boa cachacinha. Eu disse boa? Como alguém pode achar aquilo gostoso!

Quem nasceu na metade do século passado aqui nas Minas Gerais, foi possuidor de uma violinha desta. O som é estridente, meio esganiçado, mas a gente adorava.

A carinha das galinhas d'angola são muito fôfas! Houve adquirância.

Sempre achei lindo o capim dourado. As peças de tempos atrás eram feinhas, de um gosto diferente do meu. O SEBRAE andou dando uma ajuda pra turma que faz os trabalhos, e agora eles estão fazendo peças lindas. O que era só cestinha, hoje virou sandálias, bolsas, bijuterias muito bonitas e modernas, enfeites pra casa. Um mundão de opções.

Olhe como ficam lindas as flores feitas com a palha de milho! Pra mim poderia ser um buquê de noiva. Super original.


E, pra finalizar, achei esta pobre e linda bicicleta feita de cipó, estacionada num canto feio do lado de fora da loja. Espero que alguém a leve pra casa e cuide bem dela. Tá precisando de carinho e de um bom trato. Não trouxe pra mim porque aqui em casa seria eu ou ela; não tem mais vaga nem em pé.
Uma pena eu não ter me lembrado de fotografar a pratada de mexido doido ingerido por minha amiga. Mas já eram 4 da tarde, eu morta de fome, e, quando meu PF chegou, avancei nele sem dó nem piedade. Arroz, feijão, macarrão, omelete, alface e uma rodela de tomate. Só quando raspei o prato que me lembre da fotografia. Fica pra próxima. O restaurante fica dentro do mercado e se chama Casa Cheia. Rango gostoso e pessoal gentil.

BAR E RESTAURANTE CASA CHEIA
loja: Corredor: S16 Telefone: 3274-9585

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte. Vamo lá?

É a segunda vez que vou a este museu, levando francesas. Ele é muito bom. Bom mesmo! As duas amaram. Da primeira vez esqueci a câmera e coloquei fotos do site dele, e desta vez, entrando no museu, vi que não tinha levado a câmera de novo. Só de birra voltei em casa e peguei. Não queria colocar só as fotos deles pra vocês. Queria mostrar o que "eu vi".


                                                   As palhas protegiam os garrafões de vidro.

O caldeirão pra preparar o feijão e a chaleira pra água do café. E o coador esperando...

As malas de outrora em couro duro e trabalhado. Lindas! Fortes, porque precisavam ser resistentes a chuva, lama, sol e poeira. Fora os solavancos.

Esta mesa linda servia pra colocar doce ou fruta, que os escravos vendiam nas calçadas ou nas ruas mesmo.

Olha o passarinho! Frase usada até hoje, quando se vai fazer uma foto. A origem dela eu não sei, mas, que o mistério daquele moço escondido atrás do pano escuro e, que fazia aparecer as pessoas exatamente como eram, lá isso era bonito demais!

Balança pra pesar escravos adultos. De doer o coração até hoje.

Esta menorzinha era pra pesar as crianças. Vale o quanto pesa. Deve ter vindo daí a expressão. Ou não?

Balança maravilhosa toda feita em madeira. E mais lindo ainda é que o Museu tem luz natural na quase totalidade dele. E a estação do metrô logo atrás. Antigo e novo lado a lado. Lindo mesmo!

                          Roda de carro de boi. Dá pra ouvir o ruido melancólico e repetitivo dela.

Charrete que fez minha amiga grudar os olhos por uns bons 15 minutos. Não cansava de admirar.

Mais um momento de emoção e coração doendo. Saber o quanto era retirado de pedra e cascalho do rio em um dia de trabalho, pelos escravos. E vendo o tamanho e peso das bateias, dá pra sentir a dor que eles sentiam nos músculos na hora de ir pro chão dormir. Ninguem merece isso! Copiando o Caetano, "Homem foi feito pra brilhar,  não pra ser escravo e morrer de dor"!

O encaixe das rodas e roldainas de madeira é pra ser admirado, e admirado, e admirado.

O tacho de cobre usado pra fazer rapadura, foi tão usado, mas tão usado, que ganhou dois remendos. Um maior e outro menor. O esforço de esfregar a pá pro melado não grudar no fundo provocou os dois furos.

Prensa pra fazer telha. Uma a uma. E o método era moderno, porque as antigas eram moldadas nas coxas dos escravos. Imagine o que virava a pele, com o barro sendo esfregado nela por dias e dias, anos e anos...

Pausa pra chorar de rir. Em francês, fazer xixi é "pisser" (expressão comum),  e "grama" é um diminutivo de avó. Vovó. Então a Michette traduziu ao pé da letra, perguntando indignada:
- Porque não pode fazer xixi na vovó?

O chão dos meus sonhos.

Impossível não parar pra admirar tanta beleza e cuidado!

Tudo absolutamente brilhando!

Esta é a entrada pro Museu.

Antiga janelinha pra se comprar os bilhetes de trem. Aberta e fechada. Lindas!

E o Museu visto com a luz do sol do final da tarde. Um passeio e tanto!

http://www.mao.org.br/

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Lugares que dão frio no estômago



1.Pont de l'Aiguille du Midi (France)

A vertigem aqui é certa. Fica nos Alpes Franceses a 3.842 metros de altura na cordilheira do Mont Blanc e precisamos subir em um teleférico pra chegar lá. A passarela, além de fazer a gente ficar tontinha, serve pra passar de uma montanha pra outra.

2. Pont Royal Gorge (Colorado, USA)
Esta é a ponte suspensa mais alta dos EUA. Nem a poder de paulada passo por ela. Foi construida em 1.929, e fica a mais de 280 metros de altura sobre o Rio Arkansas.

3. Pont suspendu de Trift (Suisse)
Ponte só pra pedestre construida em 2.004 nos Alpes Suiços. Ela tem 99 metros de altura. Bom passeio.

4. Pont de corde de Carrick-a-Rede (Irlande du Nord).

Essa aí acho que eu encaro. Tem só 30 metros de altura e foi construida por pescadores que queriam ir pro outro lado onde tem uma ilha e pescar salmão. Hoje os turistas se apossaram dela.

5. Capilano Suspension Bridge (Canada).

Esta aí, tem 70 metros de altura e fica no meio de uma floresta perto de Vancover.  Foi construida em 1.889,  é estreita e balanga. Tô fora!



6. Pont Mackinac (Michigan, USA).

Essa ponte assusta a todos que passam por ela. As autoridades do Michigan tem um serviço de ajuda pra quem não tem coragem de dirigir até o outro lado. Demais, né não?

7. Pont Ojuela (Mexique).
Hoje esta ponte liga o nada a lugar algum. Foi construida toda em madeira por um engenheiro alemão, e levava os mineiros pra trabalhar em uma mina, hoje desativada. Os cabos de metal foram colocados muito depois. Ela tem 100 metros de altura. Se do outro lado tivesse alguma coisa muito interessante pra ver, talvez eu fosse. Mas, sem ter nada pra ver, pra que correr o risco?


8. Pont de la baie de Chesapeake (Maryland, USA).

Com seus 180 metros de altura, esta ponte fica na baia de Chesapeake e liga leste a oeste de Maryland. Atavessar essa jeringonça é um ato de coragem. As tempestades são frequentes por lá e quase sempre a visibilidade é zero, fazendo com que as pessoas tenham que parar no meio da ponte e esperar a confusão passar. Vai encarar? Eu, mais uma vez, tô fora!

9. Ponts de singe (Vietnam).

Essa é fichinha. Na minha terra isso se chama pinguela.

10. Pont Thussaini ( Vietnan )


Essa é chic. Muito instável e o rio tem uma correnteza super forte. E pra animar, do lado dá pra ver os restos mortais da ponte antecessora...rs. Vai com Deus!

Tirei daqui:
http://fr.voyage.yahoo.com/p-promotions-3360641

O buraco no muro. Pra quem ainda não viu

terça-feira, 12 de abril de 2011

Não menospreze um buraco sujo e cheio de lodo.

Eu sempre fui louca por fotografia. Mas precisou que eu ficasse muuuuito mais velha...rs, pra ter mais paciência, mais calma, e assim começar a fazer fotos melhores. Quando eu era mais nova, mirava no alvo e plac! mandava ver, ser ter a calma e o cuidado de procurar um melhor angulo ou luz. Tudo que faz a diferença em uma boa foto.
Ontem passeando por Vila Velha, na prainha, vi este buraco. Pensei que daria uma foto legal. Mas, a minha surpresa foi de que, quanto mais eu me agachava e procurava um angulo melhor, mais descobria que daquele buraco saiam imagens lindas. Olhe só e veja a surpresa da última foto.



Não ficou legal?  Me entusiasmei e fiz muitas mais. Vou mostrando pra você aos pokinhos.

SÓ AGRADECIMENTO. MUITO OBRIGADA A TODOS

 E que 2025 seja muito gentil conosco. Merecemos muito.