Quem poderia nos representar melhor em nosso dia do que ela!
Um
repórter perguntou à Cora Coralina o que é viver bem? Estou a anos luz de escrever lindamente como ela, mas dividir com você este poema lindo, isso eu faço com prazer. E quero ficar velhinha assim; linda e colorida. O QUE É VIVER BEM?! Ela disse-lhe: “Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo prá você, não pense. Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais. Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou? Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás. Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos. Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo. Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.” "Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir." |
quinta-feira, 8 de março de 2012
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas ou simplesmente, Cora Coralina
quarta-feira, 7 de março de 2012
terça-feira, 6 de março de 2012
Não tá me reconhecendo? Como assim!
Vendo um programa na tv outro dia, ri muito e me identifiquei com o assunto em pauta que era, " reconhecer pessoas fora do seu habitat natural".
Explico. Já não aconteceu com você de encontrar com alguem na rua, a pessoa te cumprimenta cheia de intimidade e você não tem idéia de onde ela surgiu, quem vem a ser essa figura? Só descobre quem é, depois dela se identificar e mentalmente você colocar nela um uniforme de trabalho completo.
Você vê esta pessoa todo dia, trabalha com ela, mas "à paisana" ela vira outra. Fica irreconhecível.
Quando trabalhei na empresa de Alimentação Industrial isso acontecia com frequência. As meninas e os meninos, sem as botas, as tocas cobrindo todo o cabelo, luvas, máscara, são outras pessoas.
As vezes acontecia de na porta da empresa, na saída do trabalho já tava o problema armado. Pelo amor de Deus? Quem é você? De onde surgiu? Aquela criatura que eu não sabia nem se tinha cabelos, aparecia com um cabelão lindo, solto, uma mini com os coxões de fora, maquiagem, quer dizer; outro ser. Como reconhecer? Ali na porta ainda era um pouco mais fácil, mas, na rua, no shopping, cinema, misturada a um monte de gente, impossível!
Mico maior eu paguei uma vez em um prédio em construção. Fui conversar com um engenheiro sobre um problema, e ele me atendeu de capacete, no meio da confusão de tábuas, cimentos e andaimes, roupa de trabalho. Foi uma conversa tensa, cada um querendo mostrar suas razões, enfim, disputa entre cliente e fornecedor. Fiquei de voltar no dia seguinte pra finalizar a conversa, e eis que fui recebida por um mané sem capacete, todo arrumadinho, com roupa de domingo.
Perguntei:
Perguntei:
- Por favor gostaria de falar com o fulano de tal.
Ele.
- Como assim?
Eu:
- Falei com ele ontem, uma canseira o cara, e fiquei de voltar hoje pra finalizar um assunto. Pode me chamar por favor?
Ele disse:
- Sou eu.
Quando consegui imaginar o mané com a indumentária do dia anterior, reconheci e pedi pra morrer.
E minha reação numa hora dessa é sempre a mesma. Brinco com a figura, tipo, como você me aparece assim, completamente diferente? A pessoa que conheci não é essa! Cadê seu capacete, suas botas e todo o resto que me faz te identificar?
É a única forma de amenizar um pouco a merda já institucionalizada.
Tem mais micos e causus deste tipo. Depois eu conto.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Adoro nenem; pequetito, roupinhas, cheiro, carinho
E a casinha do bebê? Amei. Cantinho aconchegante e quente.
Idéias de quadrinhos pra enfeitar o quarto do seu gatinho ou gatinha.
Olhe que charme este protetor de bebe que circunda o berço todo feito de tecidos coloridos!
Casinha do neném
Imagine os pezinhos gordinhos, fofinhos, recheando o feltro macio!
Atenção: este post foi baseado em ideias lindas da revista MARIE CLAIRE IDÉES. Qualquer semelhança com empurrão pressionando sombrinhas, não passa de mera coincidência.
Atenção: este post foi baseado em ideias lindas da revista MARIE CLAIRE IDÉES. Qualquer semelhança com empurrão pressionando sombrinhas, não passa de mera coincidência.
domingo, 4 de março de 2012
Poesia do Geraldo pro domingo ficar mais lindo ainda!
Dia Branco
Geraldo Azevedo
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo..
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Comigo, comigo.
sexta-feira, 2 de março de 2012
E a nuvem não era passageira!
Olício peça rara.
Um dia apareceu na minha sala irritado, coisa rara ou jamais vista. Hoje eu entendo perfeitamente bem a causa da irritação.
Ele dizia que tava perdendo a paciência com os olhos. Coçava, esfregava, colocava colírio e nada adiantava. Segundo ele era como se uma nuvem não saísse da frente deles. Num momento de estupidez animal e no limite da paciência, me disse:
- Qualquer hora dessa pego um bombril e esfrego no olho pra ver se este embaçado passa.
Antes que a anta colocasse seu desejo em prática corri e liguei pro meu oftalmologista, que me socorria nestes momentos, e pedi pra ele ver o que tinha os olhos do moço.
Catarata.
Simples assim.
Operou e ficou bom feito côco.
Eu também operei e nem precisei do bombril. Mas é realmente uma nuvem que tira a gente do sério.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Aborto; legalizar é parte da solução do problema
- Eu não quero uma menina.
- OK, mas nos vou anotar que é por uma outra razão, pra deixar no seu dossiê. Dizer que você é muito jovem pra ser mãe, tá bom pra você?
Cena filmada por uma câmera escondida pelo jornal britânico The Daily Telegraph, que fez esta semana uma enquete sobre aborto ligado ao sexo na Inglaterra. As investigações do jornal, mostraram trezentas clínicas clandestinas de aborto.
Ao contrário da maioria dos países da Europa, incluindo a França, as mulheres na Inglaterra, pra fazerem um aborto devem justificar sua decisão perante dois médicos, que deverão dar o seu acordo. As justificativas aceitas pela lei de 1.967, são a nível médico ( gravidez que coloca em risco a vida ou a saúde da mãe, criança com problemas de má-formação ou deficiente físico) e pro lado social ( a mãe não tem condição de criar uma criança). Fazer um aborto por causa do sexo da criança é ilegal.
Outro caso filmado em Birmingham.
A paciente explicou que queria abortar porque estava grávida de uma menina e seu marido queria um menino. Só se fosse menino.
- É este o seu motivo? Mas não pode! Você está no período que ainda pode fazer o aborto, mas esta é uma forma de infanticídio feminino, disse o médico.
- Será que não podemos colocar outro motivo no dossiê? Pergunta a paciente.
- Sim, porque essa não pode. Eu vou colocar que você é muito jovem pra ser mãe. Disse o médico sorrindo.E em uma outra clínica de Londres, uma médica também concordou que outra paciente não tivesse um filho.
- Meu marido já tem um menino do primeiro casamento e a gente não quer um segundo, se justificou a mãe.
Segundo o jornal, os pais não querem dar continuidade a uma gestação por conta do sexo da criança, eles querem "equilibrar" a família afim de não ter só meninos ou só meninas."Uma prática totalmente repugnante", foi o que disse o Ministro da Saúde. Segundo ele, as leis foram feitas pelo Parlamento, não pelos médicos e se estes não estão de acordo e tem alguma coisa contra devem dizer e não cometer atos ilegais.
Traduzi parte deste post daqui:
http://www.lefigaro.fr/international/2012/02/24/01003-20120224ARTFIG00448-des-avortements-selectifs-font-scandale-au-royaume-uni.php
Não penso que alguem seja a favor do aborto puro e simplesmente. Ninguém pensa:
- Vou engravidar porque quero fazer um aborto.
Mas ao mesmo tempo, penso que as pessoas tem o direito de decidir sobre a sua vida, seu futuro e o futuro de uma criança que não querem naquele momento.
Vendo estes casos e alguns outros, fiquei pensando; ainda estamos lutando no Brasil pela legalização do aborto. Temos que estar preparados pros problemas e dúvidas que virão, depois da legalização.
Andando de ônibus em BH
Sempre que entro em um ônibus me lembro de um amigo que dizia:
- Muito cuidado com o povo de ônibus.
- Uai! Por que?
- Já olhou pra dentro de um ônibus? Todos estão olhando pra fora. Vêem tudo. Não deixam passar nada.
Verdade.
Menos eu, que hoje fiz um longo percurso e só observando o povo de dentro do ônibus. Só perdi do lado de fora, uma placa que queria fotografar e não deu tempo. Um brechó chamado " Só não vendo a mãe". Adorei o nome, e se tivesse com tempo ia entrar e pedir um pai pra levar pra casa...ainda passo lá um dia pra fazer a brincadeira. Pensei também em pedir um moço bonito pra embrulhar e degustar em casa...rs.
Fiquei observando o pessoal e as poesias penduradas em cada banco. Não vi ninguém lendo. Aliás, vi uma senhora reclamando que " cada um que passa embola com essa coisa!" Ri sozinha.
Eu sempre leio e tem poesias legais. Pro meu modo de pensar, deveriam ser poesias com uma escrita mais simples, de humor. Ninguém tá com saco pra ficar queimando mais ainda os miolos com poesia concreta ( não sei se ainda chama assim) dentro de um ônibus quente com um calorão dos infernos. Por falar em inferno ontem ouvi uma boa com o Leo Jayme:
- No Rio tem as 4 estações sim; primavera, verão, outono e inferno.
Moça prevenida. Abanava com tanta velocidade o leque, que sobrava até um ventinho pra mim.
Esta dai é mais simples. Gostei. Poesia brasiliense. Do outro lado tinha uma muito boa do Affonso Romano de Sant'Anna.
Sempre reclamei que em BH deveria colocar nomes nos pontos de ônibus. Pronto. Colocaram e ficou bem melhor pra você indicar a alguem como chegar a um lugar. E, dentro de alguns ônibus já tem o mapa do percurso também; melhor ainda. No meu de hoje não tinha.
A av. Paraná tá precisando que alguem da Prefeitura passe por lá e olhe com olhos de revitalização.
Ninguém leu enquanto eu estava no ônibus, mas o plástico serviu pra aplacar o calor desta moça. Como dizem lá na roça:
- É bão tamém!
Este percurso todo, foi pra chegar no Mercado Central e comprar meus petiscos preferidos.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Óooodio de mim mesma!!!
Então lá fomos nós passar a Páscoa na casa de campo dela em Avignon.
Ela de carro novo, tacou o pé no acelerador sem nem conhecer o carro direito. Um susto atrás do outro. Teve um momento que eu disse:
- Você não acha que tá com o pé meio pesado?
Ela respondeu na maior cara de pau:
Ela respondeu na maior cara de pau:
- Não estou nem sentindo.
No que eu disse:
- Mais um motivo pra maneirar.
Eu mereço!
Mas não é este o caso.
Um belo dia, ela foi tomar banho. O quarto dela ficava no segundo andar da casa.
Eu tava fazendo não sei o que embaixo e de repente ouvi os gritos dela:
- Socoooooorro! Socoooooorro! Iêeeeeda! Iêeeeeeeeda!
Nem me lembro no que pensei que poderia estar acontecendo. Corri pela casa que era enorme, subi as escadas num pé só e fui seguindo o som dos gritos.
Já fui entrando no quarto dela e sentindo o drama. A água vinha do banheiro quiném uma cascata.
Ela em pânico gritava:
- Faça alguma coisa, por favor!
Quem tá no meio da confusão não tem condição de pensar. A primeira coisa que fiz foi fechar a torneira e puxar a tampa do ralo. E, logo em seguida, fui jogando no chão as toalhas de banho que estavam no banheiro. Todas... todas enormes, felpudas e lindas toalhas Hermés.
A coisa foi se acalmando aos poucos, menos a Princesa, que continuava esbravejando agora com ela mesma.
E acreditem se quiser; ela gritava de ódio dela mesma. E dizia:
- O pior de tudo é que não tenho ninguém com quem brigar, colocar a culpa. Eu fui a culpada. Coloquei a banheira pra encher e me esqueci.
- O pior de tudo é que não tenho ninguém com quem brigar, colocar a culpa. Eu fui a culpada. Coloquei a banheira pra encher e me esqueci.
E ficou mais espumando ainda quando eu concordei dizendo:
- É verdade. Dessa eu me safei...hehehe.
A raiva dela era não poder ficar brava comigo ou qualquer outro plebeu. Queria arrancar meu coro se pudesse...rs.
Mas estar em panico pela água que escorria ela tinha razão. A casa, uma antiga fazenda maravilhosa com assoalho de madeira cheio de grandes frestas, deixaria cair lá em baixo a água molhando tapetes persas, sofás que pertenceram ao rei de sei lá onde, fora os Picasso e os Monet.
Um drama só.
Assinar:
Postagens (Atom)
E LÁ VAI O DIMDIM!
E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...
-
O que mais tem pelas ruas de Bodhgaya é criança pelada. Outro dia trombei com esse embondinho e fiquei observando ele puxar com o maior ...
-
As fotos que fiz pro post de ontem, foram tiradas de dentro da Guest House onde estou. Só Deus sabe porque, coisas do Nepal, ontem viemos ...