quarta-feira, 24 de abril de 2013

Reencontro com amigos ou; em terra de cego....

Olha ele aí de novo. Quem acompanha o blog já conhece essa peça rara daqui


E passei de propósito agora pela rua dele e lá tava ele e sua turma.
E descalço. Vontade de dar "um couro" nele. 
Engraçado, que me veio agora a idéia de que dar uma surra com correia de couro antigamente era costume. Daí deve ter surgido a expressão, "dar um couro"!
continuando...
Ele veio todo sorridente falar comigo e claro que junto com ele mais uma dezena de crianças.
Perguntei:
- Kadê a sandália?
- ?
- Por que não tá de sandália?
- ?
A carinha dele era de indignação, dúvida, não entendimento da pergunta. 
E eu vou entendendo aos poucos, muito pouco,  a cabecinha desse povo.
Ok, comprei a sandália, usou uma semana e sei lá onde enfiou. A explicação que dei sobre a necessidade de proteger os pés foi pouca, muito pouca pra quem nunca andou de sapato. Deve pensar:
- Que raio de bicho é esse que entra pelos meus pés e eu não posso ver...coisa de povo estrangeiro. Besteira! Muito melhor ficar em contato com a terra, correr e brincar sem sandália me "empaiando"!.
Ai Jesus! E a gente faz as coisas achando que tá fazendo um vantajão.
Se não bater dia e noite na cabecinha deles, não vai entrar de forma alguma.
Como diz o ditado antigo:
Angu de um dia não engorda cachorro magro!

Desde pequetitos eles ajudam na labuta da casa


Mais  fashion impossível! Como eu gosto. Cada botão de uma cor...rss...

Pra variar estamos em época de festival, de oferendas aos Deuses. De agradecimentos. Então todos se viram e tem uma roupinha nova pra colocar. E sempre bem coloridas porque é assim que os Deuses gostam. Brilho e cor. 
Tudo muito!

Velho conhecido...muito fofo!

Pose pro namastê


Aí veio o pedido!
Porque na cabeça deles todo mundo que vem de fora tem dinheiro. Muito dinheiro. Rico. Riquíssimo! E eu não ia ficar de fora dessa. Quem tá acostumado a me ver pelas ruas de Bodhgaya, tem certeza absoluta que eu tenho dinheiro pra dar com pau e não tem santo que tire isso da cabeça deles. Já desisti de dizer que não tenho.
E o Arvind falou com a maior simplicidade do mundo:
- Compra uma bicicleta pra mim!
E eu respondi como se fosse verdade:
- Descalço você não ganha nada, se tivesse de sandália eu comprava.
Ele quis só morrer um tico. Deve ter pensado:
Se eu soubesse que iria me encontrar com essa filha da puta hoje teria colocado a porra da sandália. (eu pensaria assim...rss...ele deve ter sido menos grosseiro...rss..)
Ficou olhando pra mim com cara de: - mas não é possível, só porque não tô de sandália!
Aí eu disse, que comprar bicicleta não é como comprar uma sandália, que é muito caro e eu não tinha dinheiro e quem sabe um dia, se eu tivesse, eu iria me lembrar dele.
Mesmo que tivesse a grana não compraria. Comprar só pra ele não faz sentido. E o resto?

Como o indiano vive com fome, ou melhor, a qualquer hora que você ofereça comida eles aceitam, sugeri um lanche pra quebrar o galho já que não iria rolar bicicleta.
Toparam na hora...melhor agarrar o certo...rss


E nos sentamos na escadinha dessa loja pra comer uma samossa muito gostosa com refrigerante. Evidente que ninguém quis suco. Já viu criança querer suco no lugar de refri? Nem aqui. Ou melhor, muito menos aqui, onde tomar um refrigerante que custa 30 rúpias* é artigo de muito luxo.
Igualzim no Brasil dos anos 50, 60. Refrigerante, só no aniversário e Natal.


Mas o Arvind não ficou convencido. No dia seguinte quando saí de casa ele tava me esperando e falou de novo na bicicleta. E eu repeti a mesma história. Ele foi andando atrás de mim, porque muitas vezes eles sabem que vencem pela insistência e eu fui mais dura com ele, apesar de ser difícil demais pra mim, falei: - volte pra sua casa que não vou comprar bicicleta. Se for comprar algum dia sei onde te encontrar.
E ele voltou cabisbaixo. Nem olhei pra trás pra não voltar atrás e fazer besteira. Não posso, não devo e não tenho condição de comprar tudo que me pedem.

A propósito. Sabe quanto custa uma bicicleta novinha em folha?
70 dólares ou 140,00 reais.

E pensando, pensando, se a gente compra 10 bicicletas pra escola? 20 crianças vão poder ir e vir com mais conforto e confiança. 
Li uma reportagem sobre um adolescente americano que tem comprado bicicletas pra crianças indianas e ele disse uma coisa muito interessante:
"A experiência tem sido muito bem-sucedida e o próprio Thomas Hircock admite que tem aprendido muito, nomeadamente que um simples meio de transporte pode ser revolucionário. “Dar uma bicicleta a estas crianças é torná-las mais fortes, é dar-lhes poder. É uma coisa incrível de se fazer”, conclui".
*30 rúpias mais ou menos 1 real - pra você ter uma ideia do quanto é caro, 1 samosa, que é enorme e muito nutritiva, custa 5 rúpias, mais ou menos 0,20 centavos


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segunda-feira, 22 de abril de 2013

IPÊ INDIANO

Pelo menos aqui em Bodhgaya, por onde eu ando me encanto com estas árvores. Cada uma mais florida do que a outra!














domingo, 21 de abril de 2013

Mahabodhi Templo um lugar pra comer, rezar, amar!

Meu canto predileto em Bodhgaya

Venho aqui pra visitar o dono da casa, conversar com ele, pedir ideias

Venho aqui pra ver as árvores, as flores, as pessoas

Venho aqui pra comer tranquila, ler, fazer nada

Venho aqui pra fotografar

Venho aqui pra sentir a calma e a paz do lugar

Venho aqui agradecer ao dono da casa por tanto que esta vida tem me dado

Cada vez descubro um cantinho, um templo, um jardim diferente

Venho aqui pra ver e fotografar em todas as luzes do dia


Venho aqui depois da chuva pra sentir o cheiro da terra e das plantas molhadas




Venho aqui pra amar cada vez mais essa cidade, esse povo.

sábado, 20 de abril de 2013

EU SÓ QUERIA ENTENDER!

 Índia

França

 Índia

França

França

Índia

Índia

PREÇO DE BILHETE DE TREM 1ª CLASSE DE GAYA PARA NOVA DELHI-ÍNDIA - 989 km, com direito a jantar e café da manhã - deitado
 Rs 1.742,47  o que equivale a R$ 63,00 ou U$ 31.0

PREÇO DE BILHETE DE TREM 2ª CLASSE DE PARIS PARA CHAMBÉRY - FRANÇA - 572 km sem direito a refeição alguma - sentado
97,00 EUROS o que equivale a R$ 254,00 ou U$ 130.0

PS.: conheço o trem que vai pra Delhi. Já fiz esta viagem. É super confortável, lençóis branquinhos e cobertores limpos, serviço muito bom e pessoal cheio de atenção.
Conheço muito bem esse caminho que vai pra Chambéry. O trem é ótimo, pontual, tem serviço de bar legal e super caro como em todo trem europeu.
Deve haver uma explicação pra essa diferença tão grande de preço!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

ATLÉTICO PARANAENSE-PRIMEIRA CAMISA PRA VOCÊ

QUER CONCORRER? QUER PRA VOCÊ?
MUITO SIMPLES
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 OBRIGADA MIL VEZES AO  CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE PELA GENTILEZA E OBRIGADA A TODOS OS JOGADORES PELA FORÇA
Obrigada Marzza Silva




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MUITO OBRIGADA DE CORAÇÃO A TODAS AS PESSOAS QUE ESTÃO NOS AJUDANDO
NAMASTÊ!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Meu amigo Reynaldo Rocha empurrando, dando força, sempre! Obrigada querido!


REYNALDO ROCHA

Jamais escrevi um comentário neste blog – ou no Setti – absolutamente plural, com um pedido de publicação. Ficaria envergonhado ao extremo. Se são publicados é porque meu irmão Augusto os lê com os olhos da amizade.
Mas há sempre uma primeira vez. Sem que com isso, a vergonha não seja intensa do mesmo modo. Avaliei, pesei, me envergonhei por antecipação e resolvi correr o risco de pedir a publicação na nossa Feira sempre Livre!
E explico a razão. Tem nome, endereço, CPF e rosto. Chama-se IEDA DIAS. Que está na seção Entrevista, no blog do Augusto. Quem não viu precisa ver. Especialmente a parte 2.
Tenho insistido na AÇÃO efetiva de todos nós. No combate à Era da Mediocridade. Que saiamos da zona de conforto que existe frente a um teclado e que façamos algo efetivo. Tento fazer. Passeatas, manifestos, etc.
É reconfortante visitar um asilo de idosos para bater papo, preparar um lanche (com os cuidados alimentares para a terceira idade) e levar uns cães para fazer companhia. Ou oferecer sopas e pães quentes nas frias noites de BH, além de cobertores para drogados, bêbados e desassistidos. Aprendo muito mais com eles do que o pouco que ofereço.
IEDA é radical! Assumiu 100 crianças (sim, já são cem). Do outro lado do mundo. E luta para dar-lhes um futuro. Para que as meninas sejam respeitadas, pois ainda há na Índia um entulho cultural que relega as mulheres a um terceiro plano. Que ensina o básico ─ e entre o básico figura o inglês, para que sejam cidadãos do mundo.
Originária de um país – o nosso – que exporta vergonhas, IEDA já foi matéria de jornal (de âmbito nacional, na Índia) e da BBC! Como exemplo de dedicação.
Sem nenhum vestígio de soberba ou orgulho. Só com a alegria de viver.
Então, qual o motivo deste post, já que a entrevista está no ar no nosso site do Augusto?
Para agradecer ao Augusto e ao Setti. Ambos, desde o momento zero, apoiaram nossa Morena. Até porque a conhecem de outras batalhas.
E para cobrar de todos. Sei que é deselegante e até ofensivo. Por favor, não entendam assim.
Cobro – de quem assim queira, obviamente ─ alguma ajuda. Valor? Que tal UM real? Será aceito com entusiasmo pela IEDA. Com mais um real, mais um menino vai ter um calçado (na Índia uma sandália custa 2 reais). Com este real (e mais 3 outros) compra-se uma calça jeans para o inverno (agora está 39 graus!) que se aproxima. E no inverno a temperatura chega a ZERO grau.
As contas bancárias para a ajuda são aqui do Brasil! IEDA, nas mesmas, informa o CPF e diariamente posta no blog http://oquevivipelomundo.blogspot.com.br/  a utilização de cada CENTAVO que recebe!
Um dia, no Brasil, ONGS e PACS serão assim. IEDA É!
Aos amigos que justamente criticam (como eu) a inoperância das oposições no Brasil, não seria o caso de NÃO termos o mesmo comportamento de insensibilidade que vemos neles?
Ajudem!
E lembrem-se: “Não pergunte por quem os sinos dobram! Eles dobram por você!”.

Nota.: Artigo que saiu hoje na coluna do meu querido amigo AUGUSTO NUNES, na VEJA.COM
 http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/videos-veja-entrevista/

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E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...