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Estava eu em NY,
voltando pro Brasil mais uma vez. Isso aconteceu pouco tempo depois do
11 de setembro. Tô eu no aeroporto, já na ala internacional.
Vinha de Paris, e me lembro bem, que só dentro do aeroporto CDG fui revistada 6 vêzes. E em NY
não ficava atrás a revista. Acho, que foi quando começamos a tirar
sapatos em aeroportos. Tinha gente indignada, com a novidade.
Comprei um café e fui procurar um lugar pra me sentar. Tava difícil,
aeroporto lotado. Então me sentei num banco alto, onde tem umas mesas
sinuosas e as pessoas ficam umas de frente pras outras. Tava lendo um
livro quando sentou um moça na minha frente. Cheia de papéis, celular,
bolsa, mochila, aquele tipo meio desajeitado, cheio de tralhas. E ela me
chamou a atenção, porque logo que sentou, começou a falar ao telefone e
vi que falava hebraico. Como já tenho interesse pela terra, pela língua
e pelo povo judeu, ficava tentando entender alguma palavra, procurando
pela memória algumas que tinha aprendido nos meus tempos no kibbutz.
Ela falou, falou, entendi quase nada, escreveu também em hebraico um
monte de coisas, depois juntou sua tralha e saiu. Ela não me notou. Nem
me viu. Tava muito entretida com sei lá o que escreveu e com o que falou
pelo celular.
Depois de um tempo, terminei meu café e resolvi dar uma caminhada pelas
lojas. Quando me levantei e fui pegar minha mochila no chão, vi caído um
cartão de embarque.
E por tudo que estava escrito nele, sabia que era da moça desarvorada que havia se sentado na minha frente. Tava indo pra Tel Aviv.
Juntei minha tralha e saí rápido procurando o portão de embarque dela,
já que ela tinha saido rapidim, porque já tava quase na hora de voar.
No meio daquela confusão de povo, avistei de longe o portão, e, quando
olhei, ela tava sentada no chão, ao lado do guarda, mochila vazia, tudo
que estava dentro dela esparramado pelo chão, e ela, desesperada
procurando o cartão de embarque. Falava com o guarda, que escutava
sem a menor emoção de compaixão, ela se explicar, que ele tinha que
estar em algum lugar.
Cheguei em frente a ela, parei, e ela me olhou, com um olhar de " o que
foi agora? " e eu estiquei o braço e entreguei o cartão pra ela. E saí.
Me virei, sem dar tempo dela dizer nada. Fiz isso sem pensar. Devia ter
pelo menos falado alguma coisa. Mas, sei sim, porque. Não quis que ela
ficasse me agradecendo eternamente pela salvação da lavoura.
Mas, hoje me arrependo um pouco. Imagino, que ela jamais vai entender
porque alguem chegou vindo de não sei onde e este alguem sabia que ela
havia perdido seu cartão de embarque. E o pior. Onde ela tinha deixado
cair.
Como já aconteceu comigo algumas vêzes fatos semelhantes, onde
apareceram anjos da guarda vindos de não sei onde, deixe ela pensar que
fui um deles, que chegou na vida dela, no momento certo.
Dois anjos da guarda que me ajudaram, nos links abaixo.
http://oquevivipelomundo.blogspot.com/2009/12/paixao-pela-foto-e-perdidamente.html
http://oquevivipelomundo.blogspot.com/search/label/berlim
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Com a chegada da primavera, nossas crianças retornarão finalmente à escola.
Graças a Deus e até que enfim.
Está programado pra primeiro de março o retorno às aulas na Índia.
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E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...