quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Eita mundo pequeno, meu Deus! Eu na China...
E estávamos eu e minha amiga em Pequim. Apesar das dificuldades com a língua e pra circular, fizemos tudo que queríamos.
Saímos
um dia pra ir à Casa da Amizade, que era uma espécie de loja do governo
com artesanato em geral , não sei se ainda existe hoje, mas, quando
fomos lá, a coisa era tão feia que existiam duas moedas: uma pro povo
outra pra turista.
Minha amiga
adorava uma foto. Eu sou mais desligada. E lascava eu a tirar foto dela o
tempo todo. Ao lado disso, em cima daquilo, abraçada com o poste, atrás
sei lá de onde. E brincava com ela dizendo que ela era muito cafona,
com essa mania de foto o tempo todo. Brincadeira mesmo porque não tô nem
aí, quer tirar, tira, ou melhor, eu tiro.
Estamos
nós em frente à Casa da Amizade e ela me pede pra bater uma foto. Lá
vou eu. Enquanto ela fazia a pose, falei: "Eita cafonice meu Deus, essa
mania de foto!" No mesmo instante, ouvi atrás de mim: "acho cafona,
não!"
Me virei e eram dois brasileiros. Até aí nada demais, mesmo sendo na China, há tantos anos.
Começamos
a conversar e eles disseram que estavam fazendo um trabalho, pra não me
lembro quem, trabalhavam no Porto de Tubarão no Espírito Santo.
Pra quem não leu ainda posts mais antigos, aviso que estava de férias, e trabalhava nesta época no Iraque.
Ok.
Minha amiga diz: " vocês são capixabas? Eu também. Que coincidência!" Ainda não foi a maior. Vejam só !
E
continuou ela: "tenho uma irmã que trabalha no porto." E eles: "mesmo?
Como ela se chama?" Apesar de ter trocentos mil funcionários, esta
pergunta é inevitável, né?
Parênteses (adoro um).
Já
encontrei, não só uma vez mas várias, pelo mundo, gente que me diz:
"você é brasileira? Tenho um tio que mora em São Paulo. Fulano, quem
sabe você não conhece?" Quando tô num dia ótimo, arrasto a conversa.
"Fulano? Como ele é? Parece que já ouvi este nome..." hhheeeee.....
Voltando ao papo...
"Ela
se chama X." "Mentira! Não acredito!!! Você que é a Fulana, irmã da X?
Olha, quando falei que tava vindo pra cá, sua irmã, que é minha amiga,
me disse que você também viria de férias, mas nem falou mais nada,
porque vir pra esse planeta China, seria muito achar que a gente poderia
se encontrar."
O que eu acho mais doido é a
gente estar no mesmo lugar, naquela hora, parados a uma distância que um
podia ouvir o outro, e eu ter falado no momento da foto, porque se
tivesse ficado calada, jamais eles saberiam que a gente era da mesma
terra.
Depois conto a odisséia que foi pegar um táxi, neste dia, pra voltar pro Hotel. Com direito a não acreditarem, claro!
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