FINAL DE TARDE NA PRAÇA VERMELHA - MOSCOU

Ontem aproveitamos o final do dia pra conhecer a praça Vermelha, o Kremlin. Noite mesmo, escura de verdade, só lá pra meia-noite. 

Vou começar a mostrar as fotos e já falar o que observei em dois dias de Moscou

- Aqui o carro respeita o pedestre. Você ameaçou de atravessar a rua eles param. Se não ameaçou eles param também e esperam calmamente você atravessar

- As avenidas largas e movimentas tem pouco sinal de trânsito. Pra atravessar passarelas subterrâneas. Ninguém se mete entre os carros

- Tem homem bonito pra dar com pau...ops!

- Mulheres lindas e a moda é a mais variada possível. Tô amando a forma que a mulher russa se veste. Como quer.

- Todas as pessoas que paramos pra pedir informação nos recebeu muito bem e com muito boa vontade

- A arquitetura da cidade é lindíssima, forte, imponente, grandiosa como o homem e a mulher russa (que são fisicamente grandes e imponentes)

- O russo não é barulhento em lugar algum que visitei

- Ao contrário do que fui informada, várias pessoas falam um pouco de  inglês  e se esforçam pra entender e serem entendidos

- Lojas maravilhosas por toda parte

- Tudo caro, muito caro, mas pra brasileiro sempre tem uma saída. Supermercado por exemplo é uma ótima dica pra comer mais barato

- Nem um papelzim sequer nas ruas e vi carrinhos limpando passeios e ruas o dia todo

- A Igreja de São Basílio, hoje um museu lindo por dentro e por fora, me decepcionou assim como a Fontana de Trevi, em Roma. Achava que todos os dois eram grandiosos, imensos, altos, e não são. Mas os dois são lindos. Muito lindos!

- Como tinha lido nos comentários do nosso Hostel, " a localização é 10". Eu achei 1000. Vamos à pé pra todo lugar. Muito bom. E já até tô atalhando pra ir aos lugares. Coisa de brasileira sem medo de ser feliz

E amanhã continuo com mais fotos e mais informação

 

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MERGULHANDO NAS PROFUNDEZAS DAS ESTAÇÕES DE METRO DE MOSCOU

 

- julho 14, 2013

E lá fomos nós conhecer as estações de metro de Moscou. Famosas no mundo todo pela sua beleza.

E são bonitas mesmo! 

Imponentes, enormes, muito bem cuidadas, extremamente limpas. Aliás, tudo que vi até agora é muito limpo. Ruas, estações de metro, estações de trem, pra todo lado tem caminhões pipa lavando a rua, pessoas com vassouras e panos passando em portas de vidros, espelhos, vi mesmo em uma igreja uma pessoa com um pano e um spray desinfetante, limpando todos os quadros ( igreja ortodoxa russa não tem imagem de santo, só quadros) que as pessoas beijam o tempo todo.

Mais que a beleza das estações me impressionou a profundidade...e li que aqui em St. Petersburg ainda são mais profundas. Veja o vídeo lá no final. 1 minuto e 45 segundos descendo. Fiz um outro filme que não sei onde foi parar, depois eu acho e mostro, que passou de 2 minutos a descida. Nem posso imaginar quando acaba a energia, ou se uma delas estraga. 

Achei legal também que elas funcionam de acordo com o fluxo de pessoas. Normalmente são 4. Duas sobem duas descem . Apertou o movimento, 3 sobem 1 desce ou o contrário. Tem pessoas o tempo todo fiscalizando, ajudando, organizando. Todos, todos foram super gentis pra dar informação.

E por falar em informação, pode perguntar sobre como andar de metro em Moscou. Tô crak...dou todas as dicas. 

Andei pra baixo e pra cima o tempo todo e no final nem pedia mais informação...hhheee...o cão chupando manga no metro que não tem uma única palavra escrita que não seja em russo.

 

 

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TEATRO BOLSHOI...APROVEITANDO A SAÍDA E ENTRANDO

  julho 31, 2013

Estávamos voltado pro hotel calmamente, quando vi um monte de gente saindo do Teatro Bolshoi. Todo mundo chiquérrimo. Eu com meu uniforme de viagem. Croc's e jeans...rs

Falei pra Dadá:

- Topas entrar de costas? Fingindo que estamos saindo? rrsss...

E nem dei tempo pra ela responder e já eu já tava lá dentro. Andando contra a correnteza. Mundo de gente.

Na primeira porta tinha uma funcionária do teatro segurando a porta pras pessoas passarem. Pedi a ela pra entrar, conhecer, fazer umas fotos.

Não deixou de jeito nenhum e com cara feia.

Nem liguei. Larguei ela falando sozinha e fui procurar outra porta.

Na outra, tinha uma senhora super simpática que só faltou pedir uma reapresentação do espetáculo pra nós. ( mostro ela no filminho )

- Entrem, entrem, não tem problema.

 E nós tibum pra dentro.

Mais cara de pau impossível, porque era espetáculo de gala.  Como um dos quesitos pra se conhecer o mundo é ter uma boa cara de pau, nem liguei. Usei a minha.

E aí vão as fotos que fiz e o filminho tá lá embaixo.

Vejam que beleza de teatro!

 

http://youtu.be/w7-3tvnN87U 

Este foi o filminho que fiz dentro do teatro.

Não ficou muito bom porque eu tava muito emocionada

mas dá pra se ter uma ideia

 

 

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ARRISCANDO A VIDA PELO AMOR AO PRÓXIMO

18-04-2012

 

Andando pelo bairro judeu da Cracóvia, conheci a famosa Apteka = Farmácia do polonês Thadeus Pankiewicz, mostrada no filme do Spielberg, A Lista de Schindler.

Amei me emocionei e chorei com a história dele. 

Desde que o gueto foi criado ele se negou a sair e largar sua farmácia e os judeus sem nenhuma ajuda. Foi o único que ficou.

Quando os judeus ficavam doentes, ele "maquiava' as pessoas pra elas ficarem mais "saudáveis", mais rosadinhas, e assim os alemães não os levava pras câmaras de gás. E quando os cabelos dos velhos começavam a ficar brancos ele pintava, porque velho era sinônimo de "incapaz", portanto a morte era certa. Muifo fofo, né não?

DEUS NÃO DÁ ASAS A COBRA, MESMO!!

Causus e mais causus. Cada hora me lembro de um e esse é muito bom. Adoro! 

Aconteceu com uma amiga em Londres. A irmã já morava lá e ela resolveu ir também pra ver se se ajeitava um pouco na vida (quiném todo mundo, inclusive eu). Em lá chegando, arrumou um trabalho, ou melhor, arrumaram pra ela. Vale dizer, antes de tudo, o quanto a figura era desligada, não dava muita notícia do mundo, de pessoas, muito menos pessoas conhecidas ou famosas. E o trabalho que ela conseguiu, foi na casa de um músico que morava em Notting Hill Gate. E, quando chegava em casa, ela reclamava muito da canseira do cara, o tempo todo no piano ou violão ou sei lá, qualquer instrumento. Tinha estúdio em casa e, cada hora, tocava um deles (fora os amigos que vinham pra infernizar, mais ainda, os ouvidos da minha amiga). 

Depois de muito falar sobre o barulho da casa, um dia a irmã ficou curiosa e resolveu descobrir quem era essa pessoa que só pensava em música. - Como é mesmo o nome do moço? perguntou. - Meu patrão? - Não sua anta, tamo falando de quem? - Seu Michael. - Sobrenome, darling. - Michael Kamen. - Não acredito! Jura? Você é anta mesmo. O cara só é "O cara" em matéria de música. Meu Jesus, Deus não dá asas à cobra mesmo. Se um dia você não puder trabalhar, eu vou no seu lugar, só pra conhecer o Mr. Kamen e seus amigos. Imagino quem não deve passar por lá ! E, logo depois, descobriu que o tal Sr. Kamen tava trabalhando muito porque produzia, naquele exato momento, a trilha de Licence to kill do 007 - com o gostosão do James Bond que, na época, era o Timothy Dalton - que aqui se chamou "007-Permissão pra matar". Pode?

 Na semana seguinte, estão as duas vendo TV e minha amiga diz, na maior displicência do mundo - Esse aí ó, vive lá tocando também, todo santo dia. 

Canseira ! 

Era o Eric Clapton. 

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Kamen

Dica de filme, que não tenho idéia do nome

Já falei aqui sobre os mosteiros de Meteora, na Grécia. Um passeio de tirar o fôlego de tão lindo. E, a única pessoa no mundo que viu um filme feito em Meteora, fui eu. E digo isso porque já procurei pra todo lado o DVD, perguntei pra várias pessoas, já fui no Google de cabo a rabo e não encontro. Não me lembro do nome, isso tem 600 anos, então, se alguém se lembrar dele por favor me diga.

Mas, como a esperança de encontrar não é das maiores, vou contar o filme...hehehe.

Não é nenhuma obra-prima, nenhum filme de cabeceira mas, a história é muito bem bolada.

Seguinte:

Uma pessoa muito influente, rica, casada e com dois filhos, teve sua mulher e as crianças sequestradas.

Ok. Pula pra toda parafernália de quando isso acontece, principalmente no cinema de país rico : policiais, Swat, carros, sirenes, telefones, invasão da casa da vítima, escutas nos telefones, fotos e o diabo a quatro. Tudo preparado, agora é só esperar os sequestradores ligarem pra pedir o resgate.

Eles ligam, falam o que querem - que não me lembro o que é - e o pai, instruído pelos policiais, pede uma foto da família pra saber se eles estão bem.

E eles mandam a foto : a mulher no meio, abraçada às duas crianças, uma de cada lado, com cara de pavor e encostados em uma parede.

Aí começa a parte legal : análise da foto pra tentar descobrir onde foi tirada, tipo de aparelho e mais um monte de suposições, que eu jamais poderia imaginar pra chegar até as vítimas.

E amplia a foto daqui, espicha dali e um perito descobre uma lasquinha de nada, de um desenho na parede. E amplia mais e entra mais perito e mais todo o equipamento necessário, descobrem que é um pedaço de um ícone. Bom ! Boa descoberta, mas existem centenas de ícones no mundo e como saber qual é aquele e o pior, onde ele se encontra.

Cinema, meu caro Watson, muito elementar. Tem o perito phodão que é especialista em ícones (isso é por minha conta) e descobre que aquele ícone específico está em um mosteiro em Meteora, na Grécia. Sopa no mel ! Mas, quando eles descobrem que o povo tá lá nas alturas e com pessoas armadas cercando o cume da montanha, entra a parte mais criativa do filme : Como chegar lá? Impossível chegar sem serem vistos. Qual a solução? Como eles chegam até lá? Voando. Voando com um instrumento que não faz barulho algum. Qual? Uma asa-delta.

Chegam à noite e pegam todos desprevinidíssimos e resgatam as pessoas sãs e salvas. As imagens das asas, só a silhueta delas na escuridão da noite, é uma cena linda do filme.

E o mais legal de tudo : eu conheci o mosteiro onde foram feitas as filmagens. Lindo !

E quem quiser que conte outra.

NA GRÉCIA, SABOREANDO A SALADA DOS DEUSES!

Tem muito tempo que não faço essa salada e acho que, fiz tanto quando aprendi e ensinei pra metade da população de BH, que enjoei. Era um tal de, toda vez que ia rolar um almoço, lanche ou jantar, o meu prato era a salada. Agora que me lembrei dela , não sei porquê, vou contar pra vocês como e onde aprendi e ensinar a fazer.

Vendo os ingredientes, você vai dizer : "mas isso já é manjado, já conheço e já comi muito". Não, meu bem, com a minha, quer dizer, com o tempero e jeitinho grego de fazer, você ainda não comeu. Estávamos, meu amigo e eu, pela estrada a fora, conhecendo o interior da Grécia. A gente tinha saído de Atenas e a direção era o Porto de Igoumenitza, pra pegar um barco e seguir viagem. Fomos parando em vários lugares fôfos, que lembram muito o interior de Minas Gerais. O povo simpático, daqueles que te cumprimenta quando você passa, mesmo sem nunca ter te visto. Coisa de pessoas do interior. Adoro! (as cidades grandes perderam isso). 

A cidade se chama Kalabaca e é pertinho de Meteora. Me lembro que o restaurante já tinha fechado, mas o pessoal super gentil resolveu quebrar o galho dos mineiros famintos e fizeram uma salada, que comemos com pão. Quando a gente tá esfomeado e na terra do outro, quase tudo vira uma delícia; foi a melhor salada que comi na vida. Mas a salada tava boa mesmo ! Fazendo aqui no Brasil, com os nossos ingredientes, fica uma delícia, mas o gosto nunca vai ser o mesmo. Descobri isso morando fora. Sempre tentava fazer alguma coisa pra matar as saudades da terrinha, tinha todos os ingredientes e o gosto não saía igual. Água diferente, terra diferente, fertilizante diferente... tem jeito não; não sai igual, mas sai bom demais também.

Vamos ao que você precisa pra fazer essa salada e fechar os olhinhos pensando estar em terras gregas, comer e lamber os beiços.

São 6 os ingredientes.

- tomate

- pepino

- azeitona preta grega (claro que, se não tiver, vai a outra mesmo - mas já vai mudar o gosto).

- cebola

- pimentão

- queijo de cabra (mesma coisa, mas pode ser queijo Minas, prato ou mussarela de búfula).

Pra temperar, azeite extra-virgem muito bom e sem pão-duragem, sal, orégano, pimenta do reino.

Você vai cortar tudo em cubos grandes - nada de pedacim piquininim, não fica bom - tipo tomate em 4 partes, azeitonas inteiras, lascas grandes de queijo.

Coloque tudo numa tigela, salpique sal por cima, a pimenta do reino, pegue o orégano coloque na palma da mão e esfregue bem pra revitalizar ( palavrinha da moda ) o sabor e, por fim, o azeite -bastante, pra tudo ficar bem molhadinho - Só tempere na hora de colocar na mesa, porque tomate e pepino soltam água e, se demorar a comer, vira sopa.

E vai estar pronto pra ser feliz. Se tiver um pão ciabata pra comer junto e, se gosta de vinho, aí vira pecado mortal.

O inferno te aguarda de braços abertos... rs.