terça-feira, 13 de abril de 2021

Você tem idéia de como se sente quem tá com depressão? Não? Leia isso.

Vai escrever bem assim lá no blog da Marina,
Posso até chegar perto, mas jamais conseguiria descrever de uma forma tão simples e tão clara como a Marina fez, o tempo que passei vendo barriga de cobra.
Pedi permissão a ela e repasso o texto pra você. Só quem já viveu ou infelizmente tá vivendo isso pra entender.
Não desejo pra ninguem.
Ninguem.
Além de escrever com um bom humor inacreditável pra situação que ela vivia, você vai entender melhor aquele irmão, amiga, mãe, algum próximo seu que está sofrendo deste mal.


"Minha serotonina caiu. Despencou. Não sei como se fala cientificamente mas não importa. Você sabe que serotonina é tudo, não é? A minha caiu e me deixou na pior. Por que sem ela, meu bem, você não toma nem um chicabom. Sem ela não há energia, nem alegria e nada parece realmente valer a pena. Mesmo que você tenha filhos lindos, marido bacana, amigos, blábláblá. Mesmo que você seja a Jennifer Aniston e tenha tudo aquilo que ela tem . Mesmo assim você não se sente feliz. A felicidade é química.
Este post não é uma reclamação ou uma tentativa de me fazer de vítima (nun-ca), por que sei que existem coisas muito, muito piores do que isso. Resolvi escrever (e talvez me arrependa - não gosto de publicar coisas tão íntimas assim e, pior, não consigo escrever bem!) por que tenho recebido muitos emails simpáticos, de pessoas que notam que ando meio ausente. Um deles, de um rapaz chamado Nelson, admirava meu estilo de vida. Ah, Nelson, se você visse meu estilo de vida no momento, bleargh. Deitada, olhando pro teto, esperando a minha química voltar ao normal. Controlar a ansiedade é difícil também e ela só atrapalha.
Eu tinha uma amiga (no passado por que faz muito tempo que a gente não se vê) que vivia dizendo “Ah, nessa época eu estava nos Estados Unidos”, sabe como é? Você comenta uma novela, um show do Cazuza, uma eleição e ela “Ah, nessa época eu estava nos Estados Unidos”. Assim que eu me sinto, depois de uma rasteira dessas. Serra caiu? O dólar disparou? A atriz cortou os cabelos e está namorando o galã das 8? Estou por fora. Estou nos Estados Unidos.
Meu médico, quando eu reclamo que não agüento mais não poder fazer coisas, sair, me divertir, trabalhar, me diz para eu imaginar que estou com as duas pernas quebradas, imobilizada na cama. Pode crer que não é a mesma coisa.
Se eu estivesse engessada, ia pegar um monte de filmes na locadora, ou ficar assistindo os filmes a cabo, feliz da vida, comendo pipoca, alugando as pessoas (“Pega uma régua aí pra eu coçar a batata da perna, anda, rápido!”, “Compra uma Contigo pra mim e um pote de Napolitano. Duplo!”). Colocando a leitura em dia, tanta coisa legal pra ler! Mas não caí e quebrei as pernas, foi a serotonina que caiu. Bem mais complicado, sabe?
Porque você pega um livro mas não consegue se ligar no que está lendo (crônicas antigas do Drummond são algumas das poucas coisas que consigo ler), televisão nem pensar (nem Os Normais!), jornal não dá por que as notícias não ajudam (claro). No outro dia peguei uma Quem, especial Sorriso. Juro por Deus que existe um troço desses nas bancas. Todo mundo rindo com seus dálmatas, seus biquinis, muito sol, muita pista de dança. Você se controla para não picar a revista em pedacinhos e diz apenas “A Débora Secco parece muito cansada para 22 anos”.
Conversar com os amigos é impossível – todos os assuntos te escapam na hora H. Quer saber a verdade? Não há assunto. É como se você não tivesse tido nenhuma experiência na vida, nem aprendido nada. Também não é hora de aprender algo novo, a memória não ajuda.
Então você fica deitada na cama, os pensamentos ruins fazendo fila e se empurrando pra ver qual vai se manifestar primeiro, daí você chora, tenta pensar coisas boas mas não consegue. Etc. Este etc é um mundo de sensações ruins.
Meus amigos me ligam muito e isso me angustia, por que eles não entendem como esse processo demora. O exemplo que eu gosto de dar é fazer a pessoa imaginar um carro, um fusca ou um mustang, não importa. Ele precisa de gasolina para andar, certo? Eu sou este carro e combustível está sendo colocado diariamente, porém com conta-gotas. Conta-gotas, sabe lá o que é isso?Tem que dar um tempo para o tanque encher, pelo menos o suficiente. Um bom tempo. Não parece fácil de entender?
Parece que você nunca mais vai voltar ao seu normal, que o seu normal é esse, sem graça, sem charme e muito burra. É uma chatice, viu?
Estou escrevendo também por que sei que deve ter alguém que me lê que tem o mesmo problema que eu. Então também é uma espécie de tamos aí. Estou aqui lutando, achando tudo meio sem graça, mas esperançosa por que sei que vai ter uma hora que tudo voltará ao normal. Então é isso. Todo mundo tem defeitos. Só a bailarina que não tem.
(Todo esse desestímulo atinge também o ato de escrever. Se na cama, preparei mentalmente um texto muito do bacana, na prática saiu esse desastre. Aos poucos vou tentar melhorá-lo. Conserte você mesmo as vírgulas e o erros de ortografia, tá? Beijos!)"

Posted by Marina on agosto 16, 2002 05:48 PM
 
 
 

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segunda-feira, 12 de abril de 2021

PATINAR - UM SONHO QUE NUNCA REALIZEI


Passávamos a manhã de domingo brincando em todos os brinquedos, morrendo de medo do escorregador que, pra mim, era da altura do Empire States. Me lembro que uma vez minha mãe teve que subir e me resgatar lá do topo, porque empaquei e a meninada gritava 
- Desce! Desce! Desce!  
e eu nada, paralisia total!
 
E, uma das coisas que mais amava, era ficar vendo o pessoal patinando. Não sei se ainda existe, mas tinha um rinque de patinação e era bem legal. Como a cidade é montanhosa, bicicleta e patins são dois elementos pouco habituais do povo. Ninguém aguenta o sobe e despenca morro pedalando, muito menos de patins.
 
E, não sei porquê, nunca tive patins, nunca aprendi a patinar. Será que era muito caro? Será que alguma vez eu já pedi pros meus pais? Não me lembro! Mas, talvez, eu mesma nunca tenha falado nada porque, quando criança, ganhei todos os brinquedos que pedi.

Quando fui morar em Paris, me encantei com a leveza, facilidade, habilidade do povo, sobre os patins. Descobri que criança ganha, desde que começa a caminhar, o primeiro par de patins, de plástico, super coloridos, parecem brinquedo, e daí, começa uma parceria, uma intimidade com as rodinhas que vai seguir por toda vida.

Bicicleta também. Sei andar de bicicleta e, durante toda minha infância, eu tive uma mas, depois de adulta, não. Paris, como é uma cidade plana e ainda por cima tem pista pra bike - que são respeitadas - todos andam na maior tranquilidade.
Inventei de arrumar uma bicicleta, uma vez, e quase morro atropelada. Realmente, a habilidade pra andar lado a lado com os carros, eu não tenho. Sou atraída pelos carros; fico indo na direção deles, então, desisti. Quiném falar uma outra língua. Você pode falar perfeito, vocabulário maravilhoso, sem sotaque, mas jamais vai falar como o nativo daquela língua, porque não nasceu ouvindo aquele som.

Foi um belga chamado Merlim que, em 1760, inventou os patins.
E foi em NY que vi, pela primeira vez, alguém com patins online e fiquei doidinha. E pensava: "se eu já acho que deve ser difícil equilibrar em rodinha aos pares, estas, então, tenho certeza que não consigo", mas estava muito enganada. Não que eu tivesse tentado, mas, conversando com patinadores, eles contam que o equilíbrio é muito bom nos patins online.



Quando o parisiense quer brincar de fazer malabarismo com os patins, ele vai pro Trocadero, perto da Torre Eiffel, que é onde tem uma pequena descida. Já passei horas sentada vendo a habilidade da meninada. É de babar. Muito legal!
Tem também uma turma que patina em frente à Prefeitura onde é plano, mas eles colocam rampas. E patinam com uma perna só, e enfileiram latinhas e vem de frente, de costas, de lado, passam entre elas, dois a dois, três, saltando, dançando... É um barato ! Indo a Paris, principalnmente no verão, você pode se deliciar com essa turma que dá um show.

Dia 13 de junho, pra comemorar o 100º aniversário da Federação Francesa de Patinadores, houve um passeio com a presença de 6.000 pessoas.

Neste link acima, tem um vídeo de um passeio de patins, que mostra o quê eu acho legal, que é a polícia, também de patins, acompanhando e dando apoio e segurança pra turma. Muito legal !http://www.ffrs.asso.fr/ 
Este é o link da Federação Francesa de Patins, se você quiser se inteirar sobre os passeios.
Existem passeios organizados em vários pontos da cidade e eu já presenciei alguns . Pode ser durante o dia ou à noite. O que mais me chama atenção é a organização; a polícia francesa é muito interessante : tem policial a cavalo, de bicicleta, de patins, de carro, a pé, depende da situação.
Nos passeios de patins, vão alguns na frente, misturados no meio dos patinadores e, também, no final. E sempre tem ambulância, também, no final da fila.
Se você quiser participar, é só se informar no site da Mairie de Paris (prefeitura) pra saber de onde vão sair e quem tá indo; tem turma de veteranos, principiantes, tem de tudo. Não vá se enfiar na turma de veteranos - que sai tardão da noite - se não for phoda nos patins, senão vai ser engolido pelos pitbulls.

Como já não tô mais na idade de me arriscar a quebrar uma perna ou a bacia, deixo pra próxima encarnação essa história de andar de patins.

Por enquanto, me contento em assistir.
 
postado em 

domingo, 11 de abril de 2021

Quem? Sei não, mas deve ser muito importante!

Sempre que cheguei em algum país fui muito bem recebida e a frase que sempre ouvia era: 
- daqui a pouco você vai estar ajudando outra pessoa. 
Era batata!
Desta vez chegou um mineiro como eu. Sabe daqueles que ouviu o galo cantar mas não tem idéia de onde? Vários chegaram a Paris assim, desinformados total, durante os anos que lá morei.
Este era um doce de pessoa. Daqueles que a gente sente que vai romper na vida. E rompeu mesmo ! Educadíssimo, simpático, gentil, tranquilo. Tudo pra dar certo lá fora.
Só tinha um probleminha : não tinha idéia de onde estava caindo. Não sabia nada, nadinha sobre França e franceses. Quem vai dar uma ajuda pro moço??? Quem ?? Eu.
E lá fui ! Saía todo dia com ele pra mostrar alguma coisa. Carregava comigo quando ia pro meu trabalho pra ele ir se familiarizando com a cidade, ligava eu pra todos os anúncios de trabalho e ia com ele pra me entender com o futuro patrão. Ele ficava só observando. Quiném surdo-mudo.
Deste querido amigo, tem vários micos ótimos. Hoje vou contar só um.
Eu tinha lido em algum lugar, que a melhor forma de aprender uma língua é com namorado ou em bar. Pensando bem, tem fundamento. Em bar, os assuntos são os mais variados possíveis, pessoas com todos os sotaques do mundo e, namorado, a gente aprende porque tá a fim de se comunicar com a figura. Normal.
Sugeri que ele começasse a frequentar bares enquanto eu ralava ou à noite. Foi dar banana pra macaco. Pinto no lixo era pouco pro tanto que deu certo.
Ele saía a noite e só voltava pela manhã. Ai, a linguagem do amor... pra que palavras?
Então, toda manhã, eu fazia a pergunta clássica, pra saber por onde ele tinha estado, pra ver o caminho se já conhecia. Perguntava qual era a estação de metrô e fim. Em Paris todas as referências caem na estação de metrô.
Um belo dia ele chegou e já foi falando antes que eu perguntasse, todo saliente: 
-Hoje dormi perto da casa de alguém muito famoso ou importante, sei lá.
Eu: 
- quem?
Não me lembro, mas era uma região cheia de guardas, policiamento.
Perguntei: 
- Palácio do governo? Elisée?
 Não.
 - Prefeitura de Paris?
Ele : 
- Não.
Futuca daqui, futuca dali e achei que tinha descoberto.
Disse: 
Por acaso não foi perto da casa do Miterrand?
E ele, mais do que depressa: 
- Esse mesmo...esse aí...esse cara.
Até esfriei. Perguntei pra ele: 
- Pelo amor de Deus, você não falou pro seu companheiro que não conhecia o vizinho dele, falou? 
Ele:
- Acho que não, por que?
Porque o Sr. Miterrand é só o Presidente da República da França, ô seu animal !!! Anta!
-Jura?
 
Postado em 19/11/2009

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sábado, 10 de abril de 2021

Rindo do próprio mico...quem não gosta?

Essa é boa demais...
Aqui em BH teve uma época, que tinha kombis e vans transportando o povo pra baixo e pra cima. Acabaram com esse serviço porque tava dando muito problema etc e tal.
Mas, eis que antes que acabassem, chega um amigo meu que mora em Paris há anos, vem sempre aqui, mas só pra férias e vai embora.
Esse caso ficou tão famoso que os amigos todos contam e fazem a transposição dos nomes de bairros pras suas cidades pra que as pessoas possam entender. Podem usar e abusar.
A kombi tinha um cobrador que ficava com o corpo quase todo pra fora ou, às vezes, só o cabeção gritando: CENTRO DA CIDADE..HOSPITAL TAL... ESCOLA X... ASSEMBLÉIA...IGREJA Y...
Tá meu amigo esperando o ônibus na esquina da casa dele e passa uma kombi devagarinho e o cara grita pra ele: AUGUSTO DE LIMA...no que meu amigo bem europeizado, educadamente diz: "você segue reto por essa rua, no final vira à esquer....." e, antes que terminasse a frase, o cara já tava longe gritando pra outra vítima.
Meu amigo ficou puto, que cara grosso, nem obrigado falou , nem me esperou terminar a informação e cascou fora.
Só quando voltou pra casa e, numa conversa nada a ver, na hora do jantar, alguém falou sobre esse tipo de transporte, ele então atinou pro que tinha acontecido.
Ô mico ! Que ele poderia ter mocado, mas adorou contar...!
 

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sexta-feira, 9 de abril de 2021

As cartas, as dúvidas, a alegria, a raiva ... e eu

No Iraque eu trabalhei em vários setores. Gostei de quase todos, mas trabalhar na secretaria da obra foi muito interessante. Entre outros afazeres, me ocupava da correspondência dos funcionários. Brasil/Iraque/Brasil. Nesta época, a comunicação era feita através de cartas ou telefone. Pra telefonar, era um suplício. Principalmente se tava havendo guerra. Filas homéricas e ligação ruim, pouco tempo pra cada pessoa.
Enfim, as cartas eram campeãs na comunicação.
Iam e vinham semanalmente uma média de 4.500 a 5.000 cartas em cada viagem. Elas chegavam normalmente bem cedo às minhas mãos ( 4 malotes imensos, lotados ) e eu ia pra um computador e separava 1 a 1 pro seu destinatário. Todas vinham com o número de inscrição do funcionário. Pelo menos esta era a instrução dada pela empresa, pra facilitar na entrega. Eles eram localizados por esse número. Onde estavam, onde trabalhavam, se continuavam naquele setor, se estavam emprestados pra outro, se estavam no Km X, Y, Z, ao longo da estrada que estava sendo construida, se tinham viajado de férias, se iam voltar das férias, se estavam hospitalizados. Não importava onde, eu tinha que achar o Mané. Se não tivesse o tal número, aí tinha que olhar numa lista gigante e descobrir. Eita vida!
Fazia aquele trabalho o mais rápido que podia e, me lembro que na parte da tarde, já tava todo mundo que tinha recebido carta, com a sua na mão. Digo todos que tinham recebido cartas, porque aí começava outra peleja : quem não tinha recebido...
Pra onde eles iam? Onde? Atrás de mim claro ! querendo saber onde eu enfiei a carta deles.
Vocês imaginem a angústia de não receber notícia naquele fim de mundo?
E não adiantava dizer que não tinha mais carta: "Não! Já separei todas! Não, não tem nenhuma grudada dentro do malote! Não, não caiu nenhuma atrás do computador! Não, não comi nenhuma na hora do almoço! "
Pensam que tô brincando?
Foi aí que desenvolvi um monte de respostas, como por exemplo :
"Você tem familia ou foi criado pela FEBEM? A turma da FEBEM só recebe carta no Natal e no aniversário. Tem alguém da sua familia que sabe escrever?" Abria minha bolsa, tirava o bolso do jeans pra fora, tudo pra dizer que não tinha carta. Era difícil convencer a negada.
O plano que mais dava certo e fazia o caboclo sumir era : eu fazia aquele gesto que nos EUA quer dizer ok. Mostrava pro moço com um papel em forma de canudo introduzido no aro entre o indicador e o polegar e dizia : "Isso aqui é seu fiofó, se eu colocar a carta você vai saber". Eu disse colocar? Tô ficando fina...rs. Eu disse saber? Finíssima !
Eles riam e iam embora.
Uma das vantagens de se morar e viver com milhares de pessoas em um acampamento, comendo, dormindo, se divertindo e trabalhando - 7 dias por semana - é que nos dá liberdade de poder deitar e rolar nas brincadeiras.
Vocês vão saber de muitas outras mais !
 
 Postagem de 30/10/2009
 

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E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...