quarta-feira, 21 de julho de 2010

Chovendo barro e areia no deserto.

Se eu visse essas imagens sem nunca ter vivido essa situação, acharia que era uma montagem ou um efeito especial produzido por Roliúdi ou mesmo pela Central Globo de Produções.
Mas não é não.
Vou tentar me lembrar exatamente como foi o dia que vi pela primeira e única vez, um Mohamed. Como assim, Mohamed ? Este foi o nome que nós, que trabalhamos no Iraque, demos às tempestades de areia, porque, toda vez que começava a ventania, os árabes começavam a chamar "Mohamed! Mohamed!" como os católicos chamam por Deus e cada um por aquilo que crê, quando sente que a situação tá ficando russa.

Me lembro que tava sozinha no meu alojamento, era horário de almoço, quando começou um barulho muito forte. Era o som do vento, só que, no deserto, esse vento fica parecendo trovão, talvez devido à amplidão, ao grande espaço que ele tem pra expandir seu som naquela planície com um campo de visão de 360º.
Olhei pela janela e o tempo tava mudando, como se fosse chover; tempo empoeirado. Nessa época, não tinha telefone no acampamento e, muito menos, nos nossos quartos. Não dava pra ligar pra qualquer pessoa pra compartilhar aquela doideira e, o barulho junto com a areia misturada com terra, foi aumentando, subindo, foi ficando escuro e eu grudei na janela. Como não sabia que ia ver uma verdadeira tempestade de areia no deserto, não tive medo algum, só olhava.
A melhor coisa do mundo é a ignorância. Se eu soubesse o que ia rolar, com certeza a coisa teria sido muito diferente.
Uma tempestade de areia é um desastre como uma grande enchente, um furacão, tufão, incêndio : passa com rapidez e deixa um rastro de transtorno e perdas e danos enormes.
Dentro da minha santa ignorância, só achava aquilo o maior barato. Essas fotos são de uma tempestade no deserto do Iraque, não a que eu vi, mas os nossos alojamentos eram exatamente assim. Esse aí da foto é um acampamento do exército iraquiano (deve ter aí muita coisa aproveitada do nosso) então, foi essa a visão tal e qual eu vi da janela do meu quarto. Veio vindo uma imensidão de areia e terra - a cor era mais de terra - e a nuvem era muito alta. De repente eu não vi mais nada, porque a "fumaça" cobriu o acampamento por algum tempo e virou noite total, completamente escuro, e eu na janela com areia pra todo lado (me lembro que mastigava areia) que entrou por todos os buraquinhos e frestas de todos os quartos, escritório, hospital, cozinha, tudo. Durante muitos dias, ficamos limpando e tirando areia de dentro de tudo -até numa caixa fechada, tinha areia dentro. Uma loucura !

Aí, aconteceu uma coisa que jamais tinha visto - além do que já tava acontecendo : começou a chover barro; era um barulho danado do barro batendo no teto, nas paredes e na minha janela. Chovia pelotas de terra e choveu forte, choveu, choveu, e aos poucos foi limpando o tempo. As pelotas de terra foram ficando menos duras, mais molhadas e a lama escorria do teto. Muito maluco ! E a chuva continuou até ficar chovendo água limpinha. Da mesma forma que veio, tudo voltou ao normal. Abri a porta do quarto, e olhei o deserto. Tava sequinho, com uma poça de água aqui outra ali, mas pude sair normalmente.

E a conversa geral era só uma. Cada um contando como viu e o que sentiu com aquela experiência totalmente nova.

Depois disso tudo, veio uma das mais lindas tardes que já vi na minha vida. Parecia que toda aquela força da natureza tinha lavado a alma do deserto. O céu ficou com uma cor maravilhosa, tudo ficou lindo e só os árabes não achavam graça alguma. Foi aí que fiquei sabendo dos desastres. Nosso acampamento era bem sólido, então não teve casa saindo voando, mas os vilarejos pobres da região, ficaram sem luz, postes caíram, animais morreram, a areia entrou nas casas destruindo muito e deixando um estrago como quando chove e as pessoas ficam com 50 cm de água dentro de casa. Nessa época, também entendi porque as casas deles não tem telhado. Óbvio, né não?

E, durante dias, muito longe do acampamento, quilômetros pra frente e pra trás, andando pelas estradas, a gente via papéis do nosso lixo; muito papel porque, como foi tudo de repente, todo o papel que tava nas lixeiras - que eram tambores grandes - voou pra onde o vento tocou.

E o pessoal da lavanderia também teve trabalho dobrado : tudo teve que ser lavado. Não tinha um único lugar onde não tivesse terra e areia.

E, pra finalizar, uns dez dias depois, o deserto se transformou em várias partes dele num lindo tapete. Verdinho. Incrível. As sementes estavam lá, quietinhas, encondidas entre as pedras a terra e a areia, só esperando um pouco de água, pra se nutrirem e mostrar sua beleza.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Roubo nas alturas ! Outro alerta !


Aeromoça da Air France presa por roubar os passageiros.
Manchete do site http://www.yahoo.fr/ on line de hoje.

Ela trabalhava na primeira classe e aproveitava enquanto os passageiros dormiam, pra fazer uma pequena limpeza nos braços, dedos e carteiras dos passageiros.

Não vou contar aqui toda a história, coloquei o link pra quem quiser ver. Só estou dando mais um alerta pra quem viaja de avião e acha que tá na boa, entre pessoas honestas e não toma conta das suas coisas. Já falei sobre isso aqui. Dia 07/01/2010 no post : "Grude na sua bolsa dentro do avião".

Pelo visto, deve ser a mesma moça que afanou no vôo que relato naquele post, pois era a rota dela. Hoje, ela extrapolou : pegou 4.000 euros de um só passageiro.

Muito gulosa! Se deu mal.

Passeando pelo passado : brinquedos de nossos avós e bisavós.







Sou apaixonada por lojas de antiguidades; sejam elas quais forem : roupas, móveis, livros, brinquedos... os brinquedos então, não me canso de admirar.
Vendo outro dia um programa na TV sobre este museu de brinquedos em Londres, me encantei e passo pra você. Já sabia dele, mas nunca deu pra conhecer. Da próxima vez que passar por lá quero ir. Muito legal e muito interessante também a história dele.

O Museu do Brinquedo Pollocks leva o nome de Benjamin Pollock que foi o último proprietário de um Teatro de Brinquedos da era vitoriana. O museu foi fundado por Marguerite Fawdry que comprou todo o estoque da Benjamin Pollock Ltda., após comprar um pequeno item para o teatrinho de brinquedo de seu filho. Originalmente ficava na Monmouth Street, perto de Covent Garden e, desde 1969, fica na esquina da Scala Street com a Whitfield Street.

Quase todos os tipos imagináveis de brinquedos estão presentes ali, vindos de todos os lugares do mundo e de diferentes épocas. É uma exposição fascinante de teatros de brinquedos, ursinhos de pelúcia, bonecos de cera, bonecos da China, jogos de tabuleiro, brinquedos óticos, brinquedos populares, mobília de berçário, brinquedos mecânicos e casas de bonecas . Um passeio maravilhoso pelos caminhos sonhados pelas gerações de nossos avós, bisavós e mesmo de nossos pais.
Estando em Londres ou, se tá nos seus planos passar por lá, vale a pena conhecer. Coloquei o link do museu e mais o link já traduzido do Google, pra turma mais preguiçosa que quer se informar mas desde que já venha tudo mastigadinho. Leia e conheça a história do museu. É uma verdadeira aula de história !
Eu amei !

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Quanto mais se vive mais se aprende, e a gente morre sem saber nada!"

Quem falava assim era meu pai. Sábio, sábio! E é verdade. A gente toda hora descobre que não sabia disso ou daquilo.
Ontem (sábado) descobri uma coisa interessante e que me trouxe uma grande tranquilidade e satisfação e foi-se embora a culpa. Explico !

Fomos ao sítio e levamos, junto, uns amigos daqui de Belo Horizonte. Um deles mora em Paris há muitos e muitos anos e vem ao Brasil duas vezes por ano - sempre agora em julho e pro Natal/Ano Novo. Pois, muito bem ! E, sempre que vem, vamos passar um dia no sítio; passeio que dá muita alegria a todo mundo.
Andando por lá, mostrando as novidades, procurando frutas pra comer, descascando laranja, mexerica e comendo carambola, ele me disse uma coisa, que diz sempre que vem e que ouço de outros amigos também.
- Que pena que não tem jabuticaba!
- E goiaba ? Adoro goiaba, mas, não tem, né?
- Abacate ? Vamos ver se tem?
E eu me desculpando : - Pois é, jabuticaba é no tempo de chuva - agosto/setembro e janeiro/fevereiro. Mês passado, por exemplo, tinha abacate caindo na nossa cabeça. Até que, num determinado momento, me veio a luz, me deu aquele clarão na idéia e eu disse:
- Olha, você sempre tá dizendo que não tem essa ou aquela fruta, mas, pra comer todas, você tá convidado a vir passar um ano aqui no sítio. Vai pegar todas as estações do ano e comer de todas, até rachar e parar de encher o meu saco. E eu aqui, me desculpando, como se fosse culpa minha não ter jabuticaba em julho. Tenha a santa paciência! E começamos a rir, porque, ele também se deu conta que as frutas tem sua época. E as temporonas não são tão saborosas. E disse mais:
- É a mesma coisa deu chegar na sua casa agora, em pleno verão, mó calorão e dizer:
- Não tem neve? Que pena ! Você disse que é tudo tão lindo com neve...
Vai te catar. E completei:
- Vou fazer uma pesquisa e colocar no blog pra todo mundo ler. Quando quiserem vir ao sítio, consultem e vejam qual a fruta do momento.

E fiz mesmo. Lá vai:





- Abacate - de fevereiro a agosto.
- Banana - de janeiro a outubro
- Figo - de janeiro a abril
- Goiaba - de janeiro a maio
- Jabuticaba - de agosto a setembro e de janeiro a fevereiro
- Laranja - de janeiro a setembro
- Mamão - todos os meses
- Manga - de novembro a janeiro
- Maracujá - de janeiro a julho
- Mexerica polkam - junho e julho
- Limão - de janeiro a março

Só não vou colocar a lista completa, porque, senão, ninguém vai ter saco pra ler. Mas, antes de levar alguém agora, vou dar uma corridinha antes no Google...rs.

Outra coisa que também me dei conta ontem, foi do tanto que as pessoas estão se distanciando de viver junto à natureza. Por mais que tenham vivido, quando eram menores, com a correria da cidade grande, se esquecem de como é a vida na roça. Mais uma engraçada que rolou, foi este mesmo amigo, mais urbano impossível, ficar indignado com o tanto que os cachorros comiam. Eles comem ração mas, no sítio, comem também tudo que lhes interessa e encontram pelo caminho. Na hora do almoço, a gente ia jogando os ossos da colega que comíamos pra eles e eles mandando pra dentro da pança. Num determinado momento meu amigo disse:

- Eles já não estão cheios? Vocês já jogaram muitos ossos pra eles. Eles vão passar mal.

Foi um riso geral. Tem dó, ô Mané! Eles comem se quiserem. E bicho não tem muito essa de saber quando tá cheio; vão comendo tipo "é melhor comer agora, porque não sabemos quando vai cair outra coisa".
Teve também aquela sessão culpa, aquela culpa que todos nós temos, hoje em dia, quando estamos saindo um pouco da rotina e comendo mais do que nos demos o direito de comer todos os dias. Foi um tal de contar caloria, um tal de não como isso porque já comi aquilo, minha cota de não sei o quê já acabou, agora só como aquilo outro daqui há uma semana. Vidinha idiota. Precisamos tomar cuidado com a nossa saúde e tentar nos alimentar da melhor forma possível, mas, essa neura de fazer contas o tempo todo, enquanto comemos e depois de comer uma comidinha caseira, super deliciosa, que só nos deu prazer e alegria, pra que ficar pensando nos carboidratos a mais ou a menos que foi ingerido? Phoda-se! Isso não acontece todos os dias. Não enchemos o pandeiro o tempo todo de coisas pesadas.

Meu amigo trouxe vinho pro pai dele, mas, o pai tava sendo controlado na forma de degustar o mais famoso vinho do mundo.
- Você tá tomando muito depressa, vinho se toma assim e assado! Saboreando, degustando, calmamente...
Não conseguindo ficar calada, já saí atirando. - "Se toma um cactos, deixa ele tomar como ele quiser : de golinho, de golada, qual o problema? Onde tá a lei que diz que somos obrigados a fazer assim?" E na minha teoria de que, quem já passou dos 80, tem mais é direito de fazer o que bem entender com seu corpo, ainda reforça mais numa situação dessas. - "Deixe ele saborear do jeito dele. Ele não é enólogo e nem quer saber o que venha a ser isso. Tem dó! Sabe lá se vai estar aqui na sua volta no Natal, pra beber de novo esse bendito vinho!

Falando assim até parece que meu amigo virou inimigo ou é um chato de galocha : nem um, nem outro. Só tá é muito influenciado pelos hábitos e atitudes dos moradores dos grandes centros. Isso é o que eu acho. E você?

Mas acho que ainda tem cura!

domingo, 18 de julho de 2010

Orgulho de ser brasileiro - Povo porreta !

Os acontecimentos sinistros das últimas semanas, juntando aos das semanas anteriores e anteriores, me fizeram pensar em revitalizar (já que a palavra tá na moda) nossos brasileiros porretas, danados, fortes, lutadores, cheios de garra. Brasileiros. E, folheando meu almanaque preferido, revi um resumo da história do grande Marçal Tupã-Y. Vou contar pra você. Todos nós precisamos de um up na moral. O final do causu não é feliz, mas valeu pelo caminho percorrido por Tupã-Y.

" Dizem que o Brasil foi descoberto. O Brasil não foi descoberto, não, santo padre. O Brasil foi invadido e tomado dos indígenas. Esta é a verdadeira história do nosso povo."

Com essas palavras, Marçal Tupã-Y emocionou o Papa João Paulo II em sua primeira visita ao Brasil, em 1980. Era líder do povo guarani e porta-voz de toda a população indígena brasileira. Lutou pelos direitos dos índios e se tornou símbolo.

Tupã-Y nasceu Marçal de Souza em 24 de dezembro de 1920, no atual Mato Grosso do Sul. Ficou órfão aos oito anos. Foi educado numa missão presbiteriana e criado pela família de um oficial do Exército no Recife. Adulto, voltou para a região de Ponta Porã, no estado natal. Aceitou sua cultura, tornou-se enfermeiro da Funai, guia e intérprete de antropólogos como Darcy Ribeiro (meu ídolo).
Depois de anos de luta e discursos tocantes, inteligentes e esclarecedores, morreu como viveu: defendendo o respeito a seu povo. Foi assassinado com cinco tiros, na noite de 25 de novembro de 1983, em sua aldeia (menos de um mês antes, havia recusado oferta de 5 milhões de cruzeiros, feita por um fazendeiro, para que convencesse uma tribo do grupo Kayowá a sair de suas terras). Marçal Tupã-Y tinha 63 anos e a seu lado dormia a mulher, a índia Celina Vilhava, 27 anos, grávida de nove meses.

Obrigada ao Chico Mendes, à Irmã Doris, ao Tupã-Y e tantos outros. Peço desculpas pela animalidade do ser humano, que lhes tirou a vida.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Não me canso de conhecer pessoas geniais


Adoro o Rolando Boldrin ! Gosto do jeito dele de contar seus causus e os causus dos amigos. Gosto dele cantando e declamando, e persigo o Rolando por onde ele vai. Atualmente, seu programa passa domingo, pela manhã, na TV Brasil, Rede Minas em Belo Horizonte.

Tô sempre aprendendo com o Boldrin e, domingo passado, fiquei conhecendo um poeta maravilhoso, negro, lutador, chamado Solano Trindade, quer dizer, fiquei conhecendo a poesia dele, porque o Solano morreu em 1974.

O Rolando declamou um poema chamado Gravata Colorida, do Solano. E eu já corri atrás da obra completa do moço. Olhe que coisa mais linda, mais singela, mais pura e atual.

Quando eu
tiver bastante
pão
para meus
filhos
para minha
amada
pros meus
amigos
e pros meus
vizinhos
quando eu
tiver
livros para
ler
então eu
comprarei
uma gravata
colorida
larga
bonita
e darei um
laço perfeito
e ficarei
mostrando
a minha
gravata
colorida
a todos os que
gostam
de gente
engravatada...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Cozinha maravilhosa da donaeidia





Aqui em casa, eu digo que, qualquer coisa que queira entrar agora, não tem lugar pra ficar; nem em pé, tamanha a tranqueira que essa casa comporta. Só tem um senãozinho : eu uso tudo e nada aqui fica empoeirando.

Sempre que vou a Paris, passo em uma loja pra ver as novidades. Ela se chama Bodum e a mais bonita, fica no Carrousel du Louvre, entrando pela Rue de Rivoli.
Coloquei o site lá embaixo pra você ver quanta coisa linda, interessante e útil eles têm.
E coloquei, também, o site de uma outra marca que gosto muito e que acho, normalmente, nos supermercados nos EUA : a KRUPS. "Aqui tem tudo que tem lá fora" - você pode dizer. E tem mesmo. Tenho certeza disso. Só com uma pequena diferença : os preços. Um produto que lá custa 20 dólares em qualquer supermercado, aqui custa R$ 140, 00 reais.
Se vou lá ou algum amigo tá vindo e pode trazer pra mim, não tenha dúvida de que vou comprar lá.
Vou apresentar o que tenho aqui em casa, há anos.

Produtos da Bodum. Uma loja super interessante, criativa e com produtos lindos e super práticos de usar. Os quatro que vou mostrar, já tenho há vários anos, usando sem parar e estão quiném novos.

Fervendo água

Começando pelo esquenta água, que é o maior quebra galho. Principalmente pra quem mora sozinho. Mas é útil pra todo mundo. As vezes tô com preguiça de fogão, vou só ferver uma água pro chá ou pro café, então corro pra ele, que esquenta rapidim. Existe em tamanhos grandões tipo família e pequeno como o meu, só de meio-litro.

Batedor de leite

O batedor de leite é um sucesso. Faço um café como aqueles comprados nas melhores confeitarias de qualquer lugar do mundo. Coloco leite morno e bato segurando firme esta rodinha da própria tampa. O leite fica cremoso e espumante. Delícia ! Daí é só colocar em cima do café, já na xícara, e uma salpicadinha de canela em pó. Sucesso absoluto.

Wok

Decepção total com a Wok. Como assim, decepção e vou indicar? Calma! Comprei a panela e, chegando em casa, preparei todos os ingredientes pra fazer "aquele" prato chinês, já me sentindo em Pequim. Por sorte, resolvi fazer só pra mim pra experimentar e depois chamar os amigos pra me exibir.
Você não vai acreditar! Coloquei a danada no fogo, esperei esquentar como mandava a bula, óleo na panela e os legumes. Em 1 minuto aquilo que era pra ficar lindo, tostadinho crocante, durinho por fora e macio por dentro, só esperando pra colocar o molho Shoyo, virou uma sopa. Os legumes frios, esfriaram a panela, começaram a soltar água e fudeu tudo.
Então, querido amigo/a, não compre uma Wok se você não tem uma daquelas chamas de fogão que parece um maçarico. Depois disso, comecei a prestar atenção nas cozinhas chinesas : o fogão é um verdadeiro incêndio. Continuo a usar minha wok, faço coisas, ficam uma delícia, mas como uma panela normal. Milagre ela não faz, se a bunda não for mantida pelando.
Cafeteira

Minha cafeteira é chiquetérrima. Amo ! Além de fazer um café delicioso, ela é super econômica e prática pra limpar e nada de filtros. "Seus problemas se acabaram". Tirando a tampa, existem três peças que se enroscam - elas fazem o papel de filtro. Pode comprar qualquer modelo. São lindos, práticos e super duráveis. Pra 2 pessoas ou família de muitos.

Moedor de café

Comprei, pra acompanhar minha cafeteira, um moedor de café elétrico. Qualquer supermercado nos EUA tem e é baratinho. Faço café fresquinho, moído na hora, que agrada a todo mundo que vem aqui em casa. E, agora, ando na maior metideza, dando pra conhecer os melhores grãos brasileiros; posso até recomendar porque, dos lá de longe, já escolhi há tempos : o café mais delicioso que existe é o da Etiópia.

http://www.bodum.com/

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Que praça é essa? Por que tem esse nome?

Passeando pelas ruas, praças e jardins de Paris, acontece de, nem sempre, sabermos a história daquele lugar, então, eu, que adoro saber causus e origem das coisas, passo pra você o que aprendi.

Place Vendôme

Ela fica no 1º arrondissement ( corresponde a bairro nº 1 ) pertinho da Ópera de Paris. Foi o Luiz XIV que mandou fazer, em 1685, ao norte da região do Louvre, uma praça idêntica à Place des Vosges, no Marais. Resolveu fazer casas de luxo e instituições. O Arquiteto foi o Jules Hardouin Mansart e, as obras, foram iniciadas no terreno que pertencia ao Duque de Vendôme, que era filho de Henrique IV. Houve muita confusão de compra e venda do terreno mas, enfim, o rei entrou no meio, acabou com o disse-me-disse e comprou o que tinha que comprar e o seu Jules pode terminar o seu trabalho.
A praça teve vários nomes : Place des Conquêtes (das Conquistas), Place Louis le Grand, nome que ficou até a revolução e já teve, temporariamente, o nome de Praça des Piques. Em 1792, a estátua de Louis XIV, que ficava no meio da praça, foi destruída e, em 1810, Napoleão I mandou colocar uma coluna pra homenagear seus companheiros de batalha. Esta coluna foi feita com o ferro fundido de canhões austríacos. Em 1871, derrubaram esta coluna que foi reerguida logo em seguida. Atualmente, a praça é o lugar onde ficam as joalherias mais chics de Paris e, também, o Hotel Ritz, onde se hospedava a Lady Diana.
Aqui na nossa terrinha, as coisas também são assim : nome de rua, avenida e aeroporto, duram enquanto não morre alguém mais famoso e, este, então, passa a ocupar o lugar do famoso anterior.

Place du Palais Royal

Foi o Cardeal Richelieu que mandou construir, em 1633, o palácio atual, onde fica a Praça do Palais Royal que, na época, recebeu o nome de Palais Cardinal, nome que durou até 1643
quando foi deixado como herança pro rei. Durante a revolução, o Palais Royal foi o quartel-general da prostituição e do jogo e é lá que, hoje, fica a cadeira do Conselho de Estado, do Conselho Constitucional e do Ministério da Cultura, além de várias lojas com antiquários, miniaturas e raridades em matéria de roupas, sapatos, jóias e tranqueiras em geral. Tudo antigo. Tá procurando um vestido Chanel de 1900 e antigamente ou um soldadinho de chumbo do exército de sei lá quem, de sei lá qual época? Lá tem ! Com cavalo e tudo.

Place des Vosges

Quando o Henrique II bateu as botas, a Dona Catherine de Médicis mandou destruir o Palacete Tournelles e construir a praça (isso em 1563). É a praça mais antiga e mais imponente de Paris. Em 1800, ela se chamava Place Royale, durante a revolução chamou, provisoriamente - só Deus sabe porquê muitas ruas e praças tiveram um nome temporário durante a revolução -
Place l'Indivisibilité. Só depois da revolução que ela passou a se chamar Place des Vosges, em homenagem ao primeiro departamento francês que pagou impostos.
Atualmente, ela é composta de 36 pavilhões, entre eles, o Pavilhão do Rei, o Palacete de Chaulnes e a Casa de Victor Hugo, que foi transformada em museu.
O Hôtel Carnavalet virou em 1880 o Museu Histórico da Cidade de Paris.
Na praça chiquérrima, tem, também, apartamentos, pessoas simplesinhas como Caroline de Mônaco, Sofia Loren e o Chico Buarque (pelo menos tinha, não sei se ainda tem, um apartamento lá pirtim).

Se a Prefeitura de Paris tiver loção que ando traduzindo, do meu jeito, o livrinho sobre ruas, praças e afins, de Paris, é capaz de mandar me prender. Mas, se eu traduzir tal e qual tá escrito, vocês vão dormir na segunda linha...rs.

domingo, 11 de julho de 2010

Festival de Cannes - filme premiado

Adoro filmes de propaganda e publicidade e, todo ano, acompanho o Festival em Cannes, onde o nosso Brasil, abiscoita prêmios sempre. O mais interessante é que já vi propagandas lindíssimas, que ganharam prêmio, mas não passaram aqui; não sei porquê.
Esse filme, que coloquei pra você ver, é um barato e ganhou prêmio este ano.

sábado, 10 de julho de 2010

O inverno em Belo Horizonte-MG

Me lembro, como se fosse hoje, o dia que começou a guerra entre o Irã e o Iraque. Estávamos olhando a lua cheia, linda, naquele céu transbordando de estrelas que é o céu do Iraque, e pensei: "se esse povo se desse ao trabalho de olhar pro céu agora, não começariam com esta estupidez que acabaram de inventar".
E, olhando pra minha cidade e meu estado, nesse inverno, voltei a ter o mesmo pensamento. Se as pessoas olhassem mais pra maravilha que está a natureza, não teriam tempo pra fazer metade da merda que andam fazendo. Pode ser no sítio, na cidade, na beira da estrada, nos jardins, nas praças, não tem erro, pra onde quer que eu olhe, nesta época do ano, eles estão lá, lindos, imponentes, coloridos : os ipês.Durante todo o ano, esse país é abençoado por Deus, em matéria de flores. Os pássaros não podem reclamar; enchem suas pancinhas, se fartam, onde quer que estejam. Se andamos pelas estradas ou pela cidade, a beleza é constante. Aqui, nas Minas Gerais pelo menos é assim (não posso falar pelo Brasil a fora).
Eu fico tonta; não sei se olho pra cima ou pro chão; não sei onde a beleza é maior.


Eu olho pra uma árvore e penso : "essa é a mais linda" mas, andando poucos metros mais pra frente, tem outra mais linda ainda.
A natureza não erra nunca. Ainda bem que o Ipê não tem perfume, porque senão a gente iria se asfixiar no inverno e a turma da alergia teria que se mudar de estado.



Essa é a estação do Ipê. A cidade fica linda ! Céu azul limpinho e, quando tem nuvens, são aqueles flocos de algodão branquinhos! Uma maravilha!
Suas flores duram de maio a agosto, e dão em cachos, buquês recortados em formato de sino. Lindos !


Todos são uma maravilha : o branco, o rosa, o amarelo, o roxo.


Fiz uma mistura de fotos que tirei aqui perto da minha casa, com outras que encontrei no google. Deu vontade de postar todas, mas ia encher páginas e páginas. Essa amostra dá pra sentir a beleza da planta e estendo o convite pra você vir passear por estas bandas e aproveitar ao vivo esta beleza.

" há almas que têm
espaços vazios
amores vadios
restos de emoção
há almas que têm
a mais louca alegria
que é quase agonia
quase profissão."
Alma- Sueli Costa/Abel Silva

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...